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Programa e Resumos - I Congresso Ibérico de Ciência do Solo 2004

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I <strong>Congresso</strong> Ibérico da Ciência <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> – 15 a 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, Bragança, Portugal<br />

Acumulação <strong>de</strong> alumínio em ápices radicais <strong>de</strong> cultivares <strong>de</strong> arroz<br />

expressan<strong>do</strong> diferentes níveis <strong>de</strong> tolerância.<br />

Roberto Oscar Pereyra Rossiello 1 , Flavia Tole<strong>do</strong> Ramos 1 & Felipe da Costa Brasil 1,2<br />

1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, Depto. <strong>de</strong> <strong>Solo</strong>s, 23851-970, Seropédica, RJ,<br />

Brasil. – TeleFax: (++5521) 2682-1308 –– E-mail: ropr@ufrrj.br<br />

2<br />

Bolseiro <strong>de</strong> <strong>do</strong>utoramento da Capes, Brasil..E-mail: febrasil@uevora.pt<br />

Resumo<br />

Comunicação: Painel<br />

Pese à importância econômica e alimentar <strong>do</strong> arroz (Oryza sativa L.), poucos estu<strong>do</strong>s<br />

tem focaliza<strong>do</strong> sobre os mecanismos que permitem a este cereal a sua adaptação a solos<br />

com níveis <strong>de</strong> alumínio (Al) solúvel, tóxicos para outras culturas. Este trabalho<br />

objetivou verificar se diferenças genotípicas em sensibilida<strong>de</strong> ao Al no arroz, estão<br />

relacionadas com diferenças em taxas diferenciais <strong>de</strong> crescimento das raízes seminais;<br />

concentrações <strong>de</strong> Al nas regiões apical e basal <strong>de</strong>ssas raízes e distribuição <strong>do</strong> Al<br />

acumula<strong>do</strong> no apoplasto radical. Plântulas <strong>do</strong>s cultivares Caiapó (tolerante, <strong>de</strong> terras<br />

altas) e IAC 1289 (sensível), foram cultivadas em solução conten<strong>do</strong> CaCl2 0,1mM, e<br />

concentrações <strong>de</strong> Al ([Al+3]), na forma <strong>de</strong> AlCl3, na faixa 0-160 µM, a pH 4,0,<br />

durante perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 48 horas. As [Al+3] que induziram 50% <strong>de</strong> redução nas taxas<br />

relativas <strong>de</strong> elongação radical foram <strong>de</strong> 10 e 144 µM para IAC 1289 e Caiapó,<br />

respectivamente. A cultivar tolerante manteve menores teores <strong>de</strong> Al no segmento apical<br />

(0-10 mm a partir <strong>de</strong> ápice), mas no segmento basal (30-40 mm), os teores não<br />

diferiram entre as cultivares. Um tratamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>ssorção (áci<strong>do</strong> cítrico 0,5 mM, 0º<br />

C,pH 4,5) retirou quantida<strong>de</strong>s diferenciadas (entre 30-80%) <strong>do</strong> Al reti<strong>do</strong> no apoplasto<br />

<strong>do</strong>s segmentos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da concentração <strong>de</strong> Al na solução. No maior nível <strong>de</strong> Al<br />

aplica<strong>do</strong> (160 µM), a fração <strong>de</strong> Al apoplástico removida pelo <strong>de</strong>ssorvente no segmento<br />

apical <strong>de</strong> Caiapó foi meta<strong>de</strong> da removida na IAC 1289 , mas no segmento basal as<br />

frações foram similares. Os da<strong>do</strong>s sugerem a existência, na cultivar tolerante, <strong>de</strong><br />

mecanismo(s) <strong>de</strong> tolerância cuja expressão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da [Al] na solução externa, e que<br />

lhe permitem estabilizar a redução <strong>do</strong> crescimento radicular <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma ampla faixa<br />

<strong>de</strong> [Al] na solução externa. São discutidas evi<strong>de</strong>ncias que sugerem que tal mecanismo<br />

possa envolver <strong>de</strong>toxificação interna por seqüestro vacuolar <strong>do</strong> Al aloca<strong>do</strong> no simplasto.<br />

– 214 –

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