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Ano novo para dois adversários históricos
2015 será de grandes mudanças na relação entre EUA e Cuba
O ano de 2015 tem tudo para ser de boas notícias e grandes mudanças.
O pronunciamento do presidente americano Barack Obama, em 17
de dezembro do ano passado, anunciou para o mundo o restabelecimento
das relações diplomáticas com Cuba, rompidas por mais de 50 anos, trazendo
esperança para muitos cubanos e todos que acompanham esse drama
histórico. Já os cubanos que vivem em Miami, onde está a maior parte dos
refugiados da ilha, criticaram a “traição” do presidente Obama e iniciaram
protestos contra os planos americanos na rua mais famosa dos cubanos, a
Calle Ocho (no coração do bairro de Little Havana).
No pacote de Obama constam a abertura de uma embaixada em
Havana, uma revisão da presença de Cuba na lista de patrocinadores do
terrorismo e viagens e comércio facilitados. O degelo foi anunciado horas
após a revelação da troca de dois presos norte-americanos em Cuba por três
cubanos que estavam nos EUA. O acordo, fruto de uma conversa de Obama
com Raúl Castro, é resultado de mais de um ano de negociações, nas quais o
Papa Francisco, teve um papel central.
Entretanto, nos EUA, as medidas anunciadas pelo presidente se
deparam com uma forte resistência no Congresso. Líderes republicanos,
como o senador Marco Rubio, filho de cubanos, prometeram fazer o possível
para, em suas palavras, “bloquear essa tentativa perigosa e desesperada do
presidente de abrilhantar seu legado às custas do povo cubano”.
Foto: Reprodução
Legalização nas tribos
A Flórida ainda é um dos Estados americanos onde a plantação
e venda de maconha são ilegais. Mas isso pode mudar em pelo
menos um aspecto. De acordo com uma matéria do jornal Los Angeles
Times, o governo americano não poderá proibir que tribos indígenas
plantem e vendam a erva em suas terras. De acordo com a reportagem,
o Departamento de Justiça americano não obrigará as tribos a obedecer
às leis federais sobre o cultivo da maconha dentro das reservas
indígenas, o que significa que esses índios poderão plantar e vender a
maconha em suas terras, sem interferência do governo - assim como já
acontece com os cassinos da Flórida, administrados por tribos como os
Miccosukees e os Seminoles. Essa decisão do governo poderá causar
sérias implicações para o Estado, principalmente se as tribos decidirem
entrar de vez no lucrativo mercado da maconha.
Em novembro do ano passado, os eleitores da Flórida rejeitaram
a legalização do uso medicinal da erva por uma margem mínima
de votos contrários. A emenda constitucional, que mobilizou mais de
5,7 milhões de eleitores, não conseguiu o apoio de 60% dos votos necessário
para a aprovação. A matéria do LA Times também afirma
que os casos serão avaliados individualmente, e as tribos ainda terão de
seguir algumas regras federais (entre elas a proibição da venda da planta
para menores ou vendas da erva fora da tribo indígena). Algumas
tribos nos Estados Unidos não aprovaram essa legalização nas suas
terras, então ainda há a possibilidade de tribos da Flórida também não
aceitarem a plantação e venda da maconha em suas reservas indígenas.
Índios poderão plantar e vender a maconha em suas terras
Foto: Divulgação
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