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2.1 mapas ppac - Fundação Abrinq

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de processos previamente definidos”<br />

(BERTUOL, 2008, p. 12).<br />

A partir dos referenciais legais e teóricos<br />

apresentados, o Programa Prefeito<br />

Amigo da Criança propôs aos municípios<br />

algumas estratégias com o objetivo de<br />

estimular e qualificar a participação<br />

social de crianças e adolescentes, como<br />

a participação de adolescentes na<br />

Comissão Municipal de Acompanhamento<br />

e Avaliação no processo de elaboração<br />

do Plano Municipal para Infância<br />

e Adolescência, e nos Seminários<br />

Temáticos realizados durante a gestão.<br />

Conforme recomendação presente no<br />

Guia do Programa Prefeito Amigo da<br />

Criança, a Comissão Municipal de<br />

Acompanhamento e Avaliação deveria<br />

ser composta pelos atores estratégicos<br />

do Sistema de Garantia dos Direitos. Ou<br />

seja, a CMAA teria em sua composição<br />

representantes do Executivo, Legislativo,<br />

Judiciário, Ministério Público, Defensoria<br />

Pública, Conselhos Setoriais, Tutelares e<br />

de Direitos, organizações da sociedade<br />

civil e adolescentes, entre outros.<br />

A CMAA deveria ter uma agenda de<br />

trabalho e seu papel de contribuir<br />

para a elaboração e qualificação das<br />

políticas em benefício da criança e do<br />

adolescente, bem como monitorar e<br />

fiscalizar sua efetividade. Entretanto, foi<br />

possível observar que aproximadamente<br />

98% dos municípios que constituíram<br />

a Comissão não apresentam<br />

adolescentes entre seus integrantes.<br />

Ao retomar a trajetória do Programa no que<br />

diz respeito à realização dos Seminários<br />

Temáticos em 2010, que reuniu um público<br />

de 828 participantes, verificou-se a<br />

presença de 5% de adolescentes, sendo<br />

4% por solicitação do Programa e apenas<br />

1% representando os municípios presentes.<br />

Na ocasião desses eventos, foi proposto<br />

aos municípios que sediaram os três<br />

primeiros encontros a formação de um<br />

grupo de adolescentes, indicados por uma<br />

organização local que tinha por objetivo a<br />

construção conjunta de um espaço, numa<br />

perspectiva ética, na qual os meninos e<br />

meninas não fossem colocados no lugar de<br />

meros depositários das falas dos adultos,<br />

de repetidores de discursos prontos.<br />

Em um primeiro momento, esse grupo,<br />

em parceria com o mediador, levantaria<br />

questões que fossem importantes para<br />

cada um a partir das suas singulares<br />

histórias e depois faria uma leitura<br />

coletiva desses fenômenos que muitas<br />

vezes tendiam a se repetir entre o grupo<br />

e em grupos de diferentes regiões.<br />

Foi discutido então como elaborar uma<br />

apresentação para os demais participantes<br />

com as problemáticas que emergiram,<br />

e a partir destas uma construção crítica<br />

de dispositivos que poderiam lidar com<br />

o tema ou situação e/ou melhorias<br />

dos mecanismos já existentes.<br />

Entretanto, ao longo dos seminários<br />

surgiram alguns fatores que fragilizaram<br />

o conceito do Programa Prefeito Amigo<br />

da Criança sobre a “participação ética<br />

do jovem”, o que gerou uma mobilização<br />

para a reflexão destas questões.<br />

Como diagnosticado acima, notou-se a<br />

ausência de uma participação substantiva,<br />

espontânea deste público, uma vez que<br />

PPAC<br />

Relatório da Gestão 2009-2012<br />

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