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vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC

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1. INTRODUÇÃO<br />

Lippia alba (Verbenaceae) é uma planta originária da América <strong>do</strong> Sul. Conhecida como ‘erva cidreira<br />

brasileira’ é usada em to<strong>do</strong> o Brasil como recurso medicinal de<strong>vi</strong><strong>do</strong> sua ação calmante, antiespamódica<br />

e estomáquica. Possui alguns quimiotipos já identifica<strong>do</strong>s que apresentam diferenças quanto à composição<br />

química <strong>do</strong> óleo essencial, apresentan<strong>do</strong> como componentes majoritários o Citral, a Carvona-Limoneno,<br />

a Cânfora e o Linalol (Julião et al.. 2001 cita<strong>do</strong>s por BARBOSA et al. 1999).<br />

Dentre os problemas relaciona<strong>do</strong>s à cultura <strong>do</strong> feijão, destacam-se os insetos <strong>pragas</strong> que<br />

além de atacarem os diversos estágios de desenvol<strong>vi</strong>mento da cultura no campo, também danificam<br />

os grãos armazena<strong>do</strong>s. Inclui-se, dentre essas <strong>pragas</strong>, o caruncho Acanthoscelides obtectus (Say)<br />

(Coleoptera: Bruchidae), que ataca o feijão armazena<strong>do</strong>, abrin<strong>do</strong> galerias nos grãos o que pode<br />

provocar a destruição completa <strong>do</strong>s mesmos, além da depreciação comercial <strong>do</strong> produto (GALLO et<br />

al., 2002). Seus danos são decorrentes da penetração e alimentação das larvas no interior <strong>do</strong>s<br />

grãos, provocan<strong>do</strong> perda de peso, redução <strong>do</strong> valor nutritivo e <strong>do</strong> grau de higiene <strong>do</strong> produto (Tolle<strong>do</strong><br />

& Marcos Filho, 1997 cita<strong>do</strong>s por BARBOSA et al.1999).<br />

Em decorrência <strong>do</strong>s resíduos encontra<strong>do</strong>s nos grãos com o emprego de produtos químicos<br />

convencionais, que tradicionalmente é usa<strong>do</strong> para controle de <strong>pragas</strong>, têm-se busca<strong>do</strong> méto<strong>do</strong>s<br />

alternativos para controle <strong>do</strong> caruncho. MAZZONETTO e VENDRAMIM (2003), citan<strong>do</strong> vários autores,<br />

relata que dentre esses méto<strong>do</strong>s incluem-se as <strong>plantas</strong> inseticidas empregadas nas formas de pó,<br />

extratos e óleos e que diversas pesquisas e<strong>vi</strong>denciam que os deriva<strong>do</strong>s vegetais podem afetar<br />

negativamente o A. obtectus, tanto pela ação de repelência, como pela ação insetistática<br />

O objetivo deste trabalho foi avaliar a repelência e o efeito da planta Lippia alba no ciclo de<br />

desenvol<strong>vi</strong>mento de A. obtectus, <strong>vi</strong>sto que o emprego de <strong>plantas</strong> inseticidas, principalmente na forma<br />

de pó seco, favorece especialmente o pequeno produtor, pelo menor custo e por não atingirem o<br />

meio ambiente. Além disso, podem ser cultivadas na propriedade, facilitan<strong>do</strong> sua utilização.<br />

2. MATERIAL E MÉTODOS<br />

O experimento foi conduzi<strong>do</strong> no Laboratório de Entomologia <strong>do</strong> Centro de Pesquisa e<br />

Desenvol<strong>vi</strong>mento de Fitossanidade <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, sob condições controladas, com temperatura de 25 ±<br />

2 O C, 70 ± 5% UR e fotofase de 12 horas. O caruncho A. obtectus foi cria<strong>do</strong> em frascos de <strong>vi</strong>dro de<br />

600 ml com tampas teladas, conten<strong>do</strong> grãos de feijão tipo carioca, sob as mesmas condições acima.<br />

Foram utiliza<strong>do</strong>s quatro quimiotipos de Lippia alba: Cânfora, Limoneno, Citral e Linalol.<br />

Para o teste de repelência foram utilizadas arenas obtidas a partir de bandejas circulares de<br />

<strong>vi</strong>dro de 26 cm de diâmetro e 5 cm de altura, conten<strong>do</strong> em seu interior placas de isopor circular de 2<br />

cm de altura e 24 cm de diâmetro. As placas continham 10 furos de 3 cm de diâmetro (eqüidistantes<br />

<strong>do</strong> centro e entre si), onde foram colocadas tampas plásticas. Em cinco delas foram adiciona<strong>do</strong>s<br />

grãos de feijão tipo e cada uma receben<strong>do</strong> 125 mg de pó <strong>do</strong> quimiotipo correspondente ao seu<br />

tratamento. A testemunha foi constituída apenas por grãos de feijão. Foram, então, libera<strong>do</strong>s 50<br />

adultos de A. obtectus no centro da arena, que foi tampada e acondicionada no escuro por 24 horas.<br />

Após este perío<strong>do</strong>, contou-se a quantidade de adultos em cada tratamento. O experimento foi repeti<strong>do</strong><br />

5 vezes.<br />

Documentos, <strong>IAC</strong>, Campinas, 79, 2007<br />

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