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INDÚSTRIA DE POLPA DE FRUTAS E SEUS DESDOBRAMENTOS ...

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INDÚSTRIA <strong>DE</strong> <strong>POLPA</strong> <strong>DE</strong> <strong>FRUTAS</strong> E <strong>SEUS</strong> <strong>DE</strong>SDOBRAMENTOS NO<br />

PROCESSO PRODUTIVO<br />

Rany ALVES (1); Rafael CAVALCANTI (2); Victor Hugo CLEMENTINO (3); Marcelo<br />

Victor GOUVEIA (4); Luanna VILAR (5); Jimmy LÉLLIS (6)<br />

(1) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus João Pessoa, Avenida 1º de Maio, 720 – Jaguaribe<br />

CEP: 58.015-430 – João Pessoa/PB, telefone: (0xx83) 3208.3088, e-mail: rannyalves@gmail.com<br />

(2) IFPB, e-mail: rg_cavalcanti@hotmail.com<br />

(3) IFPB, e-mail: shywido@hotmail.com<br />

(4) IFPB; e-mail: marc3lo.victor@gmail.com<br />

(5) IFPB, e-mail: luannavilar.adm@gmail.com<br />

(6) IFPB, e-mail: jimlellis@gmail.com<br />

RESUMO<br />

O objetivo deste trabalho é descrever, analisar e propor possíveis mudanças nas práticas de gestão da<br />

produção de uma empresa especializada na produção de polpas de frutas da grande João Pessoa, tendo como<br />

diretrizes os conceitos teóricos abordados na temática da Administração da Produção. Para tanto, buscou-se<br />

um entendimento quanto ao estudo dos processos realizados no setor produtivo. A pesquisa apresenta um<br />

caráter quanti-qualitativa e foi constituída a partir de observações das operações e complementada por<br />

entrevistas do tipo semi-estruturadas. A técnica de interpretação dos dados pautou-se na análise de conteúdo<br />

temática, com o objetivo de apreender sentidos pertinentes ao objeto. Aspectos abordados foram a etapas do<br />

processo produtivo da polpa de frutas desde sua recepção, até a análise do produto acabado. Desta forma, foi<br />

identificada a falta de padronização do produto final a ineficiência do método utilizado para gerir o estoque.<br />

Algumas sugestões foram apontadas no tocante ao uso de práticas de melhoria organizacional, tais como<br />

elaboração mudanças no processo produtivo com a finalidade de padronizar o produto e aumentar a<br />

qualidade do produto final. Sendo assim, concluímos que apesar da forte presença no mercado, a empresa<br />

analisada ainda carece de ferramentas de grande importância para a melhoria do seu setor de produção.<br />

Palavras-chave: produto, produção, processo produtivo, polpa de frutas.


1. INTRODUÇÃO<br />

Este trabalho tem como objetivo descrever, analisar e propor possíveis mudanças nas práticas de gestão da<br />

produção de uma empresa especializada na fabricação de polpas de frutas. Além de fundamentar a existência<br />

de um conjunto de ferramentas e métodos de trabalho que venham a padronizar e melhorar a qualidade dos<br />

processos produtivos e dos produtos como um todo. A organização pesquisada esta localizada na capital<br />

paraibana, mas seus produtos já ultrapassaram as fronteiras estaduais e atualmente podem também ser<br />

encontrado nos estados vizinhos do Rio Grande do Norte e Pernambuco.<br />

Possuindo, como característica, uma origem familiar, atualmente a organização vem sendo administrada<br />

pelos filhos do fundador. Sua presença no setor de consumo doméstico é relevante, tendo em vista que a<br />

empresa é líder de mercado no quesito polpa de frutas. Porém, mesmo estando consolidada no mercado<br />

como referencia no ramo, algumas anomalias foram encontradas em alguns de seus processos produtivos<br />

como um todo. Desta forma, esta pesquisa vem analisar e propor algumas alterações e/ou melhorias nestes<br />

processos.<br />

Os temas abordados são: a distribuição do espaço físico do setor de produção, o fluxo de operações e a<br />

gestão da mão-de-obra. Procurou-se demonstrar também como o melhoramento na administração da<br />

produção é um fator importante e inigualável para a organização sendo utilizado como estratégia<br />

competitiva. Desta forma, ao analisar pontos como esses, a busca pela maximização da produção é<br />

fortalecida, racionalização dos insumos e matérias-primas e minimização dos custos.<br />

2. <strong>DE</strong>LINEANDO O OBJETO <strong>DE</strong> ESTUDO<br />

O processo de produção, sob o ponto de vista operacional, envolve recursos a serem transformados e<br />

recursos transformadores que, submetidos ao processo produtivo, dão origem ao produto final, ou seja, aos<br />

bens e serviços criados pela organização. À seqüência de atividades que, executadas sempre da mesma forma<br />

e na mesma ordem, resulta no produto ou serviço pretendido, sendo assim, o presente artigo aborda o<br />

processo produtivo mais específico de uma empresa do ramo alimentício, produtora de polpa de frutas.<br />

