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Programa e Resumos - I Congresso Ibérico de Ciência do Solo 2004

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I <strong>Congresso</strong> Ibérico da Ciência <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> – 15 a 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, Bragança, Portugal<br />

Efeito da gestão <strong>de</strong> resíduos florestais na mineralização <strong>do</strong> azoto.<br />

Maria Gómez-Rey 1 , Manuel Ma<strong>de</strong>ira 1 , Ernesto Vasconcelos 1 , António Azeve<strong>do</strong> 2 & Paulo<br />

Marques 1<br />

1 Instituto Superior <strong>de</strong> Agronomia, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa, Portugal - Tel: (+351) 21<br />

3653270 - E-mail: edchus@usc.es<br />

2<br />

Escola Superior Agrária <strong>de</strong> Santarém, Sector <strong>de</strong> Geociências, Quinta <strong>do</strong> Galinheiro, Ap. 310.<br />

2001-904 Santarém, e-mail: a_azeve<strong>do</strong>@esa-santarem.pt<br />

Resumo<br />

Comunicação: Painel<br />

Estu<strong>do</strong>u-se o efeito da presença, posicionamento e fraccionamento <strong>de</strong> resíduos lenhosos<br />

<strong>de</strong> Eucalyptus globulus (Labill.) na dinâmica <strong>de</strong> N, utilizan<strong>do</strong> um sistema lisimétrico e<br />

parcelas florestais experimentais, objecto <strong>de</strong> diferentes opções <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong>s resíduos <strong>de</strong><br />

abate. Os lisímetros incluíam 25 kg <strong>de</strong> material terroso (Arenossolos dístricos), 500 g <strong>de</strong><br />

horizonte orgânico e 1488 g <strong>de</strong> resíduos lenhosos (300, 88, 100 e 100 g <strong>de</strong> folhas,<br />

cascas, raminhos e ramos, respectivamente). Os tratamentos foram: (A) material terroso<br />

mistura<strong>do</strong> com horizonte orgânico, (B) e com resíduos lenhosos no solo segmenta<strong>do</strong>s<br />

(20 cm), (E) ou estilhaça<strong>do</strong>s, (F) material terroso com horizonte orgânico e resíduos<br />

lenhosos segmenta<strong>do</strong>s á superfície, (I) material terroso sem resíduos orgânicos que<br />

constitui o controle. Cada tratamento foi objecto <strong>de</strong> repetições. Além disso, instalou-se<br />

numa plantação <strong>de</strong> E. globulus, em Arenossolos dístricos, com um <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong><br />

blocos completamente casualiza<strong>do</strong>s com quatro repetições e <strong>do</strong>is tratamentos: (S)<br />

resíduos lenhosos á superfície, (I) resíduos lenhosos incorpora<strong>do</strong>s no solo. O efeito <strong>do</strong>s<br />

tratamentos na disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> N foi estudada através <strong>de</strong> incubações aeróbias e<br />

anaeróbias em laboratório, utilizan<strong>do</strong> amostras <strong>do</strong>s horizontes superficiais colhidas seis<br />

anos <strong>de</strong>pois da instalação <strong>do</strong>s lisímetros e seis anos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> campo.<br />

As incubações aeróbias realizaram-se durante 24 semanas, avalian<strong>do</strong>-se periodicamente<br />

a produção <strong>de</strong> N mineral.<br />

O teor <strong>de</strong> N mineral inicial <strong>do</strong>s solos <strong>do</strong>s lisímetros com resíduos lenhosos era maior,<br />

sen<strong>do</strong>, a maior parte (53 a 71%) na forma <strong>de</strong> NO - 3 . A taxa <strong>de</strong> mineralização variou entre<br />

52 e 100 µg N g -1 <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 12 semanas <strong>de</strong> incubação verifican<strong>do</strong>-se um acréscimo nos<br />

tratamentos on<strong>de</strong> os resíduos e o horizonte orgânico foram incorpora<strong>do</strong>s no solo. Pelo<br />

contrario, o posicionamento <strong>do</strong>s resíduos á superfície <strong>de</strong>terminou as menores taxas <strong>de</strong><br />

mineralização (52µg N g -1 ). O efeito <strong>do</strong> fraccionamento <strong>do</strong>s resíduos não mostrou<br />

diferenças significativas na mineralização <strong>do</strong> N (84,23 µg N g -1 nos segmenta<strong>do</strong>s vs<br />

99,72 µg N g -1 nos estilhaça<strong>do</strong>s). Em to<strong>do</strong>s os tratamentos a nitrificação suplantou a<br />

amonificação. No ensaio <strong>de</strong> campo observou-se o efeito contrario, com um pre<strong>do</strong>mínio<br />

da forma NH + 4 no N inicial (84%) e uma maior mineralização, principalmente como<br />

NH + 4 , quan<strong>do</strong> os resíduos estão á superfície (54,1µg N g -1 ) <strong>do</strong> que quan<strong>do</strong> estão<br />

incorpora<strong>do</strong>s no solo (30,28µg N g -1 ).<br />

O potencial <strong>de</strong> mineralização <strong>de</strong> N <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os solos, <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> mediante incubações<br />

anaeróbias, também apresenta um acréscimo com a presença <strong>de</strong> resíduos lenhosos e<br />

com o seu posicionamento á superfície, pelo que se po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar como a melhor<br />

opção <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong>s resíduos <strong>de</strong> abate, segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma rápida replantação que utilize o<br />

N mineral e limite as perdas <strong>de</strong> nitrato por lgxiviação.<br />

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