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Programa e Resumos - I Congresso Ibérico de Ciência do Solo 2004

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I <strong>Congresso</strong> Ibérico da Ciência <strong>do</strong> <strong>Solo</strong> – 15 a 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> <strong>2004</strong>, Bragança, Portugal<br />

O comportamento da zona não saturada <strong>do</strong> solo face à presença <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s elementos utiliza<strong>do</strong>s em algumas activida<strong>de</strong>s agrícolas. Um<br />

estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso na bacia <strong>do</strong> rio Fervença - Bragança.<br />

Luís Filipe Pires Fernan<strong>de</strong>s<br />

Escola Superior <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Bragança, aparta<strong>do</strong> 1101, 5301-856- Bragança, – Tel.<br />

273330704 – Fax: 273303135 - E-mail: lfilipe@ipb.pt<br />

Resumo<br />

Comunicação: Painel<br />

A observação da bacia hidrográfica <strong>do</strong> rio Fervença, localizada a Sul/Oeste da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Bragança, permite verificar que a sua morfologia é caracterizada basicamente pela<br />

gran<strong>de</strong> bacia <strong>de</strong> Bragança, la<strong>de</strong>ada por diversas elevações, na qual serpenteiam as duas<br />

linhas <strong>de</strong> água principais, o rio Fervença e a ribeira <strong>do</strong> Penacal.<br />

A geologia foi igualmente analisada sob um ponto <strong>de</strong> vista regional on<strong>de</strong> o maciço<br />

polimetamórfico <strong>de</strong> Bragança se <strong>de</strong>staca, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à sua gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> litológica<br />

e à sua complexa e difícil interpretação.<br />

A “zona não saturada” foi durante muito tempo uma espécie <strong>de</strong> “caixa negra” nos<br />

estu<strong>do</strong>s hidrogeológicos, visto que a maioria <strong>de</strong>les centrava-se somente na “zona<br />

saturada”, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que essa era a zona que efectivamente mais interessava, por ser<br />

aí que as reservas <strong>de</strong> água se encontravam.<br />

Contu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há alguns anos que diversos trabalhos, tanto <strong>de</strong> laboratório como <strong>de</strong><br />

campo, têm si<strong>do</strong> executa<strong>do</strong>s estudan<strong>do</strong> a zona não saturada em to<strong>do</strong>s os seus aspectos,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ponto <strong>de</strong> vista hidráulico (regime <strong>de</strong> fluxo da água, proprieda<strong>de</strong>s<br />

hidrodinâmicas, condutivida<strong>de</strong> hidráulica) ao químico (relações água - meio sóli<strong>do</strong>,<br />

reacções <strong>de</strong> troca iónica, <strong>de</strong> precipitação, <strong>de</strong> oxidação, <strong>de</strong> redução e processos<br />

biológicos).<br />

Em Portugal estes estu<strong>do</strong>s são ainda muito raros, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>rar-se que este foi o<br />

primeiro estu<strong>do</strong> que abor<strong>do</strong>u <strong>de</strong> forma aprofundada a zona não saturada.<br />

Foram <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s seis locais, on<strong>de</strong> se instalaram algumas cápsulas para recolha <strong>de</strong><br />

solução <strong>do</strong> solo. Estes locais foram escolhi<strong>do</strong>s, por terem diferentes tipos <strong>de</strong> culturas<br />

que necessitavam <strong>de</strong> teores <strong>de</strong> fertilização também diferentes. Assim, foram <strong>de</strong>finidas<br />

estações localizadas em pra<strong>do</strong>, cultura <strong>de</strong> lúpulo, cultura <strong>de</strong> morangos, cultura <strong>de</strong><br />

cevada/milho, cultura <strong>de</strong> sorgo e, finalmente, foi instalada uma estação próximo <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> resíduos sóli<strong>do</strong>s (lixeira municipal).<br />

Para caracterizar estes campos experimentais foram colhidas amostras <strong>de</strong> solo para<br />

análise mecânica e química, sen<strong>do</strong> os tipos franco-limosos e franco-arenosos os mais<br />

frequentes nas amostras analisadas.<br />

Após comparação <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s locais amostra<strong>do</strong>s não foi possível encontrar padrões<br />

semelhantes <strong>de</strong> comportamento que permitam correlacionar os diversos elementos<br />

analisa<strong>do</strong>s e as condições particulares <strong>de</strong> cada local.<br />

De uma maneira geral, e toman<strong>do</strong> como exemplo o comportamento da condutivida<strong>de</strong><br />

observa<strong>do</strong> ao longo <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong> solo, em que se verifica uma diminuição <strong>do</strong>s valores<br />

em profundida<strong>de</strong>, conclui-se que o solo tem um efeito filtrante efectivo em relação às<br />

substâncias presentes na solução que nele circula.<br />

O comportamento <strong>do</strong>s outros parâmetros reflecte uma complexa teia <strong>de</strong> interacções <strong>do</strong>s<br />

elementos químicos entre si e entre eles e as fracções inerte e viva <strong>do</strong> solo, das quais só<br />

algumas foi possível clarificar.<br />

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