Soares da Costa

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22 de Março de 2013<br />

<strong>Soares</strong> <strong>da</strong> <strong>Costa</strong>


Revista de Imprensa<br />

22-03-2013<br />

1. (PT) - Diário Económico - Finanças Pessoais, 22/03/2013, BES tomba 8% e vive a pior semana dos últimos<br />

seis meses<br />

1<br />

2. (PT) - Diário Económico - Finanças Pessoais, 22/03/2013, Dívi<strong>da</strong> lusa em abundância 3<br />

3. (PT) - Transportes em Revista - Passageiros & Mobili<strong>da</strong>des, 01/02/2013, Consórcio Elos pede<br />

indemnização de 160 milhões<br />

6


Tiragem: 16903<br />

Pág: 14<br />

A1<br />

País: Portugal<br />

Period.: Semanal<br />

Cores: Preto e Branco<br />

Área: 27,04 x 33,54 cm²<br />

ID: 46776780<br />

22-03-2013 | Finanças Pessoais<br />

Âmbito: Economia, Negócios e.<br />

Corte: 1 de 2<br />

O banco liderado por Ricardo Salgado<br />

não vivia uma semana tão má, em<br />

bolsa, desde Setembro do ano passado.<br />

Paulo Figueiredo<br />

ANÁLISE<br />

BES tomba 8% e vive a pior semana<br />

dos últimos seis meses<br />

Os bancos estiveram entre as cota<strong>da</strong>s mais penaliza<strong>da</strong>s nas sessões dos últimos dias, devido aos receios em torno de Chipre.<br />

Depois de ter provado ganhos<br />

nas duas semanas anteriores,<br />

os receios em torno de Chipre<br />

voltaram a derrubar o índice de<br />

referência nacional, à semelhança<br />

do que aconteceu com<br />

as principais praças europeias.<br />

O PSI 20 deslizou 1,45% nas últimas quatro<br />

sessões, com os bancos a protagonizarem os<br />

piores desempenhos do índice. O BES lidera as<br />

per<strong>da</strong>s, e acumula uma desvalorização de 8,04%<br />

em apenas quatro dias. É o pior desempenho semanal<br />

do banco desde Setembro do ano passado.<br />

O banco liderado por Ricardo Salgado é seguido<br />

pelo BPI, que já perdeu 6,91% desde o início<br />

<strong>da</strong> semana. O BCP (-3,6%) e o Banif (-3,03%)<br />

acompanham as desvalorizações e também têm<br />

sinal vermelho no acumulado <strong>da</strong> semana.<br />

Apressionartemestadoasituaçãocipriota.Recorde-se<br />

que Nicósia pediu aju<strong>da</strong> financeira às autori<strong>da</strong>desinternacionaisnofinal<strong>da</strong>semanapassa<strong>da</strong>,masaimposiçãodeumimpostosobreosdepósitos<br />

dos cipriotas fez com que o Governo de Chipre<br />

chumbasse o pedido de aju<strong>da</strong> no Parlamento.<br />

O Executivo já avisou que, se não receber aju<strong>da</strong>, os<br />

bancos cipriotas não aguentam uma semana, mas<br />

nãoestáfácilchegaraacordocoma‘troika’.Entretanto,<br />

ontem o BCE avisou que Chipre tem que tomar<br />

uma decisão até segun<strong>da</strong>-feira, prazo após o<br />

qualaaju<strong>da</strong>financeiraficaindisponível.<br />

E enquanto a zona euro começa a recear pela<br />

As incertezas em torno de<br />

Chipre têm estado a marcar<br />

o sentimento nos mercados<br />

accionistas por to<strong>da</strong> a<br />

Europa. Portugal não foi<br />

excepção.<br />

EVOLUÇÃO DO PSI 20<br />

A praça lisboeta continua a negociar acima <strong>da</strong> linha de água<br />

no acumulado do ano.<br />

Fonte: Bloomberg<br />

6500<br />

6000<br />

5500<br />

31 Dez 2012<br />

21 Mar 2013<br />

estabili<strong>da</strong>de política e económica <strong>da</strong> região - um<br />

