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Entrando na Onda....

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<strong>Entrando</strong> <strong>na</strong> <strong>Onda</strong>...<br />

Hélio Magalhães de Oliveira, hmo@ufpe.br<br />

Departamento de Eletrônica e Sistemas<br />

Universidade Federal de Per<strong>na</strong>mbuco<br />

Cidade Universitária Recife - PE<br />

URL: http://www.ee.ufpe.br/codec/deOliveira.html<br />

http://www.ee.ufpe.br/codec/WEBLET.html<br />

1


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Wavelets:<br />

Uma Evolução <strong>na</strong> Representação de<br />

Si<strong>na</strong>is<br />

• A análise espectral constitui uma das<br />

ferramentas clássicas mais poderosas.<br />

• Uma teoria mais potente e geral foi<br />

introduzida nos anos 80: A Transformada de<br />

Wavelet<br />

• Ela inclui: Série de Fourier, a Transformada<br />

de Fourier, a Transformada de Gabor de<br />

Tempo Curto, Espectrogramas.<br />

• Wavelets constituem hoje uma das<br />

ferramentas potentes em PDS.<br />

ORIGEM- Escola Francesa<br />

(Morlet, Grossmann,Meyer, Battle, Lemarié,<br />

Cohen, Mallat, Coifman, Rioul, etc.)<br />

... Pacotes de ondas acústicas sísmicas.<br />

2


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Em 1909, a primeira menção: tese de doutorado<br />

de Alfred Haar, análise escalo<strong>na</strong>da.<br />

As Wavelets de Haar, embora de suporte<br />

compacto não são continuamente diferenciáveis.<br />

Década de 80, Alex Grossmann (Université de<br />

Marseille) e Jean P. Morlet (Elf Acquitaine)<br />

introduziram o conceito de wavelets<br />

Morlet recebeu o prêmio Regi<strong>na</strong>ld Fessenden<br />

Award 1997.<br />

Em 1985, Stéphane Mallat (França) estabeleceu<br />

a ligação desta teoria com o processamento digital de<br />

si<strong>na</strong>is.<br />

Yves Meyer (França) construiu uma das<br />

primeiras Wavelets não triviais, continuamente<br />

diferenciáveis.<br />

Ingrid Daubechies (Bélgica) construiu o mais<br />

usado conjunto de wavelets ortogo<strong>na</strong>is de suporte<br />

compacto (tempo-limitada).<br />

3


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Jean Morlet. (ecce homo!)<br />

Gama de aplicações:<br />

geologia sísmica<br />

visão computacio<strong>na</strong>l e huma<strong>na</strong><br />

radar e so<strong>na</strong>r<br />

computação gráfica<br />

predição de terremotos e maremotos<br />

turbulência<br />

distinção celular (normais vs patológicas)<br />

modelos para trato auditivo<br />

compressão de imagens<br />

descontami<strong>na</strong>ção de si<strong>na</strong>is (denoising)<br />

detecção de rupturas e bordas<br />

4


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

análise de tons musicais<br />

neurofisiologia<br />

detecção de curtos eventos patológicos<br />

análise de si<strong>na</strong>is médicos<br />

espalhamento em banda larga<br />

modelagem de sistemas lineares<br />

óptica<br />

modelagem geométrica<br />

caracterização de si<strong>na</strong>is acústicos<br />

reconhecimento de alvos<br />

transitório e falhas em linhas de potência<br />

Metalurgia (rugosidade de superfícies)<br />

visualização volumétrica<br />

Telecomunicações<br />

previsão em mercados fi<strong>na</strong>nceiros<br />

Estatística<br />

solução de eq. dif. ordinárias& parciais<br />

5


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Jean-Baptiste-Joseph Fourier 1822:<br />

"La Théorie A<strong>na</strong>lytique de la Chaleur":<br />

<strong>Onda</strong>s senoidais como elementos de vibrações e<br />

ondas periódicas ⎯ verdadeiros átomos das<br />

flutuações e do fluxo.<br />

Os si<strong>na</strong>is passaram a ser a<strong>na</strong>lisados no domínio<br />

de Fourier, i.e., no domínio da freqüência.<br />

A decomposição evoluiu para a representação via<br />

transformada de Fourier.<br />

Definição (ANÁLISE DE FOURIER):<br />

A transformada de Fourier de um si<strong>na</strong>l f(t),<br />

-∞< t < +∞ é<br />

∫ +∞ − jwt<br />

= f ( t)<br />

e dt<br />

−∞<br />

F( w)<br />

:<br />

, denotada<br />

algumas vezes I [ f ( t)]<br />

, se a integral imprópria<br />

existe. ❏<br />

6


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Conhecendo-se F(w), é possível voltar ao<br />

domínio temporal (SÍNTESE DE FOURIER):<br />

f ( t)<br />

1<br />

∫ + ∞ jwt<br />

= F(<br />

w)<br />

e dw<br />

2π<br />

−∞<br />

. ❏<br />

par transformada: f(t) ↔ F(w).<br />

TEOREMA DE PARSEVAL.<br />

Seja f(t) ↔ F(w) um si<strong>na</strong>l real, de energia<br />

finita. Então a energia do si<strong>na</strong>l pode ser calculada<br />

em qualquer dos domínios, i.e,<br />

∫<br />

+∞<br />

−∞<br />

f<br />

2<br />

( t)<br />

dt<br />

∫<br />

+∞<br />

2<br />

= | F(<br />

f ) | df<br />

−∞<br />

. ❏<br />

Por que wavelets Em que esta ferramenta pode<br />

ser mais potente que a análise espectral clássica<br />

de Fourier De onde surgiram as wavelets<br />

7


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Análise Espectral P/ Si<strong>na</strong>is Não-Estacionários<br />

