Relatório sobre a Situação da População Mundial 2012
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RELAÇÃO ENTRE ADESÃO A PADRÕES DE<br />
DOMINÂNCIA MASCULINA E SEXUALIDADE<br />
Porcentagem de concordância<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Os homens precisam mais<br />
de sexo que as mulheres<br />
50.1 48.6<br />
32.4<br />
34.3<br />
25.2<br />
0<br />
Homens não falam <strong>sobre</strong> sexo,<br />
fazem sexo<br />
57.1 58.1<br />
Brasil Croácia Índia México Ruan<strong>da</strong><br />
61.2<br />
26.5<br />
30.7<br />
41.7<br />
Os homens estão sempre<br />
prontos para fazer sexo<br />
69.7<br />
57.8<br />
54.2<br />
Fonte: International Men and Gender Equality Survey, International Center for Research on Women e Instituto Promundo 2011.<br />
por consultas médicas ou <strong>da</strong>r apoio à saúde de suas<br />
parceiras (Barker, Ricardo e Nascimento, 2007).<br />
Os homens, na maioria <strong>da</strong>s vezes, não têm oportuni<strong>da</strong>de<br />
de questionar essas normas masculinas ou<br />
de refletir <strong>sobre</strong> como suas visões de virili<strong>da</strong>de afetam<br />
sua saúde e a de suas parceiras. Entretanto, programas<br />
especificamente projetados demonstraram que<br />
homens jovens e adultos podem adotar atitudes e<br />
comportamentos de equi<strong>da</strong>de — atitudes que estão<br />
associa<strong>da</strong>s a melhores resultados de saúde sexual<br />
e reprodutiva (International Center for Research on<br />
Women e Promundo, 2010; ONU Mulheres, 2008).<br />
A sexuali<strong>da</strong>de humana e as relações de gênero estão intimamente<br />
inter-relaciona<strong>da</strong>s e conjuntamente afetam a capaci<strong>da</strong>de de homens<br />
e mulheres de alcançar e manter a saúde sexual e a administrar<br />
suas vi<strong>da</strong>s reprodutivas... O comportamento sexual responsável, a<br />
sensibili<strong>da</strong>de e a equi<strong>da</strong>de nas relações de gênero, particularmente<br />
quanto infundi<strong>da</strong>s nos anos de formação, acentuam e promovem<br />
parcerias respeitosas e harmoniosas entre homens e mulheres.<br />
— Programa de Ação <strong>da</strong> CIPD, parágrafo 7.34<br />
Atitudes e normas prevalentes <strong>sobre</strong><br />
sexo impedem o acesso de jovens,<br />
solteiros de to<strong>da</strong>s as i<strong>da</strong>des, homens e<br />
grupos marginalizados.<br />
Normas sociais e culturais ditam quem, quando,<br />
com quem e com qual objetivo mulheres e homens<br />
devem fazer sexo. A ativi<strong>da</strong>de sexual é amplamente<br />
vista como aceitável somente quando as pessoas<br />
“certas” se envolvem, nas condições “certas”. As<br />
perspectivas de grupos excluídos não são refleti<strong>da</strong>s<br />
no desenho, na implementação e na avaliação <strong>da</strong>s<br />
políticas e programas de planejamento familiar. Os<br />
impedimentos ao acesso são tidos como naturais,<br />
de acordo com os padrões de exclusão específicos a<br />
ca<strong>da</strong> grupo social.<br />
Em socie<strong>da</strong>des do mundo todo, as expectativas<br />
ditam que o sexo somente deve ocorrer entre pessoas<br />
casa<strong>da</strong>s, saudáveis, heterossexuais, monogâmicas,<br />
nem tão jovens, nem tão idosas e cuja capaci<strong>da</strong>de de<br />
criar filhos aten<strong>da</strong> às expectativas de suas famílias e<br />
comuni<strong>da</strong>des. Quando a ativi<strong>da</strong>de sexual de qualquer<br />
pessoa viola qualquer dessas rígi<strong>da</strong>s exigências,<br />
48<br />
CAPÍTULO 3: Desafios <strong>da</strong> extensão do acesso a to<strong>da</strong>s e todos