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Programa e Resumos - I Congresso Ibérico de Ciência do Solo 2004

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I <strong>Congresso</strong> Ibérico da Ciência <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> – 15 a 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, Bragança, Portugal<br />

Tiomorfismo em Podzóis sob floresta tropical úmida (floresta <strong>de</strong> restinga)<br />

da região su<strong>de</strong>ste brasileira.<br />

Felipe Haenel Gomes 1 , Pablo Vidal-Torra<strong>do</strong> 1 , Felipe Macías Vázquez 2 , Xosé Luis Otero<br />

Pérez 2 & Bruno Gherardi 1<br />

1 Escola Superior <strong>de</strong> Agricultura "Luiz <strong>de</strong> Queiroz" Piracicaba-SP, Brasil – Tel: (0055) 19-<br />

34172141 – E-mail: fehgomes@esalq.usp.br<br />

2 Universidad <strong>de</strong> Santiago, Dpt. <strong>de</strong> Edafología y Química Agrícola, Campus Sur – Telef: 34-<br />

981-563100<br />

Resumo<br />

Comunicação: Oral<br />

As florestas <strong>de</strong> restingas são ecossistemas que ocorrem associa<strong>do</strong>s à materiais <strong>de</strong><br />

origem essencialmente arenosos, que ocorrem próximos à linha <strong>de</strong> costa. No Brasil,<br />

estão distribuí<strong>do</strong>s por praticamente to<strong>do</strong> o litoral. Apresentam na maioria das vezes,<br />

solos <strong>de</strong> textura arenosa, ocorren<strong>do</strong> os antigos Podzóis, atualmente <strong>de</strong>signa<strong>do</strong>s como<br />

Espo<strong>do</strong>ssolos no Sistema Brasileiro <strong>de</strong> Classificação <strong>de</strong> <strong>Solo</strong>s (EMBRAPA, 1999) e<br />

Spo<strong>do</strong>sols no Soil Taxonomy (USDA, 2003) <strong>do</strong>minantemente, e po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ocorrer<br />

também os Neossolos Quartzarênicos (Psaments), Organossolos (Histosols) e Gleissolos<br />

(Aquents). Neste trabalho, foram estuda<strong>do</strong>s solos <strong>de</strong> uma parcela sob mata <strong>de</strong> restinga<br />

localizada na Ilha <strong>do</strong> Car<strong>do</strong>so, esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> SP, localiza<strong>do</strong> no extremo sul da região<br />

su<strong>de</strong>ste brasileira. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é fornecer a caracterização físico-química e<br />

morfológica <strong>de</strong> solos sob mata <strong>de</strong> restinga. Foram realizadas, em 9 perfis, as análises<br />

químicas <strong>de</strong> rotina, <strong>de</strong>terminação elementar <strong>de</strong> carbono e enxofre, granulometria,<br />

análise em microscópio eletrônico <strong>de</strong> varredura em alguns horizontes e <strong>de</strong>scrição<br />

morfológica segun<strong>do</strong> os critérios <strong>do</strong> Sistema Brasileiro <strong>de</strong> Classificação <strong>de</strong> <strong>Solo</strong>s<br />

(Embrapa 1999). Foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s os seguintes Espo<strong>do</strong>ssolos: Espo<strong>do</strong>ssolo<br />

Ferrocárbico Hidromórfico hístico (Histic Alaquod); Espo<strong>do</strong>ssolo Ferrocárbico<br />

hidromórfico dúrico (Typic Placaquod); Espo<strong>do</strong>ssolo Ferrocárbico hidromórfico típico<br />

(Oxyaquic Alorthod); Espo<strong>do</strong>ssolo Ferrocárbico órtico típico (Arenic Alorthod) e<br />

Espo<strong>do</strong>ssolo Ferrocárbico órtico dúrico (Typic Alorthod). Um <strong>do</strong>s perfis <strong>do</strong>s<br />

hidromórficos apresenta, em profundida<strong>de</strong>, horizonte glei com presença <strong>de</strong> tiomorfismo,<br />

<strong>de</strong>tectada já no campo pelo forte cheiro e posteriormente no laboratório, com valores <strong>de</strong><br />

pH da TFSA (terra fina seca ao ar) em torno <strong>de</strong> 3,0, teores <strong>de</strong> enxofre total maiores que<br />

1% e presença <strong>de</strong> pirita visualizada em microscopia eletrônica <strong>de</strong> carredura (MEV). O<br />

caráter tiomórfico é ignora<strong>do</strong> para os Espo<strong>do</strong>ssolos nos sistemas <strong>de</strong> classificação. Neste<br />

caso, como ocorre a mais <strong>de</strong> 50 cm, po<strong>de</strong>ria ser contempla<strong>do</strong> em níveis categóricos mais<br />

baixos, sugerin<strong>do</strong>-se para o solo estuda<strong>do</strong> a nomencaltura <strong>de</strong> Sulfoaquic Alaquod pela<br />

Soil Taxonomy, já que "sulfic" é <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> para presença <strong>de</strong> materiais sulfídricos em<br />

até 100 cm da superfície <strong>do</strong> solo e Espo<strong>do</strong>ssolo Ferrocárbico Tiomórfico típico pelo<br />

Sistema Brasileiro <strong>de</strong> Classificação <strong>de</strong> <strong>Solo</strong>s. A ocorrência <strong>de</strong> pirita é provavelmente<br />

<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à presença, em profundida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> outro material <strong>de</strong> origem, <strong>de</strong> textura média,<br />

on<strong>de</strong> o material arenoso se <strong>de</strong>positou posteriormente.<br />

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