Os si<strong>na</strong>is devem ser tratados não no<br />

domínio t ou domínio f, mas em ambos<br />

(espaço conjunto tempo-freqüência)!<br />

Conceito de estacio<strong>na</strong>ridade<br />

Uma das deficiências da análise de Fourier é que<br />

ela não apresenta um caráter local.<br />

Todo o si<strong>na</strong>l, desde o começo dos tempos (-∞)<br />

até o fim dos tempos (+∞) é levado em consideração.<br />

A transformada de Fourier representa um<br />

"comportamento global médio" do si<strong>na</strong>l.<br />

8


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

(a)<br />

(b)<br />

Figura. (a) Ilustração de um trecho de um si<strong>na</strong>l<br />

(possivelmente) estacionário,<br />

(b) Ilustração de um trecho de um possível<br />

si<strong>na</strong>l não estacionário.<br />

A transformada de Fourier a<strong>na</strong>lisa a<br />

contribuição de cada componente harmônica no<br />

si<strong>na</strong>l como um todo.<br />

9


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

O si<strong>na</strong>l estacionário apresenta um<br />

comportamento "mais ou menos" semelhante em<br />

qualquer trecho a<strong>na</strong>lisado...<br />

Abordagem (pouco formal, mas suficiente).<br />

Figura. Si<strong>na</strong>l com linha de base.<br />

Evolução <strong>na</strong> TF clássica:<br />

(STFT) Transformada de Gabor, ou<br />

transformada de janela (transformada de Fourier de<br />

tempo curto).<br />

Esta transformada introduz um caráter local<br />

e passa a depender fortemente do instante de<br />

tempo a<strong>na</strong>lisado.<br />

10


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Primeiro passo <strong>na</strong> direção das wavelets: a<br />

introdução de um caráter local.<br />

Si<strong>na</strong>l "fatiado" em trechos, e em cada trecho, a<br />

contribuição espectral fosse a<strong>na</strong>lisada, resultando em<br />

um espectro local.<br />

seqüência de "fotos" do espectro:<br />

... F(w,t -1 ), F(w, t 0 ), F(w,t 1 ), F(w,t 2 ) .... evoluindo<br />

temporalmente.<br />

Si<strong>na</strong>is práticos " bem comportado" com relação à<br />

estacio<strong>na</strong>ridade: si<strong>na</strong>is periódicos.<br />

Não é a toa que a análise clássica de Fourier é<br />

freqüentemente restrita a esta classe de si<strong>na</strong>is.<br />

11


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

FOTOS:<br />

• Representar o rosto por fotos (5 anos, 10 anos,<br />

15, 20, 25 e 30 anos).<br />

• Uma única foto representativa do indivíduo,<br />

uma "foto média". Essa foto média representa<br />

o espectro de Fourier.<br />

• Um caráter local (no tempo) => trabalhar com<br />

mais fotos, => maior complexidade,<br />

capacidade de armaze<strong>na</strong>mento/ processamento<br />

A classe de si<strong>na</strong>is, cujo espectro permanece<br />

relativamente independente no tempo, são referidos<br />

como si<strong>na</strong>is estacionários.<br />

Os não-estacionários trazem variações<br />

substanciais e significativas de padrão e<br />

comportamento, dependendo do instante de tempo<br />

considerado.<br />

12


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

É como se, "de repente", no meio de uma<br />

seqüência de fotos 3×4 de fotos huma<strong>na</strong>s<br />

semelhantes, surgisse uma foto de algum animal<br />

completamente diferente (e.g., girafa).<br />

Diferentes níveis de "estacio<strong>na</strong>ridade":<br />

‣ seqüência de fotos sempre de uma mesma pessoa<br />

em diferentes tempos;<br />

‣ seqüência de fotos de pessoas diferentes em<br />

tempos diferentes, porém de uma mesma raça<br />

(origem);<br />

‣ seqüência de fotos de pessoas diferentes em<br />

tempos diferentes, porém de origens diferentes;<br />

‣ seqüência de fotos de diferentes animais em<br />

tempos diferentes (levando em conta algum<br />

aspecto da classificação de Lineu);<br />

‣ seqüência de fotos arbitrárias diferentes em<br />

tempos diferentes, incluindo objetos, paisagens etc.<br />

13


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Quando o espectro de Fourier passa a não ter<br />

sentido. A resposta não é fechada.<br />

Depende do que se deseja e quanto se pode<br />

"pagar".<br />

A Transformada de Gabor<br />

Embora capaz de determi<strong>na</strong>r o conteúdo de<br />

freqüências presentes em um si<strong>na</strong>l, não há noção de<br />

quando (em que intervalo de tempo) elas ocorrem.<br />

A transformada de Fourier não fornece uma<br />

análise temporal, ape<strong>na</strong>s freqüencial.<br />

Transformada de Fourier de Tempo Curto (STFT<br />

– Short Time Fourier Transform) também conhecida<br />

como a Transformada de Gabor.<br />

14


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

A idéia da STFT é introduzir um parâmetro de<br />

freqüência local (local no tempo) como se a<br />

"Transformada de Fourier Local" observasse o si<strong>na</strong>l<br />

através de uma curta "janela" dentro da qual o si<strong>na</strong>l<br />

permanece aproximadamente estacionário.<br />

A transformada local observa f(t) "através" de<br />

uma janela W(t) centrada no instante de tempo τ e de<br />

extensão "limitada", antes do cálculo do espectro.<br />

Formalmente,<br />

STFT(w,τ ) := ∫<br />

+∞<br />

−∞<br />

f(t)W<br />

(t<br />

−<br />

ô) e<br />

* − jwt<br />

dt<br />

.<br />

15


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Representação bidimensio<strong>na</strong>l F(w,τ,) do si<strong>na</strong>l<br />

