My title - Departamento de Matemática da Universidade do Minho
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3 SISTEMAS DINÂMICOS TOPOLÓGICOS, DEFINIÇÕES BÁSICAS 19<br />
3.5 Conjuntos invariantes<br />
Conjuntos invariantes. A função característica <strong>do</strong> subconjunto A ⊂ X é invariante sse f −1 (A) =<br />
A. Uma <strong>de</strong>finição consistente com esta observação é a seguinte: um subconjunto A ⊂ X é dito<br />
invariante se<br />
f −1 (A) = A<br />
Esta condição implica que f (A) ⊂ A, e portanto um ponto <strong>de</strong> um conjunto invariante tem to<strong>da</strong> a<br />
sua história, futura e passa<strong>da</strong>, conti<strong>da</strong> no conjunto.<br />
Observe que GO f (x) é o menor conjunto invariante que contém x, e portanto um conjunto<br />
invariante é uma reunião <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s órbitas, é composto pelas histórias possíveis passa<strong>da</strong>s e futuras<br />
<strong>do</strong>s seus pontos.<br />
Se f é invertível, O f (x) é o menor conjunto invariante que contém x. Isto implica que, se<br />
f : X → X é invertível, um subconjunto A ⊂ X é invariante sse é uma reunião <strong>de</strong> órbitas<br />
completas, i.e. se A = ∪ x∈A O f (x).<br />
Conjuntos ±invariantes. Não há maneira <strong>de</strong> evitar o problema <strong>de</strong> distinguir entre outras<br />
noções <strong>de</strong> invariância. Um subconjunto A ⊂ X é dito +invariante se f(A) ⊂ A (se o futuro <strong>do</strong>s<br />
pontos <strong>de</strong> A vive em A), e é dito −invariante se f −1 (A) ⊂ A (se o passa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s pontos <strong>de</strong> A está<br />
em A, ou os pontos <strong>de</strong> A “veem” <strong>de</strong> A).<br />
Em particular, se A é +invariante é possível <strong>de</strong>finir o sistema dinâmico f | A : A → A.<br />
Exercícios.<br />
• Descubra as implicações entre as condições<br />
f −1 (A) = A , f(A) ⊂ A , f −1 (A) ⊂ A ,<br />
f(A) = A , e f −1 (A) = A = f(A)<br />
para uma transformação qualquer, uma transformação sobrejetiva e uma transformação bijetiva.<br />
• Consi<strong>de</strong>re o conjunto C igual a GO f (x), O f (x) ou O + f<br />
(x) para algum ponto x ∈ X, e<br />
<strong>de</strong>termine as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> invariância <strong>do</strong>s conjuntos C, C, ∂C e C ′ .<br />
• Seja A ⊂ X. Mostre que ∪ n≥0 f n (A) é um conjunto +invariante, <strong>de</strong> fato o menor conjunto<br />
+invariante que contém os pontos <strong>de</strong> A..<br />
• Seja A ⊂ X. Mostre que, se f : X → X é invertível, então ∪ n∈Z f n (A) é um conjunto<br />
invariante, <strong>de</strong> fato o menor conjunto invariante que contém os pontos <strong>de</strong> A.<br />
• Seja ϕ : X → R um observável, e seja A ⊂ X o conjunto <strong>do</strong>s pontos x ∈ X tais que o limite<br />
ϕ (x) = lim n→∞ ϕ n (x) existe. Mostre que A é invariante, e que o observável ϕ : A → R é<br />
invariante com respeito à transformação f | A : A → A.<br />
3.6 Conjugação topológica<br />
Conjugação. Os sistemas dinâmicos topológicos f : X → X e g : Y → Y são (topologicamente)<br />
conjuga<strong>do</strong>s se existe um homeomorfismo h : X → Y , dito conjugação, tal que<br />
h ◦ f = g ◦ h<br />
Observe que a condição po<strong>de</strong> também ser escrita como f = h −1 ◦ g ◦ h, e que é uma relação <strong>de</strong><br />
equivalência. Por indução, vê-se que f n = h −1 ◦ g n ◦ h para to<strong>do</strong> tempo n ≥ 0. Em particular,<br />
uma conjugação h envia órbitas <strong>de</strong> f em órbitas <strong>de</strong> g.<br />
A i<strong>de</strong>ia é que duas transformações topologicamente conjuga<strong>da</strong>s são indistinguíveis <strong>do</strong> ponto<br />
<strong>de</strong> vista topológico (estamos simplesmente a mu<strong>da</strong>r o nome aos pontos <strong>do</strong> espaço <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s), e<br />
portanto mais vale estu<strong>da</strong>r a dinâmica <strong>de</strong> um representante por ca<strong>da</strong> classe <strong>de</strong> equivalência.