16.01.2015 Views

Revisão Sistemática sobre a Validade da Ecoendoscopia no ...

Revisão Sistemática sobre a Validade da Ecoendoscopia no ...

Revisão Sistemática sobre a Validade da Ecoendoscopia no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

<strong>Revisão</strong> <strong>Sistemática</strong> <strong>sobre</strong> a <strong>Vali<strong>da</strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>Ecoendoscopia</strong> <strong>no</strong><br />

Estadiamento do Carci<strong>no</strong>ma do Esófago<br />

Ana Maria Reis,<br />

Ana Margari<strong>da</strong> Rodrigues,<br />

Ana Raquel Marçôa,<br />

Ana Raquel Freitas,<br />

med05133@med.up.pt<br />

med05132@med.up.pt<br />

med05134@med.up.pt<br />

med05135@med.up.pt<br />

Ana Raquel Marques,<br />

Ana Raquel Barreira,<br />

Ana Coelho,<br />

Ana Rita Linhas,<br />

med05136@med.up.pt<br />

med05137@med.up.pt<br />

med05138@med.up.pt<br />

med05141@med.up.pt<br />

Ana Rita Maia,<br />

Ana Rita Dias,<br />

Luís Gomes<br />

Miguel Castro<br />

med05142@med.up.pt<br />

med05143@med.up.pt<br />

med05247@med.up.pt<br />

med05049@med.up.pt<br />

Abstract<br />

Orientador: Mário Dinis Ribeiro, mario@med.up.pt, Turma: 3<br />

Introdução<br />

Fazer o estadiamento do carci<strong>no</strong>ma do esófago, depois deste ter sido estabelecido quer por biopsia quer<br />

por esofagoscopia, é um passo crítico. A <strong>Ecoendoscopia</strong> tem um papel central <strong>no</strong> estadiamento inicial do<br />

cancro do esófago, principalmente devido à sua precisão em determinar a profundi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> invasão<br />

tumoral e metástases <strong>no</strong>s gânglios a nível regional [4].<br />

Objectivo<br />

Avaliar a consistência e a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> EUS comparando com o espécime cirúrgico como “gold<br />

stan<strong>da</strong>rd”.<br />

Métodos<br />

Foi realiza<strong>da</strong> uma revisão sistemática para avaliar a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> EUS.<br />

Os artigos foram procurados na base de <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> MEDLINE usando as seguintes palavras-chave:<br />

“endoso<strong>no</strong>graphy” e “esophageal neoplams staging”, e na base <strong>da</strong> <strong>da</strong>dos do SCOPUS. Ca<strong>da</strong> artigo foi<br />

revisto por 2 revisores de acordo com os critérios de inclusão e de exclusão predefinidos. A avaliação <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong>de metodológica de ca<strong>da</strong> estudo foi realiza<strong>da</strong> usando uma escala basea<strong>da</strong> <strong>no</strong> STARD [20].<br />

Resultados<br />

Um total de 10 artigos foram incluídos. A sua quali<strong>da</strong>de metodológica foi avalia<strong>da</strong>; mediana 16,5,<br />

mínimo 11 e máximo 20. No estadiamento de tumores T, a sensibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ecoendoscopia foi de 0.99<br />

com um intervalo de confiança entre 0.97 to 1.00 (qui-quadrado = 9.02, p = 0.1727). Demonstrou ter<br />

uma especifici<strong>da</strong>de de 0.88 com um intervalo de confiança de 0.81 a 0.94 (qui-quadrado = 10.94; p =<br />

0.0903). A sensibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ecoendoscopia <strong>no</strong> estadiamento do N é de 0.82com um intervalo de confiança


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

de 0.75 até 0.88 (qui-quadrado = 36.60; p = 0.000). A especifici<strong>da</strong>de <strong>no</strong> estadiamento do N é de 0.94<br />

com um intervalo de confiança entre 0.89 e 0.97 (qui-quadrado = 9.15; p = 0.575).<br />

Discussão<br />

A ecoendoscopia tem melhores resultados <strong>no</strong> estadiamento de tumores <strong>no</strong> estádio T do que <strong>no</strong> N. Apesar<br />

de ser heterogénea, apresenta resultados de especifici<strong>da</strong>de e sensibili<strong>da</strong>de superiores a 0,80. A<br />

ecoendoscopia deve continuar a ser utiliza<strong>da</strong> como teste de diagnóstico <strong>no</strong> estadiamento do carci<strong>no</strong>ma<br />

do esófago.<br />

Palavras-chave: endoso<strong>no</strong>graphy, esophageal neoplasms, neoplasm staging,<br />

endoscopic ultrasound, reproducibility of results, meta analysis, esophageal carci<strong>no</strong>ma<br />

Introdução<br />

O cancro do esófago é o oitavo mais <strong>no</strong> mundo[1]. É uma doença que continua a ter<br />

me<strong>no</strong>s de 10% de 5 a<strong>no</strong>s de <strong>sobre</strong>vivência apesar dos avanços nas terapias multimo<strong>da</strong>is.<br />

Assim que o diagnóstico do carci<strong>no</strong>ma for comprovado histologicamente a partir de<br />

uma esofagoscopia ou de uma biopsia, determinar o estadio do tumor é o passo seguinte<br />

para determinar o risco versus benefício <strong>da</strong>s opções terapêuticas disponíveis, que<br />

incluem quimioterapia, radiação e cirurgia [2]. Entre os pacientes sem <strong>no</strong>tória doença<br />

com metástases, as taxas de <strong>sobre</strong>vivência a longo prazo variam significativamente de<br />

acordo com a profundi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> invasão por parte do tumor na parede do esófago [3].<br />

