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My title - Departamento de Matemática da Universidade do Minho

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12 TRANSITIVIDADE E ÓRBITAS DENSAS 80<br />

nowhere <strong>de</strong>nse se i ≠ j, tal que f (X i ) = X i+1 mod k e as restrições f n | Xi são topologicamente<br />

+transitivas. ( A i<strong>de</strong>ia é escolher um ponto x ∈ X tal que ω f (x) = X, e <strong>de</strong>finir X i =<br />

ω f n f i (x) ) ...<br />

12.2 Minimali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

A transitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> implica que muitos pontos têm órbitas <strong>de</strong>nsas. Isto não impe<strong>de</strong> que exitam pontos<br />

x cujas órbitas O + f<br />

(x) tenham a<strong>de</strong>rências estritamente conti<strong>da</strong>s em X.<br />

Conjuntos minimais. Seja f : X → X uma transformação contínua. Um subconjunto fecha<strong>do</strong><br />

e não vazio K ⊂ X é dito minimal se é +invariante e se não contém subconjuntos próprio fecha<strong>do</strong>s<br />

e +invariantes.<br />

A órbita <strong>de</strong> um ponto periódico é um exemplo <strong>de</strong> um conjunto minimal.<br />

Se K é minimal, então a órbita <strong>de</strong> to<strong>do</strong> x ∈ K é <strong>de</strong>nsa em K, pois caso contrário a a<strong>de</strong>rência<br />

O + f<br />

(x) seria um subconjunto próprio <strong>de</strong> K, fecha<strong>do</strong> e +invariantes. Isto implica que em particular<br />

x ∈ ω f (x), e portanto to<strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> um conjunto minimal é recorrente.<br />

Se Min f <strong>de</strong>nota a reunião <strong>do</strong>s subconjuntos minimais <strong>de</strong> X, as inclusões são<br />

Per f ⊂ Min f ⊂ Rec f<br />

Uma transformação arbitrária f : X → X po<strong>de</strong> não admitir conjuntos minimais (pense numa<br />

translação <strong>da</strong> reta real).<br />

( X compacto ⇒ Min f ≠ ∅) Se o espaço X é compacto, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar a família C<br />

<strong>do</strong>s subconjunto C ⊂ X que são fecha<strong>do</strong>s, não vazios e +invariantes, muni<strong>da</strong> <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m parcial<br />

“⊂”. A família contém pelo menos um elemento, o próprio X. Pelo lema <strong>de</strong> Zorn 27 (observe<br />

que to<strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia ... ⊂ C i+1 ⊂ C i ⊂ ... <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> C tem um limite inferior, porque uma<br />

interseção <strong>de</strong> compactos encaixa<strong>do</strong>s é um compacto não vazio, e a invariância é preserva<strong>da</strong>), C<br />

contém um elemento minimal K, e este elemento minimal é um conjunto minimal. Em geral, se<br />

uma transformação f : X → X admite um compacto C ⊂ X tal que f (C) ⊂ C, então admite pelo<br />

menos um conjunto minimal K ⊂ C.<br />

( X compacto ⇒ Rec f ≠ ∅) Corolario é que uma transformação f : X → X <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> num<br />

compacto admite pelo menos um ponto recorrente (que po<strong>de</strong> ser único!), pois Min f ⊂ Rec f .<br />

Transformações minimais. Uma transformação contínua f : X → X é minimal se verifica<br />

uma <strong>da</strong>s condições equivalentes:<br />

i) to<strong>da</strong> órbita O + f<br />

(x) é <strong>de</strong>nsa em X,<br />

ii) X não contém um subconjunto próprio fecha<strong>do</strong> e +invariante, e portanto é um conjunto<br />

minimal.<br />

A equivalência i) ⇔ ii) acima é obvia. Se X é um espaço discreto, a minimali<strong>da</strong><strong>de</strong> implica<br />

que X é composto por uma unica órbita, que po<strong>de</strong> ser finita. Caso contrário, uma transformação<br />

minimal não tem pontos periódicos.<br />

(minimal ⇒ +transitiva) Obviamente, uma transformação minimal é +transitiva.<br />

27 O lema <strong>de</strong> Zorn é um teorema <strong>de</strong> existência equivalente ao axioma <strong>da</strong> escolha.<br />

Seja Ω um conjunto não vazio. Uma or<strong>de</strong>m parcial em Ω é uma relação ≼ reflexiva (x ≼ x ∀x ∈ Ω), anti-simétrica<br />

(x ≼ y e y ≼ x ⇒ x = y) e transitiva (x ≼ y e y ≼ z ⇒ x ≼ z). Um conjunto parcialmente or<strong>de</strong>na<strong>do</strong> é um par<br />

(Ω, ≼), um conjunto não vazio Ω muni<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma or<strong>de</strong>m parcial ≼.<br />

Uma or<strong>de</strong>m em Ω é uma or<strong>de</strong>m parcial ≼ tal que ∀x, x ′ ∈ Ω temos x ≼ x ′ ou x ′ ≼ x. Um conjunto (totalmente)<br />

or<strong>de</strong>na<strong>do</strong> é um par (Ω, ≼), um conjunto não vazio Ω muni<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma or<strong>de</strong>m ≼.<br />

Seja (Ω, ≼) um conjunto parcialmente or<strong>de</strong>na<strong>do</strong>. Uma ca<strong>de</strong>ia em Ω é um subconjunto não vazio C ⊂ Ω tal que a<br />

restrição <strong>de</strong> ≼ <strong>de</strong>fine uma or<strong>de</strong>m em C, i.e. tal que ∀c, c ′ ∈ C temos c ≼ c ′ ou c ′ ≼ c.<br />

Sejam (Ω, ≼) um conjunto parcialmente or<strong>de</strong>na<strong>do</strong> e seja A ⊂ Ω um subconjunto não vazio. Um elemento s ∈ Ω é<br />

dito um limite superior (inferior) <strong>de</strong> A se s ≼ a ∀a ∈ A (se a ≼ s ∀a ∈ A). Um elemento m ∈ A é dito elemento<br />

maximal (minimal) <strong>de</strong> A se nenhum outro elemento <strong>de</strong> A é maior (menor) que m, ou seja se ∀a ∈ A m ≼ a (a ≼ m)<br />

⇒ a = m.<br />

Lema <strong>de</strong> Zorn. Seja Ω um conjunto não vazio e parcialmente or<strong>de</strong>na<strong>do</strong> por ≼, tal que to<strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia C ⊂ Ω tem<br />

limite superior (inferior). Então Ω contém um elemento maximal (minimal).

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