2.1 mapas ppac - Fundação Abrinq
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a população infanto-juvenil em situação de<br />
risco pessoal e social, como consequência<br />
de abandono, maus-tratos físicos e psíquicos,<br />
abuso sexual, uso de substâncias psicoativas,<br />
cumprimento de medidas socioeducativas,<br />
situação de rua, trabalho infantil, com<br />
deficiências e outras que requerem serviços<br />
de proteção social e especial.<br />
Abordar a violência vivenciada e praticada<br />
por crianças e adolescentes no Brasil significa<br />
adotar um olhar interdisciplinar, uma vez que<br />
se trata de um fenômeno multideterminado<br />
que ocorre em qualquer classe social.<br />
A seguir será apresentada a evolução do número<br />
de notificações de casos de violência e da taxa<br />
de cobertura do trabalho infantil nos municípios<br />
integrantes das últimas etapas do Programa.<br />
NÚMERO DE NOTIFICAÇÕES DE CASOS DE VIOLÊNCIA<br />
Identificar o tipo de violência, bem como o local onde ocorre e a frequência, é requisito<br />
necessário à definição de diretrizes e estratégias no processo de planejamento público.<br />
Violência Doméstica - É uma forma de violação dos direitos essenciais da criança<br />
e do adolescente enquanto pessoas e, portanto, uma negação de valores humanos<br />
fundamentais como a vida, a liberdade, a segurança. Caracteriza-se por abuso do<br />
poder disciplinador e coercitivo dos pais, parentes ou responsáveis, reduzindo a vítima<br />
à condição de objeto de tratamento abusivo. É praticada no ambiente familiar, podendo<br />
ser física, sexual e/ou psicológica. Como esta pertence à esfera do privado, a violência<br />
doméstica acaba se revestindo da tradicional característica do sigilo (LACRI).<br />
Violência Escolar - Engloba tanto as violências psicológicas, físicas, sexuais, patrimoniais,<br />
como as institucionais e criminais, pois são atos de agressão, constrangimento e/ou de<br />
privação que ocorrem dentro da escola ou para a escola. Há uma diversidade de olhares<br />
e percepções em relação a esse tema, porém, na busca de explicações existem fatores<br />
externos e internos. São fatores externos os de ordem socioeconômica, como exclusão social,<br />
racial e de gênero, e a perda de referencial entre os jovens, que implica no surgimento<br />
de gangues e tráfico de drogas, entre outros. Os casos de fatores externos seriam os<br />
atos contra o patrimônio, porte de armas, vandalismo e pichação, entre outros. No que<br />
se refere às variáveis internas, sabe-se que estão ligadas ao nível de escolaridade dos<br />
estudantes, ao sistema de normas e regras estabelecidas, ao desrespeito de professores<br />
com alunos (e vice-versa), à má qualidade do ensino e à carência de recursos, entre outros.<br />
Estão incluídos nestes também o vandalismo e os atos contra o patrimônio, bem como<br />
a violência simbólica, institucional e o bullying. É preciso, então, reconquistar os sentidos<br />
de solidariedade e coletividade, criando espaços de identidade e diálogo entre a<br />
escola e a comunidade, bem como entre o corpo de profissionais e os alunos.<br />
Violência Psicológica - De forma geral está presente em todas as formas de violência, mas<br />
pode acontecer de forma isolada, manifestando-se em atitudes, palavras e ações dirigidas a<br />
envergonhar, censurar e pressionar a criança e o adolescente de forma permanente por meio<br />
de ameaças, humilhações, gritos, injúrias, privação de amor, e rejeição, entre outros (CRAMI).<br />
PPAC<br />
Relatório da Gestão 2009-2012<br />
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