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Sistema Glacial - Geologia Ufpr

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<strong>Sistema</strong> e ambientes<br />

glaciais


• Ambientes glaciais são locais onde o gelo e as<br />

águas derivadas do degelo são os principais<br />

agentes de transporte e deposição de<br />

sedimentos.<br />

• Englobam tanto os ambientes em contato direto<br />

com a geleira (glaciogênicos), quanto os<br />

adjacentes e influenciados por elas (proglaciais)<br />

• Podem ser dividido em dois tratos de sistemas<br />

distintos: glacio continental (glacioterrestrial) e o<br />

glacio marinho (glaciomarine)


Geleiras<br />

• Geleira são massas continentais de gelo de limite<br />

definido que se movimentam pela ação a<br />

da gravidade<br />

• Originam-se pela acumulação de neve e sua<br />

compactação por pressão transformando-a a em gelo<br />

• A primeira transformação ocorre com a neve acumulada<br />

remanescente que formam o firn ou nevée – campos de<br />

neve


TIPOS DE GELEIRAS<br />

• Geleiras de altitude, de vale ou alpinas<br />

• são massas de gelo típicas de áreas montanhosas e<br />

apresentam padrão dendrítico similar ao de um<br />

sistema de drenagem<br />

• Geleiras de latitude, continentais ou mantos de gelo (icesheets)<br />

• cobrem extensas áreas e independem do relevo


Alpine<br />

Continental


Alpina


Regal Mtn, Alaska


mantos de gelo


Sentinal Range, Antarctica<br />

Calota e manto de gelo continental


Vatnajokull, Iceland<br />

Calota


Manto de gelo - Antarctica


Manto de gelo - Greenland


Balanço de massa<br />

• A manutenção da geleira depende do equilibro ou<br />

balanço o entre a acumulação de neve e a perda de<br />

gelo por ablação<br />

• O balanço o pode ser positivo (growth(<br />

growth), negativo (net<br />

melting) ) ou neutro.<br />

• zona de acúmulo (ganho de massa)<br />

• zona de equilíbrio (massa constante)<br />

• zona de ablação (perda de massa)<br />

• Acúmulo < ablação<br />

– margem da geleira em recuo<br />

• Acúmulo > ablação<br />

– margem da geleira em avanço<br />

• O limite entre as duas zonas denomina-se<br />

linha de<br />

neve ou linha de equilíbrio


Regime térmico t<br />

e fluxo glacial<br />

Base seca ou polar (fria)<br />

Abaixo do ponto de degelo sob pressão<br />

Deformação interna (fluxo plástico)<br />

Base úmida ou temperada (quente)<br />

Acima do ponto de degelo sob pressão<br />

Deslizamento basal<br />

Regime misto (subpolar)<br />

Base seca em algumas porções e úmida em outras


crevasse


Feições de erosão glacial<br />

• Três processos principais:<br />

• Abrasão<br />

• Remoção de blocos<br />

• Ação da água de degelo


Estrias glaciais


• Marca erosiva em grampo – erosão por fluxos de água de<br />

degelo


Source: Tom Bean


Superfícies estriadas em<br />

substratos litificados<br />

Recente<br />

Paleozóico


Paleozóico<br />

estrias em substrato<br />

inconsolidado<br />

feições de<br />

escorregamento na borda<br />

dos sulcos<br />

Recente


Rocha moutonnée<br />

Abrasão a montante (menor inclinação)<br />

Remoção de blocos a jusante (maior inclinação)


