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Programa e Resumos - I Congresso Ibérico de Ciência do Solo 2004

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I <strong>Congresso</strong> Ibérico da Ciência <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> – 15 a 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, Bragança, Portugal<br />

Influência da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água <strong>de</strong> rega num Fluvissolo <strong>do</strong> Alentejo.<br />

M. C. Gonçalves, J. C. Martins, M. J. Neves, F. P. Pires, T. B. Ramos, A. V. Oliveira, J. Bica<br />

& M. Bica<br />

Estação Agronómica Nacional, Dep. Ciência <strong>do</strong> <strong>Solo</strong>, Av. República, 2784-505 Oeiras, Portugal<br />

– Telef: (+351) 214403638 – Fax: (+351) 214416011 – E-mail: mc.goncalves@netc.pt<br />

Resumo<br />

Comunicação: Painel<br />

Na continuação <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s anteriormente ten<strong>do</strong> como objectivo a<br />

avaliação <strong>do</strong>s riscos <strong>de</strong> salinização e <strong>de</strong> alcalização <strong>de</strong> um Aluviossolo, em resulta<strong>do</strong> da<br />

utilização <strong>de</strong> águas <strong>de</strong> rega <strong>de</strong> diferente qualida<strong>de</strong>, apresentam-se resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um<br />

ensaio conduzi<strong>do</strong> em 2003-<strong>2004</strong>, contemplan<strong>do</strong> 1 ciclo <strong>de</strong> rega e 1 ciclo <strong>de</strong> lavagem<br />

pela chuva. Utilizaram-se 3 monólitos <strong>de</strong> solo (I, II e III) aos quais se aplicaram,<br />

respectivamente, águas com condutivida<strong>de</strong>s eléctricas (CE) <strong>de</strong> 0.8, 1.6 e 3.2 dS m -1 e<br />

valores <strong>de</strong> SAR <strong>de</strong> 1.5, 3 e 6 (meq L -1 ) 0.5 , com uma <strong>do</strong>tação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 500 mm. As<br />

águas <strong>de</strong> menor condutivida<strong>de</strong> (0.8 e 1.6 dS m -1 ) já tinham si<strong>do</strong> aplicadas aos monólitos<br />

II e III, nos 2 anos anteriores. Após o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> rega, os monólitos foram sujeitos à<br />

lavagem pela chuva no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Setembro-Março <strong>de</strong> 2003/04 (388 mm).<br />

A solução <strong>do</strong> solo foi recolhida, nos 3 monólitos, através <strong>de</strong> cápsulas porosas, ten<strong>do</strong> a<br />

humida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo si<strong>do</strong> monitorizada através da técnica TDR, a 4 profundida<strong>de</strong>s (10, 30,<br />

50 e 70 cm), 2× por semana, <strong>de</strong> Maio a Setembro (perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> rega), e 1 a 2× por mês<br />

nos restantes meses. Na solução <strong>do</strong> solo <strong>de</strong>terminaram-se os teores em catiões solúveis<br />

(Na + , Ca 2+ e Mg 2+ ) e a condutivida<strong>de</strong> eléctrica.<br />

No fim <strong>do</strong>s perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> rega e <strong>de</strong> lavagem pela chuva colheram-se amostras <strong>de</strong> solo em<br />

5 espessuras até à profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 100 cm para <strong>de</strong>terminação da CE e <strong>do</strong>s teores <strong>de</strong><br />

catiões solúveis no extracto <strong>de</strong> saturação <strong>do</strong> solo, <strong>do</strong>s teores <strong>de</strong> catiões extraíveis, da<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> troca catiónica, da razão <strong>de</strong> adsorção <strong>de</strong> sódio (SAR) e da percentagem<br />

<strong>de</strong> sódio <strong>de</strong> troca (ESP).<br />

Po<strong>de</strong>-se concluir que, no fim <strong>do</strong>s ciclos <strong>de</strong> rega e chuva, não há riscos <strong>de</strong> salinização e<br />

<strong>de</strong> alcalização para este tipo <strong>de</strong> solo rega<strong>do</strong> com as águas <strong>de</strong> 0.8 e 1.6 dS m -1 , o que<br />

confirma os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s em anos anteriores. Consi<strong>de</strong>ra-se que a chuva ocorrida<br />

durante o Inverno é suficiente, neste tipo <strong>de</strong> solos, para lixiviar os sais acumula<strong>do</strong>s<br />

durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> rega até 50 cm <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>.<br />

A água com CE=3.2 dS m -1 , aplicada no monólito III, provocou problemas <strong>de</strong><br />

salinização e <strong>de</strong> sodicização <strong>do</strong> solo no fim <strong>do</strong> ciclo <strong>de</strong> rega, pois o solo apresentava<br />

uma salinida<strong>de</strong> da or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s 5 dS m -1 e um teor <strong>de</strong> sódio <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> 8% na camada<br />

superficial.<br />

Embora se tenha verifica<strong>do</strong>, após o ciclo <strong>de</strong> chuva (Março <strong>de</strong> <strong>2004</strong>), a lixiviação da<br />

maior parte <strong>do</strong>s sais acumula<strong>do</strong>s durante a rega nas camadas superficiais <strong>do</strong> solo, a<br />

solução <strong>do</strong> solo apresentava, para a CE, valores superiores a 4 dS m -1 à profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

50 cm, e valores <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 10 dS m -1 a 70 cm. Quanto ao teor <strong>de</strong> sódio solúvel,<br />

verificou-se que atingiu cerca <strong>de</strong> 17 mmol c L -1 , o que correspon<strong>de</strong> à concentração <strong>de</strong><br />

sódio da água <strong>de</strong> rega aplicada.<br />

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