inquéritorevelouquetrêsemca<strong>da</strong>cincocipriotas<br />

querabandonaramoe<strong>da</strong>comunitária-oGoverno<br />

de Chipre está a tentar convencer Moscovo a ceder<br />

ao país um empréstimo de cinco mil milhões<br />

de euros. Note-se que três quartos dos depósitos<br />

embancoscipriotassãodeorigemrussa.<br />

E apesar de os bancos serem dos mais penalizados,<br />

certo é que apenas seis cota<strong>da</strong>s do PSI 20<br />

conseguiram acumular ganhos nos últimos quatro<br />

dias. A Mota-Engil acelerou 7,17% e liderou<br />

as valorizações, impulsiona<strong>da</strong> pelos bons resultados<br />

registados em 2012, e que foram revelados<br />

ao mercado na passa<strong>da</strong> quarta-feira. A construtora<br />

lidera<strong>da</strong> por Gonçalo Moura Martins registou<br />

um crescimento de 22% no resultado líquido<br />

atribuível ao grupo, que atingiu os 40,7 milhões<br />

de euros, em grande parte devido ao reforço na<br />

internacionalização, segundo o comunicado <strong>da</strong><br />

empresa enviado à CMVM.<br />

Apesardestedesempenho,oPSI 20continuaa<br />

conseguir acumular ganhos em 2013 (7%). Nos<br />

próximos dias a solução encontra<strong>da</strong> para Chipre<br />

deverá ditar a tendência dos mercados, e poderá<br />

aliviar ou agravar os receios dos investidores,<br />

numa altura em que a crise na região continua a<br />

ser a referência principal para os mercados. Do<br />

outro lado do Atlântico, em Wall Street, no entanto,osinvestidorestêm-semostradomaisoptimistas<br />

e têm feito os índices tocar máximos de antes<br />

do início <strong>da</strong> crise financeira. ■ Margari<strong>da</strong>VaqueiroLopes<br />

7%<br />

Mota-Engil<br />

A construtora liderou os<br />

ganhos no PSI 20, nos<br />

últimos quatro dias, a<br />

beneficiar dos bons<br />

resultados anuais.<br />

-8%<br />

BES<br />

O banco foi o que mais<br />

perdeu nas últimas quatro<br />

sessões. A penalizar a banca<br />

tem estado a incerteza em<br />

tornodeChipre.<br />

Página 1


Tiragem: 16903<br />

Pág: 15<br />

País: Portugal<br />

Cores: Cor<br />

Period.: Semanal<br />

Área: 17,48 x 32,91 cm²<br />

ID: 46776780<br />

22-03-2013 | Finanças Pessoais<br />

Âmbito: Economia, Negócios e.<br />

Corte: 2 de 2<br />

AS ÚLTIMAS RECOMENDAÇÕES<br />

Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />

Valor Mobiliário Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano de pagamento yield% anual%<br />

Compartimento A<br />

ALTRI SGPS SA 21/03/2013 2.00 0.00 -0.05 2.00 1.95 426273 2.03 0.95 0.02 5/25/2012 1.00 32.33<br />

B.COM.PORTUGUES 21/03/2013 0.11 - - 0.11 0.11 84899662 0.12 0.05 0.00 4/26/2010 0.00 -14.94<br />

B.ESPIRITO SANTO 21/03/2013 0.90 -0.02 -2.28 0.93 0.89 15256794 1.19 0.43 0.00 0.00 9.87<br />

BANCO BPI SA 21/03/2013 1.09 -0.01 -1.00 1.12 1.07 864421 1.38 0.34 0.07 5/4/2010 6.42 100.51<br />

BRISA 21/03/2013 2.06 -0.02 -0.96 2.10 2.05 45659 2.79 1.62 0.31 5/5/2011 14.90 -15.91<br />

CIMPOR SGPS 21/03/2013 3.39 -0.01 -0.29 3.39 3.35 12997 5.70 2.93 0.17 8/3/2012 4.88 -34.93<br />

EDP 21/03/2013 2.48 0.03 1.39 2.49 2.45 10862994 2.46 1.63 0.19 5/16/2012 7.57 -4.22<br />

EDP RENOVAVEIS 21/03/2013 4.05 0.00 0.05 4.09 3.99 756361 4.43 2.25 0.00 0.00 -15.52<br />

F RAMADA INVEST 21/03/2013 0.89 0.00 0.11 0.89 0.85 24829 0.90 0.55 0.08 5/25/2012 8.99 13.49<br />

GALP ENERGIA 21/03/2013 12.11 -0.03 -0.21 12.15 12.05 1496540 13.57 8.33 0.22 9/18/2012 1.81 3.34<br />

INAPA-INV.P.GEST 21/03/2013 0.19 -0.01 -5.00 0.20 0.19 209531 0.27 0.11 0.00 0.00 -14.29<br />

J MARTINS SGPS 21/03/2013 15.48 -0.28 -1.75 15.85 15.48 502298 16.66 11.26 0.28 4/30/2012 1.75 14.15<br />

PORTUCEL 21/03/2013 2.73 0.01 0.26 2.74 2.71 133532 2.92 1.68 0.22 4/20/2012 8.11 23.98<br />

