2.1 mapas ppac - Fundação Abrinq
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da Criança e o diálogo com os<br />
municípios na gestão 2009-2012.<br />
Conforme já mencionado, com base nos<br />
compromissos assumidos pelo Estado<br />
Brasileiro na seção especial pela Criança<br />
da Organização das Nações Unidas<br />
(ONU), descritos no documento Um<br />
Mundo para as Crianças e no Estatuto da<br />
Criança e do Adolescente, o Programa<br />
Prefeito Amigo da Criança atua com<br />
foco na qualificação das políticas em<br />
benefício da infância e da adolescência.<br />
A Convenção Internacional dos Direitos<br />
da Criança 1 , bem como o Estatuto da<br />
Criança e do Adolescente 2 afirmam,<br />
entre outros, o direito a participação<br />
das crianças na elaboração das<br />
políticas, exigindo dos municípios um<br />
reordenamento político para garantir os<br />
direitos das crianças e dos adolescentes.<br />
Esse processo pressupõe mudança de<br />
paradigma no que se refere ao lugar<br />
destinado às nossas crianças e aos<br />
nossos adolescentes e a forma como<br />
é entendido o seu protagonismo.<br />
“Protagonismo juvenil é a participação do<br />
adolescente em atividades que extrapolam<br />
os âmbitos de seus interesses individuais e<br />
familiares e que podem ter como espaço<br />
a escola, os diversos âmbitos da vida<br />
comunitária (igrejas, clubes, associações)<br />
e até mesmo a sociedade em sentido mais<br />
amplo, através de campanhas, movimentos<br />
e outras formas de mobilização que<br />
transcendem os limites de seu entorno<br />
sócio- comunitário” (COSTA, 1996, p. 90).<br />
A partir do processo de redemocratização<br />
do País, crianças e adolescentes<br />
conquistaram importantes espaços voltados<br />
para a discussão e a deliberação de<br />
políticas, passando a ser entendidos<br />
como sujeitos de direitos. Nesse<br />
modelo, a garantia de direitos de<br />
crianças e adolescentes passou a ser de<br />
responsabilidade de todos: família, Estado<br />
e sociedade. Nesse sentido, estruturaramse<br />
novas formas de participação política.<br />
A participação de crianças e<br />
adolescentes nesse processo favoreceu<br />
seu desenvolvimento pessoal, a partir do<br />
exercício da cidadania, autonomia, da<br />
solidariedade, da ética, do respeito e do<br />
compromisso com a transformação social.<br />
Outro aspecto fundamental relacionase<br />
ao aprimoramento do processo<br />
democrático. A inserção de crianças e<br />
adolescentes em espaços estratégicos<br />
já consolidados e/ou a criação de<br />
espaços legítimos que favoreçam sua<br />
participação serão ainda mais efetivos<br />
com o envolvimento dos mesmos no<br />
debate e na definição de estratégias.<br />
Vale ressaltar que a criação de espaços<br />
formais de discussão e deliberação das<br />
políticas com a presença de adolescentes<br />
é um importante avanço nos processos de<br />
planejamento e fiscalização das políticas<br />
públicas, entretanto, por si só, não<br />
garantem a qualidade dessa participação.<br />
De acordo com Bertuol, “As crianças<br />
ficam de fora da questão pública<br />
e são chamadas apenas para<br />
participar na definição de detalhes<br />
1 Art. 12 a 15<br />
2 Art. 16, inciso VI<br />
PPAC<br />
Relatório da Gestão 2009-2012<br />
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