Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular . Fig. 5 – Componentes de cama tipo Stryker. Definido que a pessoa com TVM cervical pode ser sujeita a tracção em cama tipo Stryker, quer tenha défices neurológicos ou não, procede‐se à sua transferência para o tabuleiro dorsal, mantendo o alinhamento da coluna. Posteriormente, ser‐lhe‐á aplicado o compasso craniano, aplicada a tracção e retirado o colar cervical. Se antes da transferência for identificada a necessidade de serem utilizadas superfícies redutoras de pressão (almofadas de gel), estas deverão ser colocadas antes da sua realização. Procedimento no Decúbito Dorsal em Cama Tipo Stryker (59) • Explicar clara e sucintamente todo o procedimento à pessoa para que possa colaborar na realização dos procedimentos e na manutenção do alinhamento da coluna. • Colocar, se necessário, superfícies redutoras de pressão (almofadas de gel) na região occipital, sacro‐coccígea, cotovelos, mantendo sempre o eixo de tracção. • Posicionar a pessoa em dorsal, no centro do colchão, sobre o tabuleiro dorsal da cama, com a coluna alinhada seguindo o eixo axial imaginário traçado pela tracção que passa pela ponta do nariz, umbigo e termina entre os membros inferiores. • Colocar apoios laterais móveis. • Apoiar os membros superiores nos apoios laterais móveis de braços, em ligeira abdução e flexão do cotovelo, com as mãos apoiadas e o polegar em posição funcional, em particular se a pessoa apresenta défices motores e/ou sensitivos a este nível. • Colocar os antebraços sobre uma almofada pequena que os eleve a um nível superior ao dos braços para prevenção de edema, com o cotovelo livre, podendo fazer‐se uma ligeira flexão do mesmo, em particular se a pessoa apresenta défices motores e/ou sensitivos a este nível. • Colocar os membros inferiores em extensão, caso a pessoa apresente défices neurológicos a este nível, com almofadas pequenas sob a região trocanteriana, de modo a prevenir a rotação externa. (Continua) 41
cadErnOs OE Procedimento no Decúbito Dorsal em Cama Tipo Stryker (59) (Continuação) • Pedir à pessoa para evitar movimentos de flexão e/ou rotação da região cervical. • Solicitar à pessoa, se esta não apresentar défices motores ao nível dos membros inferiores, para evitar movimentos de rotação do corpo e movimentos que promovam a progressão do corpo no sentido cefálico, de forma a não anular a força exercida pela tracção. A alternância de decúbitos, em cama tipo Stryker, pode comprometer gravemente a função respiratória em pessoas com défices neurológicos, por diminuição da amplitude dos movimentos respiratórios, paralisia de músculos respiratórios, choque medular, associados às implicações a nível dos centros nervosos medulares, função do músculo cardíaco e circulação de retorno. (59) Nas pessoas com défices neurológicos deverá realizar‐se monitorização cardíaca e avaliação permanente da oxigenação periférica durante o procedimento de alternância de decúbito. Colocar disponível e de fácil acesso todo o material necessário para os procedimentos inerentes a uma paragem cárdio‐respiratória. Avaliar permanentemente o estado de consciência da pessoa, solicitando o diálogo durante todo o procedimento. Reposicionar de imediato a pessoa em decúbito dorsal, na presença de alteração do estado de consciência, bradicardia, ou diminuição da saturação de O 2 periférico. Para a execução da mobilização, alternância de decúbito e posicionamento é necessária a presença de pelo menos dois enfermeiros. Os dois enfermeiros posicionam‐se um de cada lado da cama conjugando gestos, tornando o procedimento mais rápido e seguro. (59) É fundamental uma observação atenta e permanente ao estado da pele, características das lesões (se as houver), condições de eliminação vesical e intestinal, sinais de compressão. 42
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<strong>Guia</strong> dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm<br />
à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular<br />
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Fig. 5 – Componentes <strong>de</strong> cama tipo Stryker.<br />
Definido que a pessoa com TVM cervical po<strong>de</strong> ser sujeita a tracção em<br />
cama tipo Stryker, quer tenha défices neurológicos ou não, proce<strong>de</strong>‐se à sua<br />
transferência para o tabuleiro dorsal, mantendo o alinhamento da coluna.<br />
Posteriormente, ser‐lhe‐á aplicado o compasso craniano, aplicada a tracção e<br />
retirado o colar cervical.<br />
Se antes da transferência for i<strong>de</strong>ntificada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem utilizadas<br />
superfícies redutoras <strong>de</strong> pressão (almofadas <strong>de</strong> gel), estas <strong>de</strong>verão ser colocadas<br />
antes da sua realização.<br />
Procedimento no Decúbito Dorsal em Cama Tipo Stryker (59)<br />
• Explicar clara e sucintamente todo o procedimento à pessoa para que possa colaborar na<br />
realização dos procedimentos e na manutenção do alinhamento da coluna.<br />
• Colocar, se necessário, superfícies redutoras <strong>de</strong> pressão (almofadas <strong>de</strong> gel) na região occipital,<br />
sacro‐coccígea, cotovelos, mantendo sempre o eixo <strong>de</strong> tracção.<br />
• Posicionar a pessoa em dorsal, no centro do colchão, sobre o tabuleiro dorsal da cama, com<br />
a coluna alinhada seguindo o eixo axial imaginário traçado pela tracção que passa pela ponta<br />
do nariz, umbigo e termina entre os membros inferiores.<br />
• Colocar apoios laterais móveis.<br />
• Apoiar os membros superiores nos apoios laterais móveis <strong>de</strong> braços, em ligeira abdução e<br />
flexão do cotovelo, com as mãos apoiadas e o polegar em posição funcional, em particular<br />
se a pessoa apresenta défices motores e/ou sensitivos a este nível.<br />
• Colocar os antebraços sobre uma almofada pequena que os eleve a um nível superior ao dos<br />
braços para prevenção <strong>de</strong> e<strong>de</strong>ma, com o cotovelo livre, po<strong>de</strong>ndo fazer‐se uma ligeira flexão<br />
do mesmo, em particular se a pessoa apresenta défices motores e/ou sensitivos a este nível.<br />
• Colocar os membros inferiores em extensão, caso a pessoa apresente défices neurológicos<br />
a este nível, com almofadas pequenas sob a região trocanteriana, <strong>de</strong> modo a prevenir a<br />
rotação externa.<br />
(Continua)<br />
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