PORTUGAL TELECOM 21/03/2013 4.09 0.04 0.86 4.12 4.04 3524794 4.46 3.00 0.65 5/25/2012 16.03 -15.75<br />

REN 21/03/2013 2.29 0.02 0.66 2.29 2.28 98601 2.39 1.80 0.17 4/20/2012 7.42 -2.61<br />

Compartimento B<br />

SONAECOM SGPS 21/03/2013 1.65 -0.01 -0.60 1.67 1.63 740955 1.80 1.04 0.07 5/24/2012 4.22 21.89<br />

MOTA ENGIL 21/03/2013 2.04 0.04 2.06 2.07 2.01 575676 2.40 0.95 0.11 5/17/2012 5.51 51.40<br />

SEMAPA 21/03/2013 7.20 0.10 1.41 7.20 7.03 22402 7.41 4.60 0.26 6/11/2012 3.59 5.96<br />

ZON MULTIMEDIA 21/03/2013 3.40 -0.05 -1.45 3.45 3.33 202224 3.64 1.98 0.16 5/25/2012 4.64 27.91<br />

CORTICEIRA AMORI 21/03/2013 2.09 0.07 3.47 2.09 2.09 1 2.10 1.27 0.07 4/30/2012 3.22 18.52<br />

SONAE 02/11/2012 0.58 0.00 -0.52 0.59 0.58 807542 0.59 0.37 0.03 5/30/2012 5.70 -41.15<br />

ZON MULTIMEDIA 02/11/2012 2.55 0.08 3.40 2.57 2.46 961670 2.76 1.76 0.16 5/25/2012 6.48 -31.50<br />

BANCO BPI SA 02/11/2012 0.86 0.00 -0.46 0.88 0.86 889987 0.92 0.34 0.07 5/4/2010 8.18 -61.79<br />

CORTICEIRA AMORI 02/11/2012 1.49 - - 1.51 1.49 4510 1.65 1.17 0.07 4/30/2012 4.36 16.38<br />

Compartimento C<br />

BANIF SA 21/03/2013 0.13 0.00 -1.55 0.13 0.13 233781 0.17 0.12 0.00 0.00 0.00<br />

BENFICA-FUTEBOL 21/03/2013 1.10 0.05 4.76 1.10 1.04 25411 1.18 0.32 0.00 0.00 -40.58<br />

COFINA SGPS 21/03/2013 0.54 -0.01 -1.28 0.55 0.54 63527 0.73 0.30 0.01 5/11/2012 1.83 -22.50<br />

COMPTA 20/03/2013 0.12 - - - - - 0.16 0.05 0.00 0.00 -45.00<br />

ESTORIL SOL N 22/09/1998 9.23 - - - - - 0.00 0.00 0.22 5/16/2007 2.38 3.59<br />

ESTORIL SOL P 15/03/2013 1.26 - - - - - 2.18 1.03 0.25 6/6/2011 19.84 -50.84<br />

FUT.CLUBE PORTO 21/03/2013 0.30 -0.01 -3.23 0.30 0.30 2520 0.49 0.16 0.00 0.00 -54.17<br />

GLINTT 21/03/2013 0.20 - - 0.20 0.19 7272 0.21 0.09 0.00 0.00 -8.33<br />

GRUPO MEDIA CAP 06/03/2013 1.11 - - - - - 1.72 0.70 0.07 4/19/2012 6.20 -39.39<br />

IBERSOL SGPS 21/03/2013 5.40 0.15 2.86 5.40 5.40 3100 5.50 3.25 0.06 5/11/2012 1.05 -1.48<br />

IMOB GRAO PARA 14/03/2013 1.45 - - - - - 3.23 0.91 0.00 0.00 -9.09<br />

IMPRESA SGPS 21/03/2013 0.42 -0.01 -2.33 0.44 0.41 48532 0.54 0.26 0.00 0.00 -34.04<br />

LISGRAFICA 21/03/2013 0.02 -0.01 -33.33 0.02 0.02 20 0.04 0.02 0.00 0.00 -33.33<br />

MARTIFER 21/03/2013 0.65 - - 0.67 0.65 2040 0.96 0.50 0.10 5/6/2010 15.39 -48.15<br />

