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Trabalho 324 melhora da saúde física e mental depois da histerectomia (BRUNNER e SUDDARTH, 2002). A partir deste momento, a enfermagem tem um papel muito importante, pois deverá estar presente, sendo o profissional mais próximo da paciente durante o período de internação. Por isso, deverá elucidar todas as dúvidas, inseguranças e medos, enfim quaisquer dificuldade que possa vir a surgir. A presença da família, também é importante, para que a mulher se sinta segura de si, sabendo que posteriormente terá o apoio necessário para sua recuperação, podendo se restabelecer retornando suas atividades normais, bem como seu trabalho, sua posição como mulher e mãe (CARVALHO, 2005) 2975
Trabalho 324 CAPÍTULO 2 ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS DAS MULHERES HISTERECTOMIZADAS. A cirurgia de histerectomia é um procedimento realizado em grande número para a remoção dos órgãos reprodutivos internos femininos, para tratamento na cura de miomas e cânceres de colo de útero. A situação sócio econômica das mulheres submetidas à cirurgia de histerectomia é dividida em dois grandes grupos. De acordo com Muraro (1983), esta divisão é realizada considerando a situação econômica, social e cultural das pacientes. Definindo assim, um grupo formado por mulheres trabalhadoras e/ ou operárias que constituem o nível sócio econômico baixo; e o outro, composto por mulheres de classe social média alta que formam o nível sócio econômico médio alto, com mulheres geralmente com formação de nível superior que exercem ou não suas profissões. Junto com o fator econômico que define os dois grupos, tem – se, de acordo com Muraro (1983), a concepção de mundo das mulheres que caracterizam cada pólo. As pessoas provenientes do nível sócio econômico baixo concebem que sua existência é marcada pelo trabalho, atribuindo assim ao próprio corpo a função de desempenhar as funções que sua profissão e vida exigem. Já as mulheres provenientes da classe social média alta, concebem sua existência pautada no próprio bem estar, gerando com isso a existência dos cuidados clínicos e estéticos do próprio corpo. Considerando os fatores apontados anteriormente, tem – se nos estudos estabelecidos por Muraro (1983), que a situação econômica das mulheres que precisam ser submetidas à cirurgia de histerectomia, leva em conta a percepção individual que cada uma tem a respeito da necessidade da retirada do útero. Ou seja, nas mulheres, pertencentes a classe social menos favorecida, que fazem do próprio corpo a força motriz que lhes asseguram a própria vivência, a necessidade da cirurgia gera uma significativa esperança por livrá-la da dor e incômodos da doença, tanto na vida profissional, como na vida pessoal. 2976
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