f(t), composta por características espectrais<br />

dependentes do tempo.<br />

Janela: a mais comum é janela Gaussia<strong>na</strong>.<br />

t<br />

t<br />

1<br />

f<br />

1<br />

f<br />

1<br />

f<br />

2<br />

fFigura. Análise espectral com Transformada f<br />

de<br />

Fourier clássica e em tempo curto.<br />

As próximas perguntas:<br />

f<br />

2<br />

q<br />

q<br />

Por que a STFT não é suficiente<br />

O que seria mais apropriado, além de um<br />

transformada local (wavelets também são<br />

locais)<br />

16


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

A necessidade da segunda operação básica das<br />

wavelets, o escalo<strong>na</strong>mento, também pode ser<br />

entendida neste contexto.<br />

A Guisa de uma Análise de Wavelets<br />

Alter<strong>na</strong>tiva para abordar o plano conjunto<br />

tempo-freqüência :<br />

A análise visualizada como um banco de filtros.<br />

resolução no tempo deveria aumentar com o<br />

aumento da freqüência central dos filtros, ou ∆f/f=cte<br />

(ou fator de qualidade Q constante).<br />

Q constante: as resoluções t e f mudam com a<br />

freqüência central, satisfazendo ainda o princípio da<br />

Incerteza de Gabor-Heisenberg (célula básica).<br />

17


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

FOTOS NOVAMENTE:<br />

Deve-se usar uma representação para um indivíduo<br />

de meia-idade com uma meia dúzia de fotos<br />

(0 ano, 5 anos, 10 anos 15 anos, 20 anos, 25 anos).<br />

(1 ano, 2 anos, 4 anos, 8 anos, 16 anos e 32 anos).<br />

O comportamento das respostas ao impulso dos<br />

filtros de análise, oscilatório (rápido) e amortecido,<br />

gerando "ondinhas".<br />

Figura. Exemplo de uma ondinha:<br />

ondelette de Morlet (Matlab ® ).<br />

As wavelets podem ser interpretadas como<br />

as transformadas lineares locais geradas por<br />

um banco de filtros de fator de qualidade<br />

constante.<br />

18


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

domínios tempo e freqüência (f × t)<br />

domínios escala e deslocamento (a × b).<br />

Interpretação: "mapas".<br />

Uma mudança de escala pode permitir,<br />

numa escala maior, ter uma visão mais global,<br />

mas com menor precisão. Já em uma escala<br />

menor, vê-se detalhes, mas perde-se em<br />

estudar o comportamento global.<br />

1: 15.000.000 idéia do Brasil como um todo<br />

1: 3.500.000, a<strong>na</strong>lisar Per<strong>na</strong>mbuco,<br />

perdendo-se a noção do Brasil como um todo.<br />

Quem já usou mapas sabe que depende<br />

fundamentalmente do que se quer investigar! A<br />

análise via wavelets permite, por assim dizer,<br />

visualizar tanto a floresta quanto as árvores.<br />

19


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Na Transformada Contínua de Wavelet<br />

CWT, todas as respostas ao impulso no banco de<br />

filtros são versões (expandidas ou comprimidas) da<br />

mesma ψ(t), chamada de Wavelet básica.<br />

Assim,<br />

1<br />

t<br />

CWT( a , ) : ∫ + ∞ * −τ<br />

τ = f ( t)<br />

ψ ( )dt<br />

−∞<br />

a<br />

a<br />

. ❏<br />

no rol das Transformadas Lineares...<br />

A função ψ(t) é conhecida como wavelet mãe.<br />

A partir dela geram-se versões modificas no<br />

decorrer da transformada.<br />

Ela é um protótipo para a geração de outras<br />

funções janela: versões dilatadas e comprimidas da<br />

mesma "wavelet mãe".<br />

20


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Banda passante constante (STFT)<br />

f 2f 3f 4f ...<br />

0 0 0 0<br />

Banda passante relativa (Q) constante (WT)<br />

f<br />

f 2f 4f 8f ....<br />

0 0 0 0<br />

Figura. Análise Espectral com banco de Filtros:<br />

(a) STFT e (b) WT.<br />

f<br />

Toos os filtros são da mesma família (e.g., filtros<br />

BPFs Gaussianos, centrados em freqüências<br />

distintas, porém todos com o mesmo fator de<br />

qualidade Q).<br />

21


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Wavelets Contínuas<br />

Introdução a Transformada Contínua de Wavelet<br />

A Transformada de Wavelet foi<br />

desenvolvida como uma alter<strong>na</strong>tiva à STFT<br />

para solucio<strong>na</strong>r o problema da resolução.<br />

Fixada a janela para a STFT, a resolução no<br />

tempo (t) e <strong>na</strong> freqüência (f) permanecem constante<br />

em todo o plano t-f.<br />

CWT:<br />

• Alta resolução temporal e baixa freqüêncial para<br />

freqüências mais altas<br />

• Alta resolução freqüêncial e baixa resolução<br />

temporal para freqüências mais baixas.<br />

22


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Freqüência Freqüência<br />

Tempo<br />

Tempo<br />

(a) (b)<br />

Figura . Resolução no plano t-f pela análise<br />

(a) STFT (b) Transformada de Wavelet.<br />

23


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

A Transformada de Wavelet Contínua CWT<br />

ψ(t) wavelet-mãe<br />

ψ(t) ∈ L2(R). ∫ +∞ −∞<br />

ψ<br />

2<br />

(t)dt<br />

< +∞<br />

Operações:<br />

1 ⎛ t ⎞<br />

a) escalo<strong>na</strong>mento<br />

ψ a<br />

( t)<br />

= ψ ⎜ ⎟<br />

⎠<br />

, a≠0.<br />

| a |<br />

⎝ a<br />

b) deslocamento ψ<br />

b( t)<br />

= ψ ( t − b)<br />

.<br />

c) deslocamento com escalo<strong>na</strong>mento<br />

ψ<br />

a<br />

, b<br />

( t)<br />

= ψ<br />

a<br />

( t − b)<br />

=<br />

1 ⎛ t − b ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

| a |<br />

ψ<br />

⎝ a ⎠<br />

{ ψ ( t)}<br />

→ { ψ a , b<br />

( t)}<br />

(∀a, a≠0) (∀b∈R).<br />

versão:<br />

Comprimida da wavelet mãe, se a1.<br />

. ❏<br />

24


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

O ajuste <strong>na</strong> amplitude do si<strong>na</strong>l escalo<strong>na</strong>do foi<br />