Existem múltiplas mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des não-invasivas para aju<strong>da</strong>r na determinação do estadio<br />

do cancro esofágico, incluindo tomografia computoriza<strong>da</strong> (CT), ressonância magnética<br />

(MRI), tomografia com emissão de positrões (PET) e a ecoendoscopia (EUS).<br />

<strong>Ecoendoscopia</strong> (EUS- endoscopic ultrasound) tem um papel fun<strong>da</strong>mental<br />

inicialmente para a determinação do estadio do cancro esofágico, papel extremamente<br />

<strong>no</strong>tável devido a sua acui<strong>da</strong>de ao determinar a profundi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> invasão tumoral e as<br />

metástases regionais de nódulos linfáticos [4].<br />

O cancro esofágico é habitualmente tratado de acordo com o estadio do tumor como<br />

esta definido <strong>no</strong> sistema TNM, sistema desenvolvido pela “American Joint Commission<br />

on Cancer”. Tumores T 1 envolvem a mucosa ou a submucosa mas não a muscular


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

própria, tumores T 2 envolvem a muscular própria mas não a adventícia, tumores T 3 são<br />

muito espessos envolvendo os tecidos <strong>da</strong> adventícia e tumores T 4 envolvem órgãos<br />

adjacentes por invasão contagiosa [5]. Nos tumores N0 não há nódulos linfáticos<br />

regionais envolvidos, <strong>no</strong>s tumores N1 estão presentes nódulos linfáticos regionais.<br />

Tumores M0 não possuem metástases distantes, M1a têm metástases <strong>no</strong>s nódulos<br />

linfáticos celíacos se o tumor estiver <strong>no</strong> terço inferior do esófago, tumores M1b têm<br />

metástases <strong>no</strong>s nódulos linfáticos cervicais se o tumor estiver <strong>no</strong> terço superior do<br />

esófago, tumores M1b apresentam nódulos linfáticos não-regionais e/ou outras<br />

metástases distantes [19]. No sistema TNM, o estádio do cancro esofágico baseia-se<br />

primariamente na extensão anatómica <strong>da</strong> doença [4]. EUS apresenta resultados que<br />

variam muito e pode apenas fazer o estadiamento para T e N, nunca para estadiamento<br />

M.<br />

O objectivo deste estudo é avaliar a consistência e a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> EUS (versus espécime<br />

cirúrgico).<br />

Participantes e Métodos<br />

Fonte dos Dados:<br />

Foi feita uma revisão sistemática para avaliar a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> EUS.<br />

Os artigos foram procurados usando a base de <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> MEDLINE (www.pubmed.com)<br />

e a seguinte query: (("Endoso<strong>no</strong>graphy"[MeSH] AND "Esophageal Neoplasms"[MeSH]<br />

staging) NOT cardia) AND (((((((((((("sensitivity and specificity"[All Fields]) OR<br />

"sensitivity and specificity/stan<strong>da</strong>rds"[All Fields]) OR "specificity"[All Fields]) OR<br />

"screening"[All Fields]) OR "false positive"[All Fields]) OR "false negative"[All<br />

Fields]) OR "accuracy"[All Fields]) OR (((("predictive value"[All Fields] OR<br />

"predictive value of tests"[All Fields]) OR "predictive value of tests/stan<strong>da</strong>rds"[All<br />

Fields]) OR "predictive values"[All Fields]) OR "predictive values of tests"[All<br />

Fields])) OR (("reference value"[All Fields] OR "reference values"[All Fields]) OR<br />

"reference values/stan<strong>da</strong>rds"[All Fields])) OR ((((((((((("roc"[All Fields] OR "roc<br />

analyses"[All Fields]) OR "roc analysis"[All Fields]) OR "roc and"[All Fields]) OR "roc


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

area"[All Fields]) OR "roc auc"[All Fields]) OR "roc characteristics"[All Fields]) OR<br />

"roc curve"[All Fields]) OR "roc curve method"[All Fields]) OR "roc curves"[All<br />

Fields]) OR "roc estimated"[All Fields]) OR "roc evaluation"[All Fields])) OR<br />

"likelihood ratio"[All Fields]) AND <strong>no</strong>tpubref [sb])). [21]<br />

Foi também utiliza<strong>da</strong> a base de <strong>da</strong>dos SCOPUS com a seguinte query:<br />

“Endoscopic Ultrasound” OR “endoso<strong>no</strong>graphy” AND “Esophageal ultrasound” OR<br />

“esophageal neoplasm” AND NOT “cardia”.<br />

Para a revisão dos artigos foi definido um conjunto de critérios de inclusão e de<br />

exclusão.<br />

Critérios de Inclusão<br />

Os artigos escolhidos tinham de tratar o tema <strong>da</strong> ecoendoscopia e <strong>da</strong> sua importância <strong>no</strong><br />

diagnóstico do cancro esofágico e do carci<strong>no</strong>ma. Os estudos também teriam de referir os<br />

resultados <strong>da</strong> cirurgia (gold stan<strong>da</strong>rd).<br />

Critérios de Exclusão<br />

Os estudos relacionados com o carci<strong>no</strong>ma do cardia foram excluídos uma vez que não<br />

coincidiam com o objectivo primário desta revisão sistemática. Foram igualmente<br />

ig<strong>no</strong>rados os artigos que não existiam em Inglês, Português, Francês ou Espanhol;<br />

estudos que não existem na PubMed assim como os <strong>da</strong>tados de antes de 1985. Os<br />

estudos que não seguiam a classificação TNM relativamente aos tumores malig<strong>no</strong>s<br />

foram eliminados.<br />

Todos os artigos foram lidos. Os artigos que possuíam pelo me<strong>no</strong>s um dos critérios de<br />

exclusão foram excluídos. Esta revisão foi feita por 2 revisores independentemente.<br />