O objetivo primordial da produção é a transformação desses insumos (matéria-prima, pessoas ou<br />

informações) em bens (produtos) e serviços. O processo produtivo de uma fábrica de polpas é a<br />

transformação do insumo (fruta) em polpa de frutas, o que, em seguida através do consumidor ocorrerá a<br />

conversão da polpa em suco natural.<br />

As polpas de fruta, segundo o SEBRAE, atende ao hábito que a maioria das pessoas tem de consumir sucos<br />

de frutas naturais em qualquer época do ano sem depender da sazonalidade.<br />

Segundo o Decreto nº12486, de 20 de outubro de 1978, do Governo do Estado de São Paulo, e de acordo<br />

com a NTA 19 (apud Léllis 1994, p.117), polpa de frutas tem como definição: “o produto obtido por<br />

esmagamento das partes comestíveis de frutas carnosas, por processos tecnológicos obtidos.”<br />

Sendo assim, a fábrica de polpa de frutas em João Pessoa tem uma produção de polpas diária que atinge 2<br />

toneladas, este valor é alcançado de acordo com os pedidos de compra do produto e a safra das frutas.<br />

Tendo em vista a sazonalidade das frutas a empresa estoca uma quantidade adequada (depende da<br />

necessidade do mercado e a qualidade da matéria-prima fornecida), para garantir a qualidade de seu produto.<br />

A empresa dispõe de mão-de-obra capacitada para as tarefas desempenhadas no setor de produção e possui<br />

todo equipamento necessário para a produção de polpa de frutas e busca conservar-se atualizada, sobre novos<br />

equipamentos que surgem no mercado através de feiras e convenções.<br />

Quanto ao gráfico de fluxo do processo produtivo a empresa ainda não o tem configurado de maneira formal,<br />

o que dificulta um entendimento maior do processo produtivo tanto por parte dos funcionários que, desta<br />

forma, não conseguem assimilar com facilidade todo o processo e como sua função se adequar a operação,<br />

como também para o setor administrativo da empresa, que não possui um esquema mais detalhado sobre os<br />

métodos de produção o que, possivelmente, irá dificultar as tomadas de decisões futuras.<br />

3. CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO <strong>DE</strong> <strong>POLPA</strong> <strong>DE</strong> <strong>FRUTAS</strong><br />

Os pontos observados no processo produtivo foram: melhoria contínua, gestão do estoque, gargalos e<br />

descrição de processos.


3.1 Melhoria contínua<br />

Para Nigel Slack (2007), a melhoria contínua também é conhecida como Kaizen, onde a uma abordagem na<br />

melhoria de desempenho que presume mais e menos passos de melhoramento incremental. O conceito de<br />

melhoramento implica em um processo sem fim, como um ciclo. Esse ciclo, afirma Slack (2007), é melhor<br />

resumido no Ciclo PDCA – Plan, Do, Check e Act-, demonstrando a seqüência de atividades que são<br />

percorridas ciclicamente para a melhoria das atividades.<br />

O ciclo PDCA no processo de Polpa de Frutas:<br />

Figura 1. – Ciclo PDCA.<br />

Fonte: Slack, 2007.<br />

• Planejar – PLAN: Foi identificado que o planejamento da fabricação de polpa deixa muito a desejar,<br />

já que a única variável considerada para a produção é a demanda, um dos pontos críticos é a falta de<br />

planejamento quanto o processamento de uma fruta, referente à quantidade de produto real que<br />

chega e a quantidade que sai em produtos acabados, bem como planejar o processamento de uma<br />

fruta sem parar até a etapa final, para que não ocorra gargalos e desperdício de tempo e de qualidade,<br />

o que foi identificado na empresa pesquisada;<br />

• Fazer – DO: A execução do processo produtivo apesar de toda automatizada contém erros de ordem<br />

humana, decorrente do não planejamento na produção;<br />

• Controlar – CHECK: O controle da produção é importantíssimo para averiguar os erros e a qualidade<br />

do processo, buscando a melhoria continua, na empresa o controle não foi identificado como eficaz,<br />

pois, devido aos problemas decorrentes do não planejamento e a execução, acarretam desperdício de<br />

matéria-prima, falta de controle no estoque, o que compromete o tempo de produção e a qualidade<br />

do mesmo.<br />

• Ação – ACT: A ação finaliza o ciclo de melhoria contínua, sendo bem executado trará resultados<br />

benéficos na empresa. No processo de polpa a ação para a melhoria ainda é uma busca da empresa,<br />

contudo não tem tido um resultado eficiente.<br />

3.2 Gestão do estoque:<br />

Um ponto que está diretamente ligado ao processo produtivo é a gestão do estoque. Para Slack, Chambers e<br />

Johnston (2007), estoque é a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de<br />

transformação, algumas vezes também é usado para descrever qualquer recurso armazenado. Tal gestão<br />

infere abordar pontos como: custo do estoque, manutenção, organização, dentre outros, todos diretamente<br />

ligados ao processo produtivo. Ocorrerá estoque quando existir uma diferença de ritmo (ou de taxa) entre<br />

fornecimento e demanda.<br />

Identificamos que a gestão do estoque tem um papel fundamental para a Polpa de Frutas, tendo em vista que<br />

para o consumidor a Polpa deve apresenta-se congelada, caso contrário será descartado, gerando para a<br />

empresa um grande prejuízo. Contudo, a falta de planejamento na empresa gerou um gargalo que além de<br />

ocupar um espaço inadequado no corredor, poderá comprometer a qualidade da polpa, por isso devem ser<br />

congelados imediatamente.