NOVABASE SGPS 21/03/2013 3.00 0.01 0.30 3.00 2.95 48440 3.08 1.66 0.03 6/4/2012 1.01 10.05<br />

OREY ANTUNES 21/03/2013 1.45 -0.10 -6.45 1.50 1.45 500 1.90 0.85 0.30 6/29/2012 19.05 21.74<br />

REDITUS SGPS 19/03/2013 1.50 - - - - - 4.00 1.50 0.00 0.00 -41.79<br />

S.COSTA 21/03/2013 0.22 -0.01 -4.35 0.22 0.22 70400 0.33 0.12 0.02 6/13/2011 9.44 -64.86<br />

S.COSTA-PREF 22/02/2010 1.20 - - - - - 1.20 1.20 0.05 6/22/2012 4.17 0.00<br />

SAG GEST 21/03/2013 0.30 0.01 3.45 0.30 0.29 7631 0.46 0.27 0.00 0.00 -21.43<br />

SONAE CAPITAL 21/03/2013 0.18 - - 0.18 0.17 8874 0.22 0.11 0.00 0.00 -48.15<br />

SONAE INDUSTRIA 21/03/2013 0.59 0.00 -0.34 0.59 0.58 153498 0.68 0.38 0.00 0.00 -22.99<br />

SPORTING 21/03/2013 0.46 0.16 53.33 0.46 0.46 1000 0.48 0.15 0.00 0.00 -63.64<br />

SUMOL COMPAL 20/03/2013 1.12 - - - - - 1.24 1.01 0.06 5/25/2012 5.36 -6.72<br />

TEIXEIRA DUAR SA 21/03/2013 0.48 -0.01 -2.04 0.50 0.48 38300 0.61 0.19 0.02 6/16/2011 3.06 52.38<br />

TOYOTA CAETANO 19/03/2013 0.95 - - - - - 2.10 0.67 0.19 5/25/2011 20.00 -76.00<br />

VAA VISTA ALEGRE 19/03/2013 0.09 - - - - - 0.10 0.06 0.00 0.00 14.29<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 19/03/2013 0.08 - - - - - 0.08 0.04 0.00 0.00 20.00<br />

Compartimento Estrangeiras<br />

BANCO POPULAR 21/03/2013 0.64 -0.03 -4.48 0.66 0.64 31060.00 1.66 0.52 0.09 6/26/2012 13.75 -68.00<br />

BANCO SANTANDER 21/03/2013 5.65 -0.08 -1.40 5.74 5.57 112529.00 6.60 3.86 0.59 5/2/2013 10.29 3.28<br />

E.SANTO FINANC N 04/03/2013 5.60 - - - - - 5.60 4.59 0.24 6/3/2011 4.25 -41.67<br />

E.SANTO FINANCIA 21/03/2013 5.13 -0.05 -0.97 5.22 5.13 39294.00 5.73 5.00 0.24 6/3/2011 4.60 2.52<br />

AS ÚLTIMAS RECOMENDAÇÕES<br />

MÉDIAS DOS PREÇOS-ALVO<br />

EDP<br />

Preço-alvo<br />

Cotação actual<br />

2,40€ 2,47€ Potencial<br />

-2,8%<br />

Neutral O NMAS 1 baixou o preço-alvo para as acções <strong>da</strong> energética, de 2,41 para 2,40 euros mas<br />

manteve a recomen<strong>da</strong>ção de ‘neutral’.<br />

MOTA-ENGIL<br />

Preço-alvo<br />

Cotação actual<br />

2,50€ 2,03€ Potencial<br />

23%<br />

Buy Os analistas do BESI mantiveram o ‘target’ para os títulos <strong>da</strong> construtora, e reiteraram a<br />

recomen<strong>da</strong>ção de ‘buy’.<br />

JERÓNIMO MARTINS<br />

Preço-alvo<br />

Cotação actual<br />

18€ 15,4€ Potencial<br />

16%<br />

Outperform O Exane BNP Paribas subiu de 16,80 para 18 euros o preço-alvo <strong>da</strong> Jerónimo Martins e<br />

manteve a recomen<strong>da</strong>ção de ‘outperform’ para as acções <strong>da</strong> retalhista.<br />

