08.01.2015 Views

Primeiro capítulo - Integrare Editora

Primeiro capítulo - Integrare Editora

Primeiro capítulo - Integrare Editora

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

SORRIA<br />

você trabalha aqui!


SORRIA<br />

você trabalha aqui!<br />

500<br />

insights para<br />

endomarketing<br />

Analisa de Medeiros Brum


Copyright © 2012 Analisa de Medeiros Brum<br />

Copyright © 2012 <strong>Integrare</strong> <strong>Editora</strong> e Livraria Ltda.<br />

Todos os direitos reservados, incluindo o de reprodução sob quaisquer meios,<br />

que não pode ser realizada sem autorização por escrito da editora, exceto em caso<br />

de trechos breves citados em resenhas literárias.<br />

Publisher<br />

Maurício Machado<br />

Supervisora editorial<br />

Luciana M. Tiba<br />

Assistente editorial<br />

Deborah Mattos<br />

Preparação de texto<br />

Valéria B. Sanalios<br />

Revisão<br />

Leticia Carniello<br />

Lola Chautchulis<br />

Projeto gráfico de capa<br />

Douglas Conte<br />

Projeto do miolo / Diagramação<br />

Nobreart Comunicação<br />

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)<br />

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)<br />

Brum, Analisa de Medeiros<br />

Sorria, você trabalha aqui! : 500 insights para endomarketing /<br />

Analisa de Medeiros Brum. – São Paulo : <strong>Integrare</strong> <strong>Editora</strong>, 2012.<br />

Bibliografia.<br />

ISBN 978-85-8211-039-3<br />

1. Administração de pessoal 2. Comportamento organizacional 3. Cultura<br />

organizacional 4. Marketing 5. Mudança organizacional 6. Organizações -<br />

Administração 7. Planejamento estratégico 8. Serviço ao cliente I. Título.<br />

12-13706 CDD-658.8<br />

Índices para catálogo sistemático:<br />

1. Endomarketing : Administração de empresas 658.8<br />

Todos os direitos reservados à<br />

INTEGRARE EDITORA E LIVRARIA LTDA.<br />

Rua Tabapuã, 1123, 7 o andar, conj. 71-74<br />

CEP 04533-014 – São Paulo – SP – Brasil<br />

Tel. (55) (11) 3562-8590<br />

Visite nosso site: www.integrareeditora.com.br


Prefácio<br />

“O gol não sai naturalmente”. Ouvi essa frase de um jogador estrangeiro<br />

radicado no Brasil. Pareceu-me que estava reclamando da falta de<br />

reconhecimento de algumas pessoas aos esforços da entrega, treino, preparação,<br />

tática, sintonia, disciplina e renúncia fundamentais de um atleta<br />

ou de um time de ponta. Apenas talento não basta para ganhar o jogo. Isso<br />

também se aplica perfeitamente ao mundo corporativo.<br />

Durante meus nove anos atuando como consultor de empresas líderes<br />

de mercado em diversos países, poucas vezes vi lugares tão bons para<br />

trabalhar como a empresa para a qual fui convidado a assumir a presidência<br />

em 2009. Era uma empresa em crescimento, com altas margens e investimentos,<br />

bons salários e benefícios, um objeto de trabalho apaixonante e<br />

um ambiente extremamente colaborativo. Mas logo percebi que o índice de<br />

satisfação por parte dos colaboradores não era coerente com aquilo que a<br />

empresa lhes proporcionava e a MRS Logística estava longe de figurar entre<br />

as melhores empresas para se trabalhar.<br />

Após um ano de trabalho intenso, especialmente na questão da segurança,<br />

no modelo de relacionamento entre as lideranças e nos processos de<br />

gestão de recursos humanos, avançamos muito e quase chegamos lá. Estávamos<br />

animados com a nossa evolução, mas conscientes de que “continuar<br />

fazendo o mesmo” não nos faria chegar lá.<br />

O não reconhecimento por parte dos colaboradores nos preocupava,<br />

mas era comum utilizarmos a desculpa de que eles não valorizavam a<br />

empresa por ter sido o único emprego da maioria, assim não tinham como<br />

comparar com algum emprego anterior. Outra desculpa era a empresa ter<br />

sido estatal, o que provocava uma certa nostalgia nos mais antigos.<br />

Um dia, alguém da área de recursos humanos falou sobre uma ferramenta<br />

chamada endomarketing. Minha primeira sensação foi que se tratava<br />

de algo utilizado por empresas sem conteúdo para ludibriar seus funcionários,<br />

para convencê-los de que trabalhavam num ótimo lugar. Para mim, aquela<br />

ferramenta não teria utilidade na MRS, pois éramos, de fato, uma ótima<br />

empresa. Eu acreditava que o reconhecimento acabaria vindo naturalmente.


