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Compostos fenólicos e atividade antioxidante de extratos da casca ...

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www.ital.sp.gov.br/bj<br />

<strong>Compostos</strong> fenólicos e <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong> <strong>de</strong> <strong>extratos</strong> <strong>da</strong> <strong>casca</strong> <strong>de</strong> noz-pecã [Carya illinoinensis (Wangenh.) C. Koch]<br />

PRADO, A. C. P. et al.<br />

o lote 1 (151,8 ± 0,04 mg CE.g –1 CE). Os <strong>extratos</strong> etéreo e<br />

aquoso não apresentaram teores <strong>de</strong> taninos con<strong>de</strong>nsados<br />

em níveis <strong>de</strong>tectados no ensaio.<br />

Villarreal-Lozoya et al. (2007) reportaram valores<br />

inferiores <strong>de</strong> taninos con<strong>de</strong>nsados em <strong>extratos</strong> compostos<br />

<strong>de</strong> uma mistura <strong>de</strong> acetona e água (70:30, v/v), <strong>de</strong><br />

<strong>casca</strong> <strong>de</strong> noz-pecã <strong>de</strong> diferentes cultivares do Texas nos<br />

Estados Unidos (média <strong>de</strong> 634 ± 67 mg CE.g –1 ).<br />

Em função dos resultados obtidos para fenólicos<br />

totais e taninos con<strong>de</strong>nsados nas frações etérea e aquosa<br />

terem sido relativamente baixos, apresentando <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />

<strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong> reduzi<strong>da</strong> no sistema ABTS compara<strong>da</strong> às<br />

<strong>de</strong>mais frações, os ensaios <strong>de</strong> <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong> através<br />

dos sistemas DPPH e β-caroteno e ácido linoleico foram<br />

realizados apenas para as frações em acetona e álcool.<br />

A <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> pelos<br />

sistemas ABTS e DPPH após 30 min e 24 h <strong>de</strong> reação<br />

foi maior para o extrato alcoólico (média <strong>de</strong> 2600 ±<br />

174 μmol TEAC.g –1 , 453 ± 149 e 617 ± 89 mg TEAC.g –1 ,<br />

respectivamente). Estes resultados estão <strong>de</strong> acordo com<br />

os resultados <strong>de</strong> ES, FT e TC obtidos para esta fração.<br />

Para a fração alcoólica, os resultados foram significativamente<br />

maiores (p < 0,05) para o lote 3 nos sistemas<br />

ABTS e DPPH após 30 min <strong>de</strong> reação e, no sistema DPPH<br />

após 24 h <strong>de</strong> reação, não foram observa<strong>da</strong>s diferenças<br />

significativas (p < 0,05) entre os lotes.<br />

O extrato em acetona apresentou <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong><br />

média no sistema ABTS <strong>de</strong> 1673 ± 196 μmol<br />

TEAC.g –1 e no sistema DPPH após 30 min e 24 h <strong>de</strong> reação<br />

<strong>de</strong> 206 ± 46 e 314 ± 68 mg TEAC.g –1 , respectivamente. Os<br />

resultados obtidos nos sistemas ABTS e DPPH após 30 min<br />

<strong>de</strong> reação foram significativamente superiores (p < 0,05)<br />

para os lotes 2 e 3 (1818,9 e 1739,2 μmol TEAC.g –1 no<br />

sistema ABTS, e 218,5 e 245,3 mg TEAC.g –1 no sistema<br />

DPPH após 30 min <strong>de</strong> reação), quando comparados<br />

com o lote 1 (1452,1 μmol TEAC.g –1 no sistema ABTS e<br />

155,4 e 294,3 mg TEAC.g –1 no sistema DPPH após 30 min<br />

<strong>de</strong> reação). Para o sistema DPPH, o extrato em acetona<br />

foi significativamente superior para o lote 3 e não diferiu<br />

significativamente nos lotes 1 e 2.<br />

Villarreal-Lozoya et al. (2007) reportaram <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />

<strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong> <strong>da</strong> <strong>casca</strong> <strong>de</strong> noz-pecã em <strong>extratos</strong> <strong>de</strong><br />

acetona e água (70:30, v/v) no sistema DPPH após 24 h<br />

<strong>de</strong> reação <strong>de</strong> 487 ± 42 mg TEAC.g –1 . Estes valores foram<br />

superiores para o extrato em acetona obtido no presente<br />

trabalho após 30 min e 24 h <strong>de</strong> reação (206,4 ± 46,2 e<br />

314,6 ± 68,2 mg TEAC.g –1 , respectivamente) e semelhantes<br />

para os valores obtidos para a fração alcoólica<br />

(média <strong>de</strong> 453,9 ± 149,7 e 617,4 ± 89 mg TEAC.g –1 ,<br />

respectivamente).<br />

Consi<strong>de</strong>rando o fato <strong>de</strong> que o método <strong>da</strong> extração<br />

sequencial esgota a amostra à medi<strong>da</strong> que esta é submeti<strong>da</strong><br />

à extração com diferentes solventes, conforme sua<br />

solubilização durante o processo <strong>de</strong> extração, a <strong>casca</strong><br />

<strong>da</strong> noz-pecã apresentou teores superiores para fenólicos<br />

totais e <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong> maior que os resultados<br />

reportados em trabalhos anteriores realizados por<br />

Villarreal-Lozoya et al. (2007). Neste trabalho os autores<br />

reportaram para a <strong>casca</strong> <strong>da</strong> noz-pecã valores <strong>de</strong> fenólicos<br />

totais, taninos con<strong>de</strong>nsados e <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong><br />

(DPPH) <strong>de</strong> 6, 18 e 4,5 vezes superiores aos obtidos para<br />

a amêndoa <strong>de</strong> noz-pecã.<br />

Os diferentes níveis dos compostos fenólicos,<br />

em <strong>de</strong>terminados solventes observados neste estudo,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m, entre diversos fatores, <strong>da</strong> natureza química<br />

<strong>de</strong>ssas substâncias fenólicas (como os ácidos fenólicos,<br />

antocianinas e taninos), <strong>da</strong> interação com outros<br />

nutrientes e micronutrientes presentes na amostra e <strong>da</strong><br />

polari<strong>da</strong><strong>de</strong> do solvente empregado no procedimento <strong>de</strong><br />

extração (SHAIDI e NACZK, 1995). Além disso, segundo<br />

a teoria do paradoxo polar, substâncias <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong>s<br />

apolares ou <strong>de</strong> baixo balanço hidrofílico/lipofílico,<br />

funcionam relativamente melhor em emulsões lipídicas<br />

mais polares, enquanto <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong>s <strong>de</strong> características<br />

mais hidrofílicas são mais efetivos em sistemas mais<br />

lipofílicos (PORTER, 1993).<br />

A correlação entre o teor <strong>de</strong> compostos fenólicos<br />

totais (FT) e a <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> para os<br />

sistemas ABTS e DPPH, dos <strong>extratos</strong>, po<strong>de</strong> ser observa<strong>da</strong><br />

na Figura 2.<br />

Os resultados obtidos <strong>de</strong>monstram uma forte<br />

correlação entre o teor <strong>de</strong> fenólicos totais presentes na<br />

<strong>casca</strong> <strong>de</strong> noz-pecã e a <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong> dos <strong>extratos</strong><br />

ABTS uMol TEAC.g –1<br />

DPPH mg TEAC.g –1<br />

6000<br />

5000<br />

4000<br />

3000<br />

2000<br />

1000<br />

r = 0,9320<br />

0<br />

0 50 100 150 200<br />

800<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

FT mg GAE.g –1<br />

200<br />

100<br />

r = 0,9363<br />

0<br />

20 70 120 170 220<br />

FT mg GAE.g –1<br />

Figura 2. a) Correlação entre o conteúdo <strong>de</strong> fenólicos totais<br />

(FT) e a <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong> medi<strong>da</strong> pelo método ABTS. b)<br />

Correlação entre o conteúdo <strong>de</strong> fenólicos totais (FT) e a <strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />

<strong>antioxi<strong>da</strong>nte</strong> medi<strong>da</strong> pelo método DPPH (24 h).<br />

a<br />

b<br />

Braz. J. Food Technol., v. 12, n. 4, p. 323-332, out./<strong>de</strong>z. 2009 328

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