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A <strong>democracia</strong> <strong>eleitoral</strong> <strong>no</strong> Brasil©2014 Jacob (J.) Lumier<br />
31<br />
Toda a preocupação da filosofia social em sua abordagem<br />
externalizada, projetada para fora, busca <strong>no</strong> dizer de<br />
Dahrendorf estabelecer um imaginário elo perdido entre a<br />
sanção do comportamento individual e a desigualdade das<br />
posições sociais (ib.p.193), elo perdido este que, em suas<br />
preconcepções, a filosofia social encontra como contido na<br />
<strong>no</strong>ção filosófica de “<strong>no</strong>rma social”, a saber: “as expectativas<br />
de papéis seriam apenas <strong>no</strong>rmas sociais concretizadas” ou<br />
“instituições”.<br />
De mais a mais, diz que é útil reduzir a estratificação<br />
social à existência de <strong>no</strong>rmas sociais reforçadas por sanções,<br />
já que essa explicação teorética ou formalista demonstraria a<br />
“natureza derivativa” dos problemas da desigualdade<br />
(ib.p.196).<br />
Por sua vez, essa derivação teria a vantagem de reconduzir<br />
a certos pressupostos de valor – tais como a existência de<br />
<strong>no</strong>rmas e a necessidade de sanções – que na filosofia social de<br />
Dahrendorf “podem ser considerados como pressupostos<br />
axiomáticos”, isto é, para o <strong>no</strong>sso espanto, dispensariam uma<br />
análise maior! (ib.p.196).<br />
Finalmente, Dahrendorf revela que, me<strong>no</strong>s de uma análise<br />
sociológica, seu propósito fora ideológico e tivera em vista<br />
justificar o posicionamento da filosofia social que se projeta<br />
desde Thomas Hobbes e o atomismo social, a saber: porque há<br />
<strong>no</strong>rmas e porque as medidas de coação seriam supostamente<br />
necessárias para impor conformidade à conduta humana<br />
(diferenciação avaliadora), tem que haver desigualdade de<br />
classes entre os homens (ib.ibidem).<br />
Leituras do século XX – www.http://leiturasjlumierautor.pro.br