3.3 Gargalos:<br />

Dentro da produção encontramos processos com potencial de maior alteração, aqueles que representam<br />

gargalos, com muitas operações ou intensivos em mão-de-obra, processos com excesso de retrabalho,<br />

processos com problemas da qualidade e processos dispendiosos. (PEINADO e GRAEML, 2007). Para o<br />

processo de Polpa de frutas, o gargalo, foi identificado devido a falta de planejamento da produção e da<br />

gestão do estoque, o que acarreta paradas indesejadas no processo, além de interromper o fluxo natural da<br />

fabricação e aumentar o tempo final da produção como um todo, trazendo dessa forma gastos para a empresa<br />

e aumento no produto final para ao consumidor.<br />

3.4 Descrição dos Processos<br />

Em todo processo produtivo, ressalta Peinado e Graeml (2007), faz-se necessário uma série de descrições<br />

processuais que direcionaria o modo mais eficiente de se chegar ao produto final. Tais descrições ajudariam<br />

aos próprios colaboradores para sua melhor execução de tarefas diárias. Dentre algumas ferramentas usadas<br />

para tal descrição encontramos: diagramas de fluxo e fluxogramas de processo, que permitam analisar e<br />

propor melhorias nas atividades da empresa. Para o processo produtivo de Polpa de Frutas foi<br />

desenvolvido um fluxograma descrevendo as etapas, conforme figura 2.<br />

Figura 2. Fluxograma atual do Processo Produtivo de Polpa de Frutas.<br />

Fonte: Pesquisa direta, 2008.<br />

4. ETAPAS DO PROCESSO DA <strong>POLPA</strong> <strong>DE</strong> FRUTA: CONFRONTANDO A TEORIA<br />

COM A PRÁTICA<br />

Nas etapas do processo de fabricação de polpa de frutas, temos: recepção, lavagem, seleção, pesagem,<br />

despolpamento, envase e armazenamento, dentre outros. Todos os pontos citados anteriormente serão<br />

abordados no decorrer do artigo. Dentro do processo produtivo da polpa, temos:<br />

4.1 Recepção


As etapas de fabricação da polpa de frutas iniciam-se com a recepção das frutas bem como sua pesagem;<br />

após a chegada da matéria-prima na empresa, estas são imediatamente processadas; o transporte é realizado<br />

através de carros para transporte, tendo em vista que a matéria-prima (frutas) está localizada na plataforma<br />

de desembarque das cargas, e que o destino final dentro da fábrica são as câmaras de armazenamento de<br />

produtos acabados. Os fornecedores são em sua grande maioria local, e algumas frutas vêm de Estados<br />

vizinhos como, por exemplo, o cajá que vem de Pernambuco. Além desses, temos os fornecedores do mix de<br />

açaí, que estão situados no Pará.<br />

Léllis (1994, p. 138) afirma que: “..., a seleção dos fornecedores de frutas, se baseia, principalmente em:<br />

Qualidade da matéria-prima, menores preços e melhores condições de pagamento e pontualidade no prazo de<br />

entrega.” Percebemos que essa habilidade se faz presente na empresa em estudo. Um aspecto<br />

importantíssimo que diz respeito ao fornecimento da matéria-prima – frutas, e o controle com o PH<br />

e o BRIX, para manter a qualidade do produto final. O PH segundo Léllis (1994, p.125): “É a<br />

acidez da polpa de fruta ou de um alimento qualquer.” O BRIX segundo Léllis (1994, p. 126):<br />

“..., por refletir o teor de açúcar da polpa, é um parâmetro indicativo da participação da doçura no<br />

gosto doce ácido da polpa. É indicado ainda como indicativo da concentração natural das polpas de<br />

frutas.” Sendo assim as empresas que fabricam polpas devem observar para estas questões de<br />

controle do PH e do BRIX das frutas para que possam manter o grau de qualidade de seus produtos.<br />

4.2 Pesagem das frutas<br />

A pesagem deverá ser feita em duas etapas, uma quando se recebe os frutos dos fornecedores para se ter um<br />

valor da quantidade de frutas e outra após a seleção, para se ter um real valor da quantidade de frutas que<br />

está sendo processada (SEBRAE-PE).<br />

4.3 1º Seleção<br />

A 1º seleção é realizada pelos funcionários do setor, estes observam as características da fruta como, por<br />

exemplo, amassados e grau de amadurecimento, em seguida colocam na esteira que levará as frutas<br />

selecionadas para 1º lavagem. No processo de produção de polpa de frutas a seleção é uma etapa<br />

imprescindível, pois todo e qualquer fruto fora dos padrões – podres, verdes ou machucados - podem<br />

interferir no sabor final da polpa. Segundo o Decreto 12486, de 20 de outubro de 1978, de Governo do<br />

Estado de São Paulo, e de acordo com a NTA 19 (apud Léllis, 1994, p.117) afirma a cerca das características<br />

gerais da polpa que: “O produto deverá ser preparado com frutas sãs, limpas, isentas de matérias terrosa, de<br />

parasitos e de detritos animais ou vegetais. Não deverá conter fragmentos das partes não comestíveis da<br />

fruta, nem substâncias estranhas a sua composição...”<br />

4.4 1º Lavagem<br />

Após a 1º seleção, as frutas são levadas para uma máquina onde ocorre a lavagem e as devidas desinfecções<br />

