Relatório sobre a Situação da População Mundial 2012
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A esterilização feminina é um procedimento significativamente<br />
mais invasivo, mais custoso e mais<br />
arriscado que a masculina, além de ser um tanto<br />
menos eficaz, embora sua prevalência ultrapasse<br />
drasticamente a vasectomia em todos os lugares,<br />
exceto na América do Norte e na Europa Ocidental<br />
(Greene e Gold, n.d.; Shih, Turok e Parker, 2011).<br />
Que a esterilização feminina tenha se tornado norma,<br />
enquanto a masculina permaneça rara, é fato esclarecedor<br />
<strong>da</strong> desigual<strong>da</strong>de de gênero. A falta de acesso e<br />
a falta de promoção <strong>da</strong> vasectomia comprometem os<br />
direitos de homens e mulheres.<br />
Da<strong>da</strong>s essas reali<strong>da</strong>des, quais fatores os casais<br />
levam em consideração quando discutem qual<br />
dos dois será esterilizado Pesquisa que envolveu<br />
vários países demonstrou que alguns homens que<br />
optaram pelo método o fizeram em consideração<br />
à saúde de sua parceira (Landry e Ward, 1997).<br />
Outros estavam insatisfeitos com as opções de<br />
métodos disponíveis, ou suas esposas tinham<br />
descontinuado outros métodos devido a efeitos<br />
colaterais. Em algumas famílias sem recursos, esse<br />
método foi escolhido porque as mulheres não<br />
podiam deixar de cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong>s crianças e <strong>da</strong> casa pelo<br />
tempo que seria necessário para que se recuperassem.<br />
Alguns homens decidiram já terem tido filhos<br />
o suficiente e não consultaram suas esposas antes<br />
de se submeter ao procedimento. Nos Estados<br />
Unidos, a prevalência <strong>da</strong> vasectomia é mais eleva<strong>da</strong><br />
entre homens com níveis mais altos de escolari<strong>da</strong>de<br />
e ren<strong>da</strong>, enquanto a feminina prevalece mais<br />
entre mulheres com mais baixos níveis de ren<strong>da</strong> e<br />
de escolari<strong>da</strong>de (Anderson et al., <strong>2012</strong>).<br />
A vasectomia é incomum na África Subsaariana,<br />
onde as taxas estão bem abaixo de 1% (Bunce et al.,<br />
2007). Poucos profissionais são treinados para realizá-la<br />
e muitos, se não a maior parte dos homens e<br />
mulheres, nunca ouviram falar do método. Pesquisa<br />
<strong>sobre</strong> sua aceitabili<strong>da</strong>de realiza<strong>da</strong> na Tanzânia<br />
demonstrou que ambos, homens e mulheres, tinham<br />
preocupações <strong>sobre</strong> seus efeitos colaterais no campo<br />
MAIS DA METADE DO TOTAL DE MULHERES EM IDADE<br />
REPRODUTIVA, NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO,<br />
TEM NECESSIDADE DE CONTRACEPTIVOS MODERNOS<br />
11%<br />
24%<br />
8%<br />
15%<br />
Fonte: Singh, S e JE Darroch, <strong>2012</strong>.<br />
42%<br />
TÊM NECESSIDADE<br />
Já empregam métodos modernos<br />
Têm necessi<strong>da</strong>de não atendi<strong>da</strong><br />
de métodos modernos<br />
NÃO TÊM NECESSIDADE<br />
Solteiras e não ativas<br />
sexualmente<br />
Desejam um filho logo ou estão<br />
grávi<strong>da</strong>s/em pós-parto, com<br />
intenção de engravi<strong>da</strong>r<br />
Infecun<strong>da</strong>s<br />
MULHERES QUE DESEJAM EVITAR A GRAVIDEZ,<br />
MAS NÃO EMPREGAM UM MÉTODO MODERNO,<br />
RESPONDEM PELA DESPROPORCIONAL MAIORIA DE<br />
GRAVIDEZES INDESEJADAS<br />
Nenhum método ou método tradicional<br />
Todos os países<br />
em desenvolvimento<br />
África Subsaariana,<br />
Sul, Centro e<br />
Sudeste Asiático<br />
Mulheres que desejam<br />
evitar a gravidez<br />
26%<br />
Métodos modernos<br />
74% 82%<br />
62%<br />
38%<br />
Gravidezes<br />
indeseja<strong>da</strong>s<br />
87%<br />
18%<br />
818 milhões 75 milhões<br />
13%<br />
388 milhões 49 milhões<br />
Fonte: Singh S e J Darroch, <strong>2012</strong> e tabulações de <strong>da</strong>dos especiais para Singh S et al., 2009.<br />
RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL <strong>2012</strong><br />
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