Após muita insistência por parte dos profissionais de recursos humanos,<br />

concordei em falar com o pessoal da HappyHouse Brasil.<br />

Encantei-me com a Analisa imediatamente. Séria, experiente, cheia<br />

de conteúdo, fez um diagnóstico preciso das nossas dificuldades. Trouxe<br />

muitas ideias e referências externas que nos permitiram atuar de um novo<br />

modo e seguir adiante evoluindo. À medida que o nosso relacionamento<br />

avançou, ela questionava e impunha desafios aos nossos conceitos, nos<br />

provocando inclusive em temas muito além da comunicação interna.<br />

O trabalho começou no final de 2010. Em 2011, graças a um intenso<br />

trabalho que culminou no reconhecimento por parte dos colaboradores,<br />

estávamos entre as melhores empresas para trabalhar do Guia Você S.A/<br />

Exame. Em 2012, estamos lá novamente, agora como a melhor do segmento<br />

de Transporte e Logística.<br />

Estive no evento de premiação e garanto a vocês que não existe festa<br />

mais bonita de se participar.<br />

Costumo dizer que o relacionamento de um funcionário com a empresa<br />

pode ser comparado, em muitos aspectos, a um casamento. Há sempre<br />

uma paixão inicial que pode ou não ser sucedida por um sentimento<br />

mais perene e sereno. No entanto, a avaliação dessa relação com frequência<br />

é prejudicada pela existência de um lado transacional comparável com<br />

outras empresas. Enquanto as frustrações e anseios de um casamento são<br />

claramente subjetivos, a aparente objetividade de uma relação de trabalho<br />

nos engana. Existe um lado subjetivo considerável que exige manutenção<br />

pesada, especialmente em tempos em que estabilidade e fidelidade não<br />

têm mais o mesmo peso no conjunto de valores humanos.<br />

Todos sabemos que somos mais produtivos quando estamos satisfeitos<br />

com o que fazemos e com o reconhecimento que recebemos. Gestores e profissionais<br />

de recursos humanos têm que levar isso adiante no seu job description.<br />

É barato e certamente se paga, além de gerar uma grande satisfação pessoal.<br />

Este livro traz ideias sobre como manter essa chama acesa, fruto da<br />

grande experiência da autora, a partir da transformação do clima organizacional<br />

nas maiores empresas do Brasil. Trata-se de um arsenal poderoso<br />

e cativante, que tanto pode despertar uma reflexão sobre a forma como<br />

uma empresa lida com o tema, como contribuir com insights isolados de<br />

aplicação imediata.<br />

Eduardo Parente<br />

Presidente da MRS Logística S/A


SSorria. Você trabalha aqui!<br />

Apresentação<br />

Não tenho dúvidas de que é essa a frase que os gestores das empresas<br />

gostariam de dizer todos os dias aos colaboradores que se sentem<br />

infelizes por acreditar não ter oportunidades de desenvolver seu potencial<br />

na empresa e por não encontrar um significado para estar ali.<br />

Existem muitos caminhos para dizer isso aos colaboradores de forma<br />

a provocar uma percepção positiva, por exemplo: “que bom que eu<br />

trabalho aqui”.<br />

Mas, para isso, é preciso sair do conceito de “doação”, até porque<br />

todos sabemos que quanto mais uma empresa dá aos seus colaboradores,<br />

mais eles querem. É preciso sair do benefício pelo benefício.<br />

Atualmente, as boas práticas de recursos humanos estão presentes<br />

na maioria das grandes empresas. A dificuldade está em fazer as pessoas<br />

perceberem isso como oportunidades a usufruir.<br />

Que as empresas têm mudado para melhor e que a gestão de recursos<br />

humanos está cada vez mais competente, especialmente naquelas que<br />

possuem milhares de empregados, não é novidade para ninguém. O desafio<br />

está em permitir que as pessoas conheçam essas mudanças e as entendam


como positivas, divulgando-as corretamente, por meio de ações de comunicação<br />

interna.<br />

Os 500 insights sobre endomarketing que você encontrará neste<br />

livro são técnicas e estratégias que podem e devem ser adotadas pelas<br />

empresas que desejam, de fato, promover o alinhamento do público interno<br />

à sua missão, visão, valores, princípios e estratégias.<br />

Mas antes de continuar a leitura, sugiro que você pare, abra uma página<br />

aleatoriamente e leia dois ou três desses insights. Depois, volte a esta<br />

introdução. Faça isso para não se desmotivar logo de início, pois os primeiros<br />

