Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular dualizado e adaptado. É igualmente fundamental o seu papel na identificação e envolvimento da família / cuidador em todo o programa de reeducação respiratória, pois irá ter um papel importante na prevenção de complicações respiratórias após a alta hospitalar. A RFR inicia‐se pela tomada de consciência sobre o que é a respiração para uma maior cooperação por parte da pessoa. (47) Através da orientação e minimização da ansiedade e da angústia, a RFR torna‐a mais independente no que diz respeito ao controlo da respiração, melhoria da função respiratória e tolerância ao esforço. (74) Em reabilitação é essencial dar‐se especial atenção à aprendizagem da dissociação dos tempos respiratórios e do padrão respiratório diafragmático, devendo cada pessoa adoptar a frequência, a amplitude e o ritmo respiratório de forma adequada à sua patologia e ao menor dispêndio de energia. A pessoa com LM, se não conseguir tossir nem libertar as secreções, poderá entrar em dispneia e ansiedade, agravando a sua situação. Para se evitarem situações de hipoxémia crónica, deficiências e complicações respiratórias, há que melhorar a ventilação através de um ensino bem orientado sobre os exercícios a realizar e sobre a utilização de incentivadores respiratórios, com continuidade assegurada no domicílio. (74) Atendendo ao nível, sequelas e fase de evolução da LM, os exercícios de RFR podem ser realizados pela pessoa na posição de deitado, sentado ou em posição ortostática. Podem utilizar‐se vários meios auxiliares como bastões, faixas, inspirómetro, expirómetro e outros. 57
cadErnOs OE Principais Procedimentos na RFR (74) A – Relaxamento Geral e Respiratório No início e no final dos exercícios de RFR, deverá proceder‐se ao relaxamento corporal para libertar e reduzir a tensão muscular, facilitar a colaboração e consciencialização. B – Orientação Respiratória Consiste na adequação dos tempos inspiratórios / expiratórios e no padrão respiratório adequado a cada pessoa, quer à frequência quer ao nível do volume corrente. A orientação tem ainda como objectivo ensinar a pessoa a utilizar correctamente a musculatura respiratória e a compreender os diferentes padrões respiratórios através de exercícios práticos. É essencial que realize a dissociação dos tempos respiratórios inspirando pelo nariz e expirando pela boca. C – Coordenação e Controle da Respiração Consiste essencialmente em coordenar o tempo e a profundidade da respiração, associada à deglutição e à fala, associando movimentos rítmicos do tronco e dos membros. D – Exercícios Passivos e Localizados Consistem em localizar ou inibir a respiração em determinado segmento do pulmão, direccionando a respiração para região específica torácica ou abdominal onde é necessário actuar com maior incidência. E – Exercícios de Fortalecimento Muscular Respiratório Nestes, o fortalecimento da musculatura respiratória realiza‐se através da respiração em contra‐resistência, utilizando o meio possível ao seu alcance, tal como a resistência efectuada pela mão do enfermeiro ou do técnico, ou com um peso, estando a pessoa em decúbito dorsal ou outro. Devem sempre associar‐se os exercícios de fortalecimento da musculatura abdominal. Pode ainda usar‐se, para maior eficácia como ganho de força e resistência muscular respiratória, os incentivadores respiratórios (inspirómetro / expirómetro). 58
- Page 8 and 9: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 10: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 14 and 15: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 16 and 17: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 18 and 19: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 20 and 21: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 22 and 23: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 24 and 25: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 26 and 27: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 28 and 29: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 30 and 31: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 32 and 33: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 34 and 35: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 36 and 37: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 38 and 39: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 40 and 41: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 42 and 43: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 44 and 45: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 46 and 47: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 48 and 49: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 50 and 51: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 52 and 53: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 54 and 55: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 56 and 57: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 60 and 61: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 62 and 63: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 64 and 65: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 66 and 67: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 68 and 69: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 70 and 71: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 72 and 73: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 74 and 75: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 76 and 77: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 78 and 79: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 80 and 81: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 82 and 83: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 84 and 85: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 86 and 87: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 88 and 89: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 90 and 91: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 92 and 93: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 94 and 95: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 96 and 97: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 98 and 99: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 100 and 101: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 102 and 103: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 104 and 105: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 106 and 107: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
cadErnOs OE<br />
Principais Procedimentos na RFR (74)<br />
A – Relaxamento Geral e Respiratório<br />
No início e no final dos exercícios <strong>de</strong> RFR, <strong>de</strong>verá proce<strong>de</strong>r‐se ao relaxamento corporal para<br />
libertar e reduzir a tensão muscular, facilitar a colaboração e consciencialização.<br />
B – Orientação Respiratória<br />
Consiste na a<strong>de</strong>quação dos tempos inspiratórios / expiratórios e no padrão respiratório<br />
a<strong>de</strong>quado a cada pessoa, quer à frequência quer ao nível do volume corrente.<br />
A orientação tem ainda como objectivo ensinar a pessoa a utilizar correctamente a<br />
musculatura respiratória e a compreen<strong>de</strong>r os diferentes padrões respiratórios através <strong>de</strong><br />
exercícios práticos. É essencial que realize a dissociação dos tempos respiratórios inspirando<br />
pelo nariz e expirando pela boca.<br />
C – Coor<strong>de</strong>nação e Controle da Respiração<br />
Consiste essencialmente em coor<strong>de</strong>nar o tempo e a profundida<strong>de</strong> da respiração, associada<br />
à <strong>de</strong>glutição e à fala, associando movimentos rítmicos do tronco e dos membros.<br />
D – Exercícios Passivos e Localizados<br />
Consistem em localizar ou inibir a respiração em <strong>de</strong>terminado segmento do pulmão,<br />
direccionando a respiração para região específica torácica ou abdominal on<strong>de</strong> é necessário<br />
actuar com maior incidência.<br />
E – Exercícios <strong>de</strong> Fortalecimento Muscular Respiratório<br />
Nestes, o fortalecimento da musculatura respiratória realiza‐se através da respiração em<br />
contra‐resistência, utilizando o meio possível ao seu alcance, tal como a resistência efectuada<br />
pela mão do enfermeiro ou do técnico, ou com um peso, estando a pessoa em <strong>de</strong>cúbito<br />
dorsal ou outro. Devem sempre associar‐se os exercícios <strong>de</strong> fortalecimento da musculatura<br />
abdominal. Po<strong>de</strong> ainda usar‐se, para maior eficácia como ganho <strong>de</strong> força e resistência<br />
muscular respiratória, os incentivadores respiratórios (inspirómetro / expirómetro).<br />
58