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A <strong>democracia</strong> <strong>eleitoral</strong> No Brasil©2014 Jacob (J.) Lumier<br />

20<br />

Toma-se um ambiente hipotético sem obrigatoriedade de voto e se<br />

confronta as respostas que declaram não votar na suposição de voto voluntário<br />

vi . A conjetura compreende, nessas atitudes contrárias ao livre<br />

comparecimento, que os sujeitos podem estar informando, em algum nível,<br />

seu "mal-estar" com a obrigatoriedade do voto, e não sua indiferença<br />

quanto aos resultados políticos.<br />

Quer dizer, os indivíduos pesquisados preferem retomar plenamente<br />

sua liberdade pelo não comparecimento, mesmo diante do<br />

voto voluntário. Uma vez que, mudado o modelo e sendo declarada,<br />

tal atitude repele a indiferença do “não sei” (para o quesito “você votaria<br />

<strong>no</strong> regime de voto facultativo”), trata-se, então, por exclusão,<br />

de um indicador preciso do mal-estar com o voto obrigatório.<br />

Essa conjetura nutre-se na projeção do caso chamado do “analfabeto<br />

participativo”, lembrando que se trata de uma categoria que não<br />

está sujeita a obrigatoriedade do alistamento <strong>eleitoral</strong> nem do voto.<br />

Assim, os que se incomodaram em retirar o título de eleitor são<br />

tidos como mais motivados comparados ao restante da população<br />

registrada. Daí a classificação de analfabetos especialmente participativos.<br />

A retirada da obrigatoriedade torna a ação mais atrativa, e os<br />

pesquisados "liberados" podem expressar uma disposição maior em<br />

engajar-se na atividade do que aqueles que estão sob a obrigatoriedade.<br />

A inclusão da variável mal-estar foi então contemplada diante<br />

da seguinte constatação: Se os não escolarizados são especialmente<br />

participativos devido a seu sentimento positivo quanto ao voto (obrigatório,<br />

mas adotado por motivação), a aplicação na pesquisa do<br />

<strong>no</strong>vo modelo conjetural de comparecimento voluntário deveria mostrar<br />

um maior efeito positivo para a educação ou para os mais escolarizados.<br />

Como tal alternativa esperada não se verificou, os pesquisidores<br />

admitiram que nenhuma outra variável explicativa<br />

Leituras do século XX – www.http://leiturasjlumierautor.pro.br

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