vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC
vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC
vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC
- No tags were found...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
O USO PIONEIRO DA FORMULAÇÃO BENTAZON + PARAQUAT<br />
NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NO FEIJOEIRO<br />
Edison Maluf ( 1 ), Luiz Fernan<strong>do</strong> Maluf ( 1 ); Luiz Alvaro Góes Filho ( 2 ); Luciano Soares de Souza ( 2 )<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
As características inerentes às <strong>plantas</strong> <strong>daninhas</strong> como habilidade competitiva e adaptabilidade<br />
provocam a redução de 36% a 83% da produção <strong>do</strong> feijão. Isto, em função das espécies presentes,<br />
<strong>do</strong>s estádios fenológicos da cultura, das condições climáticas reinantes no perío<strong>do</strong>, bem como pelo<br />
méto<strong>do</strong> ou modalidade de controle emprega<strong>do</strong> (DOURADO NETO et al, 2000). No entanto, pode-se<br />
afirmar que a presença de <strong>plantas</strong> <strong>daninhas</strong> durante to<strong>do</strong> o ciclo da cultura pode resultar na perda de<br />
até 90% <strong>do</strong> potencial produtivo <strong>do</strong> feijoeiro. Portanto se a lavoura for mantida livre de <strong>plantas</strong> <strong>daninhas</strong><br />
pelo menos nos primeiros 35 – 40 dias após a emergência, poderá assegurar, em média, cerca de<br />
91% <strong>do</strong> potencial produtivo <strong>do</strong> cultivar emprega<strong>do</strong>.<br />
Pela fisiologia <strong>do</strong> feijoeiro, sen<strong>do</strong> uma planta C 3 , ela se desenvolve melhor em temperaturas<br />
amenas, em torno de 21 o C, e apresenta baixo ponto de compensação luminosa de 150 a 250 J/m²s 1<br />
(LAING et al. cita<strong>do</strong> por COBUCCI et al., 1996). Sen<strong>do</strong> assim, apresenta baixa capacidade competitiva<br />
em função de seu lento crescimento inicial e sistema radicular superficial, manifestan<strong>do</strong> aumento<br />
da taxa de crescimento apenas 18 a 22 dias após a emergência, ou seja, somente após a emissão<br />
da 3 a folha trifoliolada.<br />
De<strong>vi</strong><strong>do</strong> às características da cultura de feijão e a interferência agressiva das <strong>plantas</strong> <strong>daninhas</strong>,<br />
os agricultores, na década de 70, utilizavam apenas os herbicidas, Trifluralin, DCPA, Fluorodifen e<br />
Dinoseb. Estes herbicidas eram os únicos registra<strong>do</strong>s pelo Ministério da Agricultura. Porém, o uso<br />
repeti<strong>do</strong> de um mesmo herbicida em monoculturas pode levar à resistência de biótipos de <strong>plantas</strong><br />
<strong>daninhas</strong> a esses herbicidas. Para obter mais informações <strong>sobre</strong> a utilização de herbicidas nessa<br />
cultura, o Instituto Agronômico <strong>do</strong> Paraná (IAPAR) iniciou em 1977 o projeto de controle de <strong>plantas</strong><br />
<strong>daninhas</strong> <strong>do</strong> feijão, no qual foram testa<strong>do</strong>s, de uma forma sistemática, os herbicidas disponíveis no<br />
merca<strong>do</strong> com possibilidade de serem usa<strong>do</strong>s na cultura.<br />
Nesta mesma época, no município de Monte Mor-SP, o agricultor Edison Maluf instalou e<br />
conduziu ensaios utilizan<strong>do</strong> controle químico de <strong>plantas</strong> <strong>daninhas</strong> em sua propriedade. Os estu<strong>do</strong>s<br />
constituíram de diferentes herbicidas para controlar as <strong>plantas</strong> <strong>daninhas</strong>, a princípio, de sua lavoura<br />
de feijão. Deste mo<strong>do</strong>, obteve-se resulta<strong>do</strong>s satisfatórios com a manipulação da mistura de Bentazon<br />
+ Paraquat (48 + 30 g de i.a./L). Demonstrou-se o uso inédito <strong>do</strong> Paraquat em pós-emergência no<br />
controle das <strong>plantas</strong> <strong>daninhas</strong> de folhas estreitas com seleti<strong>vi</strong>dade à cultura.<br />
( 1 ) Agroli Indústria Química Ltda;<br />
( 2 ) Faculdade de Ciências Agrárias – Universidade de Marília - UNIMAR (ladegf@yahoo.com.br; lsouza-ca@unimar.br)<br />
Documentos, <strong>IAC</strong>, Campinas, 79, 2007<br />
185