19.01.2015 Views

My title - Departamento de Matemática da Universidade do Minho

My title - Departamento de Matemática da Universidade do Minho

My title - Departamento de Matemática da Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

5 ÓRBITAS REGULARES E PERTURBAÇÕES 32<br />

• Seja f : R 2 → R 2 a transformação linear <strong>do</strong> plano <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> por<br />

( ) a b<br />

x ↦→ x<br />

c d<br />

Estu<strong>de</strong> a bacia <strong>de</strong> atração <strong>do</strong> ponto fixo 0 ao variar os parâmetros a, b, c, d.<br />

5.3 Dinâmica <strong>da</strong>s contrações<br />

Dinâmica <strong>da</strong>s contrações. Seja (X, d) um espaço métrico. Uma aplicação f : X → X é uma<br />

contração (ou λ-contração se é importante lembrar o valor <strong>de</strong> λ) se é Lipschitz e tem constante <strong>de</strong><br />

Lipschitz λ < 1, ou seja se existe 0 ≤ λ < 1 tal que para to<strong>do</strong>s x, x ′ ∈ X<br />

d(f(x), f(x ′ )) ≤ λ · d(x, x ′ )<br />

A dinâmica <strong>da</strong>s contrações é simples, e é <strong>de</strong>scrita pelo<br />

Princípio <strong>da</strong>s contrações (teorema <strong>de</strong> ponto fixo <strong>de</strong> Banach). To<strong>da</strong>s as trajetórias <strong>de</strong><br />

uma contração f : X → X são sucesssões <strong>de</strong> Cauchy, e a distância entre ca<strong>da</strong> duas trajetórias<br />

diminue exponencialmente no tempo. Se X é completo, então f tem um e um único ponto fixo p, e<br />

a trajetória <strong>de</strong> to<strong>do</strong> ponto x ∈ X converge exponencialmente para o ponto fixo, ou seja f n (x) → p<br />

quan<strong>do</strong> n → ∞.<br />

<strong>de</strong>m. Seja x 0 ∈ X um ponto arbitrário, e seja (x n ) a sua trajetória, i.e. x n+1 = f(x n ). Iteran<strong>do</strong><br />

a contrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> vê-se que d (x k+1 , x k ) ≤ d(x 1 , x 0 )·λ k . Usan<strong>do</strong> k vezes a <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> triângulo<br />

e <strong>de</strong>pois a convergência <strong>da</strong> série geométrica <strong>de</strong> razão λ, vê-se que<br />

d(x n+k , x n )<br />

≤<br />

k−1<br />

∑<br />

k−1<br />

∑<br />

d(x n+j+1 , x n+j ) ≤ d(x 1 , x 0 ) ·<br />

j=0<br />

≤ d(x 1 , x 0 ) · λ n ·<br />

j=0<br />

j=0<br />

λ n+j<br />

∞∑<br />

λ j ≤<br />

λn<br />

1 − λ · d(x 1, x 0 ).<br />

Portanto, (x n ) é uma sucessão <strong>de</strong> Cauchy, pois λ n ·d(x 1 , x 0 )/ (1 − λ) é menor <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> ε > 0 a partir<br />

<strong>de</strong> um n (ε) suficientemente gran<strong>de</strong>. A continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> f implica que o limite p = lim n→∞ x n , que<br />

existe se X é completo, é um ponto fixo <strong>de</strong> f. A unici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ponto fixo é evi<strong>de</strong>nte, pois se p e p ′<br />

são fixos então d (p, p ′ ) = d (f (p) , f (p ′ )) ≤ λ · d (p, p ′ ) com λ < 1, <strong>do</strong>n<strong>de</strong> d (p, p ′ ) = 0. Por outro<br />

la<strong>do</strong>, a contrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> também diz que d(x n , p) ≤ λ n · d(x 0 , p), ou seja que a convergência x n → p<br />

é exponencial.<br />

Estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s contrações. Uma contração f : X → X <strong>do</strong> espaço métrico completo X<br />

po<strong>de</strong> ser pensa<strong>da</strong> como uma “máquina” que calcula o ponto fixo p = lim n→∞ f n (x) a partir <strong>de</strong><br />

uma condição inicial arbotráriax ∈ X. O problema é <strong>de</strong>cidir se uma pequena perturbação <strong>de</strong> f<br />

, digamos g : X → X, produz um ponto fixo p ′ próximo <strong>de</strong> p. A resposta consiste em formular<br />

um resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> “continui<strong>da</strong><strong>de</strong>”, que diga que um controle <strong>da</strong> “distância” entre f e g permite ter<br />

um controle <strong>da</strong> distância entre p ′ e p. Ora, se d ∞ (f, g) < δ, a transformação g po<strong>de</strong> não ser uma<br />

contração, por quanto pequeno seja o δ > 0 (para se convencer, po<strong>de</strong> traçar gráficos <strong>de</strong> contrações<br />

<strong>da</strong> reta real, e ver que numa δ-vizinhança cabem gráficos <strong>de</strong> transformações mais chatas...). Uma<br />

solução é admitir que X tenha uma estrutura diferenciável e que as transformações sejam <strong>de</strong> classe<br />

C 1 . A condição ‖f − g‖ C 1 < δ implica que, se f é uma λ-contração e δ < 1 − λ, então também g é<br />

uma contração e tem constante <strong>de</strong> Lipschitz ≤ λ + δ. Mais vale procurar o teorema <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

diretamente <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espaço <strong>da</strong>s contrações.<br />

Teorema (perturbação <strong>da</strong> contração). Seja f : X → X uma λ-contração <strong>do</strong> espaço métrico<br />

completo (X, d), e seja p ∈ X o seu ponto fixo. Para to<strong>do</strong> ε > 0 existe 0 < δ < 1 − λ tal que se<br />

g : X → X uma (λ + δ)-contração a distância d ∞ (f, g) < δ, e se p ′ é ponto fixo <strong>de</strong> g, então<br />

d(p, p ′ ) < ε

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!