Segui<strong>da</strong>mente, eles juntaram-se para determinar se o artigo era excluído ou incluído.<br />

Em caso de discordância, existiria um terceiro revisor (um “expert”). Os artigos apenas<br />

eram aceites se respeitassem todos os critérios de inclusão (ver Figura 1).


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

Start<br />

Pubmed and<br />

Scopus Search<br />

Articles found : 181<br />

Revision of titles and<br />

abstracts<br />

Excluded by 2<br />

reviewers<br />

No<br />

Yes<br />

No<br />

127 excluded articles:<br />

- cardia (n 13);<br />

- articles <strong>no</strong>t English,<br />

Portuguese, French or<br />

Spanish (n 9);<br />

- case reports (n= 25);<br />

- Other classification of<br />

staging other than TNM<br />

classification of malignant<br />

tumours (n= 46)<br />

- extracted <strong>da</strong>ta unable to<br />

fill a 2 by 2 table of results<br />

(n 37)<br />

- Articles <strong>no</strong>t found (n 10)<br />

Included by 2<br />

reviewers<br />

Yes<br />

54 included article<br />

Read complete<br />

article<br />

Quality<br />

NO<br />

Included by a 3 rd<br />

reviewer<br />

Yes<br />

10 articles included<br />

Introduce <strong>da</strong>tes in<br />

SPSS<br />

End<br />

Introduce <strong>da</strong>tes in<br />

Metadisc<br />

Figura 1: Fluxograma descritivo dos passos metodológicos para obtenção dos artigos, extracção dos<br />

<strong>da</strong>dos e sua análise.<br />

Critérios de quali<strong>da</strong>de para os artigos<br />

Depois de seleccionados, os artigos tiveram de ser avaliados quanto a sua quali<strong>da</strong>de<br />

metodológica de maneira a conferir a vali<strong>da</strong>de dos resultados e a possibili<strong>da</strong>de, ou não,<br />

de comparação entre os artigos. A avaliação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de metodológica de ca<strong>da</strong> estudo<br />

foi leva<strong>da</strong> a cabo utilizando uma escala que vai doa 0 aos 24 pontos de acordo com os<br />

seguintes pontos, baseados <strong>no</strong> STARD [20] (ver Tabela 1):


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

Tabela 1: Check list para avaliar a quali<strong>da</strong>de dos artigos incluídos<br />

Secção<br />

Introdução<br />

Métodos<br />

Participantes<br />

Recolha<br />

<strong>da</strong>dos<br />

dos<br />

Métodos do teste<br />

Métodos<br />

estatísticos<br />

Resultados<br />

Participantes<br />

Resultados<br />

teste<br />

Estimativas<br />

do<br />

Expõe as questões <strong>da</strong> investigação ou os objectivos do estudo<br />

Critérios de inclusão para a população em estudo<br />

Critérios de exclusão para a população em estudo<br />

Refere onde os <strong>da</strong>dos foram recolhidos<br />

Local onde os <strong>da</strong>dos foram recolhidos<br />

Os participantes foram seleccionados baseando-se apenas <strong>no</strong><br />

diagnóstico e não em qualquer outro procedimento de estadiamento<br />

O diagnóstico clínico e a inclusão foram feitos antes do conhecimento<br />

de teste de referência<br />

Amostras consecutivas<br />

Antes ou depois dos “index tests” e teste de referência (estudos<br />

prospectivos ou retrospectivos)<br />

Reference stan<strong>da</strong>rd (reference of TN of surgery) and its rationale<br />

Especificações técnicas do material (tipo de instrumento e/ou<br />

frequência do endoscópio)<br />

Como foram efectua<strong>da</strong>s as medi<strong>da</strong>s<br />

Quando foram efectua<strong>da</strong>s as medi<strong>da</strong>s<br />

Definição de categorias (T e N) “cut-off points” para o teste de<br />

referência ou resultados clínicos (morte, por exemplo)<br />

Leitores dos testes de referência e em estudo estavam ou não<br />

influenciados com o resultado de outros testes<br />

Métodos usados para calcular ou comparar medições <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de do<br />

diagnóstico, e métodos estatísticos usados para quantificar a incerteza<br />

Métodos para calcular a reprodutibili<strong>da</strong>de do teste, se isso foi feito<br />

Informação demográfica (i<strong>da</strong>de, sexo)<br />

Características clínicas <strong>da</strong> população em estudo (espectro <strong>da</strong> doença)<br />

e severi<strong>da</strong>de<br />

Número de participantes que satisfazem os critérios de inclusão que<br />

não foram submetidos ao “index test” e/ou “reference stan<strong>da</strong>rd”;<br />

descreve porque os pacientes não foram submetidos a ca<strong>da</strong> um dos<br />

testes<br />

Tabela de dupla entra<strong>da</strong> com os resultados do “index test” e os<br />

resultados do “reference stan<strong>da</strong>rd”<br />

Tempo entre o “index test” e o “reference test”, e qualquer outro<br />

tratamento administrado entre os dois<br />

Estimativas <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de do diagnóstico e medições <strong>da</strong> incerteza<br />

estatística<br />

Estimativas <strong>da</strong> reprodutibili<strong>da</strong>de do teste, se isso foi feito<br />

Dados a ser extraídos<br />

Os <strong>da</strong>dos foram extraídos de acordo com a classificação TN para a ecoendoscopia e<br />

para a cirurgia (ver tabela 2), e também com informação necessária para a análise de<br />

sub-grupos (ver tabela 3).


