Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular Princípios Gerais no Ensino de Exercícios de RFR (75) • Utilizar um local calmo e silencioso onde se possa interagir com a pessoa, sem factores ambientais que possam interferir no processo de ensino. • Procurar estabelecer uma relação assertiva, que permita à pessoa confiar no enfermeiro, esclarecer dúvidas, aderir ao programa proposto, perceber os ensinamentos e rentabilizar eficazmente as suas energias. • Avaliar o padrão respiratório da pessoa. • Realizar avaliação da função respiratória. • Explicar os princípios e os objectivos dos exercícios. • Solicitar a colaboração da pessoa atendendo ao tipo de TVM, lesões associadas e fase de evolução. • Posicionar a pessoa atendendo ao tipo de exercício a executar, de forma confortável, relaxada e com roupa adequada (nem justa nem apertada). • Demonstrar o padrão respiratório desejado à pessoa. • Utilizar indicações claras para as diferentes fases de realização dos exercícios, para que a pessoa identifique o que se pretende que realize. • Fazer com que a pessoa demonstre se interiorizou a técnica, praticando a mesma. • Corrigir sempre que necessário, mas dando tempo para que a pessoa se sinta capaz de evoluir e confiante nas suas capacidades. • Incentivar a pessoa a repetir os exercícios ao longo do dia. Precauções na Execução dos Exercícios de RFR (75) • Orientar o tempo inspiratório para a utilização do diafragma. • Promover um padrão expiratório passivo e relaxado, não devendo ser demasiado prolongado, de modo a prevenir a exaustão e o broncospasmo. • Realizar 3 a 4 ciclos de respiração profunda (inspiração / expiração), controlados voluntariamente e relaxados para evitar a hiperventilação. Técnicas e Posições de Relaxamento As técnicas e posições de relaxamento são utilizadas antes e depois da realização de um programa de RFR para diminuir a tensão psíquica e muscular, facilitar a consciencialização do padrão respiratório, sendo particularmente importantes na pessoa com LM que apresenta grau moderado ou severo de espasticidade. (33) 59
cadErnOs OE Objectivos das Posições de Descanso e Relaxamento (25) • Reduzir a tensão psíquica e muscular. • Facilitar o controlo da pessoa. • Facilitar o controlo da respiração. • Reduzir a sobrecarga muscular. • Reduzir a dispneia. Orientações Gerais para as Técnicas de Relaxamento (25) • Escolher a hora do dia mais adequada para a pessoa realizar a técnica, sempre que possível. • Promover o uso de roupas amplas; se necessário desapertar botões e sapatos. • Adoptar um posicionamento confortável para a pessoa e que não apresente contra‐ ‐indicações relativamente à sua situação clínica. Inicialmente poderá ser adoptado o decúbito dorsal e mais tarde, se preferir, poderá ser utilizada a posição de sentado. • Promover ambiente calmo e acolhedor com temperatura ambiente agradável, música suave e com volume baixo que proporcione ritmo aos exercícios, luz moderada de forma a facilitar a indução da sonolência, ar o mais despoluído possível. • Utilizar nos posicionamentos almofadas de material de textura mole e de preferência anti‐alérgico. • Incentivar a pessoa a fechar os olhos, a realizar mentalização de todos os movimentos envolvidos no relaxamento, que deverão ser lentos, acompanhados de contracção e relaxamento de grupos musculares isoladamente (atendendo ao seu potencial sensitivo e motor). • Enfatizar a respiração diafragmática, realizando inspirações profundas e lentas segundo as suas capacidades (dependente do nível de lesão). Sempre que a pessoa inicia as sessões, deve beneficiar de ensino personalizado para melhor consciencialização e controlo da respiração. Só depois desta fase deverá integrar um grupo. O relaxamento pode ser obtido através da combinação de utilização de métodos globais (da corrente psicoterapêutica, com utilização de técnicas de concentração mental, visualização de imagens e experiência de sensações) e de métodos analíticos (da corrente biológica, baseando‐se na consciencialização da distinção entre contracção e relaxamento de grupos musculares). Nas pessoas com LM é importante a utilização de técnicas e posições de relaxamento na prevenção de crises de dispneia, que surgem muitas vezes associadas a elevados níveis de ansiedade. (33) 60
- Page 10: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 14 and 15: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 16 and 17: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 18 and 19: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 20 and 21: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 22 and 23: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 24 and 25: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 26 and 27: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 28 and 29: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 30 and 31: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 32 and 33: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 34 and 35: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 36 and 37: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 38 and 