Yosemite NP, Calif


Dorso de baleia<br />

vale glacial em U<br />

esker<br />

lago de ketle


Vales em U


Circos <strong>Glacial</strong><br />

http://jan.ucc.nau.edu/~dsk5/AK2004_album/AK2004%20album-Pages/Image76.html


Circo glacial


Tongas National Forest, Alaska<br />

Vale glacial


Pequenos lagos (Tarns)<br />

http://jan.ucc.nau.edu/~dsk5/AK2004_album/AK2004%20album-Pages/Image80.html


Arête


Horn


Nunatak


Fiorde


TRANSPORTE GLACIAL<br />

• Sedimentos transportados por geleiras são provenientes de duas<br />

fontes principais:<br />

do substrato da geleira, quando incorporados por erosão subglacial<br />

a partir de encostas adjacentes no caso das geleiras de vale.<br />

• Quando englobadas pelo gelo, as partículas podem ser<br />

transportadas na zona sub-, supra- ou englacial.<br />

• Os detritos supraglaciais podem derivar também das zonas<br />

sotopostas, sendo carreados para cima através de planos de<br />

cisalhamento formados por esforços compressivos nas margens<br />

estagnadas de geleiras.<br />

• Por estar em contato direto com o substrato, a zona subglacial éa<br />

que transporta maior quantidade de partículas.<br />

• Não há seleção granulométrica/mineralógica e os clastos são<br />

facetados, estriados e polidos


Material basal<br />

- Estriado e arredondado<br />

Material supraglacial<br />

- anguloso


Matacão facetado e estriado<br />

Clastos facetados e estriados


Ambientes e depósitos<br />

Depósitos formados por ação direta de geleiras configuram feições<br />

conhecidas genericamente como morenas (moraines). As morenas<br />

ocupam diferentes posições em relação à geleira e podem ser<br />

classificadas em terminais, laterais e medianas.<br />

As morenas terminais formam-se pelo acúmulo de detritos nas<br />

margens estagnadas de geleiras à medida que há o degelo. Com o<br />

recuo da geleira, formam-se cristas que registram o limite máximo<br />

atingido pelas últimas fases de avanço glacial.<br />

As morenas laterais e medianas são formas alongadas típicas de<br />

geleiras de vale. As laterais formam-se pelo acúmulo de detritos<br />

junto às paredes dos vales. As morenas medianas desenvolvem-se<br />

ao longo da confluência entre duas ou mais geleiras de vale através<br />

junção de suas morenas laterais.


Geoformas de deposição glacial<br />

Morenas


Kennicott Glacier, Alaska<br />

Morena lateral e mediana


Morena terminal<br />

Athabasca Glacier, Canadian Rockies


• Morenas são constituídas por sedimentos<br />

clásticos (till), comumente grossos, que na<br />

maioria das vezes apresentam baixa seleção<br />

granulométrica, aspecto maciço e abundância de<br />

clastos facetados e/ou estriados.<br />

• A produção das partículas que compõem o till<br />

envolve a combinação de dois processos, abrasão<br />

e fragmentação, o que tende a gerar<br />

bimodalidade textural. Por isso, o aspecto mais<br />

comum do till é a presença de clastos de<br />

diferentes formas e tamanhos (de grânulos a<br />

matacões), dispersos numa matriz fina.


• Till – clastos facetados e/o estriados de diferentes formas e<br />

tamanhos (grânulos a matacões) dispersos numa matriz fina<br />

• Till – definição genética diagênese tilito<br />

• Diamicto – definição descritiva diagênese diamictito


Tipos de till ou tilito<br />

Tilito de alojamento - detritos transportados na parte basal que alojamse<br />

em irregularidades do substrato, pouco se deslocando apesar da<br />

geleira continuar em movimento, são corpos individuais pouco<br />

espessos (comumente < 3 m) e altamente compactados. São<br />

geralmente maciços, mas devido às pressões cisalhantes exercidas<br />

pelo gelo podem apresentar fraturas e foliações cuja vergência<br />

indica o sentido do fluxo<br />

Tilito de ablação – formados pelo degelo, quando grande parte do<br />

material transportado na base da geleira é lentamente liberado<br />

com a fusão do gelo intersticial, são depósitos pouco compactados<br />

e freqüentemente sem nenhuma orientação preferencial dos<br />

clastos. Mesmo sendo mais espessos que os de alojamento, sua<br />

espessura é geralmente inferior a 10 m<br />

Tilito de deformação - é utilizado para designar tilitos que apresentam<br />

modificações estruturais provocadas por esforços cisalhantes<br />

causados pela geleira em movimento


Paleozóico<br />

Recente


till subglacial (marrom claro) sobre till de deformação<br />

(amarelado)


diamictito maciço, tipo chuva de<br />

detritos


Diamictitos não-glaciais<br />

Fluxo gravitacional de massa


Drumlins


Supraglacial<br />

• Sobre a geleira<br />

• Estruturas de colapso<br />

• Till de fluxo


Kame<br />

Kame, Kettle Moraine State Forest (Northern Unit), Wisconsin


Depósito<br />

estratificado – sedimento selecionado<br />

depositado pela água<br />

de degelo<br />

Photo by Pete Fletcher, location: town of Raynham Massachusetts, north of the Gardner St. landfill.<br />

