a-democracia-eleitoral-no-brasil-bubok
a-democracia-eleitoral-no-brasil-bubok
a-democracia-eleitoral-no-brasil-bubok
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
A <strong>democracia</strong> <strong>eleitoral</strong> <strong>no</strong> Brasil©2014 Jacob (J.) Lumier<br />
91<br />
ideológica dos grupos em luta pelos altos cargos.<br />
xiv Popper, Karl: “A Lógica da Pesquisa Científica”, traduzida da edição<br />
alemã de 1973, por L. Hegenberg e O. Silveira da Mota, São Paulo, Editora<br />
Cultrix / EDUSP, 1975, 567 pp. (1ª edição em Alemão: Viena, 1934).<br />
xv Gurvitch, Georges (1894-1965) et al.: “Tratado de Sociologia – vol.1e<br />
vol.2″, revisão: Alberto Ferreira, Porto, Iniciativas Editoriais, 1964 e 1968,<br />
(1ªedição em Francês: Paris, PUF, 1957 e 1960).<br />
xvi Devido a sua articulação personalista em tor<strong>no</strong> da figura particular e<br />
pessoal do seu representante, o clientelismo costumeiro forma bolsões sem<br />
alcance para cobrir a amplitude das relações sociais partido / eleitor em<br />
escala do conjunto do eleitorado. Daí falar-se de que tais relações são<br />
deixadas vazias de conteúdo, tanto mais que inexiste qualquer rede de<br />
capacitação dos eleitores, <strong>no</strong> sentido acima referido.<br />
xvii Na estrutura de classes, as relações em tor<strong>no</strong> do Estado como aparelho<br />
organizado e bloco de localidades é muito deteriorada por contenciosos.<br />
Os documentos internacionais sobre direitos huma<strong>no</strong>s chamam<br />
atenção para o fato de que a segurança dos direitos civis e políticos prevalece<br />
sobre os contenciosos. As facções em luta pelos altos cargos devem<br />
reconhecer esse fato e devem moderar a si próprias ao invés de impor esquemas<br />
manipuladores sobre os eleitores para perpetuar os contenciosos<br />
sem minimizá-los.<br />
xviii Sobre a procedência sociológica da <strong>no</strong>ção de obediência social<br />
como levando ao juramento, Georges Gurvitch observa que há na sociologia<br />
de Jean Paul Sartre exposta na sua obra “La Critique de la Razon<br />
Dialectique” (Tome I: Théorie Des Ensambles Pratiques, précedé de<br />
Questions de Méthode, Paris, Gallimard, 1960, 756 pp.) um esforço<br />
desesperado para chegar aos Nosotros sob o aspecto da comunidade. Isso<br />
é <strong>no</strong>tado na sociologia sartreana dos grupos, já que o grupo, nessa visão,<br />
não pode ser tornado inteligível sem a dialética sartreana entre “projeto,<br />
juramento, invenção, medo”, que é tida como a fonte da “dimensão da<br />
comunidade” e, mais exatamente, a fonte do que Sartre chama “praxis<br />
comum”, que é ao mesmo tempo uma ligação de “reciprocidade<br />
ambivalente” (cf. Gurvitch, Georges: “Dialectique et Sociologie”, Paris,<br />
Flammarion, 1962, 312 pp., col. Science, págs. 215 sq.).<br />
xix O poder <strong>no</strong>tarial que se exerce através dos cartórios eleitorais<br />
(estabelecidos na lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965, parte terceira: do<br />
alistamento) é quem outorga capacidade representacional aos eleitores, isto<br />
é, manda e desmanda sobre os mesmos, seus “afilhados”. Notem que, a<br />
Leituras do século XX – www.http://leiturasjlumierautor.pro.br