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Programa e Resumos - I Congresso Ibérico de Ciência do Solo 2004

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I <strong>Congresso</strong> Ibérico da Ciência <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> – 15 a 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, Bragança, Portugal<br />

O comportamento fisiológico <strong>de</strong> C. sativa em soutos adultos <strong>de</strong> Trás-os-<br />

Montes com diferentes formas <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> solo.<br />

J. P. Coutinho 1 , J. Gomes-Laranjo 1 & Afonso Martins 2<br />

1 Centro <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s da Terra, <strong>do</strong> Ambiente e da Vida, UTAD, Ap. 1013, 5001-911 Vila Real,<br />

Tel 259350222, e-mail: jlaranjo@utad.pt<br />

2 Dep. Edafologia, UTAD, Apart. 1013, 5001-911 Vila Real, Tel. 259350209<br />

Resumo<br />

Comunicação: Painel<br />

A cultura <strong>do</strong> castanheiro em Trás-os-Montes representa cerca <strong>de</strong> 84% da área<br />

castanhícola portuguesa e apesar <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> uma cultura perene envolve<br />

tradicionalmente práticas culturais no solo bastante intensivas, com os consequentes<br />

custos económicos e ambientais. A aplicação <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> solo mais<br />

a<strong>de</strong>quadas a um conceito mo<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> agricultura biológica, sem que isso acarrete<br />

perdas <strong>de</strong> rendimento tem si<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> nos últimos anos. No presente trabalho,<br />

são compara<strong>do</strong>s os efeitos <strong>de</strong> quatro técnicas <strong>de</strong> gestão <strong>do</strong> solo, que se <strong>de</strong>screvem, no<br />

comportamento fisiológico <strong>de</strong> C. sativa: (a) forma tradicional que envolve mobilizações<br />

com escarifica<strong>do</strong>r; (b) utilização <strong>de</strong> pastagem regada no subcoberto; (c) utilização <strong>de</strong><br />

pastagem <strong>de</strong> sequeiro no subcoberto; e (d) não mobiliza<strong>do</strong> com vegetação natural.<br />

Mediram-se potenciais hídricos e trocas gasosas, às 7, 9, 11 e 13h no perío<strong>do</strong> estival.<br />

Durante o perío<strong>do</strong> a temperatura média registada foi <strong>de</strong> 17,5, 23,2, 30,2 e 32,1ºC às 7, 9,<br />

11 e 13h, respectivamente, enquanto a radiação média foi <strong>de</strong> 1750 µmol.m -2 .s -1 excepto<br />

às 7h que foi inferior a 250µmol.m -2 .s -1 , constituin<strong>do</strong>-se a esta hora como factor<br />

limitante. Os registos <strong>do</strong> Ψ w às 7h não apresentam diferenças significativas entre<br />

tratamentos, situan<strong>do</strong>-se os valores na or<strong>de</strong>m <strong>do</strong>s -0,6MPa, <strong>de</strong>cain<strong>do</strong> significativamente<br />

até às 11h, altura em que o tratamento com rega apresenta um Ψ w significativamente<br />

maior (-1.39MPa) que os restante tratamentos (entre -1,46 e -1,52MPa), sugerin<strong>do</strong> um<br />

maior efeito provoca<strong>do</strong> pela evolução <strong>do</strong> dia <strong>do</strong> que o <strong>do</strong>s próprios tratamentos. Das 11<br />

para as 13h continua a haver diminuição <strong>do</strong> Ψ w , mas agora menos acentuada <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a<br />

um maior efeito <strong>de</strong> termoinibição, que é conheci<strong>do</strong> em C. sativa. A evolução diurna da<br />

taxa <strong>de</strong> transpiração suporta o referi<strong>do</strong> anteriormente, observan<strong>do</strong>-se o seu aumento das<br />

7 (1,24-1,36 mmolH 2 O.m -2 .s -1 ) para as 13h (4,5-4,8mmolH 2 O.m -2 .s -1 ), não sen<strong>do</strong><br />

visíveis diferenças significativas entre tratamentos, excepto no rega<strong>do</strong> que mostra<br />

tendência para maior taxa <strong>de</strong> transpiração. Em contrapartida, a taxa <strong>de</strong> fotossíntese<br />

aumenta compreensivelmente das 7h para a um nível máximo às 9h (8,1-8,8<br />

µmolCO 2 .m -2 .s -1 ), a partir da qual se nota tendência para diminuição até às 13h, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong><br />

a factores <strong>de</strong> temperatura excessiva, e não <strong>de</strong> carência hídrica, como os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

transpiração o <strong>de</strong>monstram, o que corrobora os resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s noutro estu<strong>do</strong> sobre a<br />

importância da água <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> na alimentação hídrica das árvores, agrava<strong>do</strong> pelo<br />

facto <strong>de</strong> a temperatura óptima se situar entre 26-28ºC. Também, aqui, não se observa<br />

uma influência negativa pela a<strong>do</strong>pção das práticas culturais testadas relativamente ao<br />

tratamento tradicional. Em conclusão, numa perspectiva <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> agrícola, os<br />

resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fisiologia <strong>do</strong> castanheiro, sugerem que a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> outras formas <strong>de</strong><br />

gestão <strong>do</strong> solo não provoca efeitos negativos no seu crescimento, pelo menos em<br />

situações como a experimentada, um souto adulto com 38 anos.<br />

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