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Nesse ponto vale a pe<strong>na</strong> ressaltar uma diferença entre o nosso modelo e outros<br />
comumente utilizados <strong>na</strong> hidrodinâmica. Usualmente os autores utilizam soluções <strong>da</strong>s<br />
equações de “creeping motion” com todo o esforço para garantir as condições de<br />
contorno de “non slip” <strong>na</strong>s superfícies envolvi<strong>da</strong>s. É comum utilizar<strong>em</strong> uma adição<br />
dessas funções como aproximação mesmo sabendo que ela não satisfaz as condições de<br />
contorno. Como diferentes formas de abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> teórica pod<strong>em</strong> levar a resultados<br />
numéricos s<strong>em</strong>elhantes, no nosso modelo garantimos as condições de contorno s<strong>em</strong> a<br />
preocupação para que o campo de veloci<strong>da</strong>des fosse uma solução <strong>da</strong>s equações de<br />
“creeping motion”. Simplesmente adotamos uma aproximação para o campo de<br />
veloci<strong>da</strong>des como sendo uma reta. Funções que variam pouco s<strong>em</strong>pre pod<strong>em</strong> ser<br />
aproxima<strong>da</strong>s por retas. Seria necessário um gradiente muito concentrado <strong>na</strong> h<strong>em</strong>ácia<br />
para nossa aproximação se tor<strong>na</strong>r muito pobre. Mas se esse fosse o caso as paredes<br />
teriam pouca influência no arraste, o que está longe <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de. O fato de a cama<strong>da</strong><br />
limite ser muito maior do que as separações entre as superfícies, indica que esse<br />
gradiente não deve ser assim tão concentrado <strong>na</strong> h<strong>em</strong>ácia.<br />
Modelo elástico<br />
A célula deforma‐se sobre a ação <strong>da</strong> força hidrodinâmica criando uma força<br />
elástica igual e <strong>em</strong> direção oposta. A idéia então foi medir a constante dessa mola. Esse<br />
trabalho se iniciou com a necessi<strong>da</strong>de dos médicos de caracterizar<strong>em</strong> uma proprie<strong>da</strong>de<br />
<strong>da</strong>s h<strong>em</strong>ácias que eles chamavam de deformabili<strong>da</strong>de, avalia<strong>da</strong> de forma qualitativa e<br />
subjetiva <strong>na</strong> maioria dos trabalhos publicados, e para a qual não existe a definição de<br />
uma grandeza física que pudéss<strong>em</strong>os utilizar. Mesmo pensando intuitivamente <strong>em</strong><br />
termos de constantes elásticas de molas, estava claro que essa é uma característica não<br />
ape<strong>na</strong>s do material, mas <strong>da</strong> sua geometria. Assim h<strong>em</strong>ácias de tamanhos diferentes<br />
pod<strong>em</strong> ter constantes de molas diferentes ape<strong>na</strong>s devido às suas dimensões. Para se<br />
determi<strong>na</strong>r um parâmetro intrínseco <strong>da</strong> h<strong>em</strong>ácia, que independe de seu tamanho e sua<br />
forma, é melhor usar o conceito de elastici<strong>da</strong>de <strong>em</strong> lugar <strong>da</strong> constante elástica.<br />
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