27.3.2010 FEIRA EM ESTUGARDA, ALEMANHA - Câmara Brasil ...
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Dunga atuou de 1993 a 1995 no VfB Stuttgart. O esportista vestiu 91 vezes a camisa do Brasil, chegando a ser capitão da seleção. O campeão mundial comanda a seleção brasileira desde 2006 30 - Baden-Württemberg Entrevista com Dunga Dunga, embora já faça algum tempo que você deixou o país, quais são suas lembranças do período em que jogou na Alemanha? Dunga: Naturalmente, muitas, pois ainda mantenho contatos. A vida na Alemanha é muito organizada e gosto de lembrar dos amigos que lá deixei. De uma maneira geral, os alemães são muito decididos. Além disso, enfrentam os problemas com consciência e determinação. Como são esses contatos com a Alemanha? Dunga: Há mais contatos hoje do que no tempo em que joguei no país. Na época, o trabalho cotidiano me absorvia. Atualmente, tenho muitos amigos e conhecidos. Você mantém contato com o treinador da seleção alemã, Joachim Löw, ou com seu ex-clube, o VfB Stuttgart? Dunga: Como eu, Joachim Löw tem muito o que fazer e nós temos pouco contato. Mas, em minha última visita, pude encontrar-me com o Presidente do VfB Stuttgart, Erwin Staudt. Fomos almoçar juntos, o que foi uma grande satisfação. O que você lembra em especial de Baden-Württemberg e de Stuttgart? Dunga: Quando lembro de Stuttgart, sempre me recordo das colinas que circundam a cidade – uma região muito bonita. Há muitas matas e, naturalmente, também lembro da feira de Natal. As pessoas em Baden-Württemberg são muito zelosas, amáveis e calorosas. Lá, a gente pode sentir-se bem muito depressa, mesmo no inverno, quando fica frio. Com o seu projeto com crianças, “Instituto Dunga para Crianças”, você atua tanto no Brasil como na Alemanha. A central alemã encontrase em Leonberg, próximo a Stuttgart. Que importância tem esse projeto, considerando o seu trabalho na seleção brasileira? Dunga: O projeto é algo que vem do coração e sou muito grato aos colaboradores da Alemanha, que são muito engajados em conseguir mais apoio e, assim, poder ajudar mais. Trabalhamos nisso todos os dias, quando estabelecemos novas metas. A atividade com as crianças e suas famílias devolve-nos muita energia. Quanto a razão de a central alemã estar localizada próxima a Stuttgart, isso tem a ver com o fato de eu ter jogado lá. Era evidente que ela só poderia estar sediada ali. Diga algo sobre a seleção nacional alemã. Como você avalia o fato de haver muitos novos jogadores e um treinador recém-contratado? Dunga: Na Europa, sempre há muito choro quando um jogador experiente se aposenta. Mas é preciso confiar nos novos jogadores. Joachim Löw está dando continuidade ao que Jürgen Klinsmann começou a realizar. Sempre se diz que o emprego de treinador da seleção brasileira é mais cansativo que o de Presidente da República. Você concorda? Dunga: Certamente o Presidente da República tem muito o que fazer. Mas o treinador da seleção também. O Presidente tem seus Ministros e Embaixadores e, como treinador, geralmente se está sozinho. Nesse sentido, talvez o Presidente possa distribuir melhor seu trabalho. Os brasileiros amam o futebol e por isso, às vezes, podese ter a impressão de que o treinador tem de assumir uma função com mais responsabilidades que a de um Presidente da República. Dunga recebendo a doação do Estado de Baden-Württemberg pelo Ministro da Economia Ernst Pfister
