luis cândido tomaselli - Ivo Barbi
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CAPÍTULO I<br />
entanto, sem velocidade variável o único controle que pode ser feito é do tipo liga/desliga baseado<br />
em algum senso de conforto, determinado de modo manual ou automático. Isto é problemático,<br />
pois o motor durante a partida apresenta elevados picos de corrente, quando comparados a seu<br />
ponto nominal, que produzem perdas adicionais. Deste modo, sugere-se o controle do fluxo de ar<br />
pela variação da velocidade do eixo do rotor, imaginando uma lei tensão/freqüência que preserve o<br />
fluxo da máquina.<br />
Em ventiladores o torque possui característica quadrática, isto faz com que não se possa<br />
operar com freqüências acima do valor nominal, a menos que o motor esteja sobredimensionado<br />
para suportar o aumento do torque a que seria submetido. Em um mesmo sentido, uma redução de<br />
velocidade leva a uma diminuição ao quadrado do torque requerido. Isto faz com que a máquina<br />
comece a diminuir seu escorregamento.<br />
Isto é um fato importante, pois ao mesmo tempo que um elevado escorregamento<br />
representa elevadas perdas, devido as correntes excessivas e, consequentemente, um baixo<br />
rendimento, um baixo escorregamento representa baixa potência de saída e isto igualmente<br />
representa baixo rendimento. Isso pode ser melhor entendido, lembrando o fato de que, motores<br />
PSC usualmente são de potência fracionária. Neste caso, as perdas magnéticas possuem grandeza<br />
comparável à potência de saída, para motores de elevada potência estas perdas representam uma<br />
fração mínima, e à medida que a potência de saída diminui, mantendo-se a tensão de alimentação<br />
constante, as perdas aumentam sua representatividade.<br />
Uma das técnicas aplicadas para contornar este problema consiste em diminuir o torque<br />
disponível do motor a fim de manter um escorregamento mínimo por meio do controle da tensão<br />
eficaz disponível para o motor. Deste modo, diminuem-se as perdas magnéticas, pois estas são<br />
dependentes da tensão, e se melhora o rendimento.<br />
Não é interessante manter o ventilador operando com fluxos de ar baixos, pois o motor<br />
estaria praticamente funcionando a vazio. Assim, a faixa de variação de velocidade do acionamento<br />
é restrita entre o valor nominal e o mínimo, definido pela potência processada. Estipula-se o limite<br />
mínimo igual a metade do valor nominal.<br />
Existem duas teorias aceitas para explicar o princípio de funcionamento do motor PSC, a<br />
teoria dos campos cruzados e a dos campos girantes (C.G. Veinott, 1954). Um detalhe importante é<br />
que o motor PSC pode ser visto como uma máquina de indução bifásica assimétrica (A. Fitzgerald<br />
et al, 1975). Isto significa que o motor é composto por dois enrolamentos em quadratura,<br />
alimentados por duas tensões defasadas no tempo. Contudo, a fonte de alimentação é monofásica.<br />
Isto é contornado pela “geração” de uma segunda tensão por meio de um circuito de defasamento,