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

Tabela 2: Extracção dos <strong>da</strong>dos relaciona<strong>da</strong> com a classificação TN para a ecoendoscopia e cirurgia<br />

Cirurgia<br />

T1<br />

T2<br />

T3<br />

T4<br />

N0<br />

N1<br />

N2<br />

<strong>Ecoendoscopia</strong><br />

T1 T2 T3 T4 N0 N1 N2<br />

Tabela 3: extracção de <strong>da</strong>dos para análise futura de sub-grupos<br />

Frequência do endoscópio<br />

Tipo de instrumento<br />

Número (quanti<strong>da</strong>de) e tipo do executor<br />

(specialist/trainee)<br />

Depois do tratamento (quimioterapia/cirurgia)<br />

Valor de “fine needle aspiration”<br />

Impacto (mu<strong>da</strong>nça de comportamentos/morte)<br />

Os <strong>da</strong>dos foram introduzidos na base de <strong>da</strong>dos do SPSS e do Metadisc.<br />

Análise Estatística<br />

Para fazer a análise estatística utilizou-se o software estatístico MetaDisc. Os <strong>da</strong>dos dos<br />

artigos incluídos <strong>no</strong> trabalho foram utilizados para estimar a sensibili<strong>da</strong>de e a<br />

especifici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ecoendoscopia, e o teste de qui-quadrado foi usado para verificar a<br />

existência de heterogenei<strong>da</strong>de entre os estudos. Valores de p < 0,05 foram considerados<br />

estatisticamente significativos. Ou seja, na presença destes valores, verificava-se<br />

heterogenei<strong>da</strong>de. Inicialmente, os estudos foram dispostos por ordem crescente de <strong>da</strong>ta<br />

mas na tentativa de identificar causas potenciais de heterogenei<strong>da</strong>de para a sensibili<strong>da</strong>de<br />

e especifici<strong>da</strong>de separa<strong>da</strong>mente, reordenaram-se os estudos por ordem crescente de<br />

frequência do instrumento e número de pacientes <strong>da</strong> amostra. Forest plots foram criados<br />

para permitir a comparação entre os estudos com um intervalo de confiança a 95%.


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

Resultados<br />

Avaliação Metodológica<br />

A quali<strong>da</strong>de metodológica dos 10 artigos incluídos foi avalia<strong>da</strong> de acordo com 24<br />

critérios. Os artigos foram classificados numa escala de 0 a 24 (ver Tabela 4 ).<br />

Tabela 4: quali<strong>da</strong>de metodológica dos artigos<br />

Artigo Introdução Métodos Resultados Total<br />

T. Lok Tio et al. 1989 1/1 7/16 6/7 14/24<br />

M. J. Hodijek et al. 1993 1/1 9/17 6/7 16/24<br />

S. Natsugoe et al. 1996 1/1 8/16 2/7 11/24<br />

Ernesto Laterza et al. 1999 1/1 13/16 6/7 20/24<br />

Gregory Zuccaro et al. 1999 1/1 12/16 5/7 18/24<br />

Jan Heidemann et al. 2000 1/1 11/16 2/7 14/24<br />

L. B. Nesje et al. 2000 1/1 12/16 4/7 17/24<br />

Enrique Vazquez-Sequeiros et al. 2001 1/1 11/16 3/7 15/24<br />

Sónia J. Wakelin et al. 2001 1/1 11/16 5/7 17/24<br />

Ishaan Kalha et al. 2004 1/1 13/16 6/7 20/24<br />

A classificação mais baixa é 11, sendo a mais alta 20. Todos os artigos, excepto um, têm<br />

mais de ½ <strong>da</strong> classificação total. Nos métodos, excepto 3 artigos, todos os outros tinham<br />

mais de 5/8 <strong>da</strong> classificação. As diferenças encontram-se principalmente <strong>no</strong>s métodos, o<br />

que se explica porque isto é uma avaliação de quali<strong>da</strong>de.<br />

Extracção dos <strong>da</strong>dos<br />

Os <strong>da</strong>dos relacionados com a frequência dos endoscópios, o tipo de instrumento<br />

utilizado, o número de observadores e o tamanho <strong>da</strong> amostra de pacientes utiliza<strong>da</strong>, foi<br />