introduzido visando garantir a isomeria: todas as<br />

ondelettes tem a mesma energia!<br />

|| t<br />

2<br />

2<br />

ψ ( t)<br />

|| = || ψ a , b<br />

( ) ||<br />

.<br />

Portanto, a escolha das wavelets como sendo<br />

versões<br />

1 ⎛ t − b ⎞<br />

⎜ ⎟<br />

| a |<br />

ψ<br />

⎝ a ⎠<br />

garante a mesma energia para<br />

qualquer wavelet!<br />

Define-se<br />

CWT(a,b):=∫ +∞ −∞<br />

f<br />

*<br />

( t)<br />

ψ a , b(<br />

t)<br />

dt<br />

=< f(t),ψa,b>. ❏<br />

A<strong>na</strong>logia com Fourier:<br />

F(w)=∫ +∞ −∞<br />

f<br />

− jwt<br />

( t)<br />

e dt =< f(t),e jwt >.<br />

25


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

‣ Fourier F(w), em cada w:<br />

Projeção de f(t) <strong>na</strong> direção das ondas { e<br />

que constituem uma "base" do espaço de si<strong>na</strong>is.<br />

jwt<br />

} w∈R<br />

Esta "base" de Fourier é composta por si<strong>na</strong>is<br />

oscilatórios perpétuos - traduzindo o fato que<br />

Fourier está associado a um comportamento nãolocal<br />

no tempo, mas de -∞ a +∞.<br />

‣ Wavelets:<br />

a<br />

( t<br />

decomposição de f(t) em si<strong>na</strong>is {<br />

, b<br />

} *<br />

a∈ R + b∈R<br />

que constitui um novo conjunto de análise do<br />

espaço de si<strong>na</strong>is.<br />

Esta nova "base" é composta por si<strong>na</strong>is<br />

oscilatórios de curta duração - e não si<strong>na</strong>is ab<br />

aeterno.<br />

A combi<strong>na</strong>ção oscilatório (daí o termo onda) e<br />

de curta duração (inha) gera o termo ondinhas,<br />

ondeletas, ondelettes no origi<strong>na</strong>l, ou de forma já<br />

consagrada, wavelets.<br />

ψ<br />

)<br />

26


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Um critério para definir wavelets:<br />

• Oscilatória (onda=wave), ou melhor, que seu<br />

valor médio no domínio temporal é nulo.<br />

∫ +∞ −∞<br />

ψ<br />

( t)<br />

dt<br />

= 0<br />

• Condição de admissibilidade,<br />

Dado o par transformada de Fourier:<br />

ψ<br />

( ) ↔ Ψ(<br />

ω)<br />

t ,<br />

∞<br />

∫<br />

−∞<br />

2<br />

Ψ(<br />

ω ) d ω < + ∞<br />

ω<br />

❏<br />

Ψ<br />

≡ ∫ + ∞<br />

2<br />

| ( ζ ) |<br />

C ψ<br />

dζ<br />

−∞<br />

| ζ |<br />

<<br />

+∞<br />

=><br />

lim Ψ(<br />

ζ ) = 0<br />

ζ → 0 .<br />

Ψ ( 0) = 0 => ∫ +∞ ψ ( t)<br />

dt<br />

−∞<br />

= 0<br />

.<br />

27


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Caráter passa-faixa das wavelets interpretadas como<br />

um banco de filtros, note os seguintes fatos:<br />

Ψ ( 0) = 0 (pela admissibilidade)<br />

Ψ ( ±∞)<br />

= 0 (pois ψ é de energia finita).<br />

Dado ε >0 arbitrário, ∃ α, β ∈ R, 0 < α < β <<br />

+∞ tal que<br />

|Ψ(w)| < ε para |w| < α e |w| > β. ❏<br />

Existe uma banda passa-faixa <strong>na</strong> qual o espectro<br />

Ψ pode ser essencialmente não nulo.<br />

Figura. Comportamento de ) (w Ψ tipo passa-faixa.<br />

28


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

O escalo<strong>na</strong>mento é o processo de<br />

compressão e dilatação do si<strong>na</strong>l. O<br />

parâmetro de escala "a" usado em Wavelets<br />

tem interpretação grosso modo idêntica à<br />

escala empregada em mapas cartográficos.<br />

O termo |a|-1/2 é um fator de normalização da<br />

energia do si<strong>na</strong>l e<br />

transformada afim.<br />

1 ⎛ t − b ⎞<br />

ψ a , b(<br />

t)<br />

= ψ ⎜ ⎟,<br />

a ≠<br />

a ⎝ a ⎠<br />

0<br />

é uma<br />

Uma wavelet<br />

ψ<br />

a, b<br />

( t)<br />

é definida por um<br />

mapeamento afim unitário. Esta Wavelets são<br />

versões transladadas (b) e dilatadas/comprimidas (a)<br />

de uma mesma onda protótipo, chamada waveletmãe<br />

ψ(t).<br />

29


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Figura. A Wavelet-mãe Symmlet 8 em diferentes<br />

escalas e localizações.<br />

Uma Transformada inversa de Wavelet pode ser<br />

obtida via<br />

1<br />

1 t<br />

f ( t)<br />

CWT ( a,<br />

b)<br />

(<br />

C<br />

∫ + ∞ +∞ ⎧<br />

=<br />

−∞∫<br />

⎨ ψ<br />

−∞<br />

⎩ a<br />

ψ<br />

− b ⎫ dadb<br />

) ⎬ 2<br />

a ⎭ a<br />

Uma das primeiras transformadas WT<br />

corresponde a Wavelet de Morlet, cuja Wavelet<br />

mãe é ψ(t)=exp(-t2/2).exp(jw 0 t). Note que ela<br />

corresponde a um BPF gaussiano.<br />

.<br />

30


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

A Transformada Inversa (CWT -1 ) e a<br />

Condição de Admissibilidade<br />

Sejam f(t)∈ L2(R) e ψ a,b (t) ∈ L2(R-{0}× R).<br />

Sob que condições é possível "pegar uma onda"<br />

(catch the wave...)<br />

Escolher uma wavelet protótipo tal que<br />

ψ(t) ↔ Ψ(w) e<br />

C<br />

ψ<br />

= ∫ ∞ |<br />

+<br />

−∞<br />

Ψ(<br />

ζ<br />

| ζ<br />

)|<br />

|<br />

2<br />

dζ<br />

< +∞<br />

.<br />

A wavelet utilizada no processo de reconstrução<br />

é referida sempre como wavelet dual. Por isso ψ*(t)<br />

é chamada de "dual" da wavelet ψ(t).<br />

31


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Formula de inversão sob condições menos restritivas<br />