39: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 40 and 41: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 42 and 43: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 44 and 45: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 46 and 47: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 48 and 49: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 50 and 51: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 52 and 53: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 54 and 55: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 56 and 57: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 58 and 59: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 62 and 63: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 64 and 65: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 66 and 67: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 68 and 69: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 70 and 71: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 72 and 73: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 74 and 75: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 76 and 77: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 78 and 79: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 80 and 81: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 82 and 83: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 84 and 85: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 86 and 87: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 88 and 89: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 90 and 91: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 92 and 93: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 94 and 95: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 96 and 97: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 98 and 99: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 100 and 101: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 102 and 103: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 104 and 105: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 106 and 107: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 108 and 109: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
<strong>Guia</strong> dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm<br />
à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular<br />
Princípios Gerais no Ensino <strong>de</strong> Exercícios <strong>de</strong> RFR (75)<br />
• Utilizar um local calmo e silencioso on<strong>de</strong> se possa interagir com a pessoa, sem factores<br />
ambientais que possam interferir no processo <strong>de</strong> ensino.<br />
• Procurar estabelecer uma relação assertiva, que permita à pessoa confiar no enfermeiro,<br />
esclarecer dúvidas, a<strong>de</strong>rir ao programa proposto, perceber os ensinamentos e rentabilizar<br />
eficazmente as suas energias.<br />
• Avaliar o padrão respiratório da pessoa.<br />
• Realizar avaliação da função respiratória.<br />
• Explicar os princípios e os objectivos dos exercícios.<br />
• Solicitar a colaboração da pessoa aten<strong>de</strong>ndo ao tipo <strong>de</strong> TVM, lesões associadas e fase<br />
<strong>de</strong> evolução.<br />
• Posicionar a pessoa aten<strong>de</strong>ndo ao tipo <strong>de</strong> exercício a executar, <strong>de</strong> forma confortável,<br />
relaxada e com roupa a<strong>de</strong>quada (nem justa nem apertada).<br />
• Demonstrar o padrão respiratório <strong>de</strong>sejado à pessoa.<br />
• Utilizar indicações claras para as diferentes fases <strong>de</strong> realização dos exercícios, para que a<br />
pessoa i<strong>de</strong>ntifique o que se preten<strong>de</strong> que realize.<br />
• Fazer com que a pessoa <strong>de</strong>monstre se interiorizou a técnica, praticando a mesma.<br />
• Corrigir sempre que necessário, mas dando tempo para que a pessoa se sinta capaz <strong>de</strong><br />
evoluir e confiante nas suas capacida<strong>de</strong>s.<br />
• Incentivar a pessoa a repetir os exercícios ao longo do dia.<br />
Precauções na Execução dos Exercícios <strong>de</strong> RFR (75)<br />
• Orientar o tempo inspiratório para a utilização do diafragma.<br />
• Promover um padrão expiratório passivo e relaxado, não <strong>de</strong>vendo ser <strong>de</strong>masiado<br />
prolongado, <strong>de</strong> modo a prevenir a exaustão e o broncospasmo.<br />
• Realizar 3 a 4 ciclos <strong>de</strong> respiração profunda (inspiração / expiração), controlados<br />
voluntariamente e relaxados para evitar a hiperventilação.<br />
Técnicas e Posições <strong>de</strong> Relaxamento<br />
As técnicas e posições <strong>de</strong> relaxamento são utilizadas antes e <strong>de</strong>pois da<br />
realização <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> RFR para diminuir a tensão psíquica e muscular,<br />
facilitar a consciencialização do padrão respiratório, sendo particularmente<br />
importantes na pessoa com LM que apresenta grau mo<strong>de</strong>rado ou severo <strong>de</strong><br />
espasticida<strong>de</strong>. (33)<br />
59