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Programa e Resumos - I Congresso Ibérico de Ciência do Solo 2004

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I <strong>Congresso</strong> Ibérico da Ciência <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> – 15 a 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, Bragança, Portugal<br />

Influência <strong>de</strong> árvores isoladas <strong>de</strong> Quercus rotundifolia Lam. no ambiente<br />

químico e físico <strong>do</strong> sob-coberto.<br />

Jorge Nunes 1 , Luís Gazarini 1 , Francisco Abreu 2 & Manuel Ma<strong>de</strong>ira 2<br />

1<br />

Departamento <strong>de</strong> Biologia, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora, 7002-554 Évora, Portugal - E-mail:<br />

jdnunes@uevora.pt<br />

2 Departamento <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> Ambiente, Instituto Superior <strong>de</strong> Agronomia, Tapada da Ajuda,<br />

1349-017 Lisboa<br />

Resumo<br />

Comunicação: Painel<br />

Os monta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Quercus rotundifolia Lam. no Sul <strong>de</strong> Portugal são sistemas em que, <strong>de</strong><br />

mo<strong>do</strong> análogo às formações <strong>de</strong> tipo savana, as árvores apresentam um gran<strong>de</strong><br />

espaçamento entre si, interagin<strong>do</strong> localizadamente com o meio ambiente, diferencian<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong>, as condições físico-químicas da área sob a acção da sua copa, das daquela<br />

em que essa acção não se verifica. Assim, estudaram-se as características físicoquímicas<br />

<strong>do</strong> solo sob e fora da influência da copa <strong>de</strong>stas árvores, num monta<strong>do</strong> com<br />

árvores espaçadas. Além disso, também se avaliou a massa das camadas orgânicas e a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nutrientes nelas reti<strong>do</strong>s. As amostragens foram efectuadas a várias<br />

distâncias <strong>do</strong> tronco das árvores, segun<strong>do</strong> a direcção <strong>do</strong>s pontos car<strong>de</strong>ais.<br />

Monitorizaram-se igualmente, características microclimáticas (humida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo, fluxo<br />

<strong>de</strong> calor <strong>do</strong> solo, temperatura <strong>do</strong> ar e <strong>do</strong> solo, radiação,) sob e fora da acção da copa das<br />

árvores.<br />

A massa das camadas orgânicas atingiu 3,2 t ha -1 , na proximida<strong>de</strong> <strong>do</strong> tronco, e 1,6 t ha -1<br />

no limite da projecção vertical da copa. A massa volúmica aparente <strong>do</strong> solo, <strong>de</strong>cresceu<br />

significativamente com o aumento da distância ao tronco das árvores. Os valores <strong>de</strong><br />

permeabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo, na área da projecção vertical da copa, foram superiores aos da<br />

área fora da mesma, além <strong>de</strong> apresentarem uma variabilida<strong>de</strong> mais elevada. Os teores <strong>do</strong><br />

solo em C e N foram significativamente mais eleva<strong>do</strong>s nas áreas sob as copas das<br />

árvores <strong>do</strong> que naquelas fora da influência <strong>de</strong>sta. Tendência semelhante foi apresentada<br />

pelo teor <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> troca (Ca, Mg e K) e <strong>de</strong> K e P extractáveis. Estes teores, bem<br />

como os <strong>de</strong> C e N, <strong>de</strong>cresceram da proximida<strong>de</strong> <strong>do</strong> tronco para o limite da projecção<br />

vertical da copa. O Mg <strong>de</strong> troca e o valor <strong>de</strong> pH não apresentaram qualquer<br />

diferenciação <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à presença das árvores.<br />

Os valores da temperatura <strong>do</strong> solo fora da acção da copa das árvores, foram em geral<br />

superiores aos das áreas sob a copa, chegan<strong>do</strong> a relação entre eles a ser <strong>de</strong> duas vezes<br />

durante o Inverno. No que se refere ao teor <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo, este ten<strong>de</strong> por um<br />

la<strong>do</strong>, a <strong>de</strong>crescer mais rapidamente nas zonas fora da acção da copa das árvores e por<br />

outro a restabelecer-se mais rapidamente nestas mesmas áreas. A intercepção da<br />

radiação pela copa das árvores variou entre os 60-90%. As condições climáticas<br />

resultantes da presença da árvore, associadas a uma maior variabilida<strong>de</strong> química e física<br />

<strong>do</strong> solo <strong>do</strong> sob-coberto po<strong>de</strong>rão influenciar a disponibilida<strong>de</strong> em nutrientes, com<br />

consequências no processo <strong>de</strong> interacção árvore - vegetação sob-coberto.<br />

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