Definição (Wavelets diádicas). Uma wavelet ψ(t) ∈<br />

L2(R), ψ(t) ↔Ψ(w), é dita ser uma wavelet diádica<br />

se e somente se satisfaz a condição de estabilidade,<br />

i.e., ∃ A,B ∈R ⏐ 0


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Exemplos: Um mar de Wavelets<br />

Existe um grande número de funções que podem<br />

ser eleitas como wavelets mãe.<br />

Nome da família de Wavelets<br />

'haar' Haar wavelet.<br />

'db' Daubechies wavelets.<br />

'sym' Symlets.<br />

'coif' Coiflets.<br />

'bior' Biorthogo<strong>na</strong>l wavelets.<br />

'rbio' Reverse biorthogo<strong>na</strong>l wavelets.<br />

'meyr' Meyer wavelet.<br />

'dmey' Discrete approximation of Meyer wavelet.<br />

'gaus' Gaussian wavelets.<br />

'mexh' Mexican hat wavelet.<br />

'morl' Morlet wavelet.<br />

'cgau' Complex Gaussian wavelets.<br />

'shan' Shannon wavelets.<br />

'deO' de Oliveira wavelets.<br />

'legd' Legendre wavelets.<br />

'mth' Mathieu wavelets.<br />

'fbsp' Frequency B-Spline wavelets.<br />

'cmor' Complex Morlet wavelets. ❏<br />

Wavelet de Haar<br />

33


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Por simplicidade, considera-se um si<strong>na</strong>l<br />

constante por partes. Bases de si<strong>na</strong>is constantes por<br />

partes (e.g. Haar) podem ser mais adequadas.<br />

ψ<br />

( H )<br />

( t)<br />

: =<br />

⎧<br />

⎪ −<br />

⎪<br />

⎨<br />

⎪<br />

⎪<br />

⎪⎩<br />

1<br />

2<br />

1<br />

2<br />

0<br />

-1 < t ≤ 0<br />

0 < t ≤ 1<br />

caso contrário<br />

.<br />

Estas são versões do tipo "wavelet digital".<br />

Figura. As Wavelets de Haar (oito wavelets).<br />

34


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Figura. si<strong>na</strong>l 1-D de teste, constante por partes.<br />

Wavelet Sombrero<br />

Assumindo uma ρ(t) Gaussia<strong>na</strong>, segue-se que<br />

ψ ( t)<br />

= −ρ''(<br />

t)<br />

é a wavelet sombrero (chapéu<br />

mexicano), por razões óbvias.<br />

ψ<br />

( Mhat)<br />

2 −t<br />

2( t −1)<br />

e<br />

( t)<br />

=<br />

1 / 4<br />

π 3<br />

2<br />

/ 2<br />

.<br />

Figura. Wavelet Sombrero. Matlab ® .<br />

Wavelet densidade Gaussia<strong>na</strong><br />

35


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Uma wavelet simples derivada da função<br />

densidade gaussia<strong>na</strong> (gaus1) é dada por:<br />

( fdG )<br />

2te<br />

ψ ( t ) = gaus<br />

π<br />

−t<br />

1 : =<br />

1 / 4<br />

2<br />

/<br />

2<br />

.<br />

0.644<br />

1<br />

0.5<br />

ψ( x)<br />

0<br />

0.5<br />

− 0.644<br />

1<br />

10 5 0 5 10<br />

− 8<br />

x<br />

8<br />

Figura. Wavelet derivada da densidade de<br />

probabilidade gaussia<strong>na</strong>: gaus1 e gaus8.<br />

Wavelet complexa de Morlet<br />

36


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Morlet propôs uma das primeiras wavelet de<br />

