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2.1 mapas ppac - Fundação Abrinq

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crianças e adolescentes, como estabelece<br />

o Estatuto da Criança e do Adolescente 3 .<br />

Mas, afinal, qual o impacto efetivo que<br />

o processo de descentralização das<br />

políticas sociais implica nas esferas locais<br />

Historicamente, o sistema de proteção social<br />

constituiu-se em uma dinâmica centralizada<br />

com a agregação de políticas setoriais,<br />

cujo desenvolvimento institucional ocorreu<br />

de modo bastante independente. Porém,<br />

a dinâmica descentralizadora acentua a<br />

disparidade dos fluxos setorializados e com<br />

ritmos e intensidade diversas, em decorrência<br />

às diferentes estratégias de indução utilizadas<br />

pelas agências estaduais e federais. Assim,<br />

tem-se a consolidação de um sistema de<br />

proteção social fragmentado, reproduzindo<br />

níveis de institucionalidade distintos, o que<br />

estabelece políticas setoriais bastante díspares.<br />

Diante deste contexto de profunda<br />

heterogeneidade, ainda persiste o desafio<br />

de se estabelecer a consolidação de um<br />

sistema de proteção social planejado e<br />

integrado, o que impede a implementação do<br />

preceito de prioridade absoluta estabelecido<br />

pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.<br />

O artigo 4º desta legislação aponta a<br />

preferência na formulação e na execução das<br />

políticas sociais públicas para a efetivação<br />

dos direitos referentes à vida, à saúde, à<br />

alimentação, à educação, ao esporte, ao<br />

lazer, à profissionalização, à cultura, à<br />

dignidade, ao respeito, à liberdade e à<br />

convivência familiar e comunitária, abrangendo<br />

a concepção de corresponsabilidade<br />

entre Estado, sociedade e família.<br />

Assim, se é no município que os problemas<br />

da infância e adolescência se apresentam,<br />

é nesta esfera em que as respostas conjuntas<br />

devem acontecer. Neste sentido, ao se tornar<br />

o local estimulador e promotor do bem-estar da<br />

população, evidencia-se a importância de se<br />

consolidar uma gestão municipal integrada e<br />

articulada para a implementação de políticas<br />

públicas mais assertivas que promovam a<br />

efetiva melhoria de vida da população,<br />

sobretudo, da infância e da adolescência. É<br />

a partir da visão estratégica na administração<br />

pública que se tem um diagnóstico municipal<br />

que reflete as necessidades e anseios básicos<br />

da sociedade e que possibilita a aglutinação<br />

de interesses, expectativas e demandas de<br />

maneira planejada, intersetorial e participativa,<br />

estabelecendo, assim, uma política municipal<br />

de proteção integral a crianças e adolescentes.<br />

O processo de monitoramento e avaliação<br />

é um importante instrumento de gestão para<br />

a consolidação de uma cultura de registro<br />

histórico e manutenção de um banco de<br />

dados, para a definição de prioridades no<br />

desenho, implementação e acompanhamento<br />

da administração municipal, bem como na<br />

identificação de avanços e aperfeiçoamentos<br />

das práticas. Assim, aprimoram-se as<br />

energias, capacidades, insumos e recursos,<br />

potencializando a atuação pública para<br />

a qualificação de políticas que impactam<br />

efetivamente na comunidade e nos cidadãos.<br />

É diante deste cenário de configurações<br />

bastante distintas, portanto, que perpassam os<br />

5.565 municípios brasileiros com<br />

diferentes características demográficas,<br />

econômicas e sociais, bem como<br />

no entendimento da necessidade de<br />

refletir e fomentar o reordenamento do<br />

poder local que o Programa Prefeito<br />

Amigo da Criança se baseia.<br />

3 Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 4º “destinação<br />

privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a<br />

proteção à infância e à juventude”.<br />

PPAC<br />

Relatório da Gestão 2009-2012<br />

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