extraí<strong>da</strong> de ca<strong>da</strong> artigo (ver tabela 5)<br />

Artigos<br />

T. Lok Tio et<br />

al. 1989<br />

M. J.<br />

Hodijek et<br />

al. 1993<br />

S. Natsugoe<br />

et al. 1996<br />

Ernesto<br />

Laterza et<br />

Frequência do endoscópio<br />

Tabela 5: Dados extraídos dos 10 artigos<br />

7.5 MHz 12 MHz 20 MHz<br />

Sim Sim Não<br />

Tipo de instrumento<br />

Olympus<br />

Número<br />

de<br />

utilizador<br />

es<br />

Sim Não Não Olympus ___<br />

Sim Não Não Toshiba ___<br />

Sim Não Não ___ ___<br />

3<br />

População<br />

171<br />

32<br />

37<br />

126


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

al. 1999<br />

Gregory<br />

Zuccaro et<br />

al. 1999<br />

Jan<br />

Heidemann<br />

et al. 2000<br />

L. B. Nesje<br />

et al. 2000<br />

Enrique<br />

Vazquez-<br />

Sequeiros et<br />

al. 2001<br />

Sónia J.<br />

Wakelin et<br />

al. 2001<br />

Ishaan<br />

Kalha et al.<br />

2004<br />

Sim Sim Não Olympus 1<br />

Sim Sim Não<br />

GFUM20 radial<br />

SCANNING device<br />

Sim Sim Sim Toshiba 1 or 2<br />

Sim Sim Não ___ ___<br />

Sim Sim Não<br />

EUM 20 oblique<br />

echoendoscope<br />

Sim Sim Não Olympus 1<br />

4<br />

2<br />

97<br />

61<br />

107<br />

37<br />

29<br />

135<br />

Parâmetros T<br />

Sensibili<strong>da</strong>de<br />

Gráfico 2: Estimativas <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong>de dos 9 artigos quanto a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> EUS <strong>no</strong> estadiamento<br />

dos tumores T.<br />

Sensibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ecoendoscopia <strong>no</strong> estadiamento de tumores T é 0,97. O resultado é<br />

heterogéneo (p < 0,05).<br />

Especifici<strong>da</strong>de


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

Gráfico 3: Estimativas <strong>da</strong> especifici<strong>da</strong>de dos 9 artigos quanto a vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> EUS <strong>no</strong> estadiamento<br />

dos tumores T.<br />

Especifici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ecoendoscopia <strong>no</strong> estadiamento de tumores T é 0,91. O resultado é<br />

heterogéneo (p < 0,05).<br />

Parâmetros N<br />

Sensibili<strong>da</strong>de<br />

Gráfico 4: Estimativas <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong>de dos 6 artigos quanto à vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> EUS <strong>no</strong> estadiamento de<br />

tumores N<br />

Sensibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ecoendoscopia <strong>no</strong> estadiamento de tumores N é 0,83. O resultado é<br />

heterogéneo (p < 0,05).


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

Especifici<strong>da</strong>de<br />

Gráfico 5: Estimativas <strong>da</strong> sensibili<strong>da</strong>de dos 6 artigos quanto à vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> EUS <strong>no</strong> estadiamento de<br />

tumores N<br />

Especifici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ecoendoscopia <strong>no</strong> estadiamento de tumores N é 0,95. O result ado é<br />

homogéneo (p > 0,05).<br />

Discussão<br />

Foi aplica<strong>da</strong> uma meta-análise com o objective de avaliar a consistência e vali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

EUS (versus o espécimen cirúrgico).<br />

Havia heterogenei<strong>da</strong>de entre os resultados. Então tentamos explicar a heterogenei<strong>da</strong>de<br />

mas nenhuma razão forneceu uma explicação consistente.<br />

Na especifici<strong>da</strong>de de T o artigo com os resultados mais discrepantes é o L. B. Nesje et<br />

all. 2000. Os seus resultados podem ser explicados porque é o único que usa 20 MHz de<br />

frequência. Embora as frequências altas (15-20 MHz) permitam uma melhor<br />

visualização <strong>da</strong> parede do esófago, têm uma curta profundi<strong>da</strong>de de penetração,<br />

limitando o campo de visão. Além disso, outros estudos mostraram que a acui<strong>da</strong>de <strong>no</strong><br />

estadiamento dos tumores T diminui com o aumento do tamanho do tumor [4].<br />

Os restantes resultados, <strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente do artigo Ernesto Laterza et all. 1999, podem<br />

sofrer outras limitações. A EUS possui a grande vantagem de permitir visualizar<br />

cama<strong>da</strong>s distintas <strong>da</strong> parede esofágica. Com frequências baixas (5 a 12 MHz), a parede


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

esofágica pode ser visualiza<strong>da</strong> como uma estrutura de 5 cama<strong>da</strong>s. Apesar <strong>da</strong> acui<strong>da</strong>de<br />

geral <strong>da</strong> ecoendoscopia em determinar a profundi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> infiltração tumoral, existem<br />

limitações na capaci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> EUS prever o estádio T. Especialmente a baixas frequências<br />

de 5 a 12 MHz, pode ser difícil distinguir uma invasão mucosa de uma submocosa. A<br />

maioria dos artigos utilizava apenas baixas frequências.<br />

A razão <strong>da</strong> discrepância visualiza<strong>da</strong> <strong>no</strong>s gráficos que se relacionam com a sensibili<strong>da</strong>de<br />

e a especifici<strong>da</strong>de N pode ter a ver com as mu<strong>da</strong>nças que a quimioterapia e radiação<br />

(tratamentos usados) têm nas cama<strong>da</strong>s internas do esófago; mu<strong>da</strong>nças que a EUS não é<br />

suficientemente sensível para distinguir de tumores. Estas mu<strong>da</strong>nças envolvem<br />

inflamações e fibroses, que levam a artefactos de imagem na EUS [14].<br />

EUS tem resultados inferiores <strong>no</strong> estadiamento de tumores N. Ela devia ser alia<strong>da</strong> com<br />

