2.1 mapas ppac - Fundação Abrinq
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mães não é apenas uma questão de direito,<br />
mas também de escolhas econômicas e o<br />
primeiro passo rumo a um futuro melhor.<br />
A taxa de mortalidade de menores de 5<br />
anos (por mil nascidos vivos) é o principal<br />
indicador desses investimentos e da<br />
evolução de um país em relação aos<br />
cuidados com suas crianças, pois reflete<br />
as preocupações nos primeiros anos de<br />
vida. O direito à sobrevivência ainda é<br />
uma questão importante a ser garantida.<br />
A mortalidade de crianças nos primeiros anos de<br />
vida é resultado de uma ampla gama de fatores<br />
entre os quais se destacam: a situação nutricional<br />
das mães e das crianças, o nível de imunização<br />
e terapia de reidratação oral, a disponibilidade<br />
de serviços de saúde para a criança e a mãe<br />
e a segurança do ambiente em que vivem, o<br />
que envolve questões de saneamento básico.<br />
Desde 1990, o Brasil apresentou melhoras<br />
significativas na garantia à sobrevivência<br />
de suas crianças, mas ainda persiste o<br />
desafio de superar as desigualdades<br />
regionais, como é o caso das regiões Norte<br />
e Nordeste, que apresentam os piores<br />
indicadores no que se refere a essa questão.<br />
EIXO 2 – ACESSO À EDUCAÇÃO<br />
DE QUALIDADE<br />
“Ensinar não é transferir conhecimento,<br />
mas criar as possibilidades para a sua<br />
própria produção ou a sua construção.”<br />
Paulo Freire<br />
Possibilitar o acesso à educação de<br />
qualidade desde a primeira infância até a<br />
adolescência faz-se necessário e urgente e<br />
requer um amplo esforço do poder público<br />
e da sociedade civil organizada, no sentido<br />
de delinear e implantar mecanismos que<br />
possam reverter essa situação. A educação<br />
é fundamental no processo de construção de<br />
uma sociedade democrática e na preparação<br />
do homem para o exercício da cidadania.<br />
O acesso à educação de qualidade<br />
compreende a ideia de que o poder público<br />
deve assegurar às crianças o atendimento<br />
pela rede pública de ensino, bem como<br />
garantir que todos os profissionais de<br />
educação sejam qualificados e bem<br />
remunerados; que as creches e pré-escolas<br />
apresentem infraestrutura adequada ao<br />
aprendizado e ao convívio comunitário -<br />
com salas de aula respeitando necessidades<br />
específicas de cada faixa etária, com<br />
adequada proporcionalidade entre o número<br />
de educandos por docentes; que sejam<br />
eliminadas as barreiras físicas que impedem<br />
o acesso à escola dos alunos portadores de<br />
necessidades educacionais especiais; que<br />
os investimentos para qualificar a educação<br />
sejam contínuos; e que, dentre outros<br />
fatores, se promova a aproximação entre a<br />
escola e a comunidade em seu entorno.<br />
Este posicionamento encontra um paralelo<br />
nas diretrizes e metas do Plano Nacional<br />
da Educação (PNE) 2001 1 , que enfatizam<br />
que o acesso à educação não se refere<br />
exclusivamente à garantia de vaga nas<br />
redes de ensino, mas diz respeito também às<br />
condições de formação e desenvolvimento de<br />
habilidades cognitivas, intelectuais, equilíbrio<br />
emocional e sociabilidade dos diferentes<br />
1 O Plano Nacional da Educação - PNE, aprovado pela Lei nº<br />
10.172/2001, apresenta objetivos e metas decenais que, de modo<br />
geral, visam a melhoria da qualidade da educação no país. Dentre<br />
as prioridades do PNE, pode-se citar: “a elevação global do nível<br />
de escolaridade da população; a melhoria da qualidade do ensino<br />
em todos os níveis; a redução das desigualdades sociais e regionais<br />
no tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na educação<br />
pública; a democratização da gestão do ensino público, nos<br />
estabelecimentos oficiais, obedecendo aos princípios da participação<br />
dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico<br />
da escola e a participação das comunidades escolar e local em<br />
conselhos escolares ou equivalentes” (MEC, 2001: 34).<br />
PPAC<br />
Relatório da Gestão 2009-2012<br />
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