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O SETOR NA RIO+20 - Revista O Papel

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Reportagem de Capa<br />

Bracelpa/Raul Fonseca<br />

Rojas: reconhecimento<br />

das florestas como<br />

protagonistas do<br />

desenvolvimento<br />

sustentável é um dos<br />

primeiros passos para a<br />

jornada verde<br />

Albert II, Rojas,<br />

Elizabeth e Penido<br />

conversaram ao<br />

final do seminário<br />

Forests: the Heart<br />

of a Green Economy<br />

Bracelpa/Raul Fonseca<br />

nha importância foi ressaltada no seminário internacional<br />

Forests: the Heart of a Green Economy, promovido<br />

pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e<br />

Alimentação (FAO), pelo International Council of Forest<br />

and Paper Associations (ICFPA) e pela Bracelpa, realizado<br />

em 18 de junho no Ribalta Eventos.<br />

Eduardo Rojas, diretor-geral de Florestas da FAO, iniciou<br />

o debate ressaltando que o reconhecimento das<br />

florestas como protagonistas do desenvolvimento sustentável<br />

é um dos primeiros passos para a economia<br />

verde. Rojas também destacou as mudanças positivas<br />

apresentadas pela indústria de base florestal ao longo<br />

dos últimos anos. Segundo ele, a dissociação ao desmatamento<br />

deve-se à adoção de medidas de engajamento<br />

de stakeholders, ao apoio a medidas regulatórias e às<br />

avançadas técnicas de manejo sustentável. “Os avanços<br />

resultam de todo o esforço que o setor florestal tem feito<br />

para se unir e mostrar como pode trazer contribuições<br />

importantes”, resumiu.<br />

Também presente ao evento, Albert II, príncipe de Mônaco,<br />

enfatizou que os objetivos discutidos na Rio+20<br />

são de longo prazo. “As florestas representam um terço<br />

do uso da terra do planeta. Levará ao menos uma década<br />

para o ser humano adotar práticas de preservação<br />

em vez de degradação, mas é fundamental disseminarmos<br />

informações e ensinarmos o quanto antes formas<br />

de proteger o meio ambiente”, argumentou. Albert II<br />

ressaltou ainda que, para salvar as florestas e usá-las<br />

como aliadas, é preciso considerar as questões econômicas<br />

que englobam o desenvolvimento sustentável.<br />

Donna Harman, presidente do ICFPA, apontou os benefícios<br />

econômicos e sociais da indústria florestal no<br />

mundo e seu potencial tanto para mitigar as mudanças<br />

climáticas quanto para garantir a segurança alimentar.<br />

Concordando com a colega, Don Koo Lee, ministro do<br />

Serviço Florestal da Coreia do Sul, reforçou que as florestas<br />

são meio de subsistência para milhares de pessoas<br />

ao redor do mundo e tendem a tornar-se o centro da<br />

economia sustentável.<br />

Para exemplificar a afirmação, Lee citou que o território<br />

coreano é coberto por florestas sustentáveis. Ele<br />

admite, porém, que “nem sempre as florestas coreanas<br />

foram verdes. Nos anos 1960, a guerra levou o país a enfrentar<br />

diversos problemas sociais e econômicos. Mais<br />

de 3 milhões de hectares foram devastados”. Ainda de<br />

acordo com Lee, o pós-guerra foi marcado por um plano<br />

para os próximos 40 anos: cuidar das florestas e trabalhar<br />

a favor do reflorestamento. “Investimos uma grande<br />

quantia na implantação de serviços e sistemas verdes<br />

no setor florestal e até hoje damos continuidade a esse<br />

processo de sustentabilidade. Queremos contribuir com<br />

as iniciativas de outros países”, disse ele, satisfeito em<br />

participar da conferência.<br />

Sven Alkalaj, secretário executivo da Economic Commission<br />

for Europe, reconheceu o papel chave das florestas<br />

na construção de um futuro sustentável e no<br />

estímulo a outros setores. Alkalaj, contudo, alertou que<br />

serão necessários esforços massivos para aprimorar a<br />

percepção sobre o setor florestal e para implementar<br />

38 <strong>Revista</strong> O <strong>Papel</strong> - julho/July 2012

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