“fine needle aspiration” (EUS-FNA) já que poderia melhorar os resultados. EUS-FNA<br />

deve ser realiza<strong>da</strong> quando há a suspeita de um nódulo linfático celíaco e o tumor está<br />

confinado ao esófago, mas há um factor primordial a considerar de realizar EUS-FNA<br />

de um nódulo linfático. È necessário assegurar que o percurso <strong>da</strong> agulha não atravessa o<br />

próprio tumor, <strong>da</strong>do que isso contaminaria os resultados [2].<br />

As principais limitações do <strong>no</strong>sso trabalho foram: nem todos os artigos tinham ambas as<br />

classificações e T’s e N’s; os artigos que não se encontravam na Internet, na biblioteca<br />

<strong>da</strong> FMUP ou na biblioteca do IPO não foram incluídos. Enviamos e-mails aos autores<br />

dos artigos a pedir as informações que <strong>no</strong>s faltavam e, aos outros, a pedir os artigos que<br />

não encontramos. Alguns deles já não tinham acesso à informação que nós<br />

pretendíamos, e outros não responderam.<br />

Então, EUS é melhor <strong>no</strong> estadiamento de tumores T do que N apesar de apresentar<br />

valores elevados de sensibili<strong>da</strong>de e especifici<strong>da</strong>de.<br />

EUS deve continuar a ser usa<strong>da</strong> como teste de diagnóstico <strong>no</strong> estadiamento do<br />

carci<strong>no</strong>ma do esófago.


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

Agradecimentos<br />

Agradecemos ao Professor Altamiro Costa-Pereira pelas suas recomen<strong>da</strong>ções nas<br />

diferentes fases do trabalho.<br />

Referências<br />

[1] Allan Pickens, MDª, Mark B., Orringer, MDª. Geographical distribution and racial<br />

disparity in esophageal cancer. 2003, 76:S1367 – S1369.<br />

[2] Kiran S. Parmar, MD, Joseph B. Zwischenberger, MD, Ângela L. Reeves, CGRN,<br />

and Irving Wacman, MD. Clinical Impact of Endoscopic Ultrasound-Guided Fine<br />

Needle Aspiration of Celiac Axis Lymph Nodes (M1a Disease) in Esophageal Cancer.<br />

Ann Thorac Surg 2002, 73:916-21.<br />

[3] Gavin C. Harewood, M.D., and Maurits J. Wiersema, M.D., F.A.C.G. A Cost<br />

Analysis of Endoscopic Ultrasound in the Evaluation of Esophageal Cancer. Am J<br />

Gastroentroenterol 2002, 97:452-458.<br />

[4] Charles J. Light<strong>da</strong>le and Ketan G. Kulkarni. Role of Endoscopic Ultraso<strong>no</strong>graphy in<br />

the Staging and Follow-Up of Esophageal Cancer. J Clin Oncol 2005, 23:4483-4489.<br />

[5] J. Vickers and D. Alderson. Oesophageal cancer staging using endoscopic<br />

ultraso<strong>no</strong>graphy. Blackwell Science Ltd, British Journal of Surgery 1998, 85, 994-998.<br />

[6] Jan Heidemann, Martin K. Schilling, Adrian Schmassmann, Christoph A. Maurer,<br />

Markus W. Büchler. Accuracy of Endoscopic Ultraso<strong>no</strong>graphy in Preoperative Staging<br />

of Esophageal Carci<strong>no</strong>ma. Dig Surg 2000; 17:219-224.<br />

[7] J. T. Salminen, M. A. Färkkilä, O. J. Rämö, V. Toikkanen, J. Simpanen, H. Nuutinen<br />

& J. A. Salo. Endoscopic Ultraso<strong>no</strong>graphy in the Preoperative Staging of<br />

Ade<strong>no</strong>carci<strong>no</strong>ma of the Distal Oesophagus and Oesophagogastric Junction. Scan J<br />

Gastroenterol 1999 (12).


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

[8] Gregory Zuccaro, Jr., M. D., Thomas W. Rice, M. D., John Goldblum, M. D., Sharon<br />

V. Medendorp, M. P. H., Mark Becker, M. D., Ronnie Pimentel, M. D., Laura Gitlin, M.<br />

D., and David J. Adelstein, M. D. Endoscopic Ultrasound Can<strong>no</strong>t Determine Suitability<br />

for Esophagectomy After Aggressive Chemoradiotherapy for Esophageal Cancer. Am J<br />

Gastroenterol 1999; 94:906-912.<br />

[9] Ernesto Laterza, MD, Giovanni de Manzoni, MD, Alfredo Guglielmi, MD, Luca<br />

Rodella, MD, Pietro Tedesco, MD, and Cláudio Cordia<strong>no</strong>, MD. Endoscopic<br />

Ultraso<strong>no</strong>graphy in the Staging of Esophageal Carci<strong>no</strong>ma After Preoperative<br />

Radiotherapy and Chemotherapy. Ann Thorac Surg 1999; 67:1466-9.<br />

[10] Thomas W. Rice, MD, Eugene H. Blackstone, MD, David J. Adelstein, MD,<br />

Gregory Zuccaro, Jr, MD, John J. Vargo, MD, John R. Goldblum, MD, Sudish C.<br />

Murthy, MD, PhD, Malcolm M. DeCamp, MD, and Lisa A. Rybicki, MS. Role of<br />

clinically determined depth of tumor invasion in the treatment of esophageal carci<strong>no</strong>ma.<br />