Empresa<br />

‘Target’<br />

Altri 1,955<br />

Banif<br />

n.d.<br />

BCP 0,100<br />

BES 1,097<br />

BPI 1,143<br />

Cofina 0,580<br />

EDP 2,520<br />

EDP Renováveis 4,957<br />

Mota-Engil 2,110<br />

ESFG 6,100<br />

Galp 15,580<br />

Jerónimo Martins 15,344<br />

Portugal Telecom 4,403<br />

Portucel 2,933<br />

REN 2,388<br />

Semapa 7,460<br />

Sonaecom 1,673<br />

Sonae 0,868<br />

Sonae Indústria 0,692<br />

Zon Multimédia 3,375<br />

Metodologia:Estes valores reflectem o preço-alvo<br />

médio dos analistas tal como calculado pela agência<br />

Bloomberg a 28 de Fevereiro de 2013.<br />

Página 2


A3<br />

ID: 46775030<br />

22-03-2013 | Finanças Pessoais<br />

PARCERIA DECO PROTESTE/DIÁRIO ECONÓMICO<br />

Tiragem: 16903<br />

País: Portugal<br />

Period.: Semanal<br />

Âmbito: Economia, Negócios e.<br />

Pág: 6<br />

Cores: Cor<br />

Área: 27,19 x 37,31 cm²<br />

Corte: 1 de 3<br />

Mail: info@deco.proteste.pt | www.deco.proteste/investe.pt | Telefone: 21 841 08 00<br />

Nota: Este artigo foi publicado na revista Dinheiro&Direitos, nº 116 de Março/Abril de 2013<br />

ENDIVIDAMENTO<br />

Dívi<strong>da</strong> lusa<br />

em abundância<br />

Dois simples rácios mostram que as empresas<br />

portuguesas, cota<strong>da</strong>s na bolsa, estão<br />

abun<strong>da</strong>ntemente endivi<strong>da</strong><strong>da</strong>s. Descubra<br />

as que têm menos dívi<strong>da</strong>s.<br />

Fruto <strong>da</strong> crise financeira que se<br />

vive, é natural que muitos investidores<br />

já desconfiassem<br />

que as firmas nacionais, em<br />

particular as cota<strong>da</strong>s na bolsa,<br />

tivessem muita dívi<strong>da</strong> acumula<strong>da</strong>.<br />

A equipa de analistas <strong>da</strong> Proteste Investe<br />

debruçou-se sobre os balanços de 26 empresas<br />

portuguesas, comparou com as companhias<br />

estrangeiras e concluiu exactamente<br />

isso: as socie<strong>da</strong>des lusas estão bastante mais<br />

endivi<strong>da</strong><strong>da</strong>s que as não portuguesas.<br />

A dívi<strong>da</strong> faz parte <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s empresas. Há<br />

um nível de endivi<strong>da</strong>mento que pode ser considerado<br />

saudável. Se a rentabili<strong>da</strong>de do negócio<br />

supera os custos <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong>, a empresa<br />

está a conseguir alavancar os seus lucros. Ou<br />

seja, a dívi<strong>da</strong> usa<strong>da</strong> para financiar a activi<strong>da</strong>de<br />

está a gerar mais lucros para os accionistas<br />

do que os que teriam no caso de recorrerem<br />

apenas aos capitais próprios. To<strong>da</strong>via, quanto<br />

mais endivi<strong>da</strong><strong>da</strong> está uma empresa, maior é o<br />

seu risco e maior é a taxa de juro que os intermediários<br />

financeiros exigem para lhes emprestar<br />

dinheiro.<br />

A crise <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong> pública, o abran<strong>da</strong>mento<br />

