Conhecimento é poder. - Revista O Papel
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sabilidade social e sustentabilidade. Hoje, os relatórios de sustentabilidade e o Inventário de GEE estão se tornando práticas rotineiras em inúmeros segmentos empresariais, além de ações proativas em prol do meio ambiente. A PEMC ainda está em fase de estruturação e os horizontes são muito otimistas em termos de agregar os setores empresariais no desafio da gestão de GEE no Estado de São Paulo. Muito está por ser feito nesse sentido. O Papel – De que forma os resultados do Inventário podem contribuir com as metas de mitigação almejadas por São Paulo Covas – O Inventário publicado mapeia o perfil das emissões do Estado, mostrando qual a contribuição de cada setor da economia em termos da emissão de GEE no período de 1990 a 2008. Essas informações são cruciais na elaboração de cenários futuros do comportamento da emissão desses setores. O cenário de emissões do Estado até 2020 servirá de base para as definições das metas setoriais no nosso Estado, incluindo, por exemplo, a capacidade de redução de GEE nos processos industriais já instalados, as tendências de expansão de emissões para cada setor da economia, os custos de investimentos e o potencial de ações voluntárias, assim como o potencial de ação do poder público nos setores sob sua responsabilidade direta. O Papel – A substituição de combustíveis fósseis por biomassa é mais uma possibilidade disponível à indústria de celulose e papel atualmente. Para a troca de tecnologia, porém, incentivos públicos seriam necessários, especialmente a pequenas empresas que adotam processos antigos. A SMA pretende se aprofundar nos detalhes característicos de cada segmento industrial para buscar as melhores alternativas ao meio ambiente Covas – A busca por alternativas sustentáveis no setor industrial é prática constante da SMA. Já existem mecanismos de financiamento facilitados para empresas com projetos que se traduzam em ganhos ambientais, como é o caso da Economia Verde, da Nossa Caixa de Desenvolvimento. A iniciativa é uma medida inovadora do governo de São Paulo para facilitar a ação das empresas que necessitem de acesso a recursos, visando melhorias nos seus processos produtivos. Outra possibilidade são os chamados Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL), instrumento de flexibilização do Protocolo de Kyoto para o cumprimento das metas de redução de GEE nos países desenvolvidos, que possibilita a vinda de recursos para os países em desenvolvimento (mediante a elaboração e aprovação dos Projetos MDL, conhecidos como crédito de carbono). O MDL tem sido um importante aliado na internalização de políticas de substituição de combustíveis fósseis por biomassa. O momento é oportuno para ações rápidas de acesso a recursos internacionais. As empresas que estão de acordo com a legislação ambiental do País e do Estado dispõem de amplas facilidades de acesso. O Papel – Quais são as metas e como o Estado de São Paulo pretende atingi-las Covas – A PEMC define como será o processo de proposição das metas do Estado de São Paulo por meio do Decreto n.º 55.947/2010, que prevê responsabilidades para o Comitê Gestor da Política de Mudanças Climáticas, o Conselho de Mudanças Climáticas e a SMA. Certamente, será um conjunto de decisões que envolvem uma enorme responsabilidade, devido às suas potenciais repercussões econômicas e sociais, e que não podem ser tomadas unilateralmente, por apenas um segmento dentro do governo. Para a definição das metas setoriais é necessário um amplo processo de debate, que inclua os setores prioritários da economia do Estado. Deve ser, enfim, o produto de um processo amplo e com decisões em consenso, com legitimidade e possibilidade de implantação. O Papel – A comprovação de adoção de ações e métodos que contribuem para a redução de emissões nas empresas pode ser um caminho para facilitar o processo de licenciamento ambiental Há alguma mudança prevista nesse aspecto Covas – De alguma forma, a adoção de processos menos poluentes e medidas que reduzem a emissão já facilitam o licenciamento ambiental. Especificamente referindo-se às emissões de GEE, ainda é cedo para dizer quais mudanças poderão ser feitas à luz dos compromissos e metas que estão sendo assumidos. • “Já existem mecanismos de financiamento facilitados para empresas com projetos que se traduzam em ganhos ambientais” junho/june 2011- Revista O Papel 13
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sabilidade social e sustentabilidade. Hoje, os relatórios<br />
de sustentabilidade e o Inventário de GEE estão se<br />
tornando práticas rotineiras em inúmeros segmentos<br />
empresariais, além de ações proativas em prol do meio<br />
ambiente. A PEMC ainda está em fase de estruturação<br />