interesse <strong>na</strong> análise de si<strong>na</strong>is.<br />

Em sua investigação de si<strong>na</strong>is geofísicos<br />

(exploração de petróleo), empregou a wavelet<br />

complexa:<br />

ψ<br />

2<br />

( Mor)<br />

1 −t<br />

/ 2 − jw0t<br />

( t)<br />

e e<br />

1 / 4<br />

= π<br />

.<br />

Figura. Wavelet complexa de Morlet.<br />

(parte real e parte imaginária).<br />

Wavelet de Shannon<br />

37


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

A análise correspondente aos filtros passa-faixa<br />

ideais define uma decomposição usando wavelets<br />

conhecidas como wavelets de Shannon.<br />

Espectro da Wavelet real:<br />

⎛ w − 3π / 2 ⎞ ⎛ w + 3π<br />

/ 2 ⎞<br />

Ψ(<br />

w ) = ∏⎜<br />

⎟ + ∏⎜<br />

⎟<br />

⎝ π ⎠ ⎝ π ⎠<br />

.<br />

Tomando a transformada inversa:<br />

Assumindo t=2x+1,<br />

( Sha)<br />

⎛πt<br />

⎞ ⎛ 3πt<br />

⎞<br />

ψ ( t)<br />

= Sa⎜<br />

⎟cos⎜<br />

⎟<br />

⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠<br />

.<br />

ψ<br />

( Sha)<br />

( x)<br />

=<br />

2<br />

π<br />

sen(2π<br />

( x<br />

+ 1)) − sen(2πx)<br />

2x<br />

+ 1 .<br />

38


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

ψ<br />

No caso da wavelet complexa, pode-se usar<br />

)<br />

− j2πt<br />

( t)<br />

= Sinc(<br />

t)<br />

e .<br />

( CSha<br />

(a)<br />

(b)<br />

Figura. (a) Wavelet de Shannon. (b) A wavelet<br />

complexa de Shannon (Matlab ® ).<br />

Constata-se facilmente que esta wavelet tem<br />

suporte infinito (i.é., ∄M tal que |ψ(t)|=0 ∀|t|>M).<br />

39


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Wavelet de Meyer<br />

A wavelet de Meyer é definida no domínio<br />

freqüencial como:<br />

Ψ(<br />

w)<br />

⎧<br />

⎪<br />

⎪<br />

⎪<br />

= ⎨<br />

⎪<br />

⎪<br />

⎪<br />

⎩<br />

1 ⎡π<br />

⎛ 3 | w | ⎞⎤<br />

sen⎢<br />

υ⎜<br />

−1⎟⎥e<br />

2π<br />

⎣ 2 ⎝ 2π<br />

⎠⎦<br />

1 ⎡π<br />

⎛ 3 | w | ⎞⎤<br />

cos⎢<br />

υ⎜<br />

−1⎟⎥e<br />

2π<br />

⎣ 2 ⎝ 4π<br />

⎠⎦<br />

0<br />

jw / 2<br />

jw / 2<br />

2π/3<br />

≤|<br />

4π/3<br />

≤|<br />

w | ≤<br />

caso contrário.<br />

4π/3<br />

w | ≤ 8π/3<br />

.<br />

Figura. Wavelet de Meyer:<br />

(a) função de escala (b) wavelet. Matlab ® .<br />

40


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Wavelets de Daubechies<br />

Atrativos da análise de Fourier: ondas usadas <strong>na</strong><br />

decomposição são ortogo<strong>na</strong>is.<br />

As 1 as wavelets ortogo<strong>na</strong>is obtidas, (Meyer,<br />

Battle-Lemarié), não apresentam suporte compacto.<br />

Haar são ortogo<strong>na</strong>is e de suporte compacto,<br />

porém não são diferenciáveis.<br />

Um dos maiores desafios da teoria de wavelets<br />

foi a construção de uma família de wavelets<br />

ortogo<strong>na</strong>is de suporte compacto.<br />

Figura. Wavelets dbN de Daubechies (N=2,3,4, ...):<br />

As Daublets Matlab ® .<br />

41


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Figura. Diversas versões de uma db2.<br />

Estas formas de onda são ortogo<strong>na</strong>is (!).<br />

42


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Wavelet Symmlets e Wavelet Coiflets<br />

Coiflets e Symmlets são wavelets mais<br />

simétricas as quais foram projetadas para garantir<br />

momentos nulos tanto <strong>na</strong> função de escala φ(t)<br />

quanto <strong>na</strong> wavelet-mãe ψ (t).<br />

Elas foram criadas Daubechies sob demanda de<br />

R. Coifman em 1989. São também wavelets de<br />

suporte compacto.<br />

Figura. Coiflets e Symmlets (coifn e symn); n é<br />

número de momentos nulos.<br />

43


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Wavelet de "de Oliveira"<br />

Possuem espectro típico passa-faixa ideal<br />

(plano), com regiões de "rolamento" assimétricas,<br />

porém mantendo a filosofia básica da análise a Q-<br />

constante.<br />

Mostra-se que a wavelet complexa de "de<br />

Oliveira" é dada por<br />

( deO)<br />

− jw / 2 ( deO)<br />

Ψ ( w)<br />

= e S ( w).<br />

,<br />

( deO )<br />

( deO)<br />

onde | ( w)<br />

| = S ( w)<br />

Ψ .<br />

Figura. Módulo da Wavelet de "de Oliveira"<br />

44


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

( deO)<br />

Figura. Wavelet ψ ( t)<br />

: Parte real<br />

( deO)<br />

Figura. Wavelet ψ ( t)<br />

: parte imaginária.<br />

45


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Wavelets Discretas<br />

A CWT essencialmente mapeia um si<strong>na</strong>l<br />

unidimensio<strong>na</strong>l (no tempo) em uma<br />

representação bidimensio<strong>na</strong>l (tempo, escala)<br />

que é altamente redundante.<br />

As wavelets agora não são transladadas<br />

nem escalo<strong>na</strong>das continuamente, mas sim em<br />

intervalos discretos.<br />

Isto pode ser feito com uma peque<strong>na</strong><br />

modificação <strong>na</strong> wavelet contínua.<br />

ψ<br />

a,<br />

b<br />

1 ⎛ t - b ⎞<br />

1 ⎛ t − nb<br />

( t)<br />

ψ ⎜ ⎟ ⇒ψ<br />

t = ⎜<br />

m,n<br />

( ) ψ<br />

⎝ a ⎠<br />

m<br />

a<br />

a ⎝ a0<br />

o<br />

=<br />

m<br />

0<br />

a<br />

m<br />

0<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

onde m e n são inteiros, a 0 >1 é um parâmetro de<br />

dilatação fixo, b 0 é o fator de translação fixo e b<br />

depende agora do fator de dilatação.<br />

46


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

A Transformada Discreta de Wavelets:<br />

As Séries Wavelet de tempo contínuo (CTWS)<br />

Formas discretas são atraentes do ponto de vista:<br />

i) implementação e ii) computacio<strong>na</strong>l.<br />

A discretização da WT<br />

1) ocorre ape<strong>na</strong>s no domínio dos<br />

parâmetros (variáveis de escala e translação),<br />

2) não <strong>na</strong> variável independente do si<strong>na</strong>l a<br />

ser a<strong>na</strong>lisado (tempo ou espaço).<br />

Retículado 2D no plano escala-translação:<br />

A grade é indexada por dois inteiros m e n:<br />

m => passos <strong>na</strong> escala discreta<br />

n => passos das translações discretas.<br />

Fixam-se dois valores dos passos, a 0 e b 0 .<br />

47


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Escala discreta (logarítmica): a=a 0 m m=1,2,3,...<br />