Centros de Competência Realidade Virtual e de Engenharia Cooperativa A tecnologia da engenharia virtual já se tornou parte essencial no desenvolvimento de projetos em muitos ramos industriais. Para manterem-se ativos na concorrência mundial, empresas e prestadores de serviço dependerão no futuro ainda mais da cooperação e do trabalho conjunto com universidades e instituições de pesquisa. Isso faz crescer a importância do Centro de Competência para a Realidade Virtual e de Engenharia Cooperativa - Virtual Dimension Center (VDC) - como referência no contexto da concorrência global. Simulação aerodinâmica elaborada por VISENSO Ltda. O Virtual Dimension Center foi criado em 2002 em Fellbach, próximo a Stuttgart, no âmbito da iniciativa de criação dos centros de competência de desenvolvimento econômico da região. Como tal, é um centro de competência e rede de inovações para tecnologias da engenharia virtual. Atualmente, o local reúne diversos parceiros que se complementam mediante aporte de suas competências individuais. O Centro concentra antigos autores de tecnologias de visualização e simulação em 3D, tais como os pesquisadores do Fraunhofer IAO, os fornecdores Barco e CADFEM e os usuários Stihl e Porsche. As empresas conseguem reduzir custos no desenvolvimento de produtos e me- lhorar bastante sua qualidade através de simulações em 3D. O VDC constitui-se em uma central de assessoria e de transferência de tecnologia, caracterizando-se como plataforma neutra de comunicação para o setor da engenharia virtual. Para tanto, ele mantém um local de demonstrações e de prestação de serviços no qual os diversos produtos (hard e software) elaborados pelos associados são testados e disponibilizados para a transferência de tecnologia. Além da intensificação do conhecimento e do intercâmbio de informações entre os associados, a plataforma também serve para o lançamento de ações cooperativas entre empresas, bem como para a abertura de tecnologias de engenharia virtual para pequenas e médias organizações. A união dessas forças relevantes cria a base para ações sinérgicas e projetos inovadores que possibilitam o desenvolvimento e a disseminação de novas tecnologias de engenharia virtual. Partindo do princípio de que há um potencial não esgotado de engenharia virtual na indústria brasileira, o VDC planeja ampliar sua atuação na região de São Paulo. O objetivo desse projeto é estabelecer uma Realidade virtual “Realidade virtual - RV” é um mundo fictício gerado com o auxílio da tecnologia e que se caracteriza por transmitir ao seu usuário uma multiplicidade de estímulos mediante o uso de várias interfaces. O propósito de um excelente sistema RV é estimular os sentidos do usuário de tal forma que ele se sinta completamente integrado. Dessa forma, a “realidade virtual” é um passo adiante na relação homem-máquina, cujo objetivo é criar um mundo artificial que, em situações ideais, não possa ser distinguido do mundo real. Os usuários podem movimentar-se nesse mundo virtual, verificar e modificar objetos. Há aplicação potencial na indústria, na pesquisa e no entretenimento. plataforma de comunicação sustentável, voltada para todos aqueles que atuam no desenvolvimento de tecnologias de engenharia virtual. A rede vai se concentrar prioritariamente na aplicação do tema na indústria automobilística e no setor energético. O novo VDC brasileiro deve servir de ponte entre a Alemanha e o Brasil nessa decisiva área tecnológica, unindo todos os atores nacionais e internacionais relevantes. Além disso, o trabalho conjunto das instituições ampliará a transferência de tecnologias, o intercâmbio de know-how e a visibilidade do potencial de pesquisa e desenvolvimento. Na implantação, bem como nas futuras atividades do VDC no Brasil, o SENAI-CETA (Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas), de Porto Alegre, desempenhará um papel importante. Realidade Virtual aplicada na Medicina por VISENSO Ltda. Contatos e informações: Dr. Christoph Runde, administrador técnico do Virtual Dimension Center: christoph.runde@vdc-fellbach.de www.vdc-fellbach.de Baden-Württemberg - 31
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Dunga atuou de 1993 a 1995 no VfB<br />
Stuttgart. O esportista vestiu 91<br />
vezes a camisa do <strong>Brasil</strong>, chegando<br />