J Thorac Cardiovasc Surg 2003; 125:1091-102.<br />

[11] James D. Luketich, MD, Philip Schauer, MD, Rodney Landreneau, MD, Ninh<br />

Nguyen, MD, Kathleen Urso, BA, Peter Ferson, MD, Robert Keenan, MD, Richard<br />

Kim, MD. Minimally Invasive Surgical Staging is Superior to Endoscopic Ultrasound in<br />

Detecting Lymph Node Metastases in Esophageal Cancer. J. Thorac Cardiovasc Surg<br />

1997; 114:817-23.<br />

[12] Mohamad A. Eloubeidi, MD, MHS, Michael B. Wallace, MD, MPH, Carolyn E.<br />

Reed, MD, Neven Hadzijahic, MD, David N. Lewin, MD, Annette Van Velse, LPN,<br />

Margaret B. Leveen, MSN, Babak Etemad, MD, Koji Matsu<strong>da</strong>, MDM Rig S. Patel,<br />

MD, Robert H. Hawes, MD, Bren<strong>da</strong> J. Hoffman, MD. The utility of EUS and EUSguided<br />

fine needle aspiration in detecting celiac lymph <strong>no</strong>de metastasis in patients with<br />

esophageal cancer: a single-center experience. Gastrointest Endosc 2001; 54:714-9.<br />

[13] S. Kelly, K M Harris, E Berry, J Hulton, P Roderick, J Cullingworth, L Gathercole<br />

and M A Smith. A systematic review of the staging performance of endoscopic<br />

ultrasound in gastro-oesophageal carci<strong>no</strong>ma. Gut 2001; 49:534-539.


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

[14] Ishaan Kalha, Madhukar Kaw, Norio Fukami, Mihir Patel, Sandeep Singh, Harish<br />

Gagneja, Deborah Cohen, Jeffrey Morris. The Accuracy of Endoscopic Ultrasound for<br />

Restaging Esophageal Carci<strong>no</strong>ma after Chemoradiation Therapy. Cancer 2004;<br />

101:940-7.<br />

[15] Sonia J. Wakelin, Chris Deans, Trevor J. Crofts, Paul L. Allan, John N. Plevris,<br />

Simon Paterson-Brown. A comparison of computerised tomography, laparoscopic<br />

ultrasound and endoscopic ultrasound in the preoperative staging of oesophago-gastric<br />

carci<strong>no</strong>ma. S. J. Wakelin et al. / European Journal of Radiology 2002; 41:161-167.<br />

[16] S. Natsugoe, H. Yoshinaka, T. Morinaga, M. Shima<strong>da</strong>, M. Baba, T. Fukumoto, H. J.<br />

Stein, T. Aikou. Ultraso<strong>no</strong>graphic Detection of Lymph-Node Metastases in Superficial<br />

Carci<strong>no</strong>ma of the Esophagus. Endoscopy 1996; 28:674-679.<br />

[17] L. B. Nesje, K. Svanes, A. Viste, O. D. Laerum & S. Odegaard. Comparison of a<br />

Linear Miniature Ultrasound Probe and a Radial-scanning Echoendoscope in TN<br />

Staging of Esophageal Cancer. Scand J Gastroenterol 2000; 35: 997-1002.<br />

[18] Enrique Vazquez-Sequeiros, MD, Ian D. Norton, MD, Jonathan E. Clain, MD,<br />

Kenneth K. Wang, MD, Aboud Affi, MD, Mark Allen, MD, Claude Deschamps, MD,<br />

Daniel Miller, MD, Diva Salomão, MD, Mauritts, J. Wiersema, MD. Impact of EUSguided<br />

fine-needle aspiration on lymph <strong>no</strong>de staging in patients with esophageal<br />

carci<strong>no</strong>ma. Gastrointest Endosc 2001; 53:751-7.<br />

[19] Fleming I, Cooper JS, Hensen DE, et al., editors. AJCC cancer staging manual<br />

(esophagus), 5 th ed. Philadelphia: Lippincott-Raven, 1997:65-69.<br />

[20] Patrick M. Bossuyt, Johannes B. Reitsma, David E. Bruns, Constantine A.<br />

Gatsonis, Paul P. Glasziou, Les M. Irwig, Jeroen G. Lijmer, David Moher,<br />

Drummond Rennie, and Henrica C.W. de Vet, for the STARD Group. Towards<br />

Complete and Accurate Reporting of Studies of Diag<strong>no</strong>stic Accuracy: The STARD<br />

Initiative. Annals of Internal Medicine 2003; 138:40-45.


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

[21] Walter L. Devillé, Frank Buntinx, Lex M Bouter, Victor M Montori, Henrica CW<br />

de Vet, Danielle AWM van der Windt, P Dick Bezemer. ”Conducting systematic reviews<br />

of diag<strong>no</strong>stic studies: di<strong>da</strong>ctic guidelines”. BMC Medical Research Methodology 2002,<br />

2:9.<br />

[22] Natsugoe, S., Yoshinaka, H., Shima<strong>da</strong>, M., Sakamoto, F., Morinaga, T., Naka<strong>no</strong>, S.,<br />

