Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular Procedimento na Utilização de Incentivadores Respiratórios Inspiratórios (74)(77) • Explicar o funcionamento do incentivador respiratório. • Explicar os objectivos e as vantagens da sua utilização, realçando o facto de que lhe proporcionará verificar o seu desempenho e a sua evolução diariamente, sobretudo se aumenta a sua capacidade pulmonar. • Realizar ensino da técnica e estabelecer quais os objectivos a atingir. • Solicitar à pessoa que: – Realize uma expiração dentro dos limites de conforto; – Coloque o bocal entre os dentes e feche os lábios; – Inicie uma inspiração lenta e mantida, pela boca, até o marcador do dispositivo atingir o ponto pré‐fixado; – Sustenha a respiração por 3 segundos, com o tórax expandido, quando o objectivo é alcançado; – Expire lentamente pelo nariz. • Estimular a pessoa a realizar 10 a 20 ciclos, 3 a 4 períodos por dia. • Supervisionar a realização do exercício. • Despistar sintomas de vertigem e tremores que poderão ser indicativos da descida súbita da PaCO 2 , sendo indicadores de que as inspirações não estão a ser efectuadas de forma lenta. Técnicas de Limpeza das Vias Aéreas – Tosse No aparelho respiratório é fundamental uma boa permeabilidade das vias aéreas, para uma respiração eficaz e saudável. A limpeza das vias aéreas é feita através do sistema mucociliar. A produção de muco portador de poluentes inicia‐se nos alvéolos, com a secreção do surfactante (acção dos macrófagos alveolares e outras células imunocompetentes, continuando a sua acção nos bronquíolos, pelas células de Clara) e de muco que têm origem nas pequenas e grandes vias aéreas. (33)(47) A mucostase resultante de alterações do volume ou composição do muco surge quando o mecanismo de clearence brônquica está alterado (Consultar Anexo 11). Causas de Falência da Drenagem Mucociliar (47) Alterações do Muco Alteração dos Cílios – Aumento de volume – Aumento de viscosidade – Diminuição do surfactante – Destruição – Paralisia – Falência relativa 71
cadErnOs OE Na presença de secreções ou poluentes nas vias aéreas que ultrapassem determinados limites, aparece a tosse e o espirro. O reflexo da tosse inicia‐se quando os receptores sensoriais existentes nos brônquios e traqueia detectam substâncias irritantes, gerando impulsos nervosos que passam através do nervo vago até ao bulbo raquidiano que o desencadeia. (78) Mecanismo da Tosse (47)(75) • Irritação de receptores sensoriais. • Inspiração profunda. • Encerramento da glote e tensão das cordas vocais. • Contracção dos músculos abdominais e elevação do diafragma. • Compressão com aumento da pressão intratorácica e intra‐abdominal. • Abertura da glote. • Expulsão de ar e secreções. O reflexo do espirro assemelha‐se ao da tosse, iniciando‐se nas cavidades nasais, sendo os impulsos nervosos conduzidos através dos nervos trigémeos até ao bulbo. (78) Causas da Ineficácia da Tosse (47) • Alterações do arco reflexo. • Alterações da sensibilidade tussígena. • Impossibilidade na passagem do ar na inspiração. • Impossibilidade de criar débitos expiratórios elevados. Factores que Inibem ou Diminuem o Mecanismo da Tosse (75) ◊ Inabilidade da pessoa para realizar respiração profunda por: • Dor – Doença pulmonar aguda – Fractura de costelas – Traumatismo torácico – Cirurgia torácica ou abdominal recente • Fraqueza muscular específica que afecta o diafragma ou musculatura acessória da inspiração – Lesão medular alta – Síndrome de Guillan– Barré (Continua) 72
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Na presença <strong>de</strong> secreções ou poluentes nas vias aéreas que ultrapassem<br />
<strong>de</strong>terminados limites, aparece a tosse e o espirro.<br />
O reflexo da tosse inicia‐se quando os receptores sensoriais existentes nos<br />
brônquios e traqueia <strong>de</strong>tectam substâncias irritantes, gerando impulsos nervosos<br />
que passam através do nervo vago até ao bulbo raquidiano que o <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia.<br />
(78) Mecanismo da Tosse (47)(75)<br />
• Irritação <strong>de</strong> receptores sensoriais.<br />
• Inspiração profunda.<br />
• Encerramento da glote e tensão das cordas vocais.<br />
• Contracção dos músculos abdominais e elevação do diafragma.<br />
• Compressão com aumento da pressão intratorácica e intra‐abdominal.<br />
• Abertura da glote.<br />
• Expulsão <strong>de</strong> ar e secreções.<br />
O reflexo do espirro assemelha‐se ao da tosse, iniciando‐se nas cavida<strong>de</strong>s<br />
nasais, sendo os impulsos nervosos conduzidos através dos nervos trigémeos<br />
até ao bulbo. (78) Causas da Ineficácia da Tosse (47)<br />
• Alterações do arco reflexo.<br />
• Alterações da sensibilida<strong>de</strong> tussígena.<br />
• Impossibilida<strong>de</strong> na passagem do ar na inspiração.<br />
• Impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> criar débitos expiratórios elevados.<br />
Factores que Inibem ou Diminuem o Mecanismo da Tosse (75)<br />
◊ Inabilida<strong>de</strong> da pessoa para realizar respiração profunda por:<br />
• Dor<br />
– Doença pulmonar aguda<br />
– Fractura <strong>de</strong> costelas<br />
– Traumatismo torácico<br />
– Cirurgia torácica ou abdominal recente<br />
• Fraqueza muscular específica que afecta o diafragma ou musculatura<br />
acessória da inspiração<br />
– Lesão medular alta<br />
– Síndrome <strong>de</strong> Guillan– Barré<br />
(Continua)<br />
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