vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC
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contribuí<strong>do</strong> para manter uma agricultura marginal, sem escala, de pequenas áreas, com rendimentos<br />
muito baixos, estan<strong>do</strong> as <strong>do</strong>enças contribuin<strong>do</strong> para o agravamento desse quadro.<br />
Cenário 04 – Utilização de Sementes Melhoradas<br />
Durante cerca de 40 anos o IPA manteve um programa de melhoramento genético vegetal<br />
responsável pela criação e distribuição de cerca de 13 novas variedades de feijão, resistentes às<br />
principais <strong>do</strong>enças e possui<strong>do</strong>ras de outras características desejáveis como, por exemplo, a resistência<br />
a temperatura elevada. Essas cultivares foram plantadas em muitos outros Esta<strong>do</strong>s brasileiros,<br />
além de Pernambuco. Outros Esta<strong>do</strong>s também lançaram variedades melhoradas, por suas pesquisas<br />
diretas ou em cooperação com a EMBRAPA Arroz e Feijão.<br />
Com o arrefecimento <strong>do</strong> Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária e o advento da Lei de<br />
Proteção de Cultivares, além de outras causas já discutidas, não mais houve lançamento de novas<br />
cultivares para o Nordeste, estan<strong>do</strong> em uso algumas daquelas cultivares ou variedades indicadas<br />
para outras regiões.<br />
Outra vertente da utilização de sementes diz respeito à sua produção. São poucas as empresas<br />
privadas produtoras de sementes no Nordeste, existin<strong>do</strong> algumas no Rio Grande <strong>do</strong> Norte, no Ceará<br />
e na Bahia, e apenas uma em Pernambuco, especializada em sementes de hortícolas. O grande<br />
cliente dessas empresas são os esta<strong>do</strong>s que adquirem as sementes para distribuição com agricultores<br />
familiares.<br />
Durante anos Pernambuco foi exporta<strong>do</strong>r de sementes certificadas, inicialmente com a<br />
SEMEMPE e depois, com o IPA. Entretanto, entre 1999 e 2004 o Esta<strong>do</strong> também comprou sementes<br />
de fornece<strong>do</strong>res externos, voltan<strong>do</strong> a produzi-las nos <strong>do</strong>is últimos anos, para uma demanda de<br />
cerca de 400 toneladas/ano de sementes de feijão.<br />
Com a aquisição de sementes de fornece<strong>do</strong>res de outros Esta<strong>do</strong>s, a probabilidade de se<br />
plantar variedades não adaptadas é muito alta, aumentan<strong>do</strong>-se o risco de perda de produti<strong>vi</strong>dade, de<br />
não aceitação pelo consumi<strong>do</strong>r e, principalmente, de se presenciar a incidência daquelas <strong>do</strong>enças<br />
de importância, principalmente das que são causadas por patógenos constituí<strong>do</strong>s por muitas raças<br />
ou que não apresentem boas fontes de resistência. Minimizar esses riscos depende de um<br />
conhecimento básico dessa realidade por aqueles que indicam ou decidem quais variedades serão<br />
compradas.<br />
Medidas de Controle de Doenças <strong>do</strong> Feijoeiro Possíveis para Utilização nas<br />
Regiões Norte e Nordeste<br />
Diante <strong>do</strong> que foi descrito nos cenários apresenta<strong>do</strong>s, são muitos os desafios a serem venci<strong>do</strong>s<br />
pelos técnicos responsáveis e pelos produtores rurais envol<strong>vi</strong><strong>do</strong>s com a cultura <strong>do</strong> feijão. O primeiro<br />
deles é manter uma assistência técnica de qualidade diante de instituições sem recursos financeiros<br />
ou de pessoal, além da carência de pesquisa em melhoramento genético, capaz de suprir a demanda<br />
por novas cultivares, com as características exigidas pelo merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r e resistente às<br />
principais <strong>do</strong>enças que ocorrem na região.<br />
Torna-se claro que há a necessidade <strong>do</strong> emprego de um sistema de controle integra<strong>do</strong> que<br />
combine práticas culturais; variedades resistentes; uso de sementes limpas, produzidas em áreas<br />
apropriadas sob irrigação; produtos químicos quan<strong>do</strong> possível.<br />
Documentos, <strong>IAC</strong>, Campinas, 79, 2007<br />
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