insights abordam o diagnóstico e o planejamento de endomarketing,<br />

e certamente o nome e a capa do livro despertarão a expectativa por uma<br />

abordagem mais criativa.<br />

Obviamente, muitos insights são ideias criativas. Da mesma forma,<br />

cada um deles pode ser transformado numa grande ideia. Entretanto, foi<br />

preciso começar por aquilo que considero a base de tudo: o planejamento<br />

a partir de um diagnóstico e, principalmente, a importante adoção de um<br />

posicionamento interno.<br />

Quando comecei a escrever este livro, havia na minha frente apenas<br />

uma tela em branco de Word. Uma curiosidade: de 1994 a 2000, ao escrever<br />

meus três primeiros livros, o fiz no PageMaker por acreditar que, se<br />

apresentado num software de editoração, teria mais chances de ser aceito<br />

pelas editoras.<br />

Aprendi que tudo na vida parte de um insight, seguido de uma<br />

estratégia. Sem estratégia, o resultado positivo é muito mais difícil de ser<br />

alcançado. Escrever o livro em PageMaker, naquela época, era a minha estratégia,<br />

uma forma de mostrar a minha vontade e o respeito por aqueles<br />

que poderiam me abrir um espaço no mercado editorial. Hoje, escrevo o<br />

meu sétimo livro em Word, certa de que será editado e com a esperança de<br />

que venha a ser tão útil quanto os outros.<br />

Retomando o assunto, eu estava diante de uma tela em branco e<br />

decidi que um insight geraria o outro, o que dispensaria capítulos e títulos,<br />

embora fosse necessário buscar uma certa coerência entre eles.<br />

Os insights estão presentes no trabalho que os meus quatro sócios,<br />

a nossa equipe e eu desenvolvemos para as empresas que nos contratam.


Sei que atualmente existe uma obsessão pela novidade. O que mais<br />

se fala nas empresas é “inovação em todos os níveis”. Acredito muito no valor<br />

de inventar e reinventar. No entanto, para uma boa comunicação interna<br />

e um endomarketing de efeito, o básico ainda é algo que precisa ser feito<br />

em muitas empresas. E a novidade pode estar exatamente nisso.<br />

Como são apenas insights, alguns precisarão ser lidos duas ou três<br />

vezes para uma compreensão adequada, pois não há contextualização. Por<br />

vezes você sentirá falta de um maior aprofundamento e de uma abordagem<br />

mais detalhada, mas esse não é o objetivo da obra.<br />

Da mesma forma, há questões básicas e outras mais complexas. Alguns<br />

insights podem não ter relação alguma com sua empresa; outros você<br />

já poderá conhecer e adotar. Tudo depende do momento que a empresa<br />

está vivendo e das necessidades que possui em nível de informação e de<br />

integração, além de todas as questões relacionadas ao segmento de atuação,<br />

porte, localização geográfica, perfil do público interno e outros fatores.<br />

Este livro foi escrito para inspirar, não para apresentar soluções definitivas,<br />

pois cada empresa é uma empresa e cada contexto é único e diferente.<br />

O meu desejo é que você faça deste livro um gerador de ideias, deixando-o<br />

em cima da sua mesa de trabalho e ao alcance das mãos para<br />

poder consultá-lo sempre que precisar de insights para construir as suas<br />

estratégias de endomarketing.<br />

Analisa de Medeiros Brum<br />

Inverno de 2012


Trabalhe a comunicação interna e o endomarketing com base<br />

em três premissas: transparência, que deve ser a essência de<br />

todo o processo; qualidade, porque as pessoas estão cada vez<br />

mais informadas e exigentes; e afeto, pois vivemos a era da<br />

1emoção e da espiritualidade.


2<br />

Acredite que nem sempre a solução está numa campanha de endomarketing,<br />

por maior que seja a verba e por mais assertiva que seja a ideia criativa. É<br />

preciso analisar o problema com profundidade e, principalmente, entender<br />

os objetivos e a estratégia da empresa antes de realizar qualquer movimento.<br />

3<br />

Lembre-se de que existe um elemento muito<br />

importante dentro do contexto empresarial<br />

– o líder – primeiro e principal canal<br />

de comunicação interna de uma empresa.<br />

Os demais canais devem ser considerados<br />

complementares ao papel do líder.


4<br />

Libere o processo do próprio pensamento e<br />

ouse planejar interações possíveis e impossíveis,<br />

imagináveis e inimagináveis. O maior<br />

limitador para a criação em endomarketing é<br />

pensar: “o colaborador vai rir” ou “o público<br />

interno não vai gostar”. Pensando 5assim, a<br />

empresa nada fará endomarketing. É preciso<br />

criar de forma consciente, mas não limitada.<br />

Pense globalmente e aja localmente. A comunicação interna bem-feita<br />

é aquela que estabelece a proximidade, que respeita e valoriza o ambiente<br />

e as condições de trabalho de cada colaborador onde quer que<br />

ele esteja.


