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Programa e Resumos - I Congresso Ibérico de Ciência do Solo 2004

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I <strong>Congresso</strong> Ibérico da Ciência <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> – 15 a 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, Bragança, Portugal<br />

Variação temporal <strong>do</strong> efeito da cobertura pedregosa na perda <strong>de</strong> solo<br />

<strong>de</strong>vida à erosão interssulcos: simulação experimental.<br />

Tomás <strong>de</strong> Figueire<strong>do</strong> 1 , Alfre<strong>do</strong> Gonçalves Ferreira 2 , Dionísio Gonçalves 3 & Jean Poesen 4<br />

1 Escola Superior Agrária <strong>de</strong> Bragança, Aparta<strong>do</strong> 1172, 5301-855 Bragança, Portugal – Tel:<br />

(+351) 273 303 200 – Fax: (+351) 273 325 405 – E-mail: tomasfig@ipb.pt<br />

2 Dpto <strong>de</strong> Engenharia Rural, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora, Aparta<strong>do</strong> 94, 7002-554 Évora, Portugal –<br />

Tel: (+351) 266 760 800 – Fax: (+351) 266 760 911 – E-mail: agf@uevora.pt<br />

3 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto Douro e Instituto Politécnico <strong>de</strong> Bragança, 5301-855<br />

Bragança, Portugal<br />

4 Laboratório <strong>de</strong> Geomorfologia Experimental, Universida<strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> Lovaina,<br />

Redingenstraat 16, 3000 Leuven, Bélgica – E-mail: Jean.Poesen@geo.kuleuven.ac.be<br />

Resumo<br />

Comunicação: Oral<br />

Os solos pedregosos vêm sen<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong>s sob diversos aspectos com crescente<br />

interesse nos últimos anos. No que respeita à perda <strong>de</strong> solo, os resulta<strong>do</strong>s publica<strong>do</strong>s<br />

mostram todavia a dificulda<strong>de</strong> em estabelecer um padrão único <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong>stes solos<br />

às precipitações erosivas.<br />

Com vista a aprofundar conhecimentos sobre este tópico, foi instala<strong>do</strong> um ensaio<br />

experimental, simulan<strong>do</strong> superfícies sujeitas a erosão interssulcos. Constitui objectivo<br />

<strong>de</strong>ste trabalho apresentar e discutir a evolução temporal da perda <strong>de</strong> solo nessas<br />

superfícies, propon<strong>do</strong> a sua representação num mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>scritivo simples.<br />

O ensaio compreen<strong>de</strong>u a exposição a 240 mm <strong>de</strong> chuva natural <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />

tabuleiros com 612 cm 2 <strong>de</strong> área e 10 % <strong>de</strong> <strong>de</strong>clive, conten<strong>do</strong> terra fina franco limosa,<br />

muito pobre em matéria orgânica, coberta por elementos grosseiros simula<strong>do</strong>s. Os<br />

tabuleiros mantiveram-se próximo da saturação <strong>de</strong> água. Para além <strong>do</strong> solo nu, testaramse<br />

tratamentos com 4 repetições cada, correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a combinações específicas <strong>de</strong> 3<br />

fracções <strong>de</strong> cobertura (17, 30 e 66 %), 3 dimensões (2, 4 e 10 cm), 2 formas<br />

(rectangulares e circulares) e 3 posições (pousa<strong>do</strong>s à superfície, semi-aflorantes e<br />

aflorantes). A infiltração e o escoamento, e as perdas <strong>de</strong> solo neste e por salpico, foram<br />

medidas ao longo <strong>do</strong> ensaio, na sequência <strong>de</strong> perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> precipitação.<br />

A perda <strong>de</strong> solo acumulada representada em função da precipitação acumulada ao longo<br />

<strong>do</strong> ensaio segue uma curva sigmói<strong>de</strong>. Este mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> resposta foi interpreta<strong>do</strong> como<br />

resultan<strong>do</strong> da formação da crosta superficial <strong>do</strong> solo exposto, hipótese sugerida pela<br />

observação no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> ensaio e confirmada no final. Os parâmetros da curva<br />

sigmói<strong>de</strong> correlacionaram-se com a fracção <strong>de</strong> cobertura, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> também explorada<br />

a relação com outros parâmetros <strong>de</strong>scritivos da pedregosida<strong>de</strong>, o que permitiu simular a<br />

evolução temporal da resposta erosiva <strong>de</strong> superfícies com variada pedregosida<strong>de</strong>.<br />

A conclusão <strong>de</strong> que a relação entre perda <strong>de</strong> solo e pedregosida<strong>de</strong> é temporalmente<br />

variável, traz consequências para a interpretação quer <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ensaios com<br />

diferente duração, quer da evolução temporal da pedregosida<strong>de</strong> em superfícies erodidas<br />

ou sujeitas a erosão acelerada.<br />

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