My title - Departamento de Matemática da Universidade do Minho
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5 ÓRBITAS REGULARES E PERTURBAÇÕES 36<br />
<strong>de</strong>m. Pela continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> f ′ , existem λ < 1 e uma bola B = B ε (p) centra<strong>da</strong> em p tais que<br />
|f ′ (x)| < λ para to<strong>do</strong> x ∈ B. O teorema <strong>do</strong> valor médio implica que f ( B ) ⊂ B, pois se d (x, p) ≤ ε<br />
então<br />
d (f (x) , p) ≤ λ · d (x, p) < ε<br />
e que d (f (x) , f (x ′ )) ≤ λ · d (x, x ′ ) se x, x ′ ∈ B. Portanto, f | B<br />
: B → B é uma contração, e o<br />
princípio <strong>da</strong>s contrações diz que a trajetória <strong>de</strong> to<strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> B converge para p. O resulta<strong>do</strong> é<br />
que B ⊂ W s (p), i.e. a bacia <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> p é uma vizinhança <strong>de</strong> p.<br />
Pontos fixos repulsivos. A or<strong>de</strong>m <strong>da</strong> reta real permite codificar um comportamento “oposto”<br />
à atrativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Sejam f : I → I uma transformação <strong>de</strong> classe C 1 <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> num intervalo I ⊂ R, e<br />
p ∈ I um ponto fixo <strong>de</strong> f.<br />
Teorema. Se |f ′ (p)| > 1, então p é “repulsivo”, i.e. admite uma vizinhança B tal que a trajetória<br />
<strong>de</strong> to<strong>do</strong> ponto x ∈ B distinto <strong>de</strong> p sai <strong>da</strong> vizinhança em tempo finito.<br />
<strong>de</strong>m. Pela continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> f ′ , existem λ > 1 e um intervalo B = [p − ε, p + ε] centra<strong>do</strong> em p tais<br />
que |f ′ (x)| > λ para to<strong>do</strong> x ∈ B. Observem também que f é estritamente crescente ou <strong>de</strong>crescente<br />
em B, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> sinal <strong>de</strong> f ′ (p), e portanto envia bijetivamente intervalos em intervalos. Agora,<br />
seja x ∈ B um ponto diferente <strong>de</strong> p, e suponhamos que f k (x) ∈ B para to<strong>do</strong> tempo 0 ≤ k ≤ n. A<br />
regra <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia implica que as <strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s f k em x crescem exponencialmente, pois<br />
∣ ( f k) ∣<br />
′ ∣∣ ∣<br />
(x) = ∣f ′ ( f k−1 (x) )∣ ∣<br />
∣ · ∣f ′ ( f k−2 (x) )∣ ∣ · ... · |f ′ (x)| > λ k<br />
para to<strong>do</strong> k ≤ n. O teorema <strong>do</strong> valor médio implica que n não po<strong>de</strong> ser arbitrariamente gran<strong>de</strong>,<br />
porque<br />
d (p, f n (x)) ≥ λ n · d (p, x) e d (p, f n (x)) ≤ ε<br />
são incompatíveis quan<strong>do</strong> n é gran<strong>de</strong>. Portanto, existe um tempo n ≥ 1 tal que f n (x) /∈ B.<br />
Cui<strong>da</strong><strong>do</strong>: este resulta<strong>do</strong> é “local”. A condição |f ′ (p)| > 1 não contém informação acerca <strong>da</strong><br />
bacia <strong>de</strong> atração <strong>de</strong> p.<br />
Também, a condição |f ′ (p)| > 1 não é suficiente para <strong>de</strong>cidir a repulsivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um ponto fixo<br />
em dimensão maior, pois po<strong>de</strong>m existir “direções” on<strong>de</strong> f estica as distâncias e outras on<strong>de</strong> f<br />
reduz as distâncias...<br />
Exercícios.<br />
• Dê exemplos que mostram que o conjunto estável <strong>de</strong> um ponto fixo repulsivo p po<strong>de</strong> conter<br />
estritamente {p}.<br />
• Procure uma boa <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> órbita periódica atrativa.<br />
(Observe que, se { p, f(p), ..., f n−1 (p) } é uma órbita, a <strong>de</strong>riva<strong>da</strong> <strong>de</strong> f n é a mesma em to<strong>do</strong>s<br />
os seus pontos pela regra <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia. Se ∣ ∣ (f n ) ′ (p) ∣ ∣ < 1, então p é um ponto fixo atrativo <strong>da</strong><br />
transformação f n , e portanto existe uma vizinhança B <strong>de</strong> p tal que f kn (x) → k→∞ p para<br />
to<strong>do</strong> x ∈ B. Então B ∪ f −1 (B) ∪ ... ∪ f −(n−1) (B) é uma vizinhança <strong>da</strong> órbita periódica, e<br />
as trajetórias <strong>do</strong>s seus pontos são assimptóticas à órbita <strong>de</strong> p ...)<br />
• Consi<strong>de</strong>r the family of quadratic maps<br />
x ↦→ λx 2<br />
<strong>de</strong>pending on the parameter λ. Find the basin of attraction of the fixed point p = 0, and<br />
<strong>de</strong>scribe the speed of convergence of convergent trajectories.<br />
• Se p é um ponto fixo <strong>de</strong> f : R → R tal que f ′ (p) = 1, então tu<strong>do</strong> ou quase tu<strong>do</strong> po<strong>de</strong><br />
acontecer! O conjunto estável <strong>de</strong> p po<strong>de</strong> ser uma vizinhança <strong>de</strong> p, po<strong>de</strong> ser só {x}, ou po<strong>de</strong><br />
conter uma “meia vizinhança” <strong>de</strong> p, um intervalo <strong>do</strong> género [p, p ± ε[ ...<br />
Estu<strong>de</strong> os exemplos<br />
e invente outros.<br />
x ↦→ x ± x 3 e x ↦→ x ± x 2