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Programa e Resumos - I Congresso Ibérico de Ciência do Solo 2004

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I <strong>Congresso</strong> Ibérico da Ciência <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> – 15 a 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, Bragança, Portugal<br />

Efeitos <strong>do</strong> maneio <strong>do</strong> solo na dinâmica da <strong>de</strong>composição e da libertação<br />

<strong>de</strong> nutrientes <strong>de</strong> folhas <strong>de</strong> Cistus salviifolius L.<br />

Maria Paula Simões 1 , Jorge Nunes 1 , Manuel Ma<strong>de</strong>ira 2 & Luiz Gazarini 1<br />

1 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora, Dpt. <strong>de</strong> Biologia, Aparta<strong>do</strong> 94, 7002-554 Évora, Portugal – Tel: (+351)<br />

266 760 800 – Fax: (+351) 266 760 914 – E-mail: mps@uevora.pt<br />

2 Instituto Superior <strong>de</strong> Agronomia, Dpt. <strong>de</strong> Ciências <strong>do</strong> Ambiente, Tapada da Ajuda, 1349-017<br />

Lisboa, Portugal<br />

Resumo<br />

Comunicação: Painel<br />

Estu<strong>do</strong>u-se o efeito das alterações na estrutura <strong>do</strong> sistema solo-folhada na dinâmica da<br />

<strong>de</strong>composição, através da simulação <strong>de</strong> duas técnicas <strong>de</strong> maneio <strong>do</strong> solo. Para o efeito,<br />

monitorizou-se, durante cerca <strong>de</strong> 2 anos, a dinâmica da perda <strong>de</strong> matéria orgânica e da<br />

libertação <strong>de</strong> N, P, K Ca, Mg e Mn <strong>de</strong> folhas <strong>de</strong> Cistus salviifolius L., através da técnica<br />

<strong>do</strong>s “sacos <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição” (litter bags), coloca<strong>do</strong>s à superfície <strong>do</strong> solo e enterra<strong>do</strong>s a<br />

10 cm <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>, numa comunida<strong>de</strong> arbustiva, característica <strong>de</strong> monta<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />

Alentejo.<br />

A <strong>de</strong>composição das folhas enterradas foi bastante mais rápida <strong>do</strong> que a das colocadas à<br />

superfície, ten<strong>do</strong> as proporções <strong>de</strong> matéria orgânica remanescente si<strong>do</strong>, respectivamente,<br />

<strong>de</strong> 39 e 63%, após 289 dias. As taxas anuais <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição k foram <strong>de</strong> -0,98, para as<br />

primeiras e <strong>de</strong> -0,71, para as segundas.<br />

A libertação <strong>de</strong> N foi igualmente mais rápida nas folhas enterradas <strong>do</strong> que nas colocadas<br />

à superfície <strong>do</strong> solo, ten<strong>do</strong> as proporções remanescentes, ao fim <strong>de</strong> 289 dias, si<strong>do</strong><br />

respectivamente <strong>de</strong> 60 e 98% (37 e 57% no final).<br />

A libertação <strong>de</strong> P seguiu a mesma tendência que a <strong>do</strong> N, ten<strong>do</strong> a proporção residual,<br />

após 289 dias, si<strong>do</strong> <strong>de</strong> 48% nas folhas enterradas e <strong>de</strong> 70% à superfície, embora as<br />

proporções residuais finais se tenham aproxima<strong>do</strong> (30 e 38%, respectivamente).<br />

Os padrões <strong>de</strong> libertação <strong>de</strong> K, Ca e Mg foram idênticos nas duas situações, ten<strong>do</strong> as<br />

proporções remanescentes, no final <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, si<strong>do</strong> <strong>de</strong> 5 e 7%, 43 e 34% e 35<br />

e 25%, respectivamente para as folhas enterradas e para as colocadas à superfície.<br />

Para o Mn, verificou-se uma forte retenção à superfície, durante to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

estu<strong>do</strong> (92% no final), ao passo que nas folhas enterradas este nutriente se libertou<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, embora lentamente, restan<strong>do</strong> apenas 56% no final.<br />

A localização das folhas influenciou o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição. A mais lenta<br />

<strong>de</strong>composição à superfície <strong>do</strong> solo po<strong>de</strong> contribuir para a redução das perdas <strong>de</strong> matéria<br />

orgânica e nutrientes nos solos não mobiliza<strong>do</strong>s, relativamente aos mobiliza<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong><br />

as técnicas agrícolas tradicionais.<br />

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