– com 220ppm de cloro – nesta etapa as frutas são imersas no tanque de água clorada, através da esteira,<br />

onde esperam 3 min. para que as impurezas da fruta como areia seja retida. O processo de lavagem ou<br />

limpeza úmida deve ser feito com água tratada e bacteriologicamente pura. O nível de cloração da água<br />

depende do tipo de equipamento utilizado, o qual determina o tempo de contato entre a matéria-prima e a<br />

água de lavagem. De acordo com Itametal; SEBRAE-PE, a 1º lavagem deve ser por imersão, esta lavagem é<br />

o método mais simples e mais usual na remoção da sujeira. Esta é a fase da lavagem onde os frutos são<br />

submetidos à imersão em água com elevadas concentrações de cloro, por determinado tempo. As<br />

concentrações de cloro variam de 10 a 70 ppm, e o tempo de imersão de 20 a 30 minutos.<br />

4.5 2º Lavagem<br />

Depois da 1º lavagem a esteira encaminha as frutas para outro tanque de água sem cloro, onde permanecem<br />

por mais 3 min. A Itametal descreve a 2º lavagem como sendo a fase da aspersão (ou jateamento de água) é a<br />

etapa da lavagem para remoção das impurezas remanescentes, além da retirada do excesso de cloro. Este<br />

banho deve ser feito com água tratada (5 a 10 ppm.). Através de bicos atomizadores, a água tratada é<br />

pulverizada em quantidades ideais, retirando o excesso de cloro da lavagem anterior, sem desperdícios de<br />

água.


4.6 2º Seleção<br />

Segundo Itametal a seleção vem em seguida a lavagem. Visando obter um produto com mais qualidade, a<br />

segunda seleção se faz necessário, pois trará um controle ainda mais rigoroso em relação a qualidade. Nesta<br />

seção as frutas são expostas sobre mesas ou esteiras apropriadas, onde são avaliadas quanto à maturação,<br />

firmeza, machucaduras, defeitos causados por fungos, roedores e insetos. São retiradas todas as frutas que<br />

venham comprometer a qualidade do produto final. Todavia esta etapa do processo não é efetuada pela<br />

empresa em estudo.<br />

4.7 2º Pesagem<br />

A 2º seleção agregado a um sistema de pesagem oferecerá para a empresa um valor real em (Kg) da<br />

quantidade processada, pois a maioria dos empreendimentos que processam polpas não obtém o controle<br />

verídico do material processado em quilogramas. Com a segunda pesagem, após a segunda seleção, além de<br />

garantir a superioridade da polpa de frutas, o gestor terá em mãos os valores confiáveis, apropriados ao seu<br />

processo produtivo. Entretanto esta fase não é realizada na empresa estudada.<br />

4.8 Despolpagem e Refinamento<br />

A Itametal afirma que em alguns frutos exigem uma preparação prévia ao despolpamento (descasque,<br />

retirada de talos, retirada de sementes), como exemplo, a graviola e o açaí, frutas que são processadas pela<br />

empresa pesquisada. Após o preparo, os frutos são levados ao despolpamento, nessa operação separa-se a<br />

polpa do material fibroso, além de se conseguir a redução do tamanho das partículas, em seguida ao<br />

refinador que está acoplado a despolpadeira, que têm o papel de coar a polpa processada. O tempo total da<br />

fruta no processo de despolpamento é de 1hora, tendo em consideração que a capacidade da máquina é de<br />

1tonelada por hora.<br />

4.9 Envasamento<br />

Posteriormente o processo da polpa segue para o envasamento onde será embalada e devidamente refrigerada<br />

em câmaras destinadas para esta finalidade. No envase o tempo em que a polpa passa no cilindro de aditivos<br />

é aproximadamente de 28 à 30 minutos. Léllis (1994, p.122), elucida a cerca dessa etapa: “A totalidade dos<br />

alimentos é constituída de substâncias químicas denominadas glicídios, protídeos, lipídios, vitaminas, sais<br />

minerais e água. Além desses componentes naturais dos alimentos, produtos químicos adicionais podem ser<br />

incorporados, direta ou indiretamente, durante o cultivo, estocagem ou processamento.”<br />

No envase, o período em que a polpa gasta desde o cilindro até a distribuição nas embalagens é de<br />

aproximadamente 1hora. Alguns problemas decorrentes de falha mecânica acarretam em custos para<br />

empresa, na seção de envase, as máquinas muitas vezes falham no início do processo ocorrendo o<br />

desperdício tanto da polpa como das embalagens utilizados no envase. Os tempos de produção são de<br />

conhecimento da empresa, mas ainda não é padronizado o que diminui o controle da empresa sobre o<br />

processo produtivo.<br />

4.10 Estocagem e Congelamento<br />

O material deve ser armazenado em câmaras frigoríficas, adquiridas e/ou projetadas para satisfazer a<br />

demanda da indústria. O tempo de armazenamento pode ser um fator de perda de qualidade caso ocorram<br />

freqüentes oscilações de corrente elétrica ou má utilização do equipamento.<br />

