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A <strong>democracia</strong> <strong>eleitoral</strong> <strong>no</strong> Brasil©2014 Jacob (J.) Lumier<br />
69<br />
que a recorrência da imposição do voto obrigatório forçado,<br />
juntamente com o silêncio da Mídias sobre a inexistência de<br />
uma agenda para suprimir a estranha figura jurídica do “eleitor<br />
faltoso” e chegar ao voto como dever cívico, pode ser atribuído<br />
a essa mentalidade de obter vantagem financeira acima de tudo,<br />
que absorve a tradicional prática do favor em que a realização<br />
de serviços públicos são enquadrados na dependencia da boa<br />
vontado de um representante (“vocês me dão seus votos e eu<br />
deixo asfaltar as ruas na sua zona <strong>eleitoral</strong>...”).<br />
A mentalidade mercadorista<br />
Se a eco<strong>no</strong>mia vai bem, se as reclamações dos eleitores<br />
não assustam, ainda que, desde 2006, seja importante o número<br />
de absenteístas e afins (cerca de um quinto somente em<br />
referência dos aptos a votar, e não de todos os inscritos); se o<br />
voto obrigatório modera o contencioso dos grupos em luta<br />
pelos altos cargos; se <strong>no</strong>ssa <strong>democracia</strong> tem transparência; se<br />
os investidores internacionais estão circulando a contento seus<br />
dólares por aqui, e o mais importante: se estamos lucrando sem<br />
a interrupção da recorrência da imposição, então para que<br />
aperfeiçoar <strong>no</strong>ssa <strong>democracia</strong> <strong>eleitoral</strong> com a supressão da<br />
figura do eleitor faltoso e maior abertura para o voto<br />
facultativo, e correr algum risco de que isto possa ter algum<br />
reflexo nas transações financeiras ou causar arrepios em um<br />
mercado nervoso como as bolsas de valores<br />
Para a mentalidade mercadorista, pouco importa se as<br />
especificidades da história parlamentar são destruídas pela<br />
busca de vantagem; para que colocar o antiabsenteísmo em<br />
discussão Para que debater se a extensão do compromisso pela<br />
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