Translações discretas: b=nb 0 a 0 m n=1,2,3,... dado m.<br />

Assim<br />

∫ + ∞<br />

m<br />

1 ⎛ t − nb<br />

−∞<br />

⎟ ⎞<br />

0a0<br />

WT( a,<br />

b)<br />

= CTWS(<br />

m,<br />

n)<br />

: = f ( t)<br />

ψ<br />

⎜ dt<br />

m<br />

m<br />

a ⎝ a0<br />

⎠<br />

0<br />

. ❏<br />

Note que:<br />

f(t) e a wavelet-mãe são tempo contínuo,<br />

coeficientes discretos CTWS(m,n) são discretos.<br />

Diferentemente da CWT(a,b), as CTWS(m,n)<br />

são definidas ape<strong>na</strong>s para valores positivos de escala<br />

(a 0 >0), porém esta restrição não é severa.<br />

48


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

tipo<br />

Assim, a DWT consiste em um mapeamento do<br />

CTWS: L2(R) → l2(Ζ + -{0} × Ζ)<br />

f(t) |→ CTWS(m,n)<br />

Enunciado de outra forma: si<strong>na</strong>is contínuos de<br />

energia finita são mapeados em uma grade<br />

bidimensio<strong>na</strong>l de coeficientes de wavelet.<br />

Interessante observar que a DWT é mais análoga<br />

à uma representação em série de Fourier ao invés de<br />

uma DFT:<br />

• Série<br />

∑ +∞<br />

−∞ n=<br />

F 0<br />

e jnw<br />

n<br />

contínuo, com coeficientes discretos<br />

N<br />

1<br />

f ( k)<br />

e<br />

2πnk<br />

j<br />

N<br />

t<br />

representação de tempo<br />

• DFT ∑ − representação em tempo<br />

k = 0<br />

discreto, com espectro discreto.<br />

49


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Reticulado: A escolha da grade.<br />

Os coeficientes da CWTS correspondem a<br />

pontos num retículo no domínio escala-translação.<br />

A grade é indexada por dois inteiros m e n,<br />

controlando a discretização da escala e translado.<br />

O reticulado uniforme no plano escaladeslocamento<br />

é expresso por:<br />

{(<br />

ma0,<br />

nb0<br />

}<br />

m n∈Z<br />

∆<br />

a , b<br />

= )<br />

,<br />

0 0<br />

.<br />

Já o reticulado definido pelas wavelets no plano<br />

escala deslocamento é o reticulado hiperbólico<br />

{ }<br />

m m<br />

( a0<br />

, <strong>na</strong>0<br />

b0<br />

m n∈Z<br />

∆<br />

a , b<br />

=<br />

)<br />

,<br />

0<br />

0<br />

m m<br />

∆<br />

2<br />

= 2 , n2<br />

)<br />

, ∈<br />

( .<br />

{ } Caso diádico: a 0 =2 e b 0 =1 e ,1<br />

m n Z<br />

50


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

m (escala)<br />

n (deslocamento)<br />

Figura. Resolução de transformadas wavelets:<br />

plano translação-escala.<br />

A Transformada Discreta de Wavelets:<br />

Séries Wavelets de Tempo Discreto (DTWS)<br />

51


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Além da discretização do plano escalatranslação,<br />

a variável independente do si<strong>na</strong>l pode<br />

também ser discretizada.<br />

Neste caso, define-se:<br />

1<br />

∑ +∞ ⎛ k<br />

WT( a,<br />

b)<br />

= DTWS(<br />

m,<br />

n)<br />

: = f ( k)<br />

ψ<br />

⎜<br />

m<br />

a k = −∞ ⎝<br />

0<br />

− nb a<br />

a<br />

0<br />

m<br />

0<br />

m<br />

0<br />

⎞<br />

⎟<br />

⎠<br />

. ❏<br />

Assim, as DTWS consiste em um mapeamento<br />

do tipo<br />

DTWS: l2(Ζ) → l2(Ζ + -{0} × Ζ)<br />

f(k) |→ DTWS(m,n).<br />

Enunciado de forma alter<strong>na</strong>tiva: si<strong>na</strong>is discretos<br />

de energia finita são mapeados em uma grade<br />

bidimensio<strong>na</strong>l de coeficientes.<br />

52


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Interessante observar que a DTWS é mais<br />

análoga à uma representação do tipo DFT que em<br />

série de Fourier.<br />

O menor passo inteiro para a escala é a 0 =2. Usa-se<br />

então este fator de escalo<strong>na</strong>mento, o que é referido<br />

como escalo<strong>na</strong>mento diádico. O menor passo inteiro<br />

de translação temporal é b 0 =1.<br />

Wavelets diádicas:<br />

−m<br />

/ 2<br />

+∞ ∑<br />

k = −∞<br />

DTWS(<br />

m,<br />

n)<br />

= 2 f ( k)<br />

ψ 2<br />

(<br />

−m<br />

k − n)<br />

.<br />

53


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Em resumo:<br />

−1/<br />

2<br />

CWT(a,b)= ∫ + ∞ t − b<br />

a f ( t)<br />

ψ *( ) dt<br />

−∞<br />

a<br />

CTWS(<br />

m,<br />

n)<br />

−m<br />

/ 2<br />

∫ +∞ −∞<br />

(<br />

−m<br />

2 t − n)<br />

= 2 f ( t)<br />

ψ dt<br />

−m<br />

/ 2<br />

∑ +∞<br />

k=<br />

−∞<br />

DTWS(<br />

m,<br />

n)<br />

= 2 f ( k)<br />

ψ 2<br />

(<br />

−m<br />

k − n)<br />

. ❏<br />

54


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Um Estudo de Caso:<br />

Decomposição via Daubechies db2 para ECG<br />

Decomposição wavelet (AMR) usando db2 para<br />

um si<strong>na</strong>l ECG, com seis níveis de decomposição.<br />

ECG<br />

Figura. Análise de ECG com db2.<br />

55


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

A decomposição explicita visualmente, no nível 6, a<br />

wavelet mãe db2.<br />

Lembra decomposição em série de Fourier: Os<br />

"harmônicos" aqui não são senoidais perpétuas,<br />

mas versões de uma wavelet (e.g., ondas não<br />

perpétuas).<br />

Uma característica diferente: A 6 =S 6 (versão grosseira<br />

ou passa-baixa), a qual devem ser adicio<strong>na</strong>dos os<br />

detalhes (versão wavelet ou passa-faixa) para<br />

compor a aproximação.<br />

Maior grau de liberdade é conferido à<br />

análise, pois o mesmo si<strong>na</strong>l pode ser<br />

decomposto via um grande número de<br />

diferentes wavelets, ao invés de sempre<br />

ser decomposto em componentes<br />

senoidais.<br />

56


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Aplicações de Wavelets<br />