http://nesoil.com/images/fluvial1.htm


Ambientes proglaciais<br />

Glácio-lacustre<br />

Glácio-deltaico<br />

Flúvio-glacial


Flúvio-glacial – leques e planícies de outwash


Paleozóico<br />

Recente


Inundações catastróficas - jökulhlaups


Glácio-lacustre<br />

Varvitos


Ambiente glácio<br />

cio-marinho


Ambiente glácio-marinho


Outwash subaquoso - proximal


Outwash subaquoso - distal


Fácies glaciais


• Dentre os depósitos sedimentares produzidos, os<br />

diamictitos constituem litologia característica, podendo ser<br />

maciços ou estratificados.<br />

• Porém, diamictitos não são litotipos exclusivos de<br />

ambientes glaciais e podem ser produzidos também por<br />

processos sem nenhuma relação com geleiras.<br />

• A análise de fácies deve ser feita com cuidado, procurandose<br />

sempre analisar as fácies em conjunto (associações de<br />

fácies) e buscar a identificação de elementos diagnósticos<br />

da presença de geleiras, tais como clastos estriados,<br />

pavimentos glaciais e seixos caídos (dropstones).


Critérios para distinção entre diamictitos subglaciais e subaquosos<br />

PROPRIEDADES<br />

DIAMICTITOS<br />

SUBGLACIAIS<br />

DIAMICTITOS<br />

SUBAQUOSOS<br />

ESPESSURA<br />

Corpos individuais com<br />

espessura no geral inferior a<br />

10m<br />

ESTRUTURA INTERNA Maciços, mas podem<br />

apresentar planos de<br />

cisalhamento e foliações<br />

CONTINUIDADE Baixa Variável<br />

DEFORMAÇÕES<br />

Estruturas glaciotectônicas ou<br />

PENECONTEMPORÂNEAS de colapso<br />

Corpos com espessura muito<br />

variável<br />

Maciços, mas podem<br />

apresentar sutil estratificação<br />

Dobras de natureza<br />

gravitacional associadas a<br />

deslizamentos<br />

CONTATOS Bruscos Bruscos ou transicionais<br />

FÓSSEIS Ausentes Macro e microfósseis<br />

FÁCIES ASSOCIADAS Fácies de eskers e de leques Diversas: turbiditos,<br />

de outwash<br />

folhelhos, ritmitos com<br />

ORIENTAÇÃO DOS CLASTOS<br />

Eixo maior: pode se orientar<br />

paralelamente ao fluxo glacial<br />

clastos caídos etc<br />

Geralmente sem orientação<br />

preferencial


• Folhelhos, lamitos e ritmitos contendo clastos caídos são<br />

fácies diagnósticas de ambientes glaciais.<br />

• Formam-se por decantação de finos em ambiente marinho<br />

ou lacustre, com a presença de icebergs ou plataformas de<br />

gelo flutuante ricos em clastos transportados (ice-rafted<br />

debris).<br />

• Ritmitos podem ser formados por correntes de turbidez de<br />

baixa densidade em ambiente glácio-marinho ou gláciolacustre<br />

(turbiditos) ou por sedimentação sazonal em lagos<br />

glaciais (varvitos).<br />

• Entretanto, embora os processos que os formem sejam<br />

diferentes, a distinção entre turbiditos distais e varvitos<br />

nem sempre é fácil.


• A principal diferença entre varvitos e turbiditos é a relação<br />

de espessura entre as camadas de cada par.<br />

• Nos turbiditos, ambas as frações granulométricas são<br />

transportadas para o sítio deposicional ao mesmo tempo, o<br />

que significa que as espessuras das duas camadas devem<br />

variar proporcionalmente.<br />

• Nos varvitos, por outro lado, a camada argilosa possui<br />

espessura constante pois depende somente do tempo de<br />

decantação e da profundidade da bacia, enquanto que a de<br />

silte/areia varia de acordo com duração e energia dos<br />

fluxos de fundo.<br />

• Embora o critério seja interessante, nem sempre é válido,<br />

pois a proporção de argilas depende da posição em relação<br />

aos lobos turbidíticos, que mudam de posição com o tempo.


Associações de fácies glaciais no continente


Associações de fácies glaciais marinhas

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