económico e to<strong>da</strong> a incerteza em torno <strong>da</strong><br />

conjuntura conduzem a uma maior restrição<br />

no acesso ao crédito. Além de as empresas<br />

não terem a possibili<strong>da</strong>de de investir em novos<br />

projectos, também as dificul<strong>da</strong>des de tesouraria<br />

não podem ser tão facilmente resolvi<strong>da</strong>s<br />

através de linhas de crédito.<br />

O endivi<strong>da</strong>mento não se limita à dívi<strong>da</strong><br />

que as empresas têm aos bancos. As dívi<strong>da</strong>s a<br />

fornecedores são também uma parcela importante<br />

que não pode ser ignora<strong>da</strong>, apesar<br />

de, neste caso, os custos associados a esta dívi<strong>da</strong><br />

serem, por norma, inferiores.<br />

Bitolas para a dívi<strong>da</strong><br />

Há muitos métodos para avaliar o grau de endivi<strong>da</strong>mento<br />

de uma empresa e para medir o<br />

seu risco financeiro. Para este artigo, os analistas<br />

<strong>da</strong> Proteste Investe elegeram duas métricas<br />

populares que usam <strong>da</strong>dos do balanço,<br />

o mapa contabilístico que apresenta os activos<br />

e as dívi<strong>da</strong>s de uma empresa num determinado<br />

momento. Foram usa<strong>da</strong>s as contas do<br />

terceiro trimestre de 2012.<br />

O sector no qual a empresa avalia<strong>da</strong> está<br />

inseri<strong>da</strong> tem, naturalmente, impacto no grau<br />

de endivi<strong>da</strong>mento. É normal, por exemplo,<br />

que as construtoras apresentem graus de endivi<strong>da</strong>mento<br />

elevados devido às suas necessi<strong>da</strong>des<br />

de activos fixos. Os bancos são um caso<br />

à parte, porque o seu negócio é, tipicamente,<br />

endivi<strong>da</strong>rem-se para conseguirem emprestar<br />

a outros a uma taxa de juro superior. É por<br />

26,8%<br />

Éoráciomédio<br />

de autonomia<br />

financeira <strong>da</strong>s empresas<br />

nacionais estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />

To<strong>da</strong>via, não são<br />

aconselháveis rácios<br />

inferioresa35%<br />

6,8%<br />

É o rácio médio de<br />

autonomia financeira <strong>da</strong>s<br />

construtoras portuguesas.<br />

É um valor baixo porque<br />

estão muito endivi<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

e descapitaliza<strong>da</strong>s e porque<br />

o negócio exige activos fixos.<br />

0,7<br />

É o rácio médio de liquidez<br />

reduzi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s empresas<br />

nacionais, o que indica<br />

que não há capaci<strong>da</strong>de<br />

para responder às dívi<strong>da</strong>s<br />

de curto prazo.<br />

A Novabase é um dos destaques positivos<br />

<strong>da</strong> análise <strong>da</strong> Deco à dívi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s cota<strong>da</strong>s.<br />

isso que este sector não foi considerado para<br />

a análise <strong>da</strong> Proteste Investe.<br />

Capitais próprios poderosos<br />

O rácio <strong>da</strong> autonomia financeira é o indicador<br />

mais utilizado na aferição do risco financeiro<br />

de uma empresa. Ele resulta <strong>da</strong> divisão<br />

dos capitais próprios (excluindo os interesses<br />

minoritários) pelos activos e indica qual a<br />

percentagem do património <strong>da</strong> empresa que<br />

foi obtido sem recorrer a dívi<strong>da</strong>. É normal<br />

considerar-se que um valor abaixo dos 35%<br />

indica endivi<strong>da</strong>mento excessivo e é um sinal<br />

de risco acrescido para os investidores.<br />

As empresas nacionais alvo deste estudo<br />

apresentam um rácio médio de autonomia financeira<br />

de 26,8%, aquém do valor de 35%.<br />

Como seria de esperar, os rácios <strong>da</strong>s construtoras<br />

ficaram entre os mais reduzidos. Uma<br />

análise à maioria <strong>da</strong>s empresas internacionais<br />

acompanha<strong>da</strong>s pela Proteste Investe revela<br />

um rácio médio de 37,3%, sau<strong>da</strong>velmente<br />

acima <strong>da</strong> referência.<br />

Como pode confirmar no quadro ao lado,<br />

apenas três firmas (Glintt, Portucel e Sonaecom)<br />

ficaram acima <strong>da</strong> fasquia dos 50%, o que<br />

pode indicar que mais de metade dos seus ac-<br />

tivos foi paga sem usar dívi<strong>da</strong>. Porém, a Glintt<br />

só apresenta o valor de 53,8% porque, há alguns<br />

anos, os bancos credores aceitaram trocar<br />

a dívi<strong>da</strong> que tinham por uma participação<br />

na empresa. Continua a ser uma empresa<br />

com um risco elevado.<br />

A Glintt é um exemplo de como as decisões<br />

de investimento não devem ser toma<strong>da</strong>s<br />

tendo em conta apenas um indicador. É por<br />

isso que, apesar de terem autonomia financeira<br />

inferior a 35%, os analistas <strong>da</strong> Proteste<br />

Investe classificam com um nível de risco<br />

baixo ou médio e recomen<strong>da</strong>m a compra <strong>da</strong>s<br />

acções <strong>da</strong> EDP, Portugal Telecom, REN e Semapa.<br />

Responsabili<strong>da</strong>des de curto prazo<br />

O rácio <strong>da</strong> liquidez reduzi<strong>da</strong> mede a capaci<strong>da</strong>de<br />

