PDF Reprint - Departamento de Ecologia
PDF Reprint - Departamento de Ecologia
PDF Reprint - Departamento de Ecologia
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
O LEITOR PERGUNTA<br />
Lia Gonçnh·es Ratldi, tle Belo l-l orizontc, pergunta:<br />
Li, em Ciência Hoje n 51, o interessante artigo sobre os<br />
rituais <strong>de</strong> pajelança a que Augusto Ruschi se sUbmeteu. Não<br />
fiquei esclarecida<br />
sobre a controvérsia<br />
que se estabeleceu<br />
a respeito do veneno<br />
do sapo <strong>de</strong>ndróbata.<br />
Gostaria também <strong>de</strong><br />
saber mais sobre sapos. Convivo com esses animais e sempre<br />
ouvi dizer que eles são inofensivos e mesmo úteis ao homem.<br />
Mareio Martins e Ivan Sazima, do <strong>Departamento</strong> <strong>de</strong> Zoologia da Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas, respon<strong>de</strong>m:<br />
N<br />
a época em que o ' ca~o Rusclti' cht:<br />
gou ao p1H1Iico. a imprensa se baseou<br />
exclusivamente nas informações fo rnecidas<br />
pelo ecologista doente, que se consi<strong>de</strong>rava<br />
envenenado por ter tido coma to direto com<br />
sapos venenosos. Pouco mais tar<strong>de</strong>, cspccialis<br />
t as em an fihios conr csr a ram a vcracitladc<br />
dc ss c ~ dado~ (ver 'í'.O (ll ogo~ em <strong>de</strong>fesa<br />
tios Dcndróbatcs', em Cté11cia Hoje u•:<br />
23, p. 86). No final <strong>de</strong> 1987. José C. <strong>de</strong><br />
Freita5 voltou a comentar o caso em uma<br />
breve nora (ver 'Sapos venenosos', em<br />
Ciência Hoje n ~' 36, p. 74). Daremos aqui<br />
informações sobre a fa milia Dcndro ba tidac.<br />
na 4ual r.:\riío iuduido ~ o.\ ~ano~ do gêucro<br />
Dendrobares, tão injustamente llil'amados.<br />
Uma d úvida comum a leigos e a r é a zoólogos<br />
não especia listas em a n fibios é o uso<br />
dos nome.' \Uig
)endfl)bares leucomelas. Vistoso S:lpinho preto e arnarel.o. venenos tl , t(Ue ocorn: no sul d a Vem::wcb c ex trem(' rwrrc d t! Bra ~ i l , nas serras do n•>rte<br />
tk Hurairna. Na serra d u TL·Jlt:(( UÍ·m, undl' tHII clth aulurcs (MM l t nrnntmnl·Sb l"~J) i-dl· c m l'Jll6 c 1 1:17. e"'~ ~ >:!Pinhos l'onun \Í.W' em 11111 c:unpn<br />
rupt""ln.·. n piar t'ni l"ncnnl radu e m Tucurui (1-'i\). E' t rnpl :•r(·~ li:• rc~; i~u <strong>de</strong> Car.tj:ís (I' i\) :oJ)r(...,l'nf:tm dnrsu n c~;m.<br />
mato <strong>de</strong> 1989
O LEITOR PERGUNTA<br />
ncnado. 1\ pumilitHo;-; ina c .1 hiMrionicotoxina<br />
também agem sobre a permeabilida<strong>de</strong><br />
das membranas celulares. mas seus<br />
efeitos são menos drásticos que o~ dí.l ba·<br />
1 r:tcasiào da \'L"icu l:u,::1o d c.:~ <br />
-~ as 110 1 i
J)rcdadon:' <strong>de</strong> sapos. a l g um;e ~ es péc i e ~ <strong>de</strong><br />
aranh::ts e <strong>de</strong> cobras se altmcntmn dck:s sem<br />
sorrer os efeitos das to :\ i na ~.<br />
Os <strong>de</strong>n·drobatí<strong>de</strong>os do g.êner.o Colostelhus,<br />
por outro lado, têm coloração csmaecid<br />
~t. gcralmc:nl c em tons c :1~1an h os. Como<br />
foi dito . n;io ~ c Cl)nilcc:cm :~ lc :t l ó itl c~ em ~ua<br />
pele. Fmbora <strong>de</strong>: ativida<strong>de</strong> d iurna, tlifici l-<br />
1lle111 L' ~ão percebidos no ambtcntc, em virtu<strong>de</strong><br />
da camuflagem conferida pelas cores.<br />
semelhantes às das folhas caídas no chão<br />
da mata . Colost(!thu.\' ()/jersio ir/(!s. cnco n<br />
ll.<br />
V;irios hl'rpc t ó l ogo ~ :.:m !>C
O LEITOR PERGUNTA<br />
Epipt!dobare.r picrus. Ocorre e m quase toda a -\mazónill brasileira, o n<strong>de</strong> >'hf<br />
entre :1' frt lh:h 11 11 ch:'iu. em flnrcslllo, timid:h . l.,c u canto. semelhante ao cricrilar<br />
ci C Urll l:rÍ((I, é rnuilll IJai:~.tl ~ tlificilntCfftt IIU\ ttlll. ()~ f i\ I" tlr\\lf C\J)ét'Ít' \l'<br />
lll'llfl\:l \:tu l'ulul·:uJu, l'l11n• ta\ fulh:A' •lu rha u t• li\ J,:irinn' dt,tn\ uh (' nt-\l' l'lll<br />
pu,·:., nu' mnrJ:c ll ' rlc p cc ~ta•nu \ riachu,, t-.,H· (''\Cilll)lur. cncunlradu un nnrlt<br />
tlc 1\I:Htaus, c~tti ' tnma ndn t unta' <strong>de</strong> wa <strong>de</strong>,o.,;t_ Pequeno ~ girinhit• Vl' flt rt n\:t (Htclt "'r fu d lmc ffl\• CM' ttbttlfl na l' tltH::t<br />
cfa' ''"'"':t' 1-:qa é unut ch•' \''Otfi ~·, cpu· ('UIIIIH'cm n ~ttu:• l tnim{· ti('u .<br />
a :'tgua acumulada no oco <strong>de</strong> tro r. co~. N CN<br />
!>a ai rvtdadc. a l g 1111 ~ d m gtnnm a ~:aba tn I r<br />
cauúll na .tgu.t c 1Htl r o ~ Cll rtt i nuarCildo<br />
carregado' por ma i ~ algum tempo. Em /;jJIpedobtues<br />
femoralis e 1:.. halmeli, por<br />
exemplo, e possível encontrar machos car·<br />
regando\ á rio> girinos peque n o~ ou apenas<br />
doi' a 11 \:\ giri nm g rand e~ . Eut llllt r:t\ I!\<br />
p~crc\, Ioth" o' gtrino\ ~;:i o lthct atiO!> n:t<br />