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vi seminário sobre pragas, doenças e plantas daninhas do ... - IAC

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1. INTRODUÇÃO<br />

A preocupação com o ambiente, com a presença de resíduos de agrotóxicos nos alimentos e<br />

com a exigência cada vez maior <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r em adquirir produtos saudáveis e que<br />

tenham si<strong>do</strong> obti<strong>do</strong>s a partir de tecnologias de baixo impacto ambiental têm leva<strong>do</strong> os pesquisa<strong>do</strong>res<br />

a buscar medidas alternativas para o controle de <strong>do</strong>enças de <strong>plantas</strong>, tais como o emprego <strong>do</strong><br />

controle biológico e da indução de resistência.<br />

Entre os agentes que possuem propriedades antibióticas e ativa<strong>do</strong>ras de mecanismos de<br />

defesa em <strong>plantas</strong> encontra-se a quitosana, uma forma desacetilada de quitina, conten<strong>do</strong> poli D-<br />

glucosamina como bloco construtor.<br />

Por se tratar de um polímero natural, biodegradável, extremamente abundante e atóxico para os<br />

animais, a quitosana tem si<strong>do</strong> proposta como um material atraente para usos diversos, principalmente<br />

em engenharia, biotecnologia e medicina. Em termos agrícolas, quitosana tem si<strong>do</strong> pesquisada para<br />

determinar sua habilidade em elicitar respostas de defesa e proteger espécies vegetais contra<br />

microrganismos fitopatogênicos (Benhamou, 1996). Indução de resistência com a utilização de quitosana<br />

foi demonstrada em culturas como pepino, trigo, er<strong>vi</strong>lha, aipo e amen<strong>do</strong>im contra Pythium<br />

aphanidermatum, Alternaria alternata, Fusarium gramenareum, Fusarium solani f.sp. pisi e Fusarium<br />

oxysporum f.sp. apii (El Ghouth e Ahmad, 1994; Sathiyabama e Balasubramaniam, 1998).<br />

Desse mo<strong>do</strong>, o atual trabalho objetiva o controle da antracnose feijoeiro com o uso de quitosana.<br />

A antracnose, provocada pelo fungo Colletotrichum lindemuthianum, é uma das <strong>do</strong>enças de maior<br />

importância desta cultura, afetan<strong>do</strong>, em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, as cultivares suscetíveis estabelecidas em<br />

locais com temperaturas moderadas e alta umidade relativa. No Brasil, é prevalente nos principais<br />

esta<strong>do</strong>s produtores, tais como o Rio Grande <strong>do</strong> Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais,<br />

Bahia e Pernambuco. É uma <strong>do</strong>ença que afeta toda a parte aérea da cultura e, quan<strong>do</strong> se utilizam<br />

sementes infectadas, sob ambiente favorável, as perdas ocasionadas por este patógeno podem ser<br />

da ordem de 100% (Sartorato e Rava, 1994).<br />

2. MATERIAL E MÉTODOS<br />

Quitosana apresentan<strong>do</strong> 85% de desacetilação foi fornecida pelo Prof. Dr. Luiz Henrique Beirão,<br />

<strong>do</strong> Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFSC. As soluções de quitosana foram<br />

preparadas pela dissolução em 0,05 N HCl com agitação durante 2 horas e correção <strong>do</strong> pH para 5,6<br />

utilizan<strong>do</strong> 2 N NaOH.<br />

Plantas de feijão da cultivar IPR Uirapuru no estádio V3, crescidas no interior de uma casa de<br />

vegetação, foram pulverizadas com uma solução de quitosana (4 mL/planta, em diferentes<br />

concentrações) e, 5 dias após, foram inoculadas com uma suspensão de esporos de C. lindemuthianum<br />

(raça 73, isola<strong>do</strong> Labfitop 001 -03) a 5x10 5 esporos/mL e 4 mL de suspensão/planta. Os tratamentos<br />

com quitosana foram feitos em toda a parte aérea das <strong>plantas</strong>, com exceção <strong>do</strong> trifólio mais novo de<br />

cada planta, os quais eram cobertos com saco plástico durante a aplicação <strong>do</strong> tratamento para a<br />

posterior verificação de proteção sistêmica por parte da quitosana. Logo após a inoculação, as <strong>plantas</strong><br />

foram submetidas à câmara úmida por 48 horas. Foram realizadas cinco repetições por tratamento,<br />

sen<strong>do</strong> uma repetição constituída por um vaso conten<strong>do</strong> duas <strong>plantas</strong>. As avaliações, realizadas aos 7<br />

e 14 dias após a inoculação, foram baseadas em um sistema de notas, varian<strong>do</strong> de 1 a 9 (Rava, 1993).<br />

Documentos, <strong>IAC</strong>, Campinas, 79, 2007<br />

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