de uma empresa fazer face às responsabili<strong>da</strong>des<br />

de curto prazo. Para tal, o rácio resulta<br />

<strong>da</strong> divisão dos activos que se podem<br />

transformar rapi<strong>da</strong>mente em liquidez pela<br />

dívi<strong>da</strong> que se vence nos próximos 12 meses.<br />

Para o cálculo, aos activos correntes são retira<strong>da</strong>s<br />

as existências (mercadorias por vender)<br />

por se considerar que não são facilmente<br />

transformáveis em liquidez. Se este valor Página for 3


Tiragem: 16903<br />

Pág: 7<br />

País: Portugal<br />

Cores: Cor<br />

Period.: Semanal<br />

Área: 27,26 x 37,62 cm²<br />

ID: 46775030<br />

22-03-2013 | Finanças Pessoais<br />

Âmbito: Economia, Negócios e.<br />

Corte: 2 de 3<br />

Paulo Figueiredo<br />

inferior à uni<strong>da</strong>de, significa que a empresa<br />

não tem capaci<strong>da</strong>de imediata de responder<br />

aos exigíveis de curto prazo.<br />

Também neste domínio as empresas nacionais<br />

chumbaram. Apenas quatro conseguem<br />

ter o rácio <strong>da</strong> liquidez superior a 1: EDP,<br />

Galp Energia, Novabase e Portugal Telecom.<br />

No caso <strong>da</strong> Jerónimo Martins e <strong>da</strong> Sonae,<br />

não é preocupante terem este indicador<br />

num nível muito baixo. Por terem um fluxo<br />

de entra<strong>da</strong> de capitais muito elevado (devido<br />

à natureza <strong>da</strong> activi<strong>da</strong>de de retalho), podem<br />

estar mais endivi<strong>da</strong><strong>da</strong>s no curto prazo, pois<br />

esses fluxos constantes permitem pagar as<br />

dívi<strong>da</strong>s sem ter de recorrer ao financiamento<br />

bancário.<br />

As empresas nacionais têm um rácio médio<br />

de liquidez reduzi<strong>da</strong> de 0,7, enquanto as<br />

firmas internacionais têm 1,3. Mais uma vez,<br />

as firmas estrangeiras cumprem com os princípios<br />

sãos de endivi<strong>da</strong>mento, ao contrário<br />

<strong>da</strong>s portuguesas.<br />

Portuguesas menos endivi<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

Apenas duas empresas nacionais cumprem simultaneamente<br />

os limites dos rácios de endivi<strong>da</strong>mento<br />

analisados neste artigo: a Galp<br />

O rácio<br />

<strong>da</strong> autonomia<br />

financeira<br />

é o indicador<br />

mais utilizado<br />

na aferição do<br />

risco financeiro<br />

de uma<br />

empresa.<br />

EnergiaeaNovabase. Pela positiva, destaque<br />

também para a Corticeira Amorim, a EDP Renováveis<br />

e a Portucel. Estas empresas vivem<br />

com necessi<strong>da</strong>des eleva<strong>da</strong>s de investimento,<br />

mas a sua estrutura financeira é sóli<strong>da</strong>.<br />

Na análise financeira, o risco tem sempre<br />

de ser considerado aquando <strong>da</strong> compra de<br />

uma acção. Neste caso, a avaliação do risco<br />

inclui, além de rácios financeiros (estes e outros)<br />

também o risco do negócio e as boas<br />

práticas de governo societário. Não obstante<br />

o risco de algumas empresas nacionais, a actual<br />

baixa cotação permite encontrar vários<br />

títulos atractivos para comprar. Descubra-os<br />

no portal financeiro <strong>da</strong> DECO, bem como vários<br />

rácios que pode analisar para ca<strong>da</strong> uma<br />

<strong>da</strong>s 203 empresas acompanha<strong>da</strong>s pela Proteste<br />

Investe. Comece por deco.proteste.pt/investe/acoes.<br />

Apesar do panorama pouco positivo, não<br />

existem actualmente casos de falência técnica<br />

entre as empresas acompanha<strong>da</strong>s pela<br />

Proteste Investe. A falência técnica acontece<br />

quando os capitais próprios <strong>da</strong> empresa são<br />

negativos, ou seja, o que a empresa tem e tem<br />

a haver vale menos do que aquilo que a empresa<br />

deve a terceiros. ■<br />

MUITA DÍVIDA PRIVADA<br />

As empresas estão ordena<strong>da</strong>s pela liquidez reduzi<strong>da</strong>. Em destaque<br />

estão as recomen<strong>da</strong>ções de compra <strong>da</strong> Proteste Investe.<br />