a ser capitão da seleção. O campeão<br />
mundial comanda a seleção brasileira<br />
desde 2006<br />
30 - Baden-Württemberg<br />
Entrevista com Dunga<br />
Dunga, embora já faça algum tempo<br />
que você deixou o país, quais são suas<br />
lembranças do período em que jogou<br />
na Alemanha?<br />
Dunga: Naturalmente, muitas,<br />
pois ainda mantenho contatos. A<br />
vida na Alemanha é muito organizada<br />
e gosto de lembrar dos amigos<br />
que lá deixei. De uma maneira geral,<br />
os alemães são muito decididos.<br />
Além disso, enfrentam os<br />
problemas com consciência e<br />
determinação.<br />
Como são esses contatos com a<br />
Alemanha?<br />
Dunga: Há mais contatos hoje do<br />
que no tempo em que joguei no<br />
país. Na época, o trabalho cotidiano<br />
me absorvia. Atualmente, tenho<br />
muitos amigos e conhecidos.<br />
Você mantém contato com o treinador<br />
da seleção alemã, Joachim Löw,<br />
ou com seu ex-clube, o VfB<br />
Stuttgart?<br />
Dunga: Como eu, Joachim Löw<br />
tem muito o que fazer e nós temos<br />
pouco contato. Mas, em minha última<br />
visita, pude encontrar-me com<br />
o Presidente do VfB Stuttgart,<br />
Erwin Staudt. Fomos almoçar juntos,<br />
o que foi uma grande<br />
satisfação.<br />
O que você lembra em especial de<br />
Baden-Württemberg e de Stuttgart?<br />
Dunga: Quando lembro de<br />
Stuttgart, sempre me recordo das<br />
colinas que circundam a cidade –<br />
uma região muito bonita. Há muitas<br />
matas e, naturalmente, também<br />
lembro da feira de Natal. As pessoas<br />
em Baden-Württemberg são<br />
muito zelosas, amáveis e calorosas.<br />
Lá, a gente pode sentir-se bem<br />
muito depressa, mesmo no inverno,<br />
quando fica frio.<br />
Com o seu projeto com crianças,<br />
“Instituto Dunga para Crianças”, você<br />
atua tanto no <strong>Brasil</strong> como na<br />
Alemanha. A central alemã encontrase<br />
em Leonberg, próximo a Stuttgart.<br />
Que importância tem esse projeto,<br />
considerando o seu trabalho na<br />
seleção brasileira?<br />
Dunga: O projeto é algo que vem<br />
do coração e sou muito grato aos<br />
colaboradores da Alemanha, que<br />
são muito engajados em conseguir<br />
mais apoio e, assim, poder ajudar<br />
mais. Trabalhamos nisso todos os<br />
dias, quando estabelecemos novas<br />
metas. A atividade com as crianças<br />
e suas famílias devolve-nos muita<br />
energia. Quanto a razão de a central<br />
alemã estar localizada próxima<br />
a Stuttgart, isso tem a ver com o<br />
fato de eu ter jogado lá. Era<br />
evidente que ela só<br />
poderia estar sediada<br />
ali.<br />
Diga algo sobre a<br />
seleção nacional<br />
alemã. Como você<br />
avalia o fato de haver<br />
muitos novos jogadores<br />
e um treinador<br />
recém-contratado?<br />
Dunga: Na Europa, sempre há<br />
muito choro quando um jogador<br />
experiente se aposenta. Mas é preciso<br />
confiar nos novos jogadores.<br />
Joachim Löw está dando continuidade<br />
ao que Jürgen Klinsmann<br />
começou a realizar.<br />
Sempre se diz que o emprego de treinador<br />
da seleção brasileira é mais<br />
cansativo que o de Presidente da<br />
República. Você concorda?<br />
Dunga: Certamente o Presidente<br />
da República tem muito o que fazer.<br />
Mas o treinador da seleção<br />
também. O Presidente tem seus<br />
Ministros e Embaixadores e, como<br />
treinador, geralmente se está sozinho.<br />
Nesse sentido, talvez o<br />
Presidente possa distribuir melhor<br />
seu trabalho. Os brasileiros amam<br />
o futebol e por isso, às vezes, podese<br />
ter a impressão de que o treinador<br />
tem de assumir uma função<br />
com mais responsabilidades que a<br />
de um Presidente da República.<br />
Dunga recebendo a doação do Estado<br />
de Baden-Württemberg pelo Ministro da<br />
Economia Ernst Pfister