Provocações... (!)<br />

Wavelets em Descontami<strong>na</strong>ção de Si<strong>na</strong>is<br />

Infelizmente, descontami<strong>na</strong>ção é um problema<br />

difícil ⎯ não há fronteiras de distinção entre o si<strong>na</strong>l<br />

e o ruído.<br />

Métodos de descontami<strong>na</strong>ção: suprimir<br />

"algumas" componentes "incoerentes" com o si<strong>na</strong>l<br />

de informação.<br />

As wavelets tem se mostrado como ferramentas<br />

importantes no combate e remoção de ruído.<br />

57


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

• si<strong>na</strong>l origi<strong>na</strong>l f k<br />

• ruído aditivo n k v.a. - ruído branco gaussiano.<br />

• observações<br />

Matricialmente, y=f+σn .<br />

y<br />

k<br />

= fk<br />

+ σnk<br />

, k=0,1,2,...,K-1,<br />

Aplicando-se a transformada de wavelets, obtém-se<br />

DWT( y)<br />

DWT(<br />

f ) + σDWT(<br />

n)<br />

= .<br />

Os coeficientes wavelet do ruído superpõemse<br />

aos coeficientes wavelets do si<strong>na</strong>l.<br />

SNR alta:<br />

Elimi<strong>na</strong>m-se as contribuições para a reconstrução do<br />

si<strong>na</strong>l em que o ruído é "comparável" ao si<strong>na</strong>l,<br />

mantendo ape<strong>na</strong>s coeficientes wavelets onde a<br />

contribuição do si<strong>na</strong>l é "importante".<br />

É comum o uso de um limiar abrupto (hard<br />

⎧0<br />

se | x | ≤ T<br />

C(<br />

x)<br />

=<br />

threshold), ⎨<br />

⎩x<br />

caso contrário .<br />

58


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Algoritmo Waveshrink<br />

P1. Fixe um nível m≥1 e normalize as observações<br />

via<br />

~ y = k<br />

yk<br />

/ Km<br />

.<br />

P2. Calcule a DWT da observações normalizadas.<br />

P3. Aplique o operador C(x) nos coeficientes<br />

wavelet obtidos.<br />

O operador de encurtamento (shrinkage), C(x), é<br />

definido por:<br />

⎧|<br />

x | −Tm se| x| > Tm<br />

C( x ) = Sgn( x ). ⎨<br />

⎩ 0 caso contrário ,<br />

em que T m é um limiar.<br />

P4. Efetue a transformada inversa de wavelet para<br />

obter uma estimativa descontami<strong>na</strong>da do si<strong>na</strong>l<br />

origi<strong>na</strong>l. ❏<br />

59


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Figura. Waveshrink:<br />

descontami<strong>na</strong>ção de si<strong>na</strong>is usando wavelets.<br />

Compressão via wavelets<br />

A título de destacar a relevância das wavelets<br />

como mecanismos de compressão:<br />

‣ Inclusão no padrão inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l JPEG 2000.<br />

‣ padrão do FBI (Federal Bureau of<br />

Investigations) para o armaze<strong>na</strong>mento de<br />

impressões digitais.<br />

60


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Figura (a) Imagem origi<strong>na</strong>l (261 KB); (b) Imagem<br />

comprimida por JPEG (28 KB);<br />

(c) Imagem comprimida wavelets (5KB).<br />

61


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

Wavelets em Localização de Faltas em Linhas de<br />

Transmissão<br />

Wavelets constituem uma ferramenta poderosa <strong>na</strong><br />

detecção de faltas em linhas de transmissão,<br />

inclusive <strong>na</strong> análise de faltas de difícil detecção<br />

(e.g., faltas de alta impedância, faltas em linhas com<br />

compensação série e faltas em linhas com<br />

acoplamento mútuo).<br />

A implementação de algoritmos de identificação<br />

ou localização de faltas em linhas de transmissão<br />

está baseada <strong>na</strong> configuração do sistema de<br />

monitoramento dos si<strong>na</strong>is de tensão e/ou corrente <strong>na</strong><br />

linha de transmissão, através do uso de registradores<br />

digitais de perturbação.<br />

Entre Daubechies, Haar, Coiflet, Symmlet e<br />

Biortogo<strong>na</strong>l a wavelet escolhida foi a Sym2.<br />

62


Wavelets: <strong>Entrando</strong> Na <strong>Onda</strong><br />

• PRINCIPAIS DESENVOLVIMENTOS NA UFPE<br />

Novas wavelets<br />

Wavelets em GF(p)<br />

Potenciais aplicações<br />

Multiplex, Acesso múltiplo,<br />

seqüências de DNA<br />

Wavelet de "de Oliveira" Modulação digital, Modems ADSL<br />

Wavelets de Chebyshev Análise em biomédica<br />

(eletrogastrografia, ECG...)<br />

Wavelets de Legendre Desenhos, Tomografia, RMN,<br />

Imagens médicas<br />

Wavelets de Mathieu Óptica, eletromagnetismo<br />

(ante<strong>na</strong>s...)<br />

• IMPORTANTE E PODEROSA FERRAMENTA NA<br />

ANÁLISE DE SINAIS<br />

• NUMEROSAS APLICAÇÕES E PERSPECTIVAS<br />

63

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