As polpas são armazenadas em tonéis e colocadas no estoque (câmara frigorífica), para o transporte da polpa<br />

até as câmaras, são utilizados carros com paletas, adequadas para esta tarefa. Algumas polpas são<br />

armazenadas em grandes barris, como por exemplo, temos o cajá, em que a safra ocorre apenas uma vez ao<br />

ano, fazendo com que a empresa armazene a polpa da fruta para o suprimento anual.<br />

De acordo com Léllis (1994, p.118): “Após 10 dias de incubação a 35ºC, não devem ser observados sinais de<br />

alterações na embalagem como (estufamentos, alterações, vazamentos, corrosões internas), bem como<br />

quaisquer modificações de natureza física, química ou organolépicas do produto.”<br />

5. NORMATIZAÇÃO DA FABRICAÇÃO <strong>DE</strong> <strong>POLPA</strong> <strong>DE</strong> <strong>FRUTAS</strong>


As empresas de polpas de frutas compartilham em seu processo produtivo da falta de padronização, gerando<br />

com isso produtos com níveis nutricionais e químicos, distantes do estabelecido tanto para instâncias que<br />

regulamentam este processo, como também para o consumidor final – cliente. Sendo assim, descreveremos<br />

as etapas do processo sobre a ótica de normatizar o processo produtivo da polpa de frutas de acordo com<br />

Léllis (1994).<br />

5.1 Aquisição<br />

De acordo com Léllis (1994, p. 166), Existem três elementos essenciais na aquisição das frutas: As<br />

especificações; os Fornecedores e a avaliação de desempenho dos fornecedores.<br />

5.2 Recepção de matéria-prima<br />

A empresa deve verificar, na origem ou na aquisição, se os produtos adquiridos estão de acordo com as<br />

especificações, não evitando assim, a devolução dos produtos aos fornecedores caso, as frutas não atendam<br />

as expectativas.<br />

5.3 Controle do processo<br />

Este controle se desenvolve através do processo de transformação do insumo – fruta, iniciando com a<br />

inspeção e terminando com a inspeção do produto acabado, sendo assim, assegurada a confiabilidade de um<br />

produto com qualidade, iremos a seguir, abordar o controle nas etapas da produção polpas de frutas.<br />

• Controle na recepção: é o controle efetuado para mostrar as frutas de acordo com as normas<br />

alimentares;<br />

• Controle de Dados Primários: é o controle que efetuado na etapa da pesagem da matéria-prima –<br />

fruta, para verificar a eficiência, verificando assim o montante inicial a ser processado;<br />

• Controle do Rejeito: é o controle que identifica após a pesagem e a seleção, o rejeito, para assim<br />

determinar a quantidade exata a ser processada e o quanto houve de matéria-prima defeituosa;<br />

• Controle do Cloro Residual: é o controle do cloro encontrado na lavagem das frutas, efetuando a<br />

desinfecção. De acordo com Léllis (1994, p.182), “o qualitativo do cloro residual deve se situar entre<br />

35 e 50 ppm, parte por milhão.”;<br />

• Controle da Pesagem: O primeiro controle ocorre na pesagem da polpa visando determinar<br />

rendimentos da polpa e os aditivos adicionados. O segundo controle é o controle do BRIX (doce<br />

ácido da polpa), para que assim, possa ser determinado o amadurecimento completo e reafirmar a<br />

avaliação na recepção das frutas;<br />

• Controle da Formulação: é o controle que consolida a padronização da polpa e visa identificar a<br />

incorporação dos conservantes químicos e dos acidulantes;<br />

• Controle da Embalagem: é o controle no condicionamento da polpa – embalagem, visando<br />

constatar periodicamente amostragem para verificação do peso;<br />

• Controle da Temperatura: é o controle no tratamento térmico - congelamento, visando constatar a<br />

temperatura ideal para o congelamento;<br />

• Controle na Inspeção da Qualidade: este controle trata da verificação do BRIX, PH e o peso<br />

líquido em uma amostra (produto acabado), além de sempre inspecionar cada processo da produção<br />

para verificar se as etapas estão sendo realizadas conforme as especificações adotadas pela empresa.<br />

5. METODOLOGIA<br />

Andrade (2004, p. 22) define método como “a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários<br />

para atingir um fim dado ou um resultado desejado”, ou seja, fazemos uso do entendimento de Costa (2002),<br />

que nos esclarece que método é o caminho seqüenciado e sistemático previamente traçado pelo pesquisador,<br />

com a finalidade do melhor aproveitamento das informações chaves e no aumento da confiabilidade dos<br />

resultados. Esta pesquisa configura-se quanto à sua estratégia como estudo de caso, que segundo Yin (2001.