e os horizontes são muito otimistas em termos de<br />
agregar os setores empresariais no desafio da gestão<br />
de GEE no Estado de São Paulo. Muito está por ser<br />
feito nesse sentido.<br />
O <strong>Papel</strong> – De que forma os resultados do Inventário<br />
podem contribuir com as metas de mitigação almejadas<br />
por São Paulo<br />
Covas – O Inventário publicado mapeia o perfil das<br />
emissões do Estado, mostrando qual a contribuição<br />
de cada setor da economia em termos da emissão de<br />
GEE no período de 1990 a 2008. Essas informações<br />
são cruciais na elaboração de cenários futuros do<br />
comportamento da emissão desses setores. O cenário<br />
de emissões do Estado até 2020 servirá de base para<br />
as definições das metas setoriais no nosso Estado, incluindo,<br />
por exemplo, a capacidade de redução de GEE<br />
nos processos industriais já instalados, as tendências<br />
de expansão de emissões para cada setor da economia,<br />
os custos de investimentos e o potencial de ações<br />
voluntárias, assim como o potencial de ação do <strong>poder</strong><br />
público nos setores sob sua responsabilidade direta.<br />
O <strong>Papel</strong> – A substituição de combustíveis fósseis<br />
por biomassa é mais uma possibilidade disponível<br />
à indústria de celulose e papel atualmente.<br />
Para a troca de tecnologia, porém, incentivos<br />
públicos seriam necessários, especialmente a pequenas<br />
empresas que adotam processos antigos. A<br />
SMA pretende se aprofundar nos detalhes característicos<br />
de cada segmento industrial para buscar as<br />
melhores alternativas ao meio ambiente<br />
Covas – A busca por alternativas sustentáveis<br />
no setor industrial é prática constante da SMA. Já<br />
existem mecanismos de financiamento facilitados<br />
para empresas com projetos que se traduzam em<br />
ganhos ambientais, como é o caso da Economia<br />
Verde, da Nossa Caixa de Desenvolvimento. A iniciativa<br />
é uma medida inovadora do governo de<br />
São Paulo para facilitar a ação das empresas que<br />
necessitem de acesso a recursos, visando melhorias<br />
nos seus processos produtivos.<br />
Outra possibilidade são os chamados Mecanismos<br />
de Desenvolvimento Limpo (MDL), instrumento<br />
de flexibilização do Protocolo de Kyoto<br />
para o cumprimento das metas de redução de<br />
GEE nos países desenvolvidos, que possibilita a<br />
vinda de recursos para os países em desenvolvimento<br />
(mediante a elaboração e aprovação dos<br />
Projetos MDL, conhecidos como crédito de carbono).<br />
O MDL tem sido um importante aliado<br />
na internalização de políticas de substituição de<br />
combustíveis fósseis por biomassa. O momento é<br />
oportuno para ações rápidas de acesso a recursos<br />
internacionais. As empresas que estão de acordo<br />
com a legislação ambiental do País e do Estado<br />
dispõem de amplas facilidades de acesso.<br />
O <strong>Papel</strong> – Quais são as metas e como o Estado de<br />
São Paulo pretende atingi-las<br />
Covas – A PEMC define como será o processo<br />
de proposição das metas do Estado de São Paulo<br />
por meio do Decreto n.º 55.947/2010, que prevê<br />
responsabilidades para o Comitê Gestor da Política<br />
de Mudanças Climáticas, o Conselho de Mudanças<br />
Climáticas e a SMA.<br />
Certamente, será um conjunto de decisões que<br />
envolvem uma enorme responsabilidade, devido<br />
às suas potenciais repercussões econômicas e<br />
sociais, e que não podem ser tomadas unilateralmente,<br />
por apenas um segmento dentro do governo.<br />
Para a definição das metas setoriais é necessário<br />
um amplo processo de debate, que inclua<br />
os setores prioritários da economia do Estado.<br />
Deve ser, enfim, o produto de um processo amplo<br />
e com decisões em consenso, com legitimidade e<br />
possibilidade de implantação.<br />
O <strong>Papel</strong> – A comprovação de adoção de ações e<br />
métodos que contribuem para a redução de emissões<br />
nas empresas pode ser um caminho para facilitar o<br />
processo de licenciamento ambiental Há alguma mudança<br />
prevista nesse aspecto<br />
Covas – De alguma forma, a adoção de processos<br />
menos poluentes e medidas que reduzem a emissão já<br />
facilitam o licenciamento ambiental. Especificamente<br />
referindo-se às emissões de GEE, ainda é cedo para dizer<br />
quais mudanças <strong>poder</strong>ão ser feitas à luz dos compromissos<br />
e metas que estão sendo assumidos. •<br />
“Já existem<br />
mecanismos de<br />
financiamento<br />
facilitados para<br />
empresas com<br />
projetos que<br />
se traduzam<br />
em ganhos<br />
ambientais”<br />
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