Kusa<strong>no</strong>, C., Aikou, T. Number of lymph <strong>no</strong>de metastases determined by presurgical<br />

ultrasound and endoscopic ultrasound is related to prog<strong>no</strong>sis in patients with esophageal<br />

carci<strong>no</strong>ma. Annals of Surgery 234 (5) 2001; 613-618.<br />

[23] B., Johnsson, E., Merke, C., Ruth, M., Lundell, L. Preoperative adjuvant<br />

radiochemotherapy may increase the risk in patients undergoing thoracoabdominal<br />

esophageal resections. Digestive Surgery 18 (3) 2001; 169-175.<br />

[24] Alexander, E.P., Lipman, T., Harmon, J., Wadleigh, R. Aggressive multimo<strong>da</strong>lity<br />

therapy for stage III esophageal cancer: A phase I/II study. Annals of Thoracic<br />

Surgery 69 (2) 2000; 363-368.<br />

[25] Bowrey, D.J., Clark, G.W.B., Roberts, S.A., Hawthorne, A.B., Maughan, T.S.,<br />

Williams, G.T., Carey, P.D. Serial Endoscopic Ultrasound in the Assessment of<br />

Response to Chemoradiotherapy for Carci<strong>no</strong>ma of the Esophagus. Journal of<br />

Gastrointestinal Surgery 3 (5) 1999; 462-467.<br />

[26] Giovannini, M., Monges, G., Seitz, J.F., Moutardier, V., Bernardini, D., Thomas, P.,<br />

Houvenaeghel, G., Fuentes, P. Distant lymph <strong>no</strong>de metastases in esophageal cancer:<br />

Impact of endoscopic ultrasound-guided biopsy. Endoscopy 31 (7) 1999; 536-540.<br />

[27] Zhang, X., Watson, D.I., Lally, C., Bessell, J.R. Endoscopic ultrasound for<br />

preoperative staging of esophageal carci<strong>no</strong>ma. Surgical Endoscopy 19 (12) 2005; 1618-<br />

1621.<br />

[28] Kawa<strong>no</strong>, T., Ohshima, M., Iwai, T. Early esophageal carci<strong>no</strong>ma: Endoscopic<br />

ultraso<strong>no</strong>graphy using the so<strong>no</strong>probe. Abdominal Imaging 28 (4) 2003; 477-485.


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

[29] Natsugoe, S., Nakashima, S., Matsumoto, M., Sakita, H., Sakamoto, F., Okumura,<br />

H., Baba, M., (...), Aikou, T. Biologic and imaging diag<strong>no</strong>sis of lymph <strong>no</strong>de metastasis<br />

in esophageal carci<strong>no</strong>ma. Journal of Surgical Oncology 81 (1) 2002; 25-32.<br />

[30] Tio, T.L., Coene, P.P.L.O., Schouwink, M.H., Tytgat, G.N.J. Esophagogastric<br />

carci<strong>no</strong>ma: Preoperative TNM classification with endoso<strong>no</strong>graphy. Radiology.<br />

1989; 173 (2), 411-417.<br />

[31] Halvorsen Jr., R.A., Thompson, W.M. Primary neoplasms of the hollow organs of<br />

the gastrointestinal tract. Staging and follow-up. Cancer. 1991; 67 (4 SUPPL.), 1181-<br />

1188.<br />

[32] Hordijk, M.L., Zander, H., Van Blankenstein, M., Tilanus, H.W. Influence of tumor<br />

ste<strong>no</strong>sis on the accuracy of endoso<strong>no</strong>graphy in preoperative T staging of esophageal<br />

cancer. Endoscopy. 1983; 25 (2), 171-175.<br />

[33] Van Dam, J., Rice, T.W., Catala<strong>no</strong>, M.F., Kirby, T., Sivak Jr., M.V.<br />

High-grade malignant stricture is predictive of esophageal tumor stage: Risks of<br />

endoso<strong>no</strong>graphic evaluation. Cancer. 1983. 71 (10), 2910 2917.<br />

[34] Catala<strong>no</strong>, M.F., Van Dam, J., Sivak Jr., M.V. Malignant esophageal strictures:<br />

Staging accuracy of endoscopic ultraso<strong>no</strong>graphy. Gastrointestinal Endoscopy. 1995;<br />

41 (6), 535-539.<br />

[35] Fockens, P., Van Lanschot, J.J.B., Tytgat, G.N.J. The role of endoso<strong>no</strong>graphy in<br />

esophageal carci<strong>no</strong>ma: Who should get it, who should do it Scandinavian Journal of<br />

Gastroenterology, Supplement. 1996; 31 (218), 82-85.<br />

[36] Tytgat, G.N.J., Fockens, P. Exploring the role of endoso<strong>no</strong>graphy. Scandinavian<br />

Journal of Gastroenterology, Supplement. 1996; 31 (220), 71-74.<br />

[37] Hirata, N., Kawamoto, K., Ueyama, T., Masu<strong>da</strong>, K., Utsu<strong>no</strong>miya, T., Kuwa<strong>no</strong>, H.<br />

Using endoso<strong>no</strong>graphy to assess the effects of neoadjuvant therapy in patients with<br />

advanced esophageal cancer. American Journal of Roentge<strong>no</strong>logy. 1997; 169 (2), 485-<br />

491.


FACULTY OF MEDICINE – UNIVERSITY OF PORTO<br />

Department of Biostatistics and Medical Informatics<br />

Introdução à Medicina 2005/2006<br />

[38] Van Dam, J. Endoso<strong>no</strong>graphic evaluation of the patient with esophageal cancer.<br />

Chest. 1997; 112 (4 SUPPL.), 184S-190S.<br />

[39] Montgomery, R.C., Ridge, J.A. Radiologic staging of gastrointestinal cancer.<br />

Seminars in Surgical Oncology. 1998; 15 (3), 143-150.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!