6Identifique o essencial, o importante ou o complementar<br />

para a relação empresa/empregado. Ao começar<br />

um processo de comunicação interna e de<br />

endomarketing, preocupe-se em implantar canais<br />

de comunicação interna e fazê-los funcionar, pois<br />

são essenciais. Depois, parta para as campanhas<br />

de endomarketing, muito importantes, e deixe por<br />

último as ações consideradas complementares, que<br />

são as ações interativas e os eventos.


7<br />

Chame o empregado pelo termo que considerar adequado. Na<br />

relação empresa/empregado o que importa é como a empresa<br />

trata o colaborador e o que lhe entrega de informação. Embora<br />

o mais usual seja colaborador e essa designação nos últimos<br />

tempos tenha representado uma relação de proximidade e delicadeza,<br />

existem empresas que preferem: funcionário, associado,<br />

parceiro, colega, integrante e outros.<br />

8<br />

Pense no significado de uma informação antes de publi-<br />

9<br />

cá-la nos canais de comunicação interna. Questione: esta<br />

informação tem significado para a empresa E para o público<br />

interno<br />

Priorize ações e distinções que destaquem<br />

as pessoas individualmente,<br />

fazendo-as representar o público<br />

interno como um todo. Uma empresa<br />

precisa demonstrar que valoriza<br />

o indivíduo.


eventos para a integração<br />

dos colaboradores, mas<br />

faça isso de forma moderada,<br />

sempre associando o tema do<br />

evento ao posicionamento interno<br />

da empresa.<br />

10Promova<br />

Crie eventos que possam acontecer em todas as unidades da<br />

empresa ao mesmo tempo e com o mesmo conceito. Prepare<br />

um manual para a realização do evento e o envie para que seja<br />

seguido nas unidades.<br />

11<br />

12<br />

Pesquise eventos anteriores realizados pela empresa,<br />

dos quais os colaboradores sintam saudades, e reinvente-os<br />

com um novo tema ou objetivo.


13<br />

Inspire-se nas placas de trânsito que dizem: “Pare.<br />

Olhe. Escute”. Faça disso uma prática em relação ao<br />

público interno.<br />

Alerte a diretoria quando ela estiver “fora<br />

da rota” no tocante ao relacionamento com o<br />

público interno. É importante corrigir o rumo<br />

antes que a comunicação informal se encarregue<br />

de criar um ambiente organizacional<br />

desfavorável e improdutivo.<br />

14<br />

15<br />

Comece fazendo um diagnóstico para levantar a percepção<br />

e o sentimento das pessoas em relação à forma<br />

como a empresa se comunica com elas. Utilize,<br />

para isso, a técnica de grupos focais. As informações<br />

coletadas serão a base para um planejamento de comunicação<br />

interna e endomarketing.<br />

Contrate uma empresa ou profissional especializado<br />

em diagnósticos para ouvir os colaboradores sobre<br />

quando, como e o meio pelo qual a empresa se comunica<br />

com eles. As pessoas falam com mais facilidade<br />

quando estão diante de profissionais que não fazem<br />

parte da empresa.<br />

16


17<br />

Separe as pessoas da base e as lideranças<br />

ao realizar grupos focais para o diagnóstico<br />

de comunicação interna. Além da importância<br />

de colher sentimentos e percepções<br />

específicas de cada nível, as pessoas ficam<br />

mais à vontade quando estão junto a outras<br />

do mesmo nível.<br />

Utilize a técnica projetiva para aprofundar aquilo que<br />

as pessoas colocaram nos grupos focais quando realizar<br />

um diagnóstico de comunicação interna, propondo<br />

que elas façam um desenho para representar o seu<br />

pensamento sobre um determinado valor, objetivo ou<br />

estratégia da empresa.<br />

18<br />

19<br />

Solicite que as pessoas resumam numa palavra o sentimento<br />

que possuem em relação à empresa no final de<br />

cada grupo focal, no diagnóstico de comunicação interna.<br />

A quantidade de palavras positivas e negativas<br />

contribuirá para a análise da boa vontade das pessoas<br />

com a empresa.<br />

Encerre os grupos focais no diagnóstico de<br />

comunicação interna sem prometer uma devolutiva.<br />

Informe apenas que as contribuições de<br />

cada um servirão para melhorias no processo<br />

de comunicação interna da empresa e que serão<br />

percebidas por todos no dia a dia.<br />

20

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!