Fonte: PROTESTE INVESTE.<br />

Autonomia Liquidez Risco<br />

Financeira Reduzi<strong>da</strong><br />

Novabase 48,2% 1,8 3<br />

EDP 19,3% 1,1 3<br />

Galp Energia 38,9% 1,1 3<br />

Portugal Telecom 11,8% 1,1 3<br />

EDP Renováveis 41,1% 0,9 3<br />

Corticeira Amorim 43,0% 0,8 4<br />

Glintt 53,8% 0,8 4<br />

Inapa 29,2% 0,8 4<br />

Martifer 19,5% 0,8 4<br />

Mota-Engil 7,0% 0,8 4<br />

Portucel 52,2% 0,7 3<br />

Semapa 18,3% 0,7 3<br />

<strong>Soares</strong> <strong>da</strong> <strong>Costa</strong> 4,5% 0,7 4<br />

Teixeira Duarte 9,0% 0,7 4<br />

Zon Multimédia 12,4% 0,7 3<br />

Altri 15,5% 0,6 3<br />

Ibersol 48,8% 0,6 3<br />

Impresa 27,5% 0,5 4<br />

REN 22,8% 0,5 2<br />

SAG 1,5% 0,5 4<br />

Sonaecom 56,2% 0,5 4<br />

Sonae 22,3% 0,4 3<br />

Sonae Indústria 12,5% 0,4 4<br />

Cofina 8,4% 0,3 3<br />

Jerónimo Martins 26,0% 0,3 3<br />

Sonae Capital 48,3% 0,3 4<br />

Indicador de risco: quanto maior o valor (varia entre 1 e 5), maior<br />

é o risco associado à acção. Tem em conta a volatili<strong>da</strong>de, a situação<br />

Página 4<br />

financeira <strong>da</strong> empresa e o risco ligado ao sector de ativi<strong>da</strong>de.


ID: 46775030<br />

22-03-2013 | Finanças Pessoais<br />

Deco analisa<br />

as finanças<br />

eadívi<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong>s empresas<br />

cota<strong>da</strong>s na Bolsa<br />

de Lisboa P.VI-VII<br />

Tiragem: 16903<br />

País: Portugal<br />

Period.: Semanal<br />

Âmbito: Economia, Negócios e.<br />

Pág: 1<br />

Cores: Cor<br />

Área: 4,69 x 3,84 cm²<br />

Corte: 3 de 3<br />

Página 5


Tiragem: 9000<br />

Pág: 22<br />

A6<br />

País: Portugal<br />

Period.: Bimestral<br />

Cores: Cor<br />

Área: 6,73 x 13,32 cm²<br />

ID: 46738511<br />

01-02-2013 | Passageiros & Mobili<strong>da</strong>des<br />

Âmbito: Outros Assuntos<br />

Corte: 1 de 1<br />

Pelas obras já feitas no<br />

projeto de Alta Veloci<strong>da</strong>de<br />

Consórcio Elos<br />

pede indemnização<br />

de 160 milhões<br />

A <strong>Soares</strong> <strong>da</strong> <strong>Costa</strong> e a Brisa, líderes do consórcio<br />

Elos, vão entregar “uma petição ao<br />

Estado, exigindo o pagamento de custos<br />

incorridos no concurso para o troço de alta<br />

veloci<strong>da</strong>de ferroviária” entre o Poceirão e<br />

Caia, adiantou o Diário Económico.<br />

O presidente do agrupamento, António<br />

Castro Henriques, revelou que este valor<br />

de indemnização pelo fim do projeto de<br />

Alta Veloci<strong>da</strong>de deve superar os 160 milhões<br />

de euros, restando apenas a aprovação<br />

do Tribunal de Contas <strong>da</strong> transferência<br />

<strong>da</strong>s verbas para a Parpública. Recorde-se<br />

que este contrato foi interrompido pelo<br />

Governo após a recusa de visto prévio por<br />

parte do Tribunal de Contas. Recaía ain<strong>da</strong><br />

sobre este contrato um risco <strong>da</strong> possível<br />

não concretização de um contrato de<br />

financiamento paralelo (relativo a duas linhas<br />

de crédito no valor de 300 milhões de<br />

euros ca<strong>da</strong>). Estas linhas foram atribuí<strong>da</strong>s<br />

ao consórcio Elos pelo Banco Europeu de<br />

Investimento, tendo garantias presta<strong>da</strong>s<br />

pela CGD, BCP, BES e Banco Santander.<br />

Página 6

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