Apud Melhado, 2008) é uma pesquisa com estudo de documentação; observação participante; entrevistas<br />

com profissionais e encarregados da área, entre outras técnicas.<br />

Após a descrição realizada no ambiente da pesquisa, fez-se um levantamento bibliográfico, para auxiliar na<br />

elaboração do questionário, aplicados categoricamente à uma amostra de 4 colaboradores, dentre os 25<br />

existentes, os quais foram selecionados o supervisor de produção, o engenheiro de alimentos, e dois<br />

funcionários avulsos do setor produtivo, com a finalidade de levantarmos uma amostra coerente com as<br />

observações feitas inicialmente pela equipe pesquisadora. Esses questionários, referem-se a pesquisa<br />

quantitativa e seguiram o padrão da Escala de Likert, onde as respostas avaliam o grau de concordância e<br />

possuem como principal vantagem o fornecimento de informações direcionadas, sobre o conhecimento<br />

técnico e prático do respondente. Quanto aos dados e informações coletadas, foram tabulados visando<br />

alcançar o objetivo de facilitar a compreensão.<br />

6. ANÁLISE DOS DADOS<br />

Para a análise dos dados procurou-se ater a percepção da importância e aplicabilidade (ação) nos processo<br />

produtivo na visão dos colaboradores, conforme ilustra o gráfico 1, apresentado a seguir:<br />

Gráfico 1. Análise do Grau de Concordância de Likert.<br />

Foram utilizados quatro questionários aplicados em uma empresa do ramo alimentício produtora de polpas<br />

de frutas da grande João Pessoa, na área de produção com o intuito de averiguar alguns pontos referentes ao<br />

processo produtivo como: gestão do estoque, melhoria continua do processo produtivo, bem como sua<br />

descrição, gargalos e processos mais diretos da fabricação de polpa de frutas como a seleção, lavagem e<br />

seleção.<br />

Para tal, utilizou-se apenas os graus de concordâncias: Concordo Totalmente e Concordo.<br />

Quanto a integração da área de produção com as demais áreas da empresa bem como a melhoria contínua<br />

tiveram uma pequena variação entre as respostas, ambas apresentaram 50% das respostas no quesito de<br />

Concordância Total nas duas vertentes examinadas. Tais respostas indicam a preocupação da empresa em<br />

manter esse contato entre as áreas. A melhoria continua geraria uma maior vantagem competitiva bem como<br />

um maior retorno para a empresa, satisfazendo assim o mercado que demandam as polpas de frutas. Devido a<br />

apenas 75% do grau de concordância, - soma do CT + C=75%- observa-se também um pequeno déficit de<br />

conhecimento do operariado, déficit esse que pode levar a duas hipóteses: a primeira em que os<br />

colaboradores não estando totalmente cientes das principais condições de melhoramento para a empresa e<br />

outra em que não a uma grande preocupação da diretoria para qualificar e motivar esse colaborador.<br />

Quanto a pesagem, lavagem e qualidade bem como a quantidade real de frutas do processo apresentaram<br />

altos níveis de concordância – Q3 CT+C=75%, Q4 CT+C=100% e Q5 CT+C=75% observado no gráfico 1-<br />

onde a empresa corresponde diretamente ao processo que realmente é mais eficiente para a produção de<br />

polpa de frutas, seguindo todo um rigoroso processo para a qualidade final do produto. Na Questão 6 onde<br />

aborda-se todos os três temas acima citado, tem-se a comprovação da empresa de tais práticas, onde o<br />

processo passaria por uma seleção, duas pesagens e duas lavagens.<br />

O segundo processo mais importante depois da produção seria o estoque, tendo ciência de tal importância<br />

obtivemos um elevado grau de Concordância (C=75%) contra um pequeno grau de Concordância Total<br />

(CT=25%), nos levando a hipótese de um conhecimento superficial de tamanha importância para a empresa,


mostrando talvez a pouca qualificação dos colaboradores. Porém, quando questionados sobre a gestão desse<br />

estoque, relacionando temas como a má gestão do estoque geraria perdas de produtos bem como a ocupação<br />

de espaço físico, os resultados se mostraram melhores –Q8 CT=75%- mostrando um conhecimento não<br />

teórico mas sim prático dos empregados.<br />

Toda a análise abordada acima são confrontadas com a análise da Questão 10 que mostra a pratica direta de<br />

tais gestões de estoques pela empresa pesquisada. Temos um grau de concordância baixíssimo (C=25%) não<br />

obtendo nenhum resultado para Concordância Total. Tais resultados nos levam a hipótese onde<br />

colaboradores mostram saber teorias principais do processo produtivo, porém, a gerencia não segue tais<br />

princípios.<br />

Gráfico de Fluxos e Mapofluxograma, são primordiais para uma descrição do processo produtivo, seja de<br />

que ramo a empresa for, mostrando problemas e apontando melhorias para a produção, apresentando, após<br />

análise, um grau de concordância satisfatório (Concordo Totalmente + Concordo = 75%), mostrando um<br />

certo nível de preocupação da empresa com a descrição do processo produtivo.<br />

