13.01.2015 Views

As necessidades educativas dos idosos

As necessidades educativas dos idosos

As necessidades educativas dos idosos

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Técnicas de Animação<br />

Pedagógica<br />

Educação Sénior<br />

1


A intervenção educativa com i<strong>dos</strong>os deve incluir-se no quadro da<br />

educação de adultos.<br />

I<strong>dos</strong>o<br />

Adulto<br />

Segregação<br />

Categoria abrangente<br />

Áreas de Intervenção do adulto = Áreas de Intervenção do i<strong>dos</strong>o<br />

Quais as áreas possíveis <br />

Programas de desenvolvimento comunitário.<br />

Políticas <strong>educativas</strong> para adultos.<br />

Acções de solidariedade e cooperação social (voluntariado, grupos<br />

de auto-ajuda).<br />

Actividades <strong>educativas</strong> gerais ( participação cívica, recuperação de<br />

tradições populares).<br />

2


Tal como nos outros níveis de ensino, todas as intervenções devem<br />

obedecer ao princípio da individualidade pois cada i<strong>dos</strong>o tem as<br />

suas capacidades, interesses e <strong>necessidades</strong> próprias. Mesmo em<br />

grupo, necessita de uma atenção particularizada.<br />

Embora constituam um conjunto heterogéneo, os i<strong>dos</strong>os partilham<br />

traços geracionais.<br />

Objectivos da intervenção educativa na velhice:<br />

1. Prevenir declínios prematuros<br />

( consequência do envelhecimento)<br />

3


2. Proporcionar papéis significativos<br />

aos i<strong>dos</strong>os, visando uma integração<br />

no contexto social.<br />

3. Desenvolver e potenciar o<br />

desenvolvimento pessoal <strong>dos</strong><br />

i<strong>dos</strong>os.<br />

AUMENTAR A QUALIDADE E A FRUIÇÃO DA VIDA<br />

4


1. Prevenir declínios prematuros<br />

Os estu<strong>dos</strong> relacionam os níveis de educação com os de saúde.<br />

Porquê <br />

O treino do raciocínio, da memória, a exposição a ambientes de<br />

estimulação e a utilização de recursos culturais e educativos ao longo da<br />

vida reduzem o declínio intelectual.<br />

(Isto aplica-se para a doença de Alzheimer).<br />

Conclusões:<br />

O nível de educação formal está positivamente relacionado com a<br />

qualidade de vida, até mais do que a classe social e os rendimentos.<br />

A educação é o elemento mais forte na previsão de um funcionamento<br />

mental sustentado e do envelhecimento bem sucedido. (a utilização das<br />

funções neurológicas efectua a sua manutenção e permite acentuar o<br />

potencial cognitivo).<br />

5


Vantagens da estimulação no i<strong>dos</strong>o:<br />

Proporcionar actividade intelectual ( leitura, escrita ou outras actividades<br />

discursivas e lógicas que exercitem o desenvolvimento da linguagem e<br />

do pensamento ) facilita a manutenção <strong>dos</strong> níveis de activação cerebral<br />

ou a recuperar e/ou compensar a perda de estimulação ambiental que<br />

ocorre com a reforma.<br />

A intervenção socioeducativa na velhice contribui para que os<br />

i<strong>dos</strong>os aumentem:<br />

A auto-eficiência;<br />

A autoconfiança;<br />

A capacidade de resolução de problemas quotidianos;<br />

A racionalidade para enfrentar a realidade.<br />

6


Importância do cenário da actividade<br />

O grupo é uma fonte de apoio social.<br />

O contacto com os outros constitui um apoio para a saúde e bemestar<br />

pessoais.<br />

Em suma:<br />

A intervenção socioeducativa na velhice :<br />

Propõe actividade relacional.<br />

Promove um estilo de vida activo.<br />

Amplia o repertório de acções e de relações afectivas.<br />

7


<strong>As</strong> <strong>necessidades</strong> <strong>educativas</strong> <strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os<br />

