vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC
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1. INTRODUÇÃO<br />
No ano de 1979, foi descrito um Carla<strong>vi</strong>rus infectan<strong>do</strong> o feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.),<br />
causan<strong>do</strong> um mosaico amarelo muito forte na cultivar Jalo e sintomas latente em várias outras<br />
variedades (Costa et al.,1980), posteriormente verificou-se que esse vírus podia também infectar a<br />
soja (Costa et al. 1981). Embora pudesse infectar mais de 80 variedades de feijoeiros, verificou-se<br />
que a mais suscetível era a ‘Jalo’, e ainda, podia infectar dezenas de variedades de soja de forma<br />
latente ou com sintomas fracos de mosquea<strong>do</strong>, e em duas introduções a PI 200.490 e PI 200.452,<br />
podiam causar sintomas de acronecrose (Costa et al., 1983). Esses autores mostraram ainda que<br />
esse vírus era transmiti<strong>do</strong> pela mosca branca, Bemisia tabaci Genn., de forma não persistente..<br />
Justamente pela forte sintomatologia, típica em feijoeiro ‘Jalo’, denominou-o de vírus <strong>do</strong> mosaico<br />
angular <strong>do</strong> feijoeiro Jalo (Bean angular mosaic <strong>vi</strong>rus – BAMV). Considerou ainda que de<strong>vi</strong><strong>do</strong> a sua<br />
restrita distribuição geográfica e pequenas perdas na produção, não apresentavam importância<br />
econômica. Posteriormente, através de estu<strong>do</strong>s serológicos e microscopia eletrônica, Gaspar et al.<br />
(1985) e Gaspar e Costa (1993) verificaram que o BAMV é idêntico ao vírus <strong>do</strong> mosquea<strong>do</strong> fraco <strong>do</strong><br />
caupi (Cowpea mild mottle <strong>vi</strong>rus – CpMMV).<br />
A partir de 2001, epidemias desse Carla<strong>vi</strong>rus foram observadas em praticamente todas as<br />
culturas de soja de cultivares suscetíveis, causan<strong>do</strong> perdas elevadas, poden<strong>do</strong> chegar ao total da<br />
produção (Almeida et al., 2003b; Hoffmann et al., 2004). Essa <strong>do</strong>ença foi denominada de haste negra<br />
da soja e causada pelo CpMMV, e que também infecta da mesma forma a cultivar Jalo (Almeida et<br />
al., 2003a; Almeida et al., 2005). Essas epidemias tiveram como vetor o biótipo B da mosca branca<br />
B. tabaci, descrita ocorrer no Brasil a partir de 1991 (Lourenção e Nagai, 1994), e que pre<strong>do</strong>minou<br />
<strong>sobre</strong> o biótipo A, que ocorria anteriormente (Zerbini et al., 2002).<br />
Portanto, em razão <strong>do</strong> CpMMV poder infectar também o feijoeiro e causar danos, realizou-se<br />
o presente experimento que <strong>vi</strong>sou verificar a reação de cultivares de feijoeiro criadas no <strong>IAC</strong>, <strong>vi</strong>san<strong>do</strong><br />
uma possível necessidade de controle dessa <strong>do</strong>ença.<br />
2. MATERIAL E MÉTODOS<br />
O presente trabalho foi conduzi<strong>do</strong> no campo experimental <strong>do</strong> Centro de Análise e Pesquisa<br />
Tecnológica <strong>do</strong> Agronegócio <strong>do</strong>s Grãos e Fibras <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>/APTA.<br />
Foram utilizadas 11 cultivares de feijoeiro (Tabela 1), sen<strong>do</strong> 9 cultivares <strong>IAC</strong>, mais a tradicional<br />
‘Carioca’ e duas suscetíveis, utilizadas como testemunhas, a ‘BT-2’ e ‘Jalo’. O delineamento<br />
experimental foi o de blocos ao acaso, com 4 repetições. Cada repetição era constituída de 11 linhas<br />
de 1 m, espaçadas de 50 cm entre si. Após a germinação foi feito o desbaste deixan<strong>do</strong> 10 <strong>plantas</strong>/<br />
metro. Quan<strong>do</strong> as duas folhas primárias encontravam-se totalmente expandidas, inoculou-se<br />
mecanicamente o CpMMV, mantidas também por inoculação mecânica, em <strong>plantas</strong> de feijoeiro ‘Jalo’.<br />
Após 10 dias da inoculação, foram feitas avaliações a intervalos semanais, durante 1 mês, conforme<br />
escala de notas que variavam de 1 a 5, em escala crescente de suscetibilidade (Yuki et al., 2004).<br />
As análises estatísticas foram feitas com o auxilio <strong>do</strong> programa SANEST (ZONTA & MACHADO,<br />
1980), e comparações de médias com teste de Duncan ao nível de 5 % de probabilidade.<br />
Documentos, <strong>IAC</strong>, Campinas, 79, 2007<br />
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