Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa Guia de Boa Prática de Cuidados de Enfermagem à Pessoa
Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE EnfErmaGEm à PEssOa cOm traumatismO VértEBrO‐mEdular Fig. 28 – Capacidades e volumes pulmonares. Modificado de (139) . mecânica Ventilatória A inspiração é um fenómeno activo no qual intervêm forças desenvolvidas pelos músculos respiratórios. (33) O diafragma é o principal músculo da inspiração responsável por cerca de 2 / 3 da ventilação de repouso, inervado pelo nervo frénico com origem nas raízes espinhais ao nível de C3, C4, e C5. (33)(47) A contracção dos músculos responsáveis pela inspiração promovem uma elevação das costelas e consequentemente a expansão do tórax, produzindo o aumento do volume da cavidade torácica. (33)(78) A expiração consiste na retracção elástica toracopulmonar, é um fenómeno passivo, não exigindo contracção muscular. O relaxamento dos músculos abdominais permite uma subida passiva do diafragma e uma diminuição passiva do volume torácico. (33)(78) A principal função destes músculos é a de bombear o ar para dentro e para fora dos pulmões para objectivamente manter os gases arteriais dentro dos limites aceitáveis. 271
cadErnOs OE Quando há dificuldade respiratória a expiração pode tornar‐se em fenómeno activo, com utilização dos músculos expiratórios acessórios. Inspiração Expiração Músculos Principais (139) • Diafragma • Intercostais externos Músculos Acessórios • Escalenos • Dentados Posteriores Superiores • Quadrados dos Lombos • Esternocleidomastoideu Músculos Acessórios • Intercostais Internos • Transversos do Tórax • Dentados Posteriores Inferiores • Rectos Abdominais Acção • Baixa a base do tórax • Elevam as costelas Acção • Elevam as duas primeiras costelas • Elevam as costelas superiores • Elevam as doze costelas • Eleva o externo Acção • Baixam as costelas • Baixam as costelas inferiores • Baixam as costelas • Baixam o tórax e comprimem o abdómen A coluna posicionada em extensão favorece a inspiração; se posicionada em flexão favorece a expiração. Deformações da coluna provocam alterações na dinâmica costal. Designa‐se por compliance pulmonar ou distensibilidade as propriedades elásticas dos pulmões. A compliance pulmonar estática corresponde às variações de pressão necessárias para insuflar os pulmões de forma a atingirem um determinado volume. (33)(74) As características e o volume da pressão dos pulmões são em condições normais influenciados pelo surfactante. Este reduz a tensão da superfície alveolar, aumentando e estabilizando a compliance, evitando a tendência que os alvéolos menores têm para colapsar quando o volume pulmonar diminui na expiração. (33)(74) A pressão necessária para gerar um determinado fluxo aéreo denomina‐se resistência das vias aéreas. Nas vias aéreas a resistência ao fluxo é inversamente proporcional ao diâmetro. O diâmetro pode diminuir se há obstrução das vias aéreas, inflamação ou hipertonia no músculo liso das vias aéreas. (33)(74) Quanto maior for a resistência das vias aéreas, tanto maior será o esforço respiratório. 272
- Page 221 and 222: cadErnOs OE Uma lesão incompleta p
- Page 224: anexo 5 aValiaÇÃo neurolÓGica
- Page 227 and 228: cadErnOs OE Fig. 18 - Distribuiçã
- Page 229 and 230: cadErnOs OE Nível Neurológico C5
- Page 231 and 232: cadErnOs OE A avaliação da activi
- Page 234: anexo 6 classificaÇÃo neurolÓGic
- Page 237 and 238: cadErnOs OE Adaptado de (126) . 236
- Page 240 and 241: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 242 and 243: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 244 and 245: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 246 and 247: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 248 and 249: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 250 and 251: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 252 and 253: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 254 and 255: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 256 and 257: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 258: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 262 and 263: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 264 and 265: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 266: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 270 and 271: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 274 and 275: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 276 and 277: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 278 and 279: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 280: anexo 10 Padrões resPiratÓrios
- Page 283 and 284: cadErnOs OE Respiração de Kussmau
- Page 286: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 290 and 291: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 292: anexo 13 funÇÃo Vesical
- Page 295 and 296: cadErnOs OE Durante o enchimento pr
- Page 297 and 298: cadErnOs OE Urografia Intravenosa C
- Page 300: anexo 14 funÇÃo intestinal
- Page 303 and 304: cadErnOs OE no SNC de modo semelhan
- Page 306 and 307: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 308 and 309: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 310 and 311: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 312: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 316 and 317: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 318 and 319: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
- Page 320 and 321: Guia dE BOa Prática dE cuidadOs dE
cadErnOs OE<br />
Quando há dificulda<strong>de</strong> respiratória a expiração po<strong>de</strong> tornar‐se em fenómeno<br />
activo, com utilização dos músculos expiratórios acessórios.<br />
Inspiração<br />
Expiração<br />
Músculos Principais (139)<br />
• Diafragma<br />
• Intercostais externos<br />
Músculos Acessórios<br />
• Escalenos<br />
• Dentados Posteriores Superiores<br />
• Quadrados dos Lombos<br />
• Esternocleidomastoi<strong>de</strong>u<br />
Músculos Acessórios<br />
• Intercostais Internos<br />
• Transversos do Tórax<br />
• Dentados Posteriores Inferiores<br />
• Rectos Abdominais<br />
Acção<br />
• Baixa a base do tórax<br />
• Elevam as costelas<br />
Acção<br />
• Elevam as duas primeiras costelas<br />
• Elevam as costelas superiores<br />
• Elevam as doze costelas<br />
• Eleva o externo<br />
Acção<br />
• Baixam as costelas<br />
• Baixam as costelas inferiores<br />
• Baixam as costelas<br />
• Baixam o tórax e comprimem o abdómen<br />
A coluna posicionada em extensão favorece a inspiração; se posicionada<br />
em flexão favorece a expiração. Deformações da coluna provocam alterações<br />
na dinâmica costal.<br />
Designa‐se por compliance pulmonar ou distensibilida<strong>de</strong> as proprieda<strong>de</strong>s<br />
elásticas dos pulmões.<br />
A compliance pulmonar estática correspon<strong>de</strong> às variações <strong>de</strong> pressão<br />
necessárias para insuflar os pulmões <strong>de</strong> forma a atingirem um <strong>de</strong>terminado<br />
volume. (33)(74)<br />
As características e o volume da pressão dos pulmões são em condições<br />
normais influenciados pelo surfactante. Este reduz a tensão da superfície<br />
alveolar, aumentando e estabilizando a compliance, evitando a tendência que<br />
os alvéolos menores têm para colapsar quando o volume pulmonar diminui<br />
na expiração. (33)(74)<br />
A pressão necessária para gerar um <strong>de</strong>terminado fluxo aéreo <strong>de</strong>nomina‐se<br />
resistência das vias aéreas. Nas vias aéreas a resistência ao fluxo é inversamente<br />
proporcional ao diâmetro. O diâmetro po<strong>de</strong> diminuir se há obstrução das vias<br />
aéreas, inflamação ou hipertonia no músculo liso das vias aéreas. (33)(74)<br />
Quanto maior for a resistência das vias aéreas, tanto maior será o esforço<br />
respiratório.<br />
272