McClusky – Teoria da margem de <strong>necessidades</strong><br />

( Power Load Margin Theory)<br />

Baseia-se em três aspectos:<br />

1. Definir o conceito de necessidade educativa.<br />

2. Valorizar as áreas de segurança (aptidões, capacidades, recursos<br />

económicos…) e de insegurança (pressão social, perda de<br />

autonomia…).<br />

3. Identificar as actividades que possam satisfazer o tipo de<br />

<strong>necessidades</strong>.<br />

Actualmente definem-se outras <strong>necessidades</strong>, como por<br />

exemplo, o uso de novas tecnologias para enfrentar o<br />

quotidiano.<br />

8


2. Facilitar papéis significativos aos i<strong>dos</strong>os<br />

A intervenção no i<strong>dos</strong>o visa propiciar:<br />

a) A adaptação a esta etapa da vida.<br />

b) A mudança de paradigma social.<br />

A ausência de preparação adequada para a reforma provoca<br />

desestruturação pessoal:<br />

-Interiorização de normas e expectativas negativas ligadas ao<br />

papel do reformado.<br />

-Visão da velhice como o início da ruptura com o resto da<br />

sociedade.<br />

- Percepção <strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os como indivíduos desprovi<strong>dos</strong> de função<br />

social.<br />

9


A intervenção socioeducativa na velhice procura:<br />

- Aumentar o nível de autonomia pessoal.<br />

-Incrementar a pertença social.<br />

- Evitar a diminuição <strong>dos</strong> níveis de dependência familiar e social.<br />

Reconstrução da identidade social do sujeito.<br />

Como<br />

Através de formas de participação que dêem<br />

significado ao tempo livre.<br />

(aumento da auto-imagem e da própria valorização)<br />

10


A participação não pode ser pontual, mas um processo<br />

contínuo e progressivo.<br />

Participação – inclusão ativa em qualquer âmbito da actividade<br />

humana realizada em contextos estrutura<strong>dos</strong> que possibilitem receber,<br />

contribuir, expressar, construir e desfrutar de relações sociais, encetar<br />

amizades e partilhar emoções e experiências.<br />

Reduzir a institucionalização<br />

É preciso que as formas de participação sejam<br />

valorizadas pela sociedade, adquiram um sentido<br />

de utilidade social, proporcionando um papel social<br />

significativo aos i<strong>dos</strong>os.<br />

11


3. Potenciar o crescimento pessoal e<br />

aumentar a qualidade e fruição da vida<br />

Proporcionar o desenvolvimento pessoal favorecendo os dotes criativos<br />

<strong>dos</strong> indivíduos.<br />

Como<br />

Atitude lúdica<br />

&<br />

Formação<br />

(actividades expressivas : pintura, música, escultura, teatro,<br />

poesia, leitura, tertúlia, etc)<br />

12


Participação <strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os<br />

É um acto volitivo porquanto está sujeito à vontade de quem o<br />

pratica.<br />

Implica:<br />

Um processo de reflexão<br />

Incerteza<br />

Compromisso individual e de grupo<br />

O sujeito compreende que a participação é útil e conveniente.<br />

A decisão de participar está relacionada com aspectos<br />

como os interesses cognitivos ou a procura do<br />

contacto social, entre outros.<br />

13


Aprendizagem do i<strong>dos</strong>o<br />

<strong>As</strong> preferências de aprendizagem num indivíduo são<br />

diferentes ao longo da vida.<br />

Educação intergeracional<br />

Pretende optimizar a relação entre as gerações.<br />

A falta de contacto entre as gerações explica as<br />

percepções negativas em relação aos i<strong>dos</strong>os.<br />

É necessário aumentar a quantidade de contacto<br />

com os i<strong>dos</strong>os para os mais jovens compreenderem<br />

o que é e o que significa a velhice.<br />

14


Adaptação ao envelhecimento<br />

Os i<strong>dos</strong>os não constituem um grupo homogéneo.<br />

<strong>As</strong>sim, existem diferentes padrões de adaptação ao envelhecimento<br />

que dependem:<br />

Idade da reforma;<br />

Classe socioeconómica;<br />

Estado civil;<br />

Sexo;<br />

Religião.<br />

Estas características produzem traços distintivos de adaptação vital.<br />

Tradicionalmente a adaptação à velhice concentrou-se em<br />

três grupos de factores:<br />

Saúde;<br />

Apoio socioafectivo;<br />

Recursos económicos;<br />

(Actualmente sabe-se que estes factores são a base de outras<br />

variáveis, por ex., a participação social)<br />

15


Objectivos da educação na velhice<br />

a) Emancipação <strong>dos</strong> i<strong>dos</strong>os.<br />

b) Libertação <strong>dos</strong> sistemas representa<strong>dos</strong> pela idade cronológica<br />

(cultura juvenilizada).<br />

c) Independência económica.<br />

Porquê<br />

Existe uma dominação social sobre a terceira idade, através<br />

de instrumentos sociais como a burocracia, o mercantilismo<br />

e a medicalização.<br />

É preciso quebrar a linearidade do percurso vital tradicional :<br />

Uma idade para aprender<br />

Uma idade para exercer<br />

Uma idade para descansar reforma e desvinculação social.<br />

16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!