A descrição de tais processos evitaria os conhecidos “Gargalos” na produção que também obteve bom<br />

resultado, porém apresentou apenas resultados em Concordância e nenhum em Concordância Total (C=75%)<br />

nos levando a hipótese de um conhecimento apenas superficial sobre tal tema, talvez nem reconhecido em<br />

determinados processos do dia a dia da empresa.<br />

A questão 14 aborda diretamente pontos como: gestão de estoque, descrição do processo produtivo e<br />

gargalos. Obtemos resultados de Concordância total mediano (CT=50%) nos levando a hipótese de que os<br />

colaboradores realmente têm uma bagagem teórica sobre o assunto, porém, a teoria não é aplicada a prática<br />

pela gerencia da empresa. O gráfico mostra um paralelo de resultados entre Concordância total e não<br />

concordância, apoiando nossa hipótese da não preocupação com giro de estoque, rotatividade dos produtos,<br />

descrição do processo produtivo, dentre outros. Tal inadimplência corrigida poderia elevar a qualidade do<br />

produto bem como agilizar a demando do mercado com a produção da empresa.<br />

7. SUGESTÃO <strong>DE</strong> MELHORIA<br />

Após as observações, foi constatado que alguns pontos no processo produtivo de polpas na empresa<br />

pesquisada podem ser melhorados, desta forma trataremos os pontos relevantes de melhoria e a solução mais<br />

adequada a ser implantada:<br />

• Falta de padronização dos fornecedores: Os fornecedores de matéria-prima (frutas) não são fixos,<br />

ou seja, a empresa compra as frutas de diversos fornecedores locais levando em consideração o preço<br />

ao invés de priorizar a qualidade do seu produto através da padronização do sabor do seu produto<br />

final.<br />

Sugestão: Primeiramente realizar um levantamento completo relacionando a quantidade de polpa produzida<br />

com as frutas de cada fornecedor e o preço pago pela empresa pela matéria-prima, a empresa poderá<br />

identificar qual fornecedor atende melhor suas necessidades. Posteriormente, analisar todos os fornecedores<br />

da empresa levando em consideração, entre outros fatores, qualidade das frutas; tempo de entrega;<br />

cumprimentos dos prazos de entregas pré-estabelecidos; tendo como finalidade determinar quais<br />

fornecedores possuem os requisitos necessários e firmar, através de contrato, os prazos de entrega e a<br />

qualidade da matéria-prima que será fornecida à empresa.<br />

• Falta de padronização no processo produtivo: Tempo de lavagem na água clorada maior do que o<br />

pré-determinado para o processo.<br />

Sugestão: A empresa deverá realizar uma análise de todo o processo de produção da polpa e desenvolver o<br />

método de trabalho mais apropriado. A empresa também deverá conscientizar os funcionários quanto à<br />

importância da padronização e da busca pela qualidade. Essa conscientização pode ser alcançada através de<br />

palestras ou de aulas de treinamento.<br />

• Realização de apenas uma pesagem: A empresa realiza apenas uma pesagem das frutas, que são<br />

entregues pelos fornecedores, o que dificulta um maior controle sobre os custos de produção.<br />

Sugestão: Ao efetuar uma pesagem quando as frutas são entregues e realizar uma nova pesagem após a<br />

seleção das frutas que irão ser utilizadas no processo produtivo, sendo assim, é de grande importância a<br />

implementação de uma pesagem pós-seleção, para que a organização tenha conhecimento sobre a qualidade


do carregamento que está recebendo e quanto realmente esta pagando por ele.<br />

• Seleção: A empresa realiza apenas uma seleção, o que aumenta o risco de frutas com baixa<br />

qualidade serem utilizadas no processo.<br />

Sugestão: Após a segunda lavagem é recomendável que se realize uma nova seleção para avaliação quanto à<br />

maturação, firmeza, machucados, defeitos causados por fungos, roedores e insetos. Trata-se de uma medida<br />

simples, mas que pode aumentar a qualidade e a confiança do mercado com relação ao produto da empresa.<br />

• Gestão do Estoque: Após a realização do processo de despolpa, a polpa é armazenada em tonéis e<br />

enviada para o estoque. Posterior a fase de processamento foi possível identificar um gargalo na<br />

produção, pois, os tonéis com as polpas não estavam sendo encaminhados para a câmara frigorífica,<br />

devido à falta de espaço decorrente de mau planejamento quanto à organização do estoque. Algumas<br />

vezes, tonéis de uma determinada polpa que precisa ser processada naquele momento estão<br />

localizados abaixo de diversos tonéis, dificultando o fluxo do processo.<br />

Sugestão: Realizar um planejamento quanto ao posicionamento dos tonéis na câmara frigorífica. Esse<br />

planejamento levaria em consideração, entre outros fatores, de qual fruta foi feita a polpa; data que o tonel<br />

foi colocado no estoque; a necessidade de suprir o estoque de determinado produto. O tempo gasto para<br />

procurar e para reorganizar os tonéis no estoque seria reduzido. Sendo assim passado a um funcionário que<br />

ficaria responsável pela execução da nova organização do estoque.<br />

• Não utilização dos rejeitos e a reutilização da água desperdiçada: A empresa em seu processo de<br />

produção naturalmente gera resíduos sólidos – rejeitos da produção, no caso, são frutas que estão<br />

fora das especificações determinadas, sendo assim, são jogadas no lixo, além dos resíduos sólidos,<br />

notou-se um acúmulo de água em um dos setores da empresa, devido a lavagem das caixas<br />

transportadoras das frutas ou polpas.<br />

Sugestão: Reaproveitar os resíduos na fabricação de adubo, ou em alguns casos como o do caju, reaproveitar<br />

as fibras com a finalidade de revender para empresas que a utilizam na fabricação de seus produtos. A<br />

empresa deverá se aprofundar no estudo investir nos serviços de profissionais especializados na área de<br />

compostagem, bem como também na fabricação de fibras. Em relação a água desperdiçada, a empresa pode<br />

adquirir uma mini-estação de tratamento, que já vem pré-pronta, de custo baixo, que pode tratar a água para<br />

utilizar na higienização do piso, e lavagem dos carros em motos que distribuem as polpas.<br />

8. CONCLUSÃO<br />

As empresas e/ou indústrias para se tornarem eficazes e competitivas no mercado atual, necessitam de um<br />

bom planejamento e controle de todas suas ações, assim como seus processos produtivos, medidas essas, que<br />

ao serem bem elaboradas e efetivadas trarão seus benefícios não só pra a organização, mas também para todo<br />

um macro-ambiente que se inter-relaciona com a empresa, tais melhorias serão rapidamente direcionadas e<br />

percebida pelos clientes, passando pela redução dos custos na produção e conseqüentemente do produto<br />

final, como também na facilidade de cumprimentos de prazos de entrega, chegando também na segurança<br />

dos produtos e/ou serviço oferecidos, entre outras melhorias que poderão ser obtidas.<br />

Durante a pesquisa, um dos pontos mais latentes de desperdício pertencia ao setor de envase, decorrente de<br />

panes mecânicas. Este problema atrelado a falta de comunicação e planejamento podem acarretar para<br />

empresa, entre outras limitações, perda de tempo, degeneração dos produtos processados e/ou em espera,<br />

aumento de custos e a necessidade de horas extras para cumprir determinadas tarefas que poderiam ser<br />

facilmente realizadas se houvesse uma padronização e organização das tarefas. Desta forma, a busca pelo<br />

melhoramento contínuo é de grande importância para qualquer organização, devido ao mercado competitivo<br />

crescente, pressões da concorrência e econômicas e principalmente, devido aos clientes, as empresas<br />

precisam reestruturar-se para manterem-se competitivas.<br />

Foi identificado que a empresa de Polpa de Frutas, líder no mercado de João Pessoa, deve buscar cada vez<br />

mais observar para o aperfeiçoamento do seu produto, através da melhoria contínua do seu processo<br />

produtivo (Etapas do Processo, Gestão do Estoque, Gargalos, Melhoria contínua), pois desta forma galgará<br />

posições elevadas de competição no mercado, não só localmente, mas também no cenário Nacional,<br />

oferecendo aos seus clientes produtos saudáveis, ricos em proteínas, tudo isso, a um baixo custo, com uma


entabilidade alta e competitiva no mercado, destacando-se assim, como uma empresa referência na<br />

qualidade da produção de Polpa de Frutas.<br />

REFERÊNCIAS<br />

ANDRA<strong>DE</strong>, M. Como preparar trabalhos acadêmicos de pós-graduação: noções práticas – 6ª ed. São<br />

Paulo: Editora Atlas, 2004.<br />

COZBY, P.C. Métodos de Pesquisa em Ciência do Comportamento. São Paulo: Editora Atlas, 2003.<br />

COSTA, N. E. P. Marketing Imobiliário. Goiânia: AB, 2002.<br />

ITAMETAL. Produção de Polpa de Fruta Congelada por Prensagem. Disponível em: <<br />

http://www.itametal.com.br/informacoes/polpa_prensada.html > Acesso em: 27 de nov. 2008.<br />

LÉLLIS, J. A. Qualidade: A normatização na Indústria de Polpa de Fruta. 1994. 246 f. Dissertação<br />

(Mestrado em Engenharia de Produção) – Departamento de Engenharia de Produção, UFPB, João Pessoa.<br />

MELHADO, S. Estudos de caso: Definição e aplicações. 2008. Disponível em: <<br />

http://pcc5746.pcc.usp.br/Textos_Tecnicos/PCC%205746%20Estudos%20de%20caso%202008.pdf ><br />

Acesso em: 25 de nov. 2008.<br />

SEBRAE. Fábrica de Polpa de Frutas. Disponível em: < http://www.sebraesc.com.br/produtos/produto.aspvcdtexto=4097&%5E%5E<br />

> Acesso em: 27 de nov. 2008.<br />

SEBRAE–PE. Polpa de Frutas: Perfil Industrial. 2. ed. Disponível em:<br />

Acesso em 26 de nov. 2008.<br />

SLACK, N.; STUART C.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007.<br />

SOUZA, A. J. F. P.; LOPEZ, A. P. A.; ANDRA<strong>DE</strong>, C. Metodologia, método e técnica de investigação<br />

científica em Ciência da Informação: teses e dissertações do Programa de Pós-Graduação em Ciência da<br />

Informação da Universidade de Brasília (PPGCInf/UnB) em 2006-2007). Disponível em:<br />

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PEINADO, J.; GRAEML, A. Administração da Produção: Operações Industriais e de Serviços. Curitiba:<br />

UnicenP, 2007. Disponível em: <<br />

http://cassandra.zshare.net/download/2df3afb4724f51d5d1a584b10fa0433d/1204580683/8313444/livroadm.<br />

pdf.> Acesso em: 27 de nov. 2008.<br />

AGRA<strong>DE</strong>CIMENTOS<br />

Agradecemos ao professor Jimmy de Almeida Léllis, ao gestor da empresa pesquisada bem como seus<br />

colaboradores pela